Por Gabriel Seixas
A torcida rubro-negra passou por algumas provações no Campeonato Brasileiro. O time começou mal, beirou a zona de rebaixamento, até a saída do técnico Cuca para a chegada de Andrade. E ele foi um dos principais responsáveis pela ascensão do rubro-negro, que engatou um segundo turno espetacular, e aos poucos, conseguiu entrar na zona da Libertadores. Com a vaga para o maior torneio das Américas praticamente carimbada, o Flamengo entrou em campo para enfrentar o Corinthians com chances renovadas de assumir o 1º lugar, que foi desperdiçada na rodada passada ao empatar em casa com o Goiás. E num domingo que tudo deu certo, o Flamengo finalmente assumiu a liderança do Brasileirão. O rubro-negro derrotou o Corinthians por 2 a 0, e com a derrota do ex-líder São Paulo para o Goiás por 4 a 2, se aproximou ainda mais do hexacampeonato. Zé Roberto, no primeiro tempo, e Léo Moura, cobrando pênalti no último minuto do jogo, fizeram os gols da vitória, que foi cercada de emoção.
O jogo prometia o tão sonhado confronto entre Adriano e Ronaldo. Bem, prometia até o desfalque de Adriano ser confirmado na véspera do jogo pelo Flamengo. Depois de muito mistério, Bruno Mezenga foi confirmado na vaga do artilheiro. Pelo Timão, Balbuena e William eram os desfalques na defesa, além de Dentinho no ataque. As esperanças ficavam por conta do trio Defederico, Jorge Henrique e o Fenômeno Ronaldo para incomodar a defesa do Fla.
A partida começou a todo vapor, com o Flamengo tomando o controle das ações. Foram duas chances claras de gol a partir dos 4 minutos. Petkovic cobrou falta, e Álvaro desviou no pé da trave de Felipe. Pouco depois, foi a vez de Petkovic cobrar escanteio. A bola passou por todo mundo e chegou até Willians, que de frente pro gol, bateu pra fora e desperdiçou outra grande chance. No ínterim dessas duas oportunidades, o Corinthians foi obrigado a forçar uma alteração: Edu, contundido, deu lugar a Moradei.
E a blitz não parou por aí. Aos 11 minutos, Bruno Mezenga avançou pela direita, e mesmo colado com a marcação, acertou um chute perigoso, cruzado, que passou rente a trave de Felipe. O Corinthians só respondeu aos 13, na sua primeira boa oportunidade. Escudero acertou um chute do meio da rua, e por pouco não encobriu Bruno, que espalmou pra escanteio.
Ronaldo, pouco acionado, não levava perigo a defesa rubro-negra. Pior: teve que deixar o campo aos 25 minutos, depois de uma dividida com Airton dentro da área (na qual o Fenômeno reclamou de pênalti). O criticado Souza substituiu-o.
No minuto seguinte, outro castigo para a torcida e o time corinthiano. E esse foi muito pior. Toró acertou ótimo lançamento do meio de campo que chegou até Zé Roberto. O atacante conduziu a bola até a área e chutou. A bola passou entre as pernas de Felipe e morreu no fundo das redes. A torcida do Flamengo presente no Brinco de Ouro (já que o Corinthians não mandou seu jogo no Pacaembu), fazia uma festa dupla, com o gol de empate do Goiás contra o São Paulo no outro jogo (até então o jogo estava 1 a 1).
Em desvantagem, o Corinthians passou a se soltar mais, e mesmo perdendo dois jogadores importantes em 25 minutos, conseguiu criar oportunidades. Aos 37 minutos, a melhor chance: o argentino Defederico recebeu na área, driblou Bruno, e na hora de concluir, chutou fraco, permitindo que o zagueiro Álvaro evitasse o gol de empate.
A última chance foi com Chicão, no último minuto do primeiro tempo. Ele cobrou falta da entrada da área, no ângulo direito de Bruno, que por sua vez, se esticou todo para espalmar.
