Por Gabriel Seixas
- Era pra ser um dos grandes jogos da 3ª rodada, mas de certa forma, frustrou boa parte das expectativas. A partir do momento em que a bola começou a rolar (não necessariamente, vamos esperar a partir do primeiro gol da Espanha, aos 25 minutos), Chile e Espanha tiveram poucos motivos para se preocupar com uma possível perda de suas respectivas vagas para as oitavas-de-final. Os espanhois venceram por 2 a 1, numa partida que pegou fogo nos 45 minutos iniciais, mas foi “cozinhada” de maneira sonolenta no segundo tempo.
- Marcelo Bielsa parecia pouco preocupado em enfrentar a atual campeã europeia. Como previsto, não abdicou do costumeiro futebol ofensivo e envolvente, escalando a equipe no 3-3-1-3. Matias Fernandez, suspenso, foi substituído por Valdivia, que funcionou como uma espécie de “enganche”, o armador central do time. No ataque, Mark Gonzalez e Sanchez foram muito discretos pelos flancos, isolando Beausejour na frente. A atuação abaixo da crítica da Roja só não lhe custou a vaga porque a Suíça não passou de um 0 a 0 com Honduras.
- Já a Espanha cumpriu seu objetivo, que era vencer e consequentemente carimbar a liderança do grupo. A Fúria se prepara para um confronto inédito frente a Portugal na história das Copas (o clássico da Península Ibérica), enquanto o Chile cruza o caminho do Brasil já nas oitavas – o único confronto sul-americano desta fase. Vicente del Bosque promoveu apenas a volta de Iniesta como novidade, na vaga de Jesus Navas. Capdevila, que tinha seu posto ameaçado na lateral-esquerda, foi mantido.
- Nem parecia a Espanha nos primeiros minutos iniciais. Muitos passes errados, pouca criatividade e susto nos contra-ataques, o que não é característica da Fúria, sempre acostumada a pressionar os adversários. Mas o Chile estava longe de ser um primor de futebol, pelo contrário: em 20 minutos, já havia recebido três cartões amarelos. Inclusive dois dos amarelados, os zagueiros Ponce e Medel, estão suspensos, impedidos de enfrentar o Brasil.
- Num lance isolado, a Espanha abriu o placar aos 25 minutos. Fernando Torres recebeu lançamento longo, e fora da área, o goleiro chileno Bravo chegou atabalhoado para afastar o perigo, de carrinho. Pra azar do arqueiro, a bola sobrou limpa para o artilheiro David Villa, que não se intimidou com a distância de 45 metros para o gol e bateu de primeira, com a perna canhota, encobrindo quem estava a sua frente. Golaço! É o 3º de Villa no Mundial, alcançando o argentino Higuaín e o eslovaco Vittek na artilharia da Copa.
- Aos 37 minutos, o Chile se rendeu de vez. Em jogada de contra-ataque, Torres serviu Villa na esquerda, que dominou a bola e tocou curto para Iniesta. De chapa, o meia do Barcelona mandou no cantinho de Bravo, sem chances para o goleiro. A título de curiosidade, o gol de Iniesta foi o centésimo desta edição da Copa do Mundo.
- Pra piorar as coisas para o Chile, quando Torres passou a bola para Villa, ainda no lance do gol, ele foi tocado por Estrada na entrada da área. O juiz deu vantagem, mas não esqueceu do lance. Apresentou o cartão amarelo para Estrada, e como o volante chileno já estava “amarelado”, foi expulso. Não pareceu a melhor decisão, já que a impressão que fica é a de que Torres sequer foi tocado pelo defensor chileno.
- Àquela altura, um gol da Suíça no outro jogo eliminaria o Chile do Mundial. Bielsa foi forçado a mexer no intervalo, trocando o apagado Mark Gonzalez por Paredes, e substituindo Valdivia pelo volante Millar, recompondo o meio-campo. Se Millar entrou em campo apenas para evitar uma tragédia, acabou fazendo algo muito melhor. Aos dois minutos, ele recebeu passe curto de Sanchez, e da entrada da área, bateu colocado. A bola desviou em Piqué e morreu no ângulo de Casillas.
- A partir daí, muito toque de bola de ambas as equipes e nenhuma oportunidade clara de gol. Ambos pareciam satisfeitas com o resultado, mesmo porque a Suíça não fazia sua parte contra Honduras. Fabregas e Javi Martinez, que entraram durante o jogo pela Fúria, pouco fizeram para mudar a história da partida.
- Com a eliminação da Suíça, a Espanha consagrou-se como a sexta e última equipe europeia classificada para as oitavas-de-final, o pior desempenho do continente na história das Copas em uma primeira fase. Foram sete europeus eliminados (França, Grécia, Eslovênia, Sérvia, Dinamarca, Itália e Suíça), e os que ainda restaram vão duelar entre si: Holanda x Eslováquia, Alemanha x Inglaterra e Espanha x Portugal.
- Já o Brasil certamente ficou de olho neste confronto. Não foi das melhores atuações do Chile, mas os comandados de Bielsa já se mostraram um time ofensivo, com jogadores individualmente muito capacitados, porém com uma defesa fácil de ser penetrada. Com a suspensão dos zagueiros Ponce e Medel, a fragilidade defensiva pode ficar ainda mais evidenciada. Encontro marcado para o jogo sul-americano: segunda-feira, 15h30, horário de Brasília. A Copa do Mundo chega aos 75% de seus jogos disputados. Alguém aí já está com saudades?
