terça-feira, 21 de abril de 2009

Vitorioso no Vôlei, Finasa fecha as portas

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Por Leonardo Martins


Uma notícia pegou o mundo do vôlei de surpresa na noite desta segunda-feira, foi o anúncio do fim do Finasa/Osasco. Uma das potencias do vôlei brasileiro fecha as portas após um projeto de 20 anos.


O time paulista tinha perdido a final da Superliga Feminina para o Rexona/Rio. Mas ainda não se sabe os motivos do fechamento da equipe. O que pegou as jogadoras campeãs olímpicas da equipe de surpresa. A levantadora Carol Albuquerque retrata como foi que ficou sabendo. “Estamos todas chocadas. Nunca imaginávamos que isso poderia acontecer. Ainda é muito cedo para falar porque isso tudo aconteceu hoje à tarde e pegou todo mundo de surpresa, mas é muito triste receber uma notícia dessas pelo telefone”, disse ao site globoesporte.com.


A levantadora ainda afirma que o fechamento da equipe será só para o time adulto. “O Osasco é um dos times que mais têm atletas da casa. A base daqui é muito forte, mas isso não adianta se elas forem embora quando crescerem.”


O Finasa foi tricampeão da Superliga feminina e decacampeão paulista de Vôlei. A atacante Paula Pequeno, também campeã olímpica em Pequim e um dos ícones da equipe, se diz chocada com a notícia, através de seu marido, Alexandre, falou. “Ela não está acreditando no que está acontecendo. Está muito triste com essa notícia..”


O fim do Finasa/Osasco pode ser o inicio de uma crise no vôlei brasileiro, pois outras equipes podem perder seus patrocínios e vierem a decretar seu final. A próxima equipe pode ser o Brasil Telecom/Brusque, que ameaça fechar as portas caso o patrocinador largue a equipe.


Uma pena, mas isto é culpa da CBV, que negocia com a TV Aberta e não impõe a ela que passe número x de jogos ao vivo. Fica como pau-mandado da TV Globo, o que tem prejudicado a visibilidade da competição.

AZ Alkmaar – Lição aprendida em um ano

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Por Gabriel Seixas


Nem os mais esperançosos torcedores do AZ acreditavam em uma conquista nesta temporada. Afinal, com o mesmo técnico e boa parte destes mesmos jogadores, o time deu um verdadeiro vexame na temporada 07-08, quando não se classificou nem para a Intertoto. Foi o suficiente para a imprensa cair em cima de Louis van Gaal, comandante da equipe. Além da má campanha, ele era questionado pelo fato de ‘inventar’ demais, afinal, o esquema tradicional na Holanda é o 4-3-3, porém ele insistia no 4-4-2.

Porém, van Gaal continuou na sua filosofia, e os resultados iniciais não foram como o esperado. Derrotas para NAC em casa e ADO Den Haag fora por 3x0 foram o bastante para ter seu cargo novamente ameaçado. O ultimato seria contra o PSV, em casa, pela terceira rodada: vitória magra, por 1x0, mas essencial para uma arrancada rumo a uma conquista histórica, depois de 38 anos.

Uma série de quase 30 jogos sem derrota fez com que o time desbancasse grandes potências, como Ajax e PSV, e o ascendente Twente. Mas qual o segredo desta equipe tão bem dirigida? Dentre outros, o mais importante é a juventude.

O ponto firme do time começa no gol. O argentino Sergio Romero, depois de um belo Mundial Sub-20 como titular pela seleção argentina, foi efetivado na equipe de van Gaal. Na zaga, mais opções: Além do experiente Jaliens, o time conta com o finlandês Moisander, de 23 anos, que já é figurinha carimbada na seleção, além do mexicano Héctor Moreno, outra grata revelação. Não à toa, o time tem a melhor defesa da Eredivisie.

No meio-campo, a novidade é o volante Schaars, uma das poucas mudanças em relação à equipe do ano passado. A frente dele, dois jogadores que tem qualidade no passe, e além de saberem marcar, também são produtivos na frente: Mendes da Silva, e, sobretudo Demy de Zeeuw, que uma vez ou outra aparece nas convocações para a seleção principal. O ‘motorzinho’ do time permanece sendo o belga Maarten Martens, que nesta temporada ganhou outro atributo importante: o poder de decisão. Sem dúvida, um dos melhores jogadores do campeonato.

No ataque, três ótimas opções para duas vagas. O titular absoluto é o marroquino El Hamdaoui, artilheiro isolado do time – finalmente desencantou, após duas temporadas sofrendo com contusões e as famosas ‘secas’ de gols. A outra opção é Moussa Dembele, que jogou as Olimpíadas pela seleção belga como titular, e a partir daí, passou a ser mais produtivo. Suas características não são de um artilheiro, mas o número de dribles e assistências impressiona. A outra opção tem tempero brazuca: é o brasileiro Ari, que aqui no Brasil, só atuou pelo Fortaleza. Depois de uma primeira temporada sem muito brilho, passou a ser importante no esquema de van Gaal.

Sem sombra de dúvidas, o AZ é o time a ser batido na Holanda. E é campeão incontestavelmente. Para a Champions do ano que vem a base deve ser perdida, de fato. Mas fica a bela recordação de uma campanha que os torcedores esperavam desde 1981, e nada melhor do que um título para apagar a má impressão deixada na temporada anterior.