Por Gabriel Seixas
Neste sábado (08 de Setembro), as eliminatórias da Eurocopa tiveram 20 jogos realizados. O vigésimo primeiro, que seria entre Azerbaijão x Armênia, foi cancelado pela UEFA, devido a conflitos entre os dois países, que já vêm de uma longa data. Destaques para os empates de Espanha e Portugal em seus respectivos jogos, e a partida entre Itália x França, que de longe, foi o principal jogo da rodada, porém frustrou as expectativas dos amantes da bola. Confira:
Grupo A
Sérvia 0 x 0 Finlândia
Com a partida entre Azerbaijão x Armênia adiada, o Grupo A teve 2 jogos realizados neste sábado. A partida entre Sérvia e Finlândia abriu a rodada do grupo, e para decepção da torcida que compareceu ao estádio de Belgrado, os sérvios não passaram do zero contra a mediana seleção da Finlândia.
Javier Clemente, técnico da seleção da casa, armou a equipe no 4-2-2-2, com Stankovic e Jankovic bem abertos pelas pontas. Outra novidade foi a presença de Zigic...no banco! Ele foi barrado por Krasic. Já a Finlândia, de Roy Kodgson, contava com algum lampejo de Tainio no setor ofensivo, e com a consistência de Petri Pasanen e Sami Hyppiä na defesa.
Mesmo com a pressão exercida pelo time sérvio, o que se refletiu no número de finalizações (11 pra Sérvia e apenas uma pra Finlândia), o jogo acabou no zero. Stankovic, um dos poucos lúcidos da Sérvia, e Hyppiä, sempre seguro e mostrando consistência na zaga, foram os destaques da partida.
Com o resultado, a Finlândia mantém a vice-liderança do grupo com 18 pontos, enquanto a Sérvia fica em 4º com 15.
Portugal 2 x 2 Polônia
Não foi a atuação que os portugueses esperavam. Após sair perdendo e estar com o jogo praticamente ganho nos cinco minutos finais, a equipe contou com um lance de puro azar do goleiro Ricardo e conquistou um empate que tem gosto de derrota para os lusitanos.
A situação de Portugal não é nada animadora, muito menos a de Felipão. Contestado pelos portugueses, o xerifão brasuca deixou os queridinhos Quaresma e Nani e o lateral Miguel no banco. O 4-2-3-1 foi formado por Deco, Cristiano Ronaldo e Simão no comando de criação da seleção, e Nuno Gomes isolado na frente, substituindo Helder Postiga, machucado. Outras novidades ficaram por conta de Bruno Alves, Bosingwa e Caneira no setor defensivo, e Petit e Maniche substituindo os lesionados Tiago e Raul Meireles. Já a Polônia apostava na inspiração do goleiro Artur Boruc, e dos contra-ataques puxados por Krzynowek e Smolarek.
Portugal só veio criar uma chance concreta de gol aos 26, quando Nuno Gomes exigiu boa defesa de Boruc. No lance seguinte, Ronaldo cobrou falta e acertou a trave.
O primeiro gol da partida saiu aos 43: Smolarek chutou, e Ricardo deu rebote; Na volta, Lewandowski arrematou e abriu o placar para os vermelhos.
Porém, a reação portuguesa só aconteceu aos 5 do segundo tempo: Maniche, aproveitando confusão da zaga e jogada confusa de Nuno Gomes, empatou o jogo.
Os dois técnicos mexeram bastante na equipe: Felipão colocou Quaresma no lugar de Nuno Gomes, visando dar novo gás a equipe e fazer que Ronaldo e o próprio Quaresma trocassem de lado constantemente, confundindo a zaga polonesa, enquanto Leo Beenhakker lançou Golanski e Matusiak. Porém, a alteração de Felipão foi a que surtiu efeito imediato, e após cruzamento de Quaresma e furada de Simão, Cristiano Ronaldo girou o corpo e bateu com categoria para o gol de Boruc, virando o placar. Só que o balde de água fria veio a 2 minutos do fim do tempo regulamentar: Krzynowek bateu de fora da área, a bola bateu na trave e voltou nas costas de Ricardo, entrando para o fundo das redes e empatando a partida. A sorte não estava do lado de Portugal, e o empate não foi um placar tão justo assim. A Polônia sustenta a liderança, com 20 pontos, enquanto Portugal carrega a modesta terceira colocação, com 16 pontos.