Oitavas de Final
26/06 – Sábado
11h – Uruguai x Coréia do Sul – Porto Elizabeth
15h30 – Estados Unidos x Gana – Rustemburgo
27/06 – Domingo
11h – Alemanha x Inglaterra – Bloemfontein
15h30 – Argentina x México – Soccer City
28/06 – Segunda
11h – Holanda x Eslováquia – Durban
15h30 – Brasil x Chile – Ellis Park
29/06 – Terça
11h – Paraguai x Japão – Pretória
15h30 – Espanha x Portugal – Cidade do Cabo
- Marcelo Bielsa parecia pouco preocupado em enfrentar a atual campeã europeia. Como previsto, não abdicou do costumeiro futebol ofensivo e envolvente, escalando a equipe no 3-3-1-3. Matias Fernandez, suspenso, foi substituído por Valdivia, que funcionou como uma espécie de “enganche”, o armador central do time. No ataque, Mark Gonzalez e Sanchez foram muito discretos pelos flancos, isolando Beausejour na frente. A atuação abaixo da crítica da Roja só não lhe custou a vaga porque a Suíça não passou de um 0 a 0 com Honduras.
- Já a Espanha cumpriu seu objetivo, que era vencer e consequentemente carimbar a liderança do grupo. A Fúria se prepara para um confronto inédito frente a Portugal na história das Copas (o clássico da Península Ibérica), enquanto o Chile cruza o caminho do Brasil já nas oitavas – o único confronto sul-americano desta fase. Vicente del Bosque promoveu apenas a volta de Iniesta como novidade, na vaga de Jesus Navas. Capdevila, que tinha seu posto ameaçado na lateral-esquerda, foi mantido.
- Nem parecia a Espanha nos primeiros minutos iniciais. Muitos passes errados, pouca criatividade e susto nos contra-ataques, o que não é característica da Fúria, sempre acostumada a pressionar os adversários. Mas o Chile estava longe de ser um primor de futebol, pelo contrário: em 20 minutos, já havia recebido três cartões amarelos. Inclusive dois dos amarelados, os zagueiros Ponce e Medel, estão suspensos, impedidos de enfrentar o Brasil.
- Num lance isolado, a Espanha abriu o placar aos 25 minutos. Fernando Torres recebeu lançamento longo, e fora da área, o goleiro chileno Bravo chegou atabalhoado para afastar o perigo, de carrinho. Pra azar do arqueiro, a bola sobrou limpa para o artilheiro David Villa, que não se intimidou com a distância de 45 metros para o gol e bateu de primeira, com a perna canhota, encobrindo quem estava a sua frente. Golaço! É o 3º de Villa no Mundial, alcançando o argentino Higuaín e o eslovaco Vittek na artilharia da Copa.
- Aos 37 minutos, o Chile se rendeu de vez. Em jogada de contra-ataque, Torres serviu Villa na esquerda, que dominou a bola e tocou curto para Iniesta. De chapa, o meia do Barcelona mandou no cantinho de Bravo, sem chances para o goleiro. A título de curiosidade, o gol de Iniesta foi o centésimo desta edição da Copa do Mundo.
- Pra piorar as coisas para o Chile, quando Torres passou a bola para Villa, ainda no lance do gol, ele foi tocado por Estrada na entrada da área. O juiz deu vantagem, mas não esqueceu do lance. Apresentou o cartão amarelo para Estrada, e como o volante chileno já estava “amarelado”, foi expulso. Não pareceu a melhor decisão, já que a impressão que fica é a de que Torres sequer foi tocado pelo defensor chileno.
- Àquela altura, um gol da Suíça no outro jogo eliminaria o Chile do Mundial. Bielsa foi forçado a mexer no intervalo, trocando o apagado Mark Gonzalez por Paredes, e substituindo Valdivia pelo volante Millar, recompondo o meio-campo. Se Millar entrou em campo apenas para evitar uma tragédia, acabou fazendo algo muito melhor. Aos dois minutos, ele recebeu passe curto de Sanchez, e da entrada da área, bateu colocado. A bola desviou em Piqué e morreu no ângulo de Casillas.
- A partir daí, muito toque de bola de ambas as equipes e nenhuma oportunidade clara de gol. Ambos pareciam satisfeitas com o resultado, mesmo porque a Suíça não fazia sua parte contra Honduras. Fabregas e Javi Martinez, que entraram durante o jogo pela Fúria, pouco fizeram para mudar a história da partida.
- Com a eliminação da Suíça, a Espanha consagrou-se como a sexta e última equipe europeia classificada para as oitavas-de-final, o pior desempenho do continente na história das Copas em uma primeira fase. Foram sete europeus eliminados (França, Grécia, Eslovênia, Sérvia, Dinamarca, Itália e Suíça), e os que ainda restaram vão duelar entre si: Holanda x Eslováquia, Alemanha x Inglaterra e Espanha x Portugal.
- Já o Brasil certamente ficou de olho neste confronto. Não foi das melhores atuações do Chile, mas os comandados de Bielsa já se mostraram um time ofensivo, com jogadores individualmente muito capacitados, porém com uma defesa fácil de ser penetrada. Com a suspensão dos zagueiros Ponce e Medel, a fragilidade defensiva pode ficar ainda mais evidenciada. Encontro marcado para o jogo sul-americano: segunda-feira, 15h30, horário de Brasília. A Copa do Mundo chega aos 75% de seus jogos disputados. Alguém aí já está com saudades?
Oitavas de Final
26/06 – Sábado
11h – Uruguai x Coréia do Sul – Porto Elizabeth
15h30 – Estados Unidos x Gana – Rustemburgo
27/06 – Domingo
11h – Alemanha x Inglaterra – Bloemfontein
15h30 – Argentina x México – Soccer City
28/06 – Segunda
11h – Holanda x Eslováquia – Durban
15h30 – Brasil x Chile – Ellis Park
29/06 – Terça
11h – Paraguai x Japão – Pretória
15h30 – Espanha x Portugal – Cidade do Cabo