sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Flamengo vence clássico e almeja o G-4 da competição

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Por Gabriel Seixas


O que antes era um sonho, agora já é realidade. Nesta Quinta-Feira, o Flamengo disputou o seu último jogo a menos que tinha com as demais equipes: O clássico contra o Vasco. A equipe rubro-negra sofreu, ficou boa parte do primeiro tempo com 1 a menos, mas venceu o clássico por 2 a 1, com gols de Ibson e Toró – os destaques da partida. Andrade, de falta, descontou para os cruzmaltinos.

Com a vitória, o Flamengo ultrapassa o Vasco e agora é sétimo, com 46 pontos. O Vasco está a uma posição abaixo, com 43. O próximo desafio do rubro-negro para manter o embalo é contra o Grêmio, domingo, no Maracanã. Já o Vasco terá a dura de missão de encarar o Atlético-MG, no Mineirão.

O destaque inicial ficou por conta do esquema tático de ambas as equipes: Enquanto o Flamengo atuaav no 3-2-4-1, já que Léo Moura e Juan são muito mais meias do que laterais, o Vasco atuava no 3-4-2-1, que variava para 3-4-1-2 dependendo da posição do versátil Marcelinho.

O primeiro tempo foi pra lá de eletrizante, e bastante discutido. Começando pelo nevoeiro no gramado, que atrapalhava a visão de repórteres e telespectadores, causados pelos sinalizadores atirados pela arquibancada. Passado o susto, o Flamengo ganhou mais um: O volante Rômulo, aos 3 minutos, sentiu uma lesão no joelho e teve de ser substituído pelo argentino Hugo Colace (após o jogo, a lesão de Rômulo foi confirmada e o jogador está fora do restante do Brasileiro). Porém, o Mengão não se abateu, e logo aos sete minutos, Toró roubou a bola de Perdigão, avançou pela esquerda, e chutou de longe. O quique da bola enganou Sílvio Luiz, que deixou a bola passar e engoliu um peru logo no início da partida: 1 a 0 Flamengo.

No lance seguinte, o Flamengo teve boa chance de ampliar o marcador, mas Ibson chutou longe do gol de Sílvio. E o protagonista do primeiro gol, acabou sendo também um dos personagens no segundo: Só que do lado contrário. Toró cometeu falta em Marcelinho na entrada da área: Andrade cobrou forte, no canto de Bruno, que não alcançou: 1 a 1.

Além do gol, o Flamengo teve que lidar com outro problema: Colace, que havia entrado no lugar do lesionado Rômulo, entrou duro em Marcelinho e levou o vermelho. A situação poderia ter piorado, caso Leandro Amaral não tivesse perdido duas chances inacreditáveis, no mesmo lance. Na primeira, o atacante chutou em cima de Bruno; Na sobra, inacreditavelmente, Leandro mandou pra fora, perdendo a chance da virada.

Quem disse que o primeiro tempo terminou aí? Joel Santana, irritado com a postura rubro-negra em campo, colocou Renato Augusto na vaga de Maxi Biancucchi. A postura dos jogadores mudou em campo, e o Flamengo teve o controle da partida, quanto Leonardo Moura invadiu a área, e no momento do chute, teve sua perna tocada por Rubens Júnior: Pênalti. Na cobrança, Ibson bateu forte, no ângulo, recolocando o Flamengo em vantagem.

A partir daí, quem roubou a cena foi o atacante Marcelinho, do Vasco. No primeiro lance, o atacante chutou ao gol depois da marcação de impedimento, e como já tinha amarelo, acabou não recebendo o segundo. Porém, no lance seguinte, o mesmo Marcelinho acertou Toró em cheio e foi expulso, deixando o jogo em 10 a 10, se tratando de jogadores em campo.

Por incrível que pareça, este foi apenas o primeiro tempo. Na volta para o intervalo, Celso Roth mexeu pela primeira vez: Lançou o meia Rafael, contratado junto ao Olaria, na vaga do zagueiro Vilson, passando a equipe para o 4-2-2-2. A alteração foi ousada, e inteligente, já que Darío Conca, sentindo o desgaste físico, não conseguia dar conta de criar as jogadas ofensivas sozinho.

O jogo começou a ficar marcado pelas seguidas faltas, que resultaram em cartões para Andrade e Conca do Vasco, e Juan do Flamengo – que, agora, está de fora do confronto contra o Grêmio, no domingo. O jogo só mudou de cara quando Joel Santana queimou a sua última substituição. O folclórico Obina, que teve sua pena reduzida de 120 dias para 5 jogos – já cumpridos -, entrou no lugar de Toró, que fez uma partida taticamente perfeita.

Aos 32 minutos, Rafael levantou bola na área e Leandro Amaral cabeceou com força, exigindo ótima defesa de Bruno. No contra-ataque, Leonardo Moura arrancou e chutou cruzado, da entrada da área. Sílvio Luiz defendeu parcialmente, e Obina, meio desajeitado, mandou pra fora no rebote. O mesmo Obina, nos minutos finais do jogo, ainda acertou uma cabeçada na trave, mas o jogo ficou nisso: Flamengo 2 a 1 Vasco. Menções honrosas para Toró e Ibson, pelo lado do rubro-negro, e o meia Rafael, até então desconhecido, pela equipe cruzmaltina. Candidatos a “medalha de lata” na partida não faltam: Destaques para Colace, do Flamengo, Rubens Júnior, Marcelinho e Sílvio Luiz pelo Vasco.