Grupo B
Geórgia 1 x 1 Ucrânia
A Ucrânia, comandada pelo craque Andriy Shevchenko, foi castigada no fim da partida e cedeu o empate para a modesta seleção da Geórgia, em 1 a 1. O técnico Oleh Blockhin lançou os experientes Sheva e Voronin no ataque, sendo municiados pelo polivalente Shelayev. A Geórgia tinha planos mais modestos, e contava com um lance diferencial de Iashvilli, destaque do time e que atua pelo Karlsruhe. A superioridade ucraniana foi comprovada logo aos 9 minutos, quando Rotan levantou na área e Shelayev apareceu para testar, abrindo o placar para a Ucrânia. Georgi Lomaia, goleiro da Geórgia, evitou dois gols inacreditáveis da Ucrânia ainda no primeiro tempo, em chances desperdiçadas por Yezerskiy e Shevchenko.
O duelo Sheva x Lomaia não parou por aí: Os dois travaram dois lances no segundo tempo. Melhor para o goleiro da Geórgia, que defendeu os dois arremates do camisa 7 ucraniano. Visando a manutenção do placar, Blokhin colocou Kalinichenko no lugar do inócuo Voronin. Ele só não esperava que Siradze, que havia entrado no lugar de Jakobia, empataria o jogo e garantiria o sétimo ponto da Geórgia, em 5º lugar. Já a Ucrânia não passou no 4º lugar, com 13 pontos, 5 atrás da Escócia, vice-líder do grupo.
Escócia 3 x 1 Lituânia
Comandada pelo artilheiro Boyd, que teve atuação destacada no jogo de hoje, em Glasgow, a equipe da Escócia venceu a Lituânia por 3 a 1 e se manteve no G-2, que garante a equipe na Euro 2008. A Lituânia manteve a sua inócua campanha na competição, a famosa ‘nem fede, nem cheira’.
A equipe mandante marcou com Kris Boyd, após jogada de Darren Fletcher, do Manchester United, porém a Lituânia empatou com Danilevicius, de pênalti (cometido pelo mesmo Fletcher). O arqueiro da Lituânia, Žydrunas Karčemarskas, defendeu cabeçadas a queima-roupa do inspirado Boyd e de McCulloch.
Porém, a reação completa só veio nos minutos finais: Fletcher, dono do time, cobrou escanteio, Maloney desviou e McManus fez o segundo, aos 32. 6 minutos depois, McFadden, que entrara no lugar de Teale, marcara o terceiro da equipe escocesa, fechando o placar. A Escócia é vice-líder do grupo com 18 pontos, enquanto a Lituânia é a penúltima, com 7 pontos.
Itália 0 x 0 França
No principal jogo do sábado no continente, Itália e França protagonizaram um duelo interessante, que apesar disto, ficou abaixo das expectativas. As duas equipes empataram em 0 a 0, satisfatório para os comandados de Raymond Domenech.
O contestadíssimo Roberto Donadoni, técnico da Azurra, armou a Itália no 4-4-2, com os desfalques – por sinal, bastante sentidos – de Totti e Luca Toni. Com isso, Inzaghi e Del Piero formaram a dupla de ataque. Já a França contava com diversas novidades: Sem Sagnol, ainda contundido, Domenech apostou em Lassana Diarra improvisado no setor, que correspondeu à altura e anulou o lado esquerdo ofensivo da Itália. Phillipe Mexès e David Trezeguet foram meros reservas de Julien Escudé, do Sevilla, e Nicolas Anelka, artilheiro do Bolton.
O jogo foi truncado na maioria do jogo. Se por um lado, Diarra soube conter- e muito bem – os avanços de Zambrotta, Gattuso e De Rossi seguraram muito bem o ímpeto ofensivo francês em jogadas pelo meio. Com Ribéry e Malouda fazendo partidas discretas, Henry trabalhou sozinho na partida, e rendeu muito menos do que poderia. As melhores chances foram as de Inzaghi, que acertou o travessão de Landreau, e Anelka, que teve seu arremate protegido por Fábio Cannavaro, melhor jogador do mundo na temporada passada, de acordo com a FIFA. Donadoni cometeu vários equívocos ao longo da partida, como a entrada de Perrotta no lugar de Camoranesi (impressão minha ou ele queria segurar o resultado?), e deixar o cansado Del Piero em campo – mostrando que não tem envergadura para atuar contra adversários mais fortes, que na metade do segundo tempo, foi substituído por Di Natale, que soube prender bem a zaga francesa. O duelo entre campeã e vice da última Copa terminou sem gols, que foi bom pra França, já que manteve a liderança do grupo com 19 pontos. Já a Itália está em terceiro, com 17 pontinhos, 1 atrás da Escócia, vice-líder, e posição que credenciaria a seleção a uma vaga na Eurocopa /08.
