domingo, 13 de junho de 2010

Giro pela Copa – 13/06

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Por Leonardo Matins

- Vuvuzelas sob ameaça

O Presidente do Comitê Organizador da Copa de 2010, Danny Jordaan, admitiu estar pensando em uma medida polemica, a proibição das barulhentas vuvuzelas nos estádios nos próximos jogos do Mundial. Segundo Jordaan, as cornetas tem atrapalhado as transmissões de Rádio e TV e pode gerar alguma briga com outros torcedores por causa do seu barulho ensurdecedor e que prefere ouvir os cantos de incentivo de outros torcedores.

- França recebe presentes “curiosos”

A Seleção Francesa recebeu um presente no mínimo estranho. Um sex-shop do país enviou aos jogadores e ao técnico Raymond Domenech um kit com camisinhas, óleos para massagem e algemas de pelúcia. Segundo os donos do sex-shop, o presentinho foi enviado para estimular os sentidos dos jogadores.

- Conflito em Durban

A primeira maior confusão desta copa aconteceu em Durban, após a goleada da Alemanha sobre a Austrália por 4 a 0, funcionários do Estádio Moses Mabhinda protestaram contra o atraso de salários. A Polícia combateu o protesto com violência e houve o confronto com direito a gás lacrimogêneo. Dez protestantes foram presos.

- Notícias da Seleção Brasileira

Os jogadores viveram um dia diferente, já que o treino foi a noite para se acostumar com o frio que fará no dia do jogo contra a Coréia. Mais uma vez, o treino foi secreto e longe da imprensa.

- Agenda de amanhã

Amanhã teremos 3 jogos pela Copa do Mundo. As 8h30, o clássico europeu entre Holanda e Dinamarca abre o Grupo E no Soccer City. No segundo horário, teremos o segundo jogo deste grupo entre Japão e Camarões em Bloemfontein. Fechando o dia na Cidade do Cabo, tem a estreia dos atuais campeões mundiais, os italianos, contra a boa equipe do Paraguai. Os três jogos terão cobertura do Esporte é Vida.

Alemanha dá Show e Copa tem primeira goleada

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Por Gabriel Seixas


- Muitos diriam “nem parece a Alemanha”, mas essa é a tônica de uma seleção que vive uma fase de renovação intensa. Aquela história de “jogam com o peso da camisa” é definitivamente coisa do passado. Os medalhões deram lugar a base campeã sub-21 da Europa, que conta com Özil, Podolski, Khedira, Muller e outros. Além de jovem, a seleção alemã também é altamente globalizada. Na vitória de hoje por 4 a 0 sobre a Austrália, a maior dentre todas as seleções nesta edição do Mundial, só um alemão de nascimento marcou: Muller. Os poloneses Klose e Podolski e o brasileiro Cacau marcaram os outros tentos do massacre.

- A globalização não se limita apenas a esses jogadores. O elenco ainda conta com o tunisiano Khedira, o ganês Boateng, o polonês Trochowski, o espanhol Mario Gomez e o bósnio Marko Marin. Mas isso não significa que os alemães não tenham destaque na seleção. Lahm e Schweinsteiger, por exemplo, são peças imprescindíveis a esta equipe. O primeiro, na minha opinião, foi o grande craque do jogo, infernizando o lado esquerdo defensivo da Austrália (leia-se Chipperfield), incansável. O segundo tem uma importantíssima função tática, além de ser um líder em campo, mesmo com pouca idade.

- Por outro lado, a Austrália parece muito mais frágil do que em 2006, quando chegaram às oitavas-de-final da Copa. O técnico Pim Verbeek encheu a equipe de jogadores defensivos na escalação inicial, e nem isso foi suficiente para segurar o ímpeto alemão. É mais uma prova de que, nesse caso, é o fator numérico que menos importa: é preciso saber marcar.

- A Alemanha foi muito melhor do início ao fim. No primeiro tempo, conduziu a partida com muita maestria, sempre sob a batuta de Özil, o “substituto moral” de Ballack. No primeiro gol, aos 8 minutos, a coroação de uma ótima jogada trabalhada. Da entrada da área, Özil lançou Muller, que da ponta direita, cruzou rasteiro para Podolski. O polonês acertou uma bomba de pé esquerdo, sem chances para Schwarzer, que ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.

- Momento curiosidade: Podolski chegou a 39 gols pela seleção alemã, curiosamente o mesmo número de gols que o mesmo já fez na história da Bundesliga. Na última temporada, pelo Colônia, um desempenho decepcionante, marcando menos de cinco gols. Mas não era só Podolski que estava atrás de quebra de recordes. Aos 26 minutos, Klose aproveitou ótimo cruzamento de Lahm pela direita, e antes do goleiro Schwarzer chegar na bola, tocou de cabeça pras redes.

- Klose chegou a 11 gols na história das Copas do Mundo, sendo sete de cabeça. Na comemoração, ele fez o numero 3 com as mãos, representando o número de Mundiais em que ele já marcou pelo menos um gol. Mais do que isso, Klose está a quatro gols de se igualar a Ronaldo na artilharia de todas as Copas da história.

