Por Gabriel Seixas
O futebol carioca vive um momento delicado na Primeira Divisão. Já não bastassem Botafogo e Fluminense na zona do rebaixamento, é a vez do Flamengo cair ladeira abaixo na tabela do campeonato. A situação ficou complicada com a segunda derrota consecutiva do time, dessa vez no Maracanã para o Cruzeiro, por 2 a 1. Emerson abriu o placar para o rubro-negro, que saiu para o intervalo em vantagem. Mas Diego Renan e Fabrício, no segundo tempo, viraram o jogo para o time de Minas, que aumentou sua série invicta para 3 jogos e parece ter finalmente acordado no Brasileirão. O time agora ocupa a 13ª colocação com 24 pontos, enquanto o Flamengo soma 27 pontos, e está uma posição acima.
Garotada de um lado, improvisações do outro
Andrade tinha diversos problemas para montar o time pro jogo de hoje. Os laterais titulares, Juan e Léo Moura, já viraram desfalques constantes. Kléberson é outro desfalque sério, e não volta até o início da próxima temporada. Petkovic, que não atuou na rodada passada, novamente não teve condições de atuar. Já o zagueiro Wellinton e o meia Everton estavam suspensos, somando seis titulares fora do confronto. O jeito foi apelar para a garotada. Fabrício, Everton Silva, Lenon e Jorbison, todos formados na base, atuaram desde o início do jogo.
Do lado de lá, Adílson Batista inovou. Para suprir a ausência de Jonathan, suspenso, o treinador escalou o zagueiro Gil, recém-contratado do Atlético Goianiense como terceiro zagueiro, soltando ora Fabrício, ora Marquinhos Paraná pela ala direita. Wellington Paulista também não atuou, e deu lugar a Thiago Ribeiro, contestado pela torcida mineira.
Emerson por pouco não foi embora... e por pouco não decidiu o jogo
O primeiro tempo chuvoso não chamou a atenção de quem foi ao Maracanã, afinal, nenhum dos times tinha a partida sob controle. O Flamengo incomodava mais, principalmente com Emerson, que viveu uma semana de despedida da Gávea, mas acabou permanecendo no clube. Mas a primeira jogada de real perigo veio com Adriano, recém-convocado para a seleção brasileira. Na única jogada em que demonstrou lucidez, ele deu belo passe para Everton Silva na direita, mas o goleiro Fábio antecipou a jogada e defendeu.
O Cruzeiro encontrava dificuldades para sair pro jogo, sobretudo por causa da falta de um meia armador – que hoje foi Gilberto, já que Wagner foi negociado. Assim, o time dependia de erros individuais do adversário. Foi o que aconteceu. Bruno e Lenon fizeram bobeira na defesa e a bola parou no pé de Kleber, que recebeu de Marquinhos Paraná e bateu forte, mas Bruno defendeu no reflexo.
Daí começou o show particular de Emerson. Aos 27 minutos, ele tentou por cobertura e acertou a trave de Fábio. Poucos minutos depois, o camisa 11 recebeu bom cruzamento do garoto Jorbison e cabeceou no contrapé do goleiro cruzeirense, abrindo o placar. Aliás, os dois eram as poucas figuras que fizeram bonito no time rubro-negro. Jogadores como Everton Silva, pressionado pela torcida, Fierro – que está tendo oportunidades, mas não está sabendo aproveitá-las -, e Adriano não desempenharam um bom papel até o fim da partida. Pelo lado cruzeirense, um time taticamente desordenado, que tinha as figuras de Gilberto e Kleber apagadas, e os Thiagos, Heleno e Ribeiro, fazendo péssima partida.
Adílson mexeu, e resolveu o jogo; Sobraram vaias para o rubro-negro
Na volta do intervalo, Adílson decidiu fazer o simples, e colocou o lateral de ofício Jancarlos na vaga de Thiago Heleno, mudando o esquema tático para o 4-4-2. E o time começou a dar resultado. O perseguido Everton Silva, que parecia sentir a pressão da torcida, perdeu a bola para o cruzeirense Diego Renan, que avançou e chutou entre as pernas de Bruno, igualando o marcador.