Depois de um primeiro tempo movimentadíssimo, os dois times deram início a um segundo tempo morno, com poucas oportunidades. Paulo André teve a primeira pelo Corinthians. O zagueiro desviou uma cobrança de escanteio, mas Bruno pegou com tranquilidade.
Para mudar o ímpeto do Flamengo, Andrade trocou o craque Petkovic pelo chileno Fierro. E foi o chileno que, três minutos depois, teve participação direta na expulsão de um jogador do Corinthians. Chicão deu um pisão em Fierro, recebeu o segundo cartão amarelo e foi pro chuveiro mais cedo, deixando o Corinthians com um jogador a menos.
Mas isso não foi suficiente para o Flamengo deixar de mudar a postura de apenas administrar a partida. E nem precisava, afinal, era o suficiente para manter a vitória, e com o tropeço do São Paulo por 4 a 2 no outro jogo, o panorama estava ainda melhor. Andrade colocou Denis Marques no lugar do apagado Bruno Mezenga, para dar mais mobilidade ao ataque.
A entrada de Denis surtiu efeito aos 42 minutos, numa jogada individual do atacante do Flamengo. Ele puxou um contra-ataque, limpou o marcador, mas na hora da conclusão, chutou fraco, facilitando a defesa de Felipe. Mas o segundo gol ainda estava a caminho. Aos 45 minutos, Léo Moura recebeu na ponta direita, e na hora de driblar o corinthiano Dodô, foi segurado dentro da área. O juiz não hesitou em marcar pênalti. Na cobrança, o próprio Léo Moura cobrou no canto direito do Felipe, que nem se mexeu.
Festa dos rubro-negros que compareceram ao Brinco de Ouro, que presenciaram o time chegar pela primeira vez a liderança do torneio, depois de 37 rodadas. Com dois pontos de vantagem para o vice-líder, que agora é o Internacional, o Fla depende apenas de si para garantir o título. Basta vencer o Grêmio, na última rodada, no Maracanã para garantir o tão sonhado hexacampeonato. Mas o vacilo contra o Goiás, na rodada passada, serve de alerta para evitar o oba-oba, que pode prejudicar o time. A festa está preparada para o próximo domingo. O Flamengo está muito próximo de pôr fim a um jejum de 17 anos sem conquistar um título do Campeonato Brasileiro.
Curtinhas
- O Internacional confirmou o favoritismo e derrotou o rebaixado Sport por 2 a 1, de virada, mantendo suas chances de título. De quebra, o colorado assumiu a vice-liderança do Brasileirão, com 62 pontos, e está praticamente na Libertadores (a não ser que uma enorme diferença de saldo de gols seja tirada). Vandinho colocou o Sport na frente, mas Kleber e Andrezinho deram a vitória ao Inter. Os gaúchos seguem com chances de título, mesmo porque estão a dois pontos do líder Flamengo. Mas, pra isso, o Inter conta com uma ajuda especial do rival Grêmio, que visita o rubro-negro carioca na última rodada.
- Na Arena da Baixada, o Atlético-PR derrotou o Botafogo por 2 a 0, e se livrou matematicamente do rebaixamento. Por outro lado, o Fogão entrou na zona da degola. Wallyson e Paulo Baier fizeram os gols rubro-negros, que deixam o time com 47 pontos. O Botafogo, primeiro time do Z-4 tem 44 pontos, e também pode chegar a 47. Mas caso empatasse com o Furacão em número de pontos, estaria em desvantagem no critério de número de vitórias.
- Quem finalmente deixou a zona de rebaixamento foi o Fluminense. A agonia passou temporariamente com a goleada sobre o Vitória por 4 a 0. Nos primeiros 5 minutos de jogo, Alan e Fred já haviam feito 2 a 0 para os cariocas. Na etapa final, Conca, com dois gols, selou a vitória. A nota triste do confronto ficou pela pancadaria no fim do jogo, resultando nas expulsões de Leandrão, pelo Vitória, e de Diguinho pelo Flu. Com 45 pontos, o tricolor carioca deixou a zona, empurrando o Fogão, que ficou nos 44 pontos.