Grupo 3
Moldávia 0 x 1 Noruega
A fraquíssima seleção da Moldávia não resistiu ao ímpeto ofensivo da equipe comandada por Carew e Riise, e saiu derrotada por 1 a 0, mesmo jogando em casa. Com o resultado, a Noruega é vice-líder do grupo com 16 pontos, enquanto a Moldávia não saiu da lanterna, com míseros 2 pontos.
O gol da vitória saiu em cruzamento de Martin Andresen, que Iversen completou para o gol e marcou o tento da vitória para a seleção norueguesa.
Hungria 1 x 0 Bósnia-Herzegovina
Em um jogo de baixo nível técnico, com poucos destaques individuais, a Hungria derrotou a Bósnia pelo placar mínimo e se aproximou dos líderes do Grupo 3, enquanto a Bósnia estaciona a sua reação nas eliminatórias.
Os comandados de Peter Várhidi, técnico húngaro, jogaram ‘para o gasto’, e contavam com o talento do meia Tomas Hajnal, que é um dos principais destaques da Bundesliga até o momento, atuando pelo modesto Karlsruhe. Já a Bósnia tinha Zvjezdan Misimovic, igualmente ‘estrela’ na Bundesliga, porém atuando pelo Bochum. A esperança de gols ficava por conta de Zlatan Muslimovic, da Atalanta.
O gol da vitória saiu em pênalti cometido por Ivan Radeljić sobre Róbert Feczesin, bem convertido por Zoltán Gera, do W.B.A.
Malta 2 x 2 Turquia
No jogo em que surpreenderia qualquer apostador da Loteca ou em casas de apostas para jogos de futebol, Turquia conseguiu um empate nos minutos finais contra Malta, e a equipe da casa se mantém em 6º, com apenas 5 pontos. O empate não foi nada satisfatório para os comandados de Fatih Terim, que estão na terceira posição com 14 pontos.
A seleção turca, favorita absoluta para a partida, contava com os irmãos Halil e Hamit Altintop para sair com a vitória, além dos artilheiros Hakan Sükür e Sanli Tuncay. Os comandados do tcheco Dušan Fitzel, que já apresentam uma melhora após a chegada do novo treinador, fizeram o possível e o impossível para sustentar o empate. Said e Schembri marcaram para Malta, enquanto o ótimo Halil Altintop e o útil Çetin fizeram os gols da reação turca.
Grupo 4
San Marino 0 x 3 República Tcheca
Com um gostinho de ‘poderia ser melhor’, a seleção da República Tcheca visitou a horrenda seleção de San Marino e saiu com uma vitória absolutamente tranqüila por 3 a 0. Sem demonstrar reação em qualquer momento da partida, a equipe da casa mostra que está fadada a eliminação no grupo, com 8 jogos e 8 derrotas. A equipe tcheca é vice-líder do grupo, com 17 pontos.
Karel Brückner armou a República Tcheca no 4-3-2-1, com Rosicky e Fenin (este que foi o destaque da seleção tcheca no Mundial Sub-20) municiando o centroavante grandalhão Koller.
Por incrível que pareça, quem tomou a iniciativa do jogo foi San Marino: Carlo Valentini e Andy Selva pararam na muralha chamada Petr Cech, que também defende o milionário Chelsea. E, se as raríssimas chances foram desperdiçadas, o castigo veio aos 33 minutos: Marek Kulic levantou na área e o craque Rosicky desviou para o gol, abrindo o placar.
No segundo tempo, após as entradas do valorizado Jan Polak e do esforçado Vlcek, a equipe tcheca desperdiçou uma chance incrível com Jarolim, porém marcou com o ótimo lateral Jankulovski e com o artilheiro Koller, fechando em 3 a 0.
