quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Estreia com desgosto

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Por Leonardo Martins

O Fluminense, Campeão Brasileiro de 2010, estreou na Taça Libertadores abrindo a Fase de Grupos. Foi uma exibição aquém do time que foi campeão brasileiro diante da torcida no Engenhão contra o Argentinos Juniors. O empate sofrido em dois gols decepcionou a torcida e já complicou um pouco a situação no Grupo 3.

O Flu atuou sem seu principal jogador neste ano o artilheiro Fred, que cumprira suspensão estranha ocasionada pela sua expulsão na final da Sul-Americana de 2009. Mas, para compensar a ausência do predestinado, o seu substituto, Rafael Moura, entrou em campo. De resto, a equipe que vem bem no estadual atuou.

Mas quando a bola rolou, o que se viu foi um time tentando as ações, mas esbarrando em suas próprias pernas. Enquanto isto, os argentinos jogavam seu jogo predileto no gramado do Engenhão, deixavam o jogo gelado, mesmo com o calor carioca. Rafael Moura não estava sintonizado com Conca e o Tricolor fazia uma péssima partida, com muitos erros, tanto na defesa como no ataque. Mas as chances apareceram, não aproveitadas pelo próprio “He-Man” e por Souza.

Vendo o nervosismo tricolor com a má partida, a equipe hermana, aos poucos foi se aventurando no ataque e quem se destacava era o meia Neill, um baixinho de 1,62m. Aos 36, a primeira grande aparição dele aconteceu, ao dividir bola com Gum e a bola quase entrou (ou entrou), mas André Luis salvou sobre a linha do gol, lance polemico. Porém, o baixinho se destacou mesmo de cabeça. Aos 43, após cobrança de escanteio, o meia subiu mais que a zaga e testou para o gol, a bola acabou desviando em Diguinho e matando o goleiro Diego Cavalieri. 1 a 0 e prenuncio de noite difícil para os tricolores.

No segundo tempo, o Flu acordou e melhorou no jogo. Mas é claro que ao estilo Muricy Ramalho, bola aérea. Parte desta melhora tricolor se deveu ao fato de que Willians, muito mal no primeiro tempo, saiu para a entrada de Rodriguinho no ataque. Com a cara nova, os brasileiros ganharam em velocidade e as chances apareceram. Souza exigiu boa defesa de Navarro em cobrança de falta.

O gol de empate estava amadurecendo e ele veio aos 12. Carlinhos fez boa jogada e cruzou para Rafael Moura, de cabeça, marcar no duelo particular entre Neill e ele próprio. 1 a 1.

Como estava fazendo seu primeiro jogo oficial no ano, a equipe que revelou Maradona ao mundo, aos poucos, mostrava sinais de cansaço, mas o baixinho Neill continuava aprontando no ataque. Incrivelmente, o meia marcou seu segundo gol de cabeça no jogo. Salcedo cruzou, Gum e Diego Cavalieri falharam e o Baixinho apareceu para testar ao gol. O Argentinos ficara, novamente, na frente do placar de jogo. 2 a 1,

A torcida tricolor pegou no pé de Cavalieri ao pedir a volta do antigo titular do gol, Ricardo Berna. Mas Rafael Moura tratou de calar a torcida ao marcar seu segundo gol, também, de cabeça. Após cruzamentos na área, o bom lateral Mariano cruzou e o “He-Man” testou para o fundo das redes. Era o empate tricolor aos 28 do segundo tempo.

Ainda restavam praticamente vinte minutos para os brasileiros tentarem virar o jogo. E quase conseguiram com Conca, mas a bola passou perto do gol de Navarro. Para um time que chega como favorito a Libertadores, o empate desta quarta-feira mostra que o Flu precisa melhorar um pouco. E a situação do Grupo 3 já se complicou para a equipe carioca.

- Brasil perto da vaga olímpica

A Seleção Sub-20 está a um empate de conquistar a vaga para as Olimpíadas de Londres. Na penúltima partida do Sul-Americano, o Brasil passou pelo Equador por 1 a 0. O jogo poderia ter sido mais fácil para os brasileiros se não fosse a má pontaria dos atacantes, mas a vitória veio com o gol do volante Casemiro, de cabeça. Agora, o Brasil decide o Sul-Americano com o Uruguai em confronto direto e a vaga olímpica com a Argentina, que precisa tirar uma vantagem de 6 gols no saldo e torcer para uma derrota brasileira contra os uruguaios para irem as Olimpíadas. Os uruguaios já estão com a vaga garantida.