sábado, 22 de maio de 2010

Palmeiras vence na despedida do Palestra

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Por Leonardo Martins


O Palmeiras se despediu do Palestra Itália, que será reformulado, com um grande jogo contra o Grêmio pela 3ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time alviverde fez uma boa partida e venceu os gaúchos por 4 a 2, amenizando a crise que rondava os lados do Palestra.

Foi um belo primeiro tempo, com o Grêmio com maior posse de bola e o Palmeiras usando a velocidade para contra-atacar e foi certeiro no seu objetivo de jogo. Aos 15, Armero cobrou lateral, Cleiton Xavier deu lindo passe de calcanhar para Ewerthon, que contou com o escorregão de Rodrigo para fuzilar Victor.

Com a vantagem no placar, essa proposta palmeirense de usar os contra-ataques se fez mais presente no jogo. Tanto que foi assim que o Porco chegou ao segundo gol. Aos 29, saída rápida verde e Vitor cruzou para o jovem Vinicius chutar para a defesa do goleiro Victor, que deu rebote, bem aproveitado por Ewerthon que fez o seu segundo gol na partida. 2 a 0. O atacante paulista quase fez o terceiro ao tentar encobrir o goleiro gremista que se recuperou e segurou a bola.

O Grêmio estava apático em campo, tinha maior posse de bola, mas não atacava e quando o fez, marcou o gol. Aos 31, Leandro acertou belo passe para Jonas concluir no canto de Marcos. 2 a 1 e grande jogo no Palestra.

Aos 45, Douglas e Marcos Assunção trocaram empurrões e foram expulsos pela arbitragem. Arbitragem que já havia deixado de dar um pênalti para o Grêmio e validado o segundo gol do Palmeiras.

Veio o segundo tempo e com ele os gaúchos pressionando em busca do empate e ele veio logo aos quatro minutos. Fábio Rochemback cruzou para a área e Hugo apareceu para cabecear e vencer Marcos. 2 a 2 e tensão no Palestra.

Mas os verdes não se abateram com o gol de empate gremista e foram para o ataque e o gol de desempate logo saiu. Aos 16, Vítor cobrou escanteio e Maurício Ramos, que havia entrado no lugar de Léo, cabeceou para colocar os mandantes de novo na frente.

Silas colocou ofensividade no time ao colocar William e Maylson, mas este último que complicou a situação gremista no jogo. Aos 25, ele perdeu a bola para Cleiton Xavier que saiu em velocidade e tocou para Vinicius, o jovem atacante foi a linha de fundo e fez o cruzamento bem aproveitado pelo camisa 10. 4 a 2 e festa na despedida do Velho Palestra.

Aos 28, Armero foi derrubado na área por Rodrigo, mas, novamente, o juiz não marcou o pênalti. Mas nada que fizesse falta e os três pontos foram garantidos com uma boa exibição.

O Palmeiras, na próxima rodada, enfrenta o São Paulo no clássico paulista e o Grêmio recebe o Avaí em Porto Alegre

Curtinha

O Santos, sem suas estrelas, foi a Goiânia e conseguiu a primeira vitória no Campeonato ao derrotar o Atlético por 2 a 1. O Dragão continua com um único ponto no Brasileirão. Zé Eduardo, por duas vezes, marcou os gols do Peixe e Boka descontou para os goianos.

Bota goleia o Goiás

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Por Leonardo Martins


Na abertura da 3ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Botafogo recebeu o Goiás no Engenhão querendo manter a boa fase. Apresentando um bom futebol, o time da Estrela Solitária venceu por 3 a 0 e está entre os líderes do Campeonato

Com 0 ponto ganhado, o Goiás queria fazer os primeiros pontos e, mesmo jogando no Rio, partiu para cima do Bota. Aos 3, o estreante Bernardo obrigou Jefferson a fazer ótima defesa em cobrança de falta. O outro estreante do Esmeraldino, Hugo, assustou o goleiro botafoguense aos 9. Bernardo voltou a arriscar de longe, mas dessa vez, o chute foi para longe.

O Botafogo estava acuado e Antonio Carlos, na jogada predileta sua, o chuveirinho, cabeceou com perigo. Aos 30, bombardeio goiano na área botafoguense, Everton Santos e Marcão desperdiçaram boas chances.

Quem desperdiça chances, quase sempre é castigado e foi isso que aconteceu com o Verde. Aos 41, falta para o Fogo e Lúcio Flávio acertou a cobrança. 1 a 0 Bota. No lance seguinte, novo gol do Bota. Herrera cruzou para Caio dividir com o goleiro Fábio e a bola sobrou para Somália que chutou forte e fez o segundo do Botafogo.

O goleiro Fábio reclamou veementemente do lance do gol e foi expulso por Alicio Pena Júnior. Emerson Leão teve que colocar Rodrigo Calaça e tirou o meia Hugo.

No segundo tempo, o Botafogo aproveitou que os goianos se abriram e foram para o ataque. Resultado, pressão do time mandante. Herrera e Antonio Carlos perderam chances ótimas. Aos 22, os refletores do estádio se apagaram e o jogo teve que ser parado por 18 minutos.

Na volta da luz, os cariocas continuaram em cima e Caio tentou encobrir Calaça, mas o chute foi ruim. Quem não perdoou foi Herrera. Aos 27, Lúcio Flávio fez ótimo passe para o atacante fazer o terceiro gol. 3 a 0.

Nos últimos minutos, destacaram as expulsões. Primeiro, a dupla de ataque alvinegra, Caio e Herrera, se desentenderam em campo e foram expulsos. Mas não mudou nada, pois Wellington Saci também foi para o chuveiro mais cedo.