Faltava futebol, e sobrava vaias para o time rubro-negro. Então, Andrade recorreu novamente aos garotos. Camacho substituiu o criticado Fierro, e o garoto Rafael Galhardo, de 17 anos, estreou pelo time profissional no lugar do cansado Jorbison. Mas foi Adílson que fez a alteração que mudou o ímpeto cruzeirense. Thiago Ribeiro deixou o time para a entrada de Soares, aumentando o poder ofensivo dos mineiros. Deu resultado. Soares dividiu com Bruno e a bola sobrou para Fabrício, que bateu e Bruno aceitou. A partir daí, foi Bruno o principal alvo da torcida rubro-negra até o fim da partida.
Emerson sentiu um estiramento na coxa após uma arrancada e teve de ser substituído. Mesmo com Denis Marques, eventual substituto no banco, Andrade optou pelo argentino Maxi, outro que está marcado com a torcida. Do outro lado, Adílson lançou o garoto Dudu na vaga de Gilberto, deixando o time mais solto e esperto nos contra-ataques.
Mas foi Bruno o centro das atenções do segundo gol até o fim da partida. O goleiro rubro-negro parecia pouco preocupado com o resultado adverso, e irritava a torcida com sua demora na reposição de bola – que foi entendido como forma de provocação à nação rubro-negra.
Méritos para o Cruzeiro, que jogou melhor e mereceu o resultado. E para Adílson Batista, que dessa vez, decidiu o placar a favor de seu time. O trauma da Libertadores parece ter finalmente sumido, mas a montagem do time sem os jogadores que foram embora ainda parece indefinida, sobretudo do meio pra frente. Leandro Lima foi contratado para ser a solução do meio-campo cruzeirense, que ainda está à espera de Guerrón. No ataque, falta o parceiro ideal para Kleber. Dá para sonhar com vôos mais altos neste campeonato.
Enquanto isso, o Flamengo continua a seis pontos do G-4, e agora tem o Avaí pela frente, em Santa Catarina. O adversário somou seu décimo jogo sem perder, e na situação que está, chega como favorito para o confronto. Mas o Fla tem jogadores que desequilibram, como Adriano e Emerson – que devido a contusão de hoje, pode desfalcar o time no fim de semana. Muitas indecisões neste campeonato tão embolado e cheio de emoções.
O futebol carioca vive um momento delicado na Primeira Divisão. Já não bastassem Botafogo e Fluminense na zona do rebaixamento, é a vez do Flamengo cair ladeira abaixo na tabela do campeonato. A situação ficou complicada com a segunda derrota consecutiva do time, dessa vez no Maracanã para o Cruzeiro, por 2 a 1. Emerson abriu o placar para o rubro-negro, que saiu para o intervalo em vantagem. Mas Diego Renan e Fabrício, no segundo tempo, viraram o jogo para o time de Minas, que aumentou sua série invicta para 3 jogos e parece ter finalmente acordado no Brasileirão. O time agora ocupa a 13ª colocação com 24 pontos, enquanto o Flamengo soma 27 pontos, e está uma posição acima.
Garotada de um lado, improvisações do outro
Andrade tinha diversos problemas para montar o time pro jogo de hoje. Os laterais titulares, Juan e Léo Moura, já viraram desfalques constantes. Kléberson é outro desfalque sério, e não volta até o início da próxima temporada. Petkovic, que não atuou na rodada passada, novamente não teve condições de atuar. Já o zagueiro Wellinton e o meia Everton estavam suspensos, somando seis titulares fora do confronto. O jeito foi apelar para a garotada. Fabrício, Everton Silva, Lenon e Jorbison, todos formados na base, atuaram desde o início do jogo.
Do lado de lá, Adílson Batista inovou. Para suprir a ausência de Jonathan, suspenso, o treinador escalou o zagueiro Gil, recém-contratado do Atlético Goianiense como terceiro zagueiro, soltando ora Fabrício, ora Marquinhos Paraná pela ala direita. Wellington Paulista também não atuou, e deu lugar a Thiago Ribeiro, contestado pela torcida mineira.
Emerson por pouco não foi embora... e por pouco não decidiu o jogo
O primeiro tempo chuvoso não chamou a atenção de quem foi ao Maracanã, afinal, nenhum dos times tinha a partida sob controle. O Flamengo incomodava mais, principalmente com Emerson, que viveu uma semana de despedida da Gávea, mas acabou permanecendo no clube. Mas a primeira jogada de real perigo veio com Adriano, recém-convocado para a seleção brasileira. Na única jogada em que demonstrou lucidez, ele deu belo passe para Everton Silva na direita, mas o goleiro Fábio antecipou a jogada e defendeu.
