Demorou, mas o time mais caro
do Mundo voltou a conquistar a Europa após 12 anos, o Real Madrid sofreu, mas
ganhou sua 10ª Liga dos Campeões, em um jogo tenso contra o seu rival local
Atlético de Madrid na final disputada no Estádio da Luz em Lisboa. O placar
folgado para o Real (4 a 1) só foi construído na prorrogação.
O clima em Lisboa estava de
jogo final, como as duas equipes eram da mesma cidade, temiam-se confrontos
violentos, o que, felizmente, não aconteceu e as duas torcidas conviveram
harmoniosamente. Os atleticanos cantavam mais, como ocorrera durante toda
temporada.
Na escalação, os dois técnicos
tiveram problemas. Carlo Ancelotti colocou Varane no lugar de Pepe e Khedira na
vaga de Xabi Alonso, suspenso. Pelo lado vermelho, Raul Garcia entrou na vaga
de Arda Turan, suspenso, mas Diego Costa, depois de um monte de tratamentos,
conseguiu ir a campo e completou o ataque colchonero com David Villa. Do lado
merengue, Cristiano Ronaldo, o melhor do mundo, junto com Bale, Di Maria e
Benzema eram as esperanças de conquistar a “La Décima”.
Quando o jogo começou, a
tensão era visível nos dois times. Diego Costa não aguentou e voltou a sentir o
músculo, dando lugar a Adrián Lopez logo aos 9 minutos de jogo e essa
substituição seria sentida no fim de jogo.
Nos primeiros trinta minutos, ambas
as equipes ficaram presas às marcações do adversário e não criaram chances de
gols. O jogo ficou só no meio-campo. A primeira chance foi do Real, Bale
conseguiu achar um espaço na defesa do Atlético e chutou com perigo, mas a bola
passou a direita de Courtois.
A resposta colchonera foi
fatal e na sua especialidade, a bola aérea. Aos 35, Gabi cruzou e o uruguaio
Godin, o mesmo que fizera o gol do título espanhol, aproveitou a péssima saída
de Casillas e, de cabeça, encobriu o goleiro merengue, que foi atrás da bola,
mas não conseguiu salvar o gol atleticano. 1 a 0 e festa vermelha em Lisboa.
O gol deu tranquilidade ao
Atlético que seguiu superior ao Real até o intervalo, porém, sem criar chances
agudas. O intervalo foi o fim do domínio atleticano no jogo.
Buscando o empate, o Real
voltou para o segundo tempo em cima. E coube a Di Maria, o menos badalado dos
atacantes merengues, colocar fogo no jogo, o argentino era o único a conseguir
vencer a forte marcação colchonera. O jogo era, praticamente, um ataque contra
defesa, pois o Atlético não conseguia atacar, só se defendia.
Porém, a sorte parecia estar
do lado vermelho, pois mesmo na pressão, o Real não conseguia acertar o gol do
belga Courtois. Cristiano Ronaldo fazia uma partida muito aquém de um melhor do
mundo, Bale errou mais duas chances de gol. As alterações de Ancelotti
colocaram o Real mais em cima do Atlético.
O jogo seguiu nessa toada até
o fim, mas aos 48 do segundo tempo, a persistência merengue deu resultado.
Modric cobrou escanteio e o herói do jogo de Munique contra o Bayern, Sérgio
Ramos, cabeceou com perfeição no canto e empatou o jogo, levando o jogo para a prorrogação.
Um empate sensacional.
O gol de empate foi uma ducha
de água fria no time colchonero que já estava cansado. No primeiro tempo da
prorrogação, o jogo foi de muito estudo e poucas chances; mas o cansaço
vermelho foi determinante para a vitória merengue no segundo período.
O melhor do jogo, Di Maria,
fez fila aos sete e chutou para defesa do belga que deu rebote para Bale virar
o jogo. Era o gol do título merengue, pois o Atlético ficou abalado e baixou a
guarda. Aos 12, teve o terceiro gol do Real marcado por Marcelo.
Para não dizer que Cristiano Ronaldo
não fez nada no jogo, aos 14 ele sofreu pênalti de Juanfran que o próprio
Ronaldo bateu e fechou a goleada e a temporada 2013/2014 da Liga dos Campeões
da Europa. Foi o 17º gol do português na competição em que se tornou o maior
artilheiro em uma edição e saiu na frente para conquistar o terceiro título de
melhor do mundo
Enfim, depois de várias
eliminações nas semifinais, o Madrid conseguiu o título que perseguia há 12
anos e a festa merengue vai ser grande. O Real está classificado para o Mundial
de Clubes disputado em Dezembro no Marrocos.