O Botafogo chega aos sete pontos e está na parte de cima da tabela. O Goiás permanece com nenhum ponto e é o lanterna da competição. Na próxima rodada, o alvinegro vai ao Mineirão enfrentar o Cruzeiro e os goianos recebem o Ceará no Serra Dourada.

Inter faz História e volta a Conquistar a Europa

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Por Gabriel Seixas


- Depois de 45 anos de espera, a Internazionale volta a conquistar a Champions League, maior competição de clubes do planeta. Os nerrazurri derrotaram o Bayern de Munique por 2 a 0 na final disputada no estádio Santiago Bernabéu, em Madri, e de quebra, garantiram a tríplice coroa na temporada: além da UCL, a Inter conquistou também a Copa da Itália e o Campeonato Italiano. É o terceiro título europeu da Internazionale na história, cujo último havia sido conquistado na temporada 64/65.

- Os dois gols do jogo foram marcados pelo atacante argentino Diego Milito, que chegou aos 30 tentos na temporada. De quebra, o ‘Príncipe de Milão’ ainda alcançou um novo recorde: não bastassem os dois gols do título marcados hoje, ele também fez o gol da conquista do Campeonato Italiano (vitória por 1 a 0 sobre o Siena) e da Copa da Itália (1 a 0 sobre a Roma).

- No comando está o português José Mourinho, agora o terceiro treinador na história a conquistar duas vezes a Champions League por dois times diferentes (o outro havia sido com o Porto, na temporada 03/04). O futebol italiano também teve muito que comemorar neste sábado: além de ter se igualado ao futebol espanhol no número de títulos da Champions (12), também garantiu que o Campeonato Italiano da próxima temporada continue disponibilizando quatro vagas para a Champions da outra temporada, número que seria reduzido para 3 caso o Bayern conquistasse o título.

- O jogo foi fantástico. Nos primeiros minutos, os times se estudaram bastante, e era o Bayern que se soltava um pouco mais, trocando passes de um lado pro outro, até conseguir uma infiltração. Numa dessas jogadas, Robben arrancou pela direita e cruzou para Olic, que dividiu com Samuel e concluiu torto. Por sinal, era com Robben pela direita que o Bayern procurava mais articular suas jogadas, nas costas do lento Chivu.

- Sempre paciente, a Inter só chegava com perigo em jogadas de bola parada. Em lances muito parecidos, Sneijder teve oportunidades de abrir o placar em cobranças de falta: aos 17, a bola desviou na cabeça de Altintop e obrigou Butt a espalmar pro lado. Aos 25, o goleiro alemão encaixou a bola, sem maiores dificuldades.

- Só que na primeira oportunidade efetiva de gol criada pelos italianos, o placar foi aberto. O lance envolveu a genialidade dos dois principais jogadores de linha da Inter, Sneijder e Milito. A jogada começou com um chutão do goleiro Júlio César, que Milito amorteceu de cabeça, desviando curto para Sneijder. O holandês dominou a bola, e com calma, passou rasteiro para o argentino, que passou entre os zagueiros, e na cara de Butt, chutou com força. Golaço! O Santiago Bernabéu foi dominado pelos gritos de ‘Milito’, em forma de reverência ao Príncipe.

- Então a Inter passou a jogar do jeito que gosta, na base do contra-ataque. Aos 42 minutos, Milito avançou pela esquerda e tocou para Sneijder, devolvendo o presente do primeiro gol. Só que o holandês chutou em cima de Butt, perdendo uma grande chance de ampliar a vantagem. O Bayern até assustou num chute de van Bommel no último minuto da etapa inicial, mas foi pouco.

- Na etapa final, o Bayern voltou com todo o gás. Com pouco mais de 30 segundos, quase empatou o jogo, quando Müller recebeu de Altintop, e na cara do gol, chutou firme. Porém na meta dos nerrazurri estava Julio César, que fez grande defesa. A Inter respondeu um minuto depois, num lindo chute de Pandev, que Butt foi buscar no ângulo, salvando o segundo gol.

- O Bayern pressionava, mas era pouco efetivo. Julio César fez boa intervenção em chute de Robben, mas foi Diego Milito, o nome do jogo, que decidiu novamente. Ele recebeu do camaronês Eto’o (pouco notado em campo), encarou o zagueiro van Buyten, driblou o belga e concluiu com perfeição pras redes.

- E como tem um time monstruoso essa tal de Internazionale. Julio César, o melhor goleiro do mundo, mais uma vez mostrando segurança no gol. Lucio e Samuel repetiram as atuações seguras na defesa, ainda mais quando se tem jogadores de tanta qualidade como Cambiasso e Zanetti na proteção, ambos argentinos, ambos preteridos por Maradona, e ambos grandes jogadores. Pandev e Eto’o taticamente foram importantes ao longo da campanha, mas hoje o primeiro foi muito mais ativo que o segundo. Sneijder, melhor “passador” da Champions, e Milito, o artilheiro da competição, foram irretocáveis. E não podemos esquecer de José Mourinho, melhor estrategista (e porque não técnico) do planeta na atualidade. Errou ao colocar Chivu para dar combate a Robben, mas teve acertos de sobra para compensar.

- Louis van Gaal tentou colocar o Bayern de novo na partida, com as entradas de Klose e Mario Gomez, mas o time sentiu o baque. Com muitos méritos, a Inter garantiu o título, após fazer uma campanha meia-boca na fase de grupos, e perfeita na fase final. Foi a coroação de uma temporada perfeita dos nerrazurri, e um aquecimento sensacional para a disputa da Copa do Mundo. A festa no Bernabéu, além de linda, foi inesquecível. Deu a lógica.