O Cruzeiro encontrava dificuldades para sair pro jogo, sobretudo por causa da falta de um meia armador – que hoje foi Gilberto, já que Wagner foi negociado. Assim, o time dependia de erros individuais do adversário. Foi o que aconteceu. Bruno e Lenon fizeram bobeira na defesa e a bola parou no pé de Kleber, que recebeu de Marquinhos Paraná e bateu forte, mas Bruno defendeu no reflexo.
Daí começou o show particular de Emerson. Aos 27 minutos, ele tentou por cobertura e acertou a trave de Fábio. Poucos minutos depois, o camisa 11 recebeu bom cruzamento do garoto Jorbison e cabeceou no contrapé do goleiro cruzeirense, abrindo o placar. Aliás, os dois eram as poucas figuras que fizeram bonito no time rubro-negro. Jogadores como Everton Silva, pressionado pela torcida, Fierro – que está tendo oportunidades, mas não está sabendo aproveitá-las -, e Adriano não desempenharam um bom papel até o fim da partida. Pelo lado cruzeirense, um time taticamente desordenado, que tinha as figuras de Gilberto e Kleber apagadas, e os Thiagos, Heleno e Ribeiro, fazendo péssima partida.
Adílson mexeu, e resolveu o jogo; Sobraram vaias para o rubro-negro
Na volta do intervalo, Adílson decidiu fazer o simples, e colocou o lateral de ofício Jancarlos na vaga de Thiago Heleno, mudando o esquema tático para o 4-4-2. E o time começou a dar resultado. O perseguido Everton Silva, que parecia sentir a pressão da torcida, perdeu a bola para o cruzeirense Diego Renan, que avançou e chutou entre as pernas de Bruno, igualando o marcador.
Faltava futebol, e sobrava vaias para o time rubro-negro. Então, Andrade recorreu novamente aos garotos. Camacho substituiu o criticado Fierro, e o garoto Rafael Galhardo, de 17 anos, estreou pelo time profissional no lugar do cansado Jorbison. Mas foi Adílson que fez a alteração que mudou o ímpeto cruzeirense. Thiago Ribeiro deixou o time para a entrada de Soares, aumentando o poder ofensivo dos mineiros. Deu resultado. Soares dividiu com Bruno e a bola sobrou para Fabrício, que bateu e Bruno aceitou. A partir daí, foi Bruno o principal alvo da torcida rubro-negra até o fim da partida.
Emerson sentiu um estiramento na coxa após uma arrancada e teve de ser substituído. Mesmo com Denis Marques, eventual substituto no banco, Andrade optou pelo argentino Maxi, outro que está marcado com a torcida. Do outro lado, Adílson lançou o garoto Dudu na vaga de Gilberto, deixando o time mais solto e esperto nos contra-ataques.
Mas foi Bruno o centro das atenções do segundo gol até o fim da partida. O goleiro rubro-negro parecia pouco preocupado com o resultado adverso, e irritava a torcida com sua demora na reposição de bola – que foi entendido como forma de provocação à nação rubro-negra.
Méritos para o Cruzeiro, que jogou melhor e mereceu o resultado. E para Adílson Batista, que dessa vez, decidiu o placar a favor de seu time. O trauma da Libertadores parece ter finalmente sumido, mas a montagem do time sem os jogadores que foram embora ainda parece indefinida, sobretudo do meio pra frente. Leandro Lima foi contratado para ser a solução do meio-campo cruzeirense, que ainda está à espera de Guerrón. No ataque, falta o parceiro ideal para Kleber. Dá para sonhar com vôos mais altos neste campeonato.
Enquanto isso, o Flamengo continua a seis pontos do G-4, e agora tem o Avaí pela frente, em Santa Catarina. O adversário somou seu décimo jogo sem perder, e na situação que está, chega como favorito para o confronto. Mas o Fla tem jogadores que desequilibram, como Adriano e Emerson – que devido a contusão de hoje, pode desfalcar o time no fim de semana. Muitas indecisões neste campeonato tão embolado e cheio de emoções.
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