quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

O tabu continua

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Por Leonardo Martins

O Brasil estreou na temporada de 2011 contra um antigo rival e carrasco em Copas do Mundo, a França. O jogo contra os franceses era encarado como mais um teste de observação para o técnico Mano Menezes, já que só foram convocados jogadores de fora do País. Mas, também, era encarado como uma revanche das últimas derrotas em Copa. Porém, mostrando um fraco futebol, a Seleção perdeu por 1 a 0 e o Tabu de derrotas para os franceses continua.

Mano Menezes escalou o Brasil diferente do que vinha escalando, com dois meias (Hernanes e o estreante Renato Augusto) e 2 atacantes, Robinho e Pato. Com um time mais entrosado, os franceses viam no seu “Camisa 10”, Benzema, sua esperança de gols. Aliás, Camisa 10 que destruiu a nossa seleção nos últimos confrontos com Zidane, que estava em Saint-Denis.

Quando a bola rolou, o Brasil se baseou na individualidade de seus jogadores, já que entrosamento não existia. Mas o time criou boas chances com Pato e Hernanes. Já do lado francês a dupla Gorcouff e Benzema levava sustos ao gol de Júlio César, que retornara a Seleção após a Copa e para ser o titular até 2014.

Mas o destaque do jogo foi o atacante do Real Madrid, Benzema. No primeiro tempo, ele cavou a expulsão de Hernanes. O Camisa 10 dos Bleus deu dois chapéus em brasileiros e recebeu uma solada no peito do craque da Lazio, o juiz nem pensou duas vezes e expulsou o brasileiro, prejudicando o andamento do jogo para nossa seleção.

Com a expulsão, o futebol do Brasil desapareceu em campo e deixou os franceses a vontade no gramado e foi esta a tônica do jogo no segundo tempo. E Benzema, inspirando na mágica camisa 10 francesa, continuava aprontando no jogo. Aos nove, veio o golpe fatal, Menez, bom nome da Roma, fez fila pela direita e cruzou para o artilheiro Benzema completar para o gol. Festa azul em Saint-Denis e 1 a 0.

Depois do gol, Benzema e os franceses continuavam donos do jogo. Quase que o atacante fez o segundo ao cabecear, mas Júlio César fez milagre ao defender o chute. O Brasil pouco criava e dava liberdade aos franceses atacarem. Júlio César, destaque da equipe, voltou a salvar a equipe no chute de Benzema.

Mano Menezes aproveitou para observar Hulk e Jádson, outro que estreara na Seleção, ao colocar os dois no segundo tempo, mas pouco alterou o ritmo de jogo. O Brasil só chegou uma vez no segundo tempo quando André Santos cruzou, mas não tinha ninguém na área.

Resultado, mais uma derrota em Saint-Denis e o tabu continua. Foi uma exibição meio preocupante da nossa seleção e mostra que os jogadores do Brasil, casos de Ganso, Neymar e até Fred, que vive grande fase, tem condições para serem titulares da Seleção. O time volta a jogar em Março contra um adversário a ser definido.