Muito tem se comentado desde o
jogo decisivo para o Atlético contra o Fluminense (vitória atleticana por 3 a 2
no Independência no último minuto) da briga que a torcida atleticana comprou
com a CBF por causa de erros de arbitragem. É uma questão delicada e que pode
prejudicar o time na reta final do Brasileirão, em que briga com o próprio Flu
pelo título nacional.
Vamos lá aos pontos desta
questão. A entidade máxima do Futebol Brasileiro sempre foi localizada no Rio
de Janeiro, local onde o futebol brasileiro se popularizou para outras praças
esportivas (BH é uma delas), por estar localizada na Cidade Maravilhosa. A CBF,
intencionalmente ou não, sempre sofreu pesada influencia dos times cariocas, o
que gera insatisfação de torcidas de outros times grandes, principalmente,
mineiros e gaúchos e isto não é de hoje, desde a década de 70 há esta
reclamação.
As faixas e o mosaico “CBFlu”
vistas no jogo de domingo no Horto são um reflexo de anos de reclamação que a
torcida mineira faz contra certas coisas que já aconteceram nestes anos na CBF
e que prejudicaram os times mineiros, não falo só da torcida atleticana, mas,
também, da torcida cruzeirense. Este protesto está sendo visível nos estádios
só agora porque estes mesmos torcedores cansaram desta influência carioca na
CBF.
Outro ponto a discutir é um ponto
grave dentro da CBF. É ela querer punir, através do famigerado STJD (Superior
Tribunal de Justiça Desportiva), o Galo por causa de protestos pacíficos e que
não machucam a ninguém vindos das arquibancadas só porque atingem a ela. Esta
tentativa de cerceamento da liberdade de expressão fere a própria Constituição
brasileira. Nós, através da Constituição, temos o direito de expressarmos
livremente a nossa opinião, desde que ela seja de forma pacífica. E o STJD está
querendo calar as torcidas a força, igual os militares fizeram na ditadura com
a sociedade brasileira.
Muitos podem achar que eu sou
bairista, a estes digo que se fosse o Fluminense ou o Corinthians o atingido
por estas questões, também falaria o mesmo contra esta prática ditatorial que a
CBF está querendo impor ao futebol brasileiro.
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