País de Gales 0 x 2 Alemanha
A equipe de Gales comprova mesmo que ainda está órfã da aposentadoria de Ryan Giggs. Ainda sem desempenhar um bom futebol após a saída do craque da seleção, a equipe foi facilmente dominada pela Alemanha e foi derrotada por 2 a 0, com finalizações certeiras de Miroslav Klose.
A equipe mandante contava com algum lampejo de Simon Davies, meia criativo do Everton, que desbancou até mesmo Robert Earnshaw, destaque da fraca equipe do Derby County, e que ficou no banco na partida de ontem.
Se John Toshack tinha uma dor de cabeça tremenda para montar a equipe, Joachim Löw dispunha de peças interessantíssimas para a partida. O inovador técnico alemão fortaleceu o seu lado esquerdo, colocando Pander na lateral, e Jansen como winger por aquele lado. Podolski foi a novidade na equipe, porém ficou apenas no banco de reservas, substituído por Kuranyi, já que está fora de forma. Hilbert, Hitzlsperger e Schweinsteiger compuseram a meia cancha alemã.
O gol saiu cedo, aos 5 minutos: Kuranyi avançou pelo meio e lançou Klose, que tirou do goleiro Hennessey e fez 1 a 0 Germany. A equipe alemã tinha a maior posse de bola, porém esbarrava no setor defensivo bem montado de Gales, que se fechava o quanto poderia.
Aos 15 da segunda etapa, o artilheiro voltou a aparecer: Hilbert, do Stuttgart, fez boa jogada pela esquerda e cruzou para o artilheiro Klose, que testou para o gol (sua especialidade) e fez 2 a 0. Löw aproveitou a vantagem para lançar Podolski, que fez seu primeiro jogo na temporada, e do meia Trochowski, que convenceu o técnico com suas atuações convincentes pelo VfB Stuttgart. Toshack apelou para a entrada de Earnshaw, porém a alteração não surtiu efeito e o placar se manteve o mesmo.
A Alemanha mantém a liderança isolada do grupo, com 22 pontos, enquanto o País de Gales estaciona nos sete, no quinto lugar.
Eslováquia 2 x 2 Irlanda
Tem coisas que só acontecem com a Irlanda! Após abrir 2-1 contra a modesta seleção da Eslováquia, a equipe soube manter a vantagem até os 46 minutos da segunda etapa, quando a Ireland foi castigada com o gol de Marek Cech, do Porto.
A equipe eslovaca tinha a sua esperança depositada em Stanislav Sestak, polivalente meio-campo do Bochum, além de Marek Mintal, artilheiro que tem uma fase muito modesta no Nürnberg. Já a Irlanda apostava em sua dupla de ataque, formada por Doyle e o experiente Robbie Keane.
O gol não demorou a sair: Aos 7 minutos, Kevin Kilbane fez jogada pelo flanco e cruzou para Keane, que desviou pra trás; Ireland, jogador do Manchester City, completou a jogada e mandou para o fundo das redes. 30 minutos mais tarde, Durica faz jogada pelo lado e Klimpl marca o gol de empate eslovaco, antes do fim do 1º tempo.
No entanto, o destaque ficou para o golaço de Chris Doyle: O atacante passou por dois marcadores, e de perna esquerda, arrematou no ângulo, sem chances para Senecký. Mas, no fim da partida (indo no embalo da torcida), Marek Cech, aos 46 da segunda etapa, encontrou tempo para empatar a partida, para delírio dos torcedores eslovacos. Com o resultado, a Eslováquia fica em 4º com 10 pontos, enquanto a Irlanda vem a frente, em terceiro, com 14.
Grupo E
Inglaterra 3 x 0 Israel
Em atuação convincente da equipe inglesa, o time da terra da rainha derrotou sem maiores dificuldades a modesta seleção de Israel por 3 a 0, e se aproximou do G-2, que classifica a equipe para a Euro /08.
Stephen McLaren, técnico inglês, lançou Emile Heskey ao lado de Michael Owen no ataque, e escalou Barry, do Aston Villa, no meio-campo. Ao que parece, Micah Richards e Shaun Wright-Phillips, que tiveram atuações destacadas no amistoso contra a Alemanha, também ganharam prestígio com o treinador. A equipe israelita tinha como organizador de jogadas, o polivalente Benayoun, meio-campista do Liverpool.