A torcida rubro-negra passou por algumas provações no Campeonato Brasileiro. O time começou mal, beirou a zona de rebaixamento, até a saída do técnico Cuca para a chegada de Andrade. E ele foi um dos principais responsáveis pela ascensão do rubro-negro, que engatou um segundo turno espetacular, e aos poucos, conseguiu entrar na zona da Libertadores. Com a vaga para o maior torneio das Américas praticamente carimbada, o Flamengo entrou em campo para enfrentar o Corinthians com chances renovadas de assumir o 1º lugar, que foi desperdiçada na rodada passada ao empatar em casa com o Goiás. E num domingo que tudo deu certo, o Flamengo finalmente assumiu a liderança do Brasileirão. O rubro-negro derrotou o Corinthians por 2 a 0, e com a derrota do ex-líder São Paulo para o Goiás por 4 a 2, se aproximou ainda mais do hexacampeonato. Zé Roberto, no primeiro tempo, e Léo Moura, cobrando pênalti no último minuto do jogo, fizeram os gols da vitória, que foi cercada de emoção.
O jogo prometia o tão sonhado confronto entre Adriano e Ronaldo. Bem, prometia até o desfalque de Adriano ser confirmado na véspera do jogo pelo Flamengo. Depois de muito mistério, Bruno Mezenga foi confirmado na vaga do artilheiro. Pelo Timão, Balbuena e William eram os desfalques na defesa, além de Dentinho no ataque. As esperanças ficavam por conta do trio Defederico, Jorge Henrique e o Fenômeno Ronaldo para incomodar a defesa do Fla.
A partida começou a todo vapor, com o Flamengo tomando o controle das ações. Foram duas chances claras de gol a partir dos 4 minutos. Petkovic cobrou falta, e Álvaro desviou no pé da trave de Felipe. Pouco depois, foi a vez de Petkovic cobrar escanteio. A bola passou por todo mundo e chegou até Willians, que de frente pro gol, bateu pra fora e desperdiçou outra grande chance. No ínterim dessas duas oportunidades, o Corinthians foi obrigado a forçar uma alteração: Edu, contundido, deu lugar a Moradei.
E a blitz não parou por aí. Aos 11 minutos, Bruno Mezenga avançou pela direita, e mesmo colado com a marcação, acertou um chute perigoso, cruzado, que passou rente a trave de Felipe. O Corinthians só respondeu aos 13, na sua primeira boa oportunidade. Escudero acertou um chute do meio da rua, e por pouco não encobriu Bruno, que espalmou pra escanteio.
Ronaldo, pouco acionado, não levava perigo a defesa rubro-negra. Pior: teve que deixar o campo aos 25 minutos, depois de uma dividida com Airton dentro da área (na qual o Fenômeno reclamou de pênalti). O criticado Souza substituiu-o.
No minuto seguinte, outro castigo para a torcida e o time corinthiano. E esse foi muito pior. Toró acertou ótimo lançamento do meio de campo que chegou até Zé Roberto. O atacante conduziu a bola até a área e chutou. A bola passou entre as pernas de Felipe e morreu no fundo das redes. A torcida do Flamengo presente no Brinco de Ouro (já que o Corinthians não mandou seu jogo no Pacaembu), fazia uma festa dupla, com o gol de empate do Goiás contra o São Paulo no outro jogo (até então o jogo estava 1 a 1).
Em desvantagem, o Corinthians passou a se soltar mais, e mesmo perdendo dois jogadores importantes em 25 minutos, conseguiu criar oportunidades. Aos 37 minutos, a melhor chance: o argentino Defederico recebeu na área, driblou Bruno, e na hora de concluir, chutou fraco, permitindo que o zagueiro Álvaro evitasse o gol de empate.
A última chance foi com Chicão, no último minuto do primeiro tempo. Ele cobrou falta da entrada da área, no ângulo direito de Bruno, que por sua vez, se esticou todo para espalmar.
