quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Reservas do Botafogo seguram o Furacão

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Por Leonardo Martins

Na noite desta quarta-feira, Atlético-PR e Botafogo estrearam na Copa Sul-Americana em Curitiba. Em um jogo fraco tecnicamente, os reservas da Estrela Solitária seguraram o empate sem gols com o furacão.

A torcida do Atlético viu um time veloz em campo, mas pobre de recursos técnicos de ataque. O Botafogo, errava pouco, mas era pouco incisivo ao ataque. No 1º tempo, a melhor chance do 1º tempo aconteceu aos 31. Alex Mineiro driblou Eduardo e chutou, o goleiro Flávio fez boa defesa no ângulo.

No segundo tempo, o jogo ficou no mesmo panorama, os paranaenses dominando o jogo e o Bota esperando erros do Furacão e ele veio em duas oportunidades. Aos 31, Victor Simões cruzou para Renato cabecear rente a trave de Galatto. A melhor veio aos 47, Jônatas deu ótimo lançamento para o garoto Laio, só era tirar de Gallato que fazia o gol, mas chutou em cima do goleiro atleticano. Era noite de 0 a 0 mesmo.

O Botafogo levou a decisão da vaga para o Rio onde precisa da vitória para se classificar. Aos rubro-negros o empate com gols interessa. Novo 0 a 0 leva aos pênaltis.

Fiel festeja aniversário no melhor estilo Fiel

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Por Leonardo Martins

Um dia após completar 99 anos, o Corinthians abriu a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro ao fazer o clássico paulista contra o Santos no Pacaembu. A Fiel, que encheu o estádio, viu um jogo como gosta, com muito sofrimento, mas no final vitória corintiana por 2 a 1 de virada.

O Corinthians contou com a volta do goleiro Felipe e do capitão Chicão que estavam machucados e pôs o atacante Souza junto com Dentinho e Jorge Henrique no ataque. Já pelo lado santista, Luxemburgo contou com as voltas de Kleber Pereira e Fabão, suspensos na última partida.

Contando com um bom público, o Corinthians ficou em cima do Santos, mas foi da equipe do litoral que houve a 1ª boa chance da partida. Aos 12, triangulação entre George Lucas e Kleber Pereira, mas o atacante santista chegou atrasado no cruzamento. No mais, amplo domínio corintiano.

A velocidade de Elias, Jorge Henrique e Dentinho desnorteava a defesa pesada do Santos como aos 15, se não fosse o goleiro santista, Souza abriria o placar no Pacaembu. Como o Santos não atacava, os volantes se aproximavam e viraram armadores no Corinthians. Já pelo lado do Peixe, madson pouco produzia na armação, o que fazia com que Fabão e Eli Sabiá dessem chutões da zaga procurando o artilheiro Kleber Pereira. O Corinthians chegou aos 38, Elias tocou para o criticado Souza que errou mais uma vez o gol.

Luxemburgo promoveu duas substituições no intervalo, sacou Emerson e colocou Pará e colocou o jovem Neymar no lugar do improdutivo Madson. O jogo melhorou na segunda etapa e ganhou em emoção, pois o Santos ficou mais atrevido no ataque. Aos 6, George Lucas cruzou e Eli Sabiá completou de cabeça para o gol, a bola ainda bateu em Chicão antes de entrar. 1 a 0 Peixe.

O gol tornou o Corinthians nervoso em campo e os erros de passes apareceram. As jogadas que fluíam paravam no goleiro Felipe do Santos. Antes, a equipe da casa teve o técnico Mano Menezes expulso por reclamação. Mesmo fora de campo, o técnico corintiano mudou a equipe. Tirou Souza e Moradei para colocar Bill e Marcelo Oliveira.

Voltando as jogadas do Corinthians, aos 31, Paulo André cabeceou para a defesa de Felipe. Mas 2 minutos depois, a pressão paulistana deu certo. Cruzamento da direita, Paulo André cabeceou na trave e antes da bola entrar Bill completou e empatou o jogo.

Era o que faltava para a Fiel explodir e ajudar o time na virada. O Santos, a essa altura do jogo, já se contentava com o empate. Mas a virada veio no melhor estilo Fiel, no final do jogo e com sofrimento. Aos 42, Elias cruzou, Balbuena escorou de cabeça e Chicão também de cabeça, completou para o gol. Virada e festa Corintiana no Pacaembu ao som de “parabéns a você“.