Aos 20 minutos, na primeira chance de gol da partida, Joe Cole cruzou e Wright-Phillips completou, abrindo o placar para a Inglaterra.
A equipe inglesa manteve Israel sob pressão e o segundo não demorou a sair: Após lançamento despretensioso do meio-campo, Owen acertou um petardo de fora da área e marcou um golaço, fazendo o segundo.
No embalo do show inglês, Gareth Barry cobrou escanteio e Richards ganhou dos zagueiros israelitas no ar, e marcou o terceiro, fechando o placar. Na atuação coletiva impecável da equipe inglesa, que teve como destaques individuais o atacante Owen e o meia Phillips, jogadores como Johnson e Bentley entraram no decorrer da partida, e mantiveram o nível, segurando o resultado positivo.
Rússia 3 x 0 Macedônia
A Rússia, em mais uma prova de que não é fogo de palha no parelho grupo E, venceu mais uma. Desta vez a vítima foi a frágil seleção da Macedônia, derrotada por 3 a 0. A Rússia é vice-líder do grupo, com 18 pontos (1 ponto a mais que Inglaterra e Israel, 3º e 4º respectivamente), enquanto a Macedônia tem 7 pontos e está em 5º.
Vasili Berezutski, frustrando as expectativas dos torcedores russos, deixou o queridinho Aleksandr Kerzhakov, artilheiro do Sevilla, no banco de reservas. A Macedônia contava com o individualismo de Pandev, destaque da Lazio, insuficiente para sair com a vitória.
Vasili Berezutski, aos 8 minutos, abriu o placar para a Rússia. Porém, aos 25 minutos, já na segunda etapa, aconteceu um lance no mínimo, inusitado: O goleiro Gabulov derrubou Goran Maznov na área e o juiz deu pênalti, além de expulsar o guarda-redes. Porém, o goleiro reserva Vyacheslav Malafeev, que entrou na partida após a expulsão, se preparou para a cobrança de Mitreski, e mesmo frio em campo, conseguiu a defesa. Foi o suficiente para que Arshavin e Kerzhakov fizessem mais dois gols, dando números finais a partida.
Croácia 2 x 0 Estônia
Com uma participação decisiva do brasileiro Eduardo da Silva na partida, a Croácia venceu a Estônia com dois gols do xodó brasileiro, que atua no Arsenal. Com isso, a equipe consolidou a liderança com 20 pontos, enquanto a Estônia ocupa a penúltima posição do grupo, com apenas três.
O técnico croata, Slaven Bilic, armou a equipe da casa no 4-2-3-1, com Eduardo da Silva ‘isolado’ (em tese) no ataque, sendo municiado por Mladen Petric, do Dortmund, Niko Kovac, do Salzburg-AUT, e Niko Kranjcar, do Portsmouth. Na defesa, Robert Kovac e Corluka eram os principais nomes do time croata. A Estônia contava com Andrés Oper para sair, no mínimo, com um empate.
A equipe da Croácia tratou de liquidar a partida logo no primeiro tempo: Mesmo perdendo uma ótima chance com Srna, a equipe croata marcou duas vezes, aos 39 e aos 45, em arremates de Eduardo da Silva. Até o fim da partida, Bilic ainda lançou o jovem Rakitic, do Schalke 04, e Olic, para segurar o placar, ou até mesmo ampliar o marcador, o que não foi possível.
Grupo F
Suécia 0 x 0 Dinamarca
Em jogo de duas equipes bastante iguais, comparando o nível técnico das duas seleções, Suécia e Dinamarca não passaram do zero na partida realizada ontem, no Råsunda, em Solna (Suécia). A equipe de Lars Lagerbäck, com um leve favoritismo para o duelo, contava com o trio Wilhelmsson – Ibrahimovic – Elmander para sair com a vitória. Por sua vez, a Dinamarca apostava no seu meio-campo consistente, tanto ofensivamente, quanto defensivamente, carregado por Rommedahl e Kahlenberg.
A Suécia, fazendo valer o mando de campo, teve as melhores oportunidades de marcar. Em duas cabeçadas de Elmander, a equipe esteve próxima de abrir o placar. Numa, ela foi pra fora; Na outra, Sorensen fez linda defesa.