Depois de um primeiro tempo movimentadíssimo, os dois times deram início a um segundo tempo morno, com poucas oportunidades. Paulo André teve a primeira pelo Corinthians. O zagueiro desviou uma cobrança de escanteio, mas Bruno pegou com tranquilidade.
Para mudar o ímpeto do Flamengo, Andrade trocou o craque Petkovic pelo chileno Fierro. E foi o chileno que, três minutos depois, teve participação direta na expulsão de um jogador do Corinthians. Chicão deu um pisão em Fierro, recebeu o segundo cartão amarelo e foi pro chuveiro mais cedo, deixando o Corinthians com um jogador a menos.
Mas isso não foi suficiente para o Flamengo deixar de mudar a postura de apenas administrar a partida. E nem precisava, afinal, era o suficiente para manter a vitória, e com o tropeço do São Paulo por 4 a 2 no outro jogo, o panorama estava ainda melhor. Andrade colocou Denis Marques no lugar do apagado Bruno Mezenga, para dar mais mobilidade ao ataque.
A entrada de Denis surtiu efeito aos 42 minutos, numa jogada individual do atacante do Flamengo. Ele puxou um contra-ataque, limpou o marcador, mas na hora da conclusão, chutou fraco, facilitando a defesa de Felipe. Mas o segundo gol ainda estava a caminho. Aos 45 minutos, Léo Moura recebeu na ponta direita, e na hora de driblar o corinthiano Dodô, foi segurado dentro da área. O juiz não hesitou em marcar pênalti. Na cobrança, o próprio Léo Moura cobrou no canto direito do Felipe, que nem se mexeu.
Festa dos rubro-negros que compareceram ao Brinco de Ouro, que presenciaram o time chegar pela primeira vez a liderança do torneio, depois de 37 rodadas. Com dois pontos de vantagem para o vice-líder, que agora é o Internacional, o Fla depende apenas de si para garantir o título. Basta vencer o Grêmio, na última rodada, no Maracanã para garantir o tão sonhado hexacampeonato. Mas o vacilo contra o Goiás, na rodada passada, serve de alerta para evitar o oba-oba, que pode prejudicar o time. A festa está preparada para o próximo domingo. O Flamengo está muito próximo de pôr fim a um jejum de 17 anos sem conquistar um título do Campeonato Brasileiro.
Curtinhas
- O Internacional confirmou o favoritismo e derrotou o rebaixado Sport por 2 a 1, de virada, mantendo suas chances de título. De quebra, o colorado assumiu a vice-liderança do Brasileirão, com 62 pontos, e está praticamente na Libertadores (a não ser que uma enorme diferença de saldo de gols seja tirada). Vandinho colocou o Sport na frente, mas Kleber e Andrezinho deram a vitória ao Inter. Os gaúchos seguem com chances de título, mesmo porque estão a dois pontos do líder Flamengo. Mas, pra isso, o Inter conta com uma ajuda especial do rival Grêmio, que visita o rubro-negro carioca na última rodada.
- Na Arena da Baixada, o Atlético-PR derrotou o Botafogo por 2 a 0, e se livrou matematicamente do rebaixamento. Por outro lado, o Fogão entrou na zona da degola. Wallyson e Paulo Baier fizeram os gols rubro-negros, que deixam o time com 47 pontos. O Botafogo, primeiro time do Z-4 tem 44 pontos, e também pode chegar a 47. Mas caso empatasse com o Furacão em número de pontos, estaria em desvantagem no critério de número de vitórias.
- Quem finalmente deixou a zona de rebaixamento foi o Fluminense. A agonia passou temporariamente com a goleada sobre o Vitória por 4 a 0. Nos primeiros 5 minutos de jogo, Alan e Fred já haviam feito 2 a 0 para os cariocas. Na etapa final, Conca, com dois gols, selou a vitória. A nota triste do confronto ficou pela pancadaria no fim do jogo, resultando nas expulsões de Leandrão, pelo Vitória, e de Diguinho pelo Flu. Com 45 pontos, o tricolor carioca deixou a zona, empurrando o Fogão, que ficou nos 44 pontos.
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