- O panorama ficou ainda melhor para os alemães no segundo tempo, quando Cahill acertou um carrinho violento em Podolski e acabou expulso, deixando a Austrália com dez em campo. Nos três jogos da Copa no domingo, média de um cartão vermelho por jogo. Nos oito jogos disputados até aqui, quatro expulsões. Pior para os Soccerros, que já estava perdida em campo, e acabou vendo seu único centroavante em campo ir para o chuveiro mais cedo – com ele, as esperanças de um empate também. Verbeek colocou o centroavante Rukavytsya em campo, mas este pouco fez.

- Melhor para a Alemanha, que os 23 minutos, ampliou com um golaço. Podolski cortou a defesa pelo meio e tocou curto para Muller. Dentro da área, o atacante do Bayern de Munique deu um corte seco no adversário e emendou uma finalização perfeita, rasteira, no canto de Schwarzer. Com o jogo ganho, Joachim Low aproveitou para lançar Cacau no lugar de Klose, e coube ao brasileiro completar o “chocolate” alemão (nenhum nome mais apropriado para fazer este serviço).

- Özil, que teve uma atuação de encher os olhos dos torcedores em Durban, avançou pela esquerda e cruzou rasteiro. Oportunista, Cacau só precisou dar um leve toque para marcar o último gol da partida. Sem dúvida, foi o melhor jogo e a melhor atuação de uma seleção neste Mundial. O peso da estreia parece ter representado pouco para a Alemanha, que deixa a desconfiança de lado e agora se concretiza como uma das favoritas ao titulo. A tradição é a mesma. O futebol não. E a Alemanha tem muito a ganhar com isso.

Gana conquista uma boa vitória

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Por Leonardo Martins


Na abertura do Grupo D da Copa do Mundo, mais um confronto entre africanos e europeus em Sérvia e Gana, disputando, teoricamente, uma vaga na próxima fase. Em um jogo fraco, os ganeses se aproveitaram de falhas servias para marcar o seu gol e venceram pelo placar mínimo.

Na saída de bola, Pantelic arriscou, mas a bola saiu ao lado do gol. Mas Gana passou a arriscar mais chutes de longe, Annan e Gyan arriscaram, mas erraram seus chutes. Os africanos abusavam das jogadas aéreas e Gyan quase aproveitou cruzamento de Boateng.

Do lado europeu, os sérvios tinham muitas dificuldades para vencer a marcação e atacavam pouco. Mas Kolarov assustou Kingson em cobrança de falta e Pantelic acertou a rede pelo lado de fora. O principal jogador da Sèrvia, Stankovic, só assustou quando chutou para a defesa tranqüila de Kingson.

No segundo tempo, a equipe vermelha voltou querendo jogo, mas as finalizações estavam péssimas como a de Jovanovic, aos 4. Gana continuava usando o jogo aéreo e Ayew tocou de cabeça para longe. Três minutos depois, o atacante voltou ao ataque e chutou para longe. Um pouco depois, Gyan, novamente de cabeça, acertou a trave.

A pressão ganesa aumentou quando Likovic foi expulso ao receber o segundo amarelo. Mas a equipe Sérvia chegou com perigo no chute de Krasic que o goleiro ganes fez ótima defesa e no chute de Ivanovic que passou perto do gol.

Aos 37, o lance que definiu o jogo. Após cruzamento da esquerda, Kuzmanovic cortou o cruzamento com a mão e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Gyan bateu bem e fez a festa dos ganeses no estádio.

Nos acréscimos, quase o segundo dos africanos e Gyan acertou a trave em toque na saída de Stoijkovic. E o placar ficou no um a zero e muita comemoração do time da África.

Eslovênia ganha a 1ª na história da Copa

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Por Leonardo Martins


Abrindo o domingo na Copa, um jogo péssimo entre Argélia e Eslovênia válido pelo Grupo C em Polokwane. Faltou emoção e futebol, mas o gol esloveno saiu através de um frango do goleiro argelino e foi a 1ª vitória da equipe dos Bálcãs na história do mundial por 1 a 0.

O jogo foi sonolento em seu todo, com muitas jogadas inocentes e poucas jogadas de qualidade. Faltou qualidade técnica as duas equipes e lances de emoção na primeira etapa somente na falta cobrada por Belhadj que o goleiro Handanovic defendeu e no chute em que Birsa arriscou e Chaouchi defendeu. No mais, um jogo péssimo e com muita marcação.

No segundo, os técnicos mexeram nas equipes, mas pouco alterou o ritmo de jogo. Destaque para o atacante Ghezzal, que tomou dois cartões amarelos em 15 minutos e foi expulso de campo, prejudicando os argelinos. Depois deste lance, o que chamou a atenção foi um torcedor argelino que subiu em um refletor do estádio, os seguranças ficaram olhando e não fizeram nada.

Com um a mais, a Eslovênia se animou minimamente para buscar o ataque e, com uma ajudinha do goleiro argelino, conseguiu o gol da vitória. Aos 36 minutos, o capitão Koren bateu de fora da área, sem muita força. Chaouchi tentou encaixar e acabou vendo a bola morrer no fundo da rede. Foi o bastante para assegurar os três pontos e a primeira posição no Grupo C.

Na próxima rodada, os argelinos enfrentam a Inglaterra e os Eslovenos pegam os norte-americanos.