E, logo no início da segunda etapa, Svensson arriscou de fora da área e exigiu nova defesa de Sorensen. Insatisfeito, Morten Olsen, técnico dinamarquês, lançou o jovem Bendtner na vaga do apagado Kahlenberg. A equipe mudou de postura, e Agger, após escanteio cobrado, exigiu reflexo de Isaksson. Lagerbäck apostou em Källström e Bakircioglü, porém a equipe não achou o gol que daria a liderança ainda mais isolada do grupo. A Suécia é líder com 19 pontos, enquanto a Dinamarca é apenas a quarta colocada, com 11, e muito distante do G-2.
Letônia 1 x 0 Irlanda do Norte
Foi apenas a segunda vitória dos letões na competição. Porém, o suficiente para satisfazer o torcedor da Letônia, que compareceu para ver a equipe e apreciar os comandados de Aleksandrs Starkovs derrotarem a equipe que é carregada por David Healy, destaque do Fulham na Premier League.
Os holofotes estavam voltados para Maris Verpakovskis, destaque letão, e principalmente para David Healy, queridinho da torcida norte-irlandesa. O ponta-de-lança, que já acumula 11 gols na competição, esteve próximo de marcar na primeira etapa, porém não acertou o pé por duas vezes.
Até que, no início do segundo tempo, um jogador da Irlanda do norte marcou gol! Para desespero dos norte-irlandeses, o gol foi contra...o letão Bleidelis cruzou e Chris Baier desviou contra a própria meta, impedindo que a Irlanda do Norte chegasse ao G-2. A equipe tem os mesmos 16 pontos da Espanha, porém está em 3º. A Letônia está em 5º, com 6 pontos.
Islândia 1 x 1 Espanha
A Fúria já não mostra a mesma ‘fúria’ de outros tempos. A equipe teve a sua seqüência de quatro vitórias seguidas na Euro interrompida, e ficou num empate amargo contra a Islândia, que não foi bom para ambas as equipes. Decidida a manter a boa fase nas Eliminatórias, Luis Aragonés armou sua equipe no 4-4-2, com Joaquín e David Silva abertos pelos flancos, servindo os atacantes David Villa e Fernando Torres. Por sua vez, a Islândia tinha sua esperança depositada no meia e camisa 11, Hallfredsson.
Antes do início da partida, os jogadores prestaram homenagem ao falecido Antonio Puerta, lateral do Sevilla, com um minuto de silêncio. E parece que, disposta a homenagear o ex-companheiro, a fúria partiu para o ataque, e Villa chegou próximo do gol. Porém, Luis Aragonés não contava que, ainda aos 20 do primeiro tempo, Xabi Alonso seria expulso após entrada dura sobre Arnar Vidarsson. Com a expulsão, Aragonés foi obrigado a lançar Albelda na vaga de Pernía, recompondo o meio-campo, sem mexer em qualquer peça ofensiva.
E a partida não conspirava a favor da Espanha: Depois de perder gols incríveis com Sérgio Ramos e Torres, a Fúria foi castigada com um gol de Hallfredsson, após lançamento de Gudjonsson.
No segundo tempo, Aragonés fez duas alterações que mudariam a cara da partida: Iniesta e Luis Garcia substituíram Fernando Torres e Joaquín, recompondo de vez a perda de Xabi Alonso. E a alteração deu certo: Na jogada dos recém-entrados na partida, Luis Garcia lançou e Iniesta tocou para o fundo das redes, dando números finais a partida.
A Espanha conquista a vice-liderança, com 16 pontos (ultrapassando a Irlanda), enquanto a Islândia é penúltima, com apenas cinco.
Grupo G
Bielo-Rússia 1 x 3 Romênia
Comandados pelo craque Adrian Mutu, autor de dois gols, a Romênia derrotou a Bielo-Rússia fora de casa e manteve, mais viva do que nunca, as chances de comparecerem a Euro /08, liderando o grupo com 20 pontos. A Bielo-Rússia é a penúltima, com sete pontos na bagagem.
A equipe da casa, treinada por Bernd Strange, tinha como principal nome, o volante Aleksandr Hleb, meio-campista talentoso do Arsenal. Porém, uma andorinha só não faz verão, e este tem sido o ditado perfeito para a campanha da Bielo-Rússia nestas eliminatórias. Do outro lado, a Romênia de Victor Piturca apostava na sua poderosíssima dupla de ataque, formada por Adrian Mutu e pelo surpreendente Sergiu Radu, do Wolfsburg. Porém, o principal destaque estava na defesa: Chivu, recém-contratado pela Internazionale de Milão.