O Corinthians volta a jogar daqui 15 dias contra o Coritiba, na capital paranaense. E o Santos pega o Santo André daqui a 10 dias na Vila Belmiro.

Inter vence Atlético-MG, conquista o 1º turno e encosta no líder

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Por Gabriel Seixas

Passadas três rodadas do returno do Campeonato Brasileiro, apenas nesta Quarta-Feira decidiu-se o campeão do 1º turno. Isto porque o Internacional teve a realização de seu último jogo adiado, da 17ª rodada contra o Atlético-MG – a partida foi adiada porque o colorado disputava a Copa Suruga, no Japão. Bastava uma vitória para o time confirmar o título do primeiro turno, pois ultrapassaria o Palmeiras em número de vitórias (11 a 10). Não deu outra: Inter 3 a 0, numa noite inspirada de Edu, que marcou seus primeiros dois gols com a camisa do Colorado, e D’Alessandro, que entrou no segundo tempo, marcou seu gol e decidiu com passes precisos. O Atlético está cada vez mais longe do título – que parece irreal há um bom tempo -, e deve focar suas atenções numa vaga para a Libertadores do ano que vem.

Em esquema que está dando certo...

Tite decidiu manter o esquema 3-5-2, que fez uma avalanche no Goiás no fim de semana passado. O zagueiro Sorondo voltou de suspensão na vaga de Índio, enquanto D’Alessandro, mesmo recuperado, foi poupado e ficou no banco. O garoto Giuliano ganhou mais uma (merecida) oportunidade entre os titulares. A dupla de ataque, Taison e Alecsandro, e o meia Andrezinho continuavam desfalcando a equipe, que ainda ganhou a baixa do volante Sandro, que se juntou ao elenco da seleção brasileira principal. A nova sensação do time gaúcho, o atacante Marquinhos, também foi mantido no time principal.

Do outro lado, já virou rotina dos times brasileiros: Celso Roth quebrava a cabeça para se virar com os desfalques. Eram sete jogadores, sendo que cinco - Jonílson, Aranha, Marcos Rocha, Márcio Araújo e Serginho – eram por contusão. Welton Felipe se juntou a essa lista anteontem, e foi mais um a desfalcar o Galo. Evandro estava suspenso. Com isso, a estreia do volante Correa foi antecipada, bem como a escalação do jovem Felipe Cordeiro na zaga do alvinegro, que é lateral-direito.

Galo assusta em busca do G-4

Ao contrário do que se esperava, o Atlético-MG assumiu uma postura melhor em campo. Conseguiu encaixar uma marcação eficiente e era perigoso nos contra-ataques. Logo aos dois minutos, uma chance clara de gol: Rentería recebeu de Diego Tardelli pela esquerda e tocou por cima de Lauro, e por cima do gol. O colombiano esteve muito perto de fazer seu primeiro gol pelo Galo, e justo contra a última equipe pelo qual atuou aqui no Brasil.

Rentería estava com fome de gol, e aos 12 minutos, assustou de novo. Ele tirou Bolívar do lance e bateu cruzado, acertando a rede...pelo lado de fora.

As chances continuavam surgindo, e Correa, cobrando falta, assustou novamente. Aliás, este fazia uma ótima estreia pelo Galo, mostrando que será importante para a equipe nas próximas partidas. A última foi com Diego Tardelli: Fabiano Eller saiu mal com a bola, Rentería roubou a bola e lançou o atacante, que fintou Sorondo e bateu forte, mas a bola espirrou em Bolívar e foi pra fora. A falta de pontaria complicava o Atlético, que estava muito mais próximo de fazer o primeiro gol.

E o Inter? Pois bem, o colorado fez pouquíssimo no primeiro tempo. Os garotos estavam bem marcados, e a única jogada que funcionava era pelo lado esquerdo, com Kleber. Edu também incomodou, e foi este que reclamou de pênalti cometido por Werley. De fato, houve o puxão de camisa, mas fora da área. O juiz mandou seguir.

Tite coloca D’Alessandro, que muda o jogo


O Inter precisava mudar seu ímpeto na partida, já que foi sufocado pelo Galo na primeira etapa. Então, Tite decidiu colocar D’Alessandro na partida, na vaga do lateral Danilo Silva