segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Os jogadores fatiados

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Por Leonardo Martins

A Extinção da Lei do Passe com a assinatura da Lei Pelé em 1998 configurou em uma onda de jogadores com vários donos de seus direitos econômicos (já que os Direitos Federativos compõem só o clube onde o atleta está atuando no presente momento). São os jogadores fatiados que enchem os clubes de dúvidas, mas também são uma forma de manter os jogadores em seus times.

Os clubes, especialmente, os brasileiros precisam deste artifício, fatiar os jogadores em dois três, até quatro donos, para contratar os jogadores e, futuramente, vende-los para o exterior. Muitos são os casos de investidores que compram metade dos direitos econômicos do  jogador e colocam num clube e, em caso de venda, dão metade desse valor para o clube como uma forma de recompensa-lo por colocar o jogador na vitrine.

Mas também existe o outro lado da moeda, quando o dono de maior parte dos direitos do jogador quer vende-lo para obter o investimento feito no jogador. O clube, neste caso, fica refém do investidor e perde seu principal jogador por um valor que não era o dos sonhos do time.

Só ressaltando que essa fatia de jogadores também se dá entre os clubes e até o próprio jogador, mas peguei o caso dos grupos investidores porque é o mais emblemático destes negócios do futebol.

Sem dúvida que isto de fatiar jogadores vem da pobreza que os clubes brasileiros se encontram e dos supervalores que os jogadores tem, hoje em dia. Por isto, eles tem que recorrer a investidores e até outros times para trazer os jogadores. E também, vem da ganância dos empresários que querem ganhar dinheiro em cima de vendas de jogadores. Mas estamos em um mundo capitalista, esta é a ordem do dia, ganhar dinheiro a todo custo.