Após um contra-ataque veloz puxado por Dica, Adrian Mutu invadiu a área e tocou para o gol, marcando o primeiro da seleção romena, aos 17. A reação veio 3 minutos depois: Hleb deu um passe açucarado para Romaschenko arrematar com força e empatar a partida.
A reação da Romênia não foi tão tardia assim: Adrian Mutu e Christian Chivu pararam no goleiro Khomutovski, porém Dica foi mais esperto e recolocou os romenos na frente.
Paul Codrea e Adrian Mutu voltaram a assustar o goleiro bielo-russo, porém o mesmo Mutu, cobrando pênalti sofrido por ele mesmo, marcou o terceiro e fechou o placar. O man of the match foi o maestro da equipe, e talvez o principal destaque desta rodada, no geral.
Luxemburgo 0 x 3 Eslovênia
No jogo de pior nível técnico da rodada, a Eslovênia não teve dificuldades para derrotar a frágil seleção de Luxemburgo por 3 a 0, fora de casa. A equipe mandante acumula uma campanha com 8 jogos e 8 derrotas, enquanto a Eslovênia é apenas a quinta colocada, com 7 pontos.
Novakovič e Lavrič formaram uma dupla impecável contra a equipe mandante: No primeiro gol, o primeiro jogador cruzou, para o segundo marcar o gol inaugural da partida. Aos 37, após jogada de Robert Koren, Novakovič arrematou e fez o segundo. No início da segunda etapa, novamente Lavrič marcou, o terceiro da Eslovênia e o 2º dele na partida. Luxemburgo esboçou uma reação, tanto que chutou 15 vezes ao gol esloveno. O principal veio com Peters, defendido por Handanovič.
Holanda 2 x 0 Bulgária
A Holanda, comandada pelos “merengues” Wesley Sneijder e Ruud van Nistelrooy, ambos atletas do Real Madrid, derrotou a Bulgária de Dimitar Berbatov por 2 a 0 e voltou para o G-2 da Euro, com 17 pontos. A Bulgária tem 15, e foi ultrapassada pelo adversário do duelo de hoje.
Marco van Basten armou a laranja mecânica no 4-3-3, esquema holandês habitual, com De Zeuuw ganhando a vaga do badalado De Jong na meiuca. Babel, Nistelrooy e Robin van Persie compuseram o trio de ataque holandês.
Por sua vez, a Bulgária atuou no bom e velho 4-4-2, com Petrov organizando as jogadas na meia cancha, e assim como os outros companheiros, explorando os lançamentos para Berbatov, um dos maiores goleadores da atualidade.
Mesmo com um time de dar inveja aos outros representantes europeus, a Holanda não conseguiu realizar uma jogada trabalhada, e marcou seu primeiro gol numa bola parada: Sneijder, que atravessa uma excelente fase desde quando atuava pelo Ajax Amsterdam, cobrou falta de longe e venceu o goleiro Ivankov, marcando um golaço.
A defesa búlgara, que foi escalada por Dimitar Penev, não conseguia segurar o ímpeto ofensivo holandês. Na única oportunidade da Bulgária no primeiro tempo, Berbatov mandou pra fora. A Holanda respondeu em grande estilo, e Nistelrooy, após lançamento do ótimo Ryan Babel, tocou com categoria para o gol, no canto esquerdo de Ivankov.
Van Basten, aproveitando a partida ganha, colocou Clarence Seedorf no lugar de Sneijder, que recebeu aplausos da torcida, como era de se esperar. A Bulgária ainda se expôs após a entrada de Popov no lugar de George Peev, mas não foi suficiente para evitar uma nova vitória holandesa.
Seleção da rodada – Feita por aquele que vos escreve:
Malafeev (Rússia)
Lassana Diarra (França)
Micah Richards (Inglaterra)
Chivu (Romênia)
Jankulovski (República Tcheca)
Iniesta (Espanha)
Sneijder (Holanda)
Joe Cole (Inglaterra)
Klose (Alemanha)
Adrian Mutu (Romênia)
Eduardo da Silva (Croácia)
Coach: Joaquim Löw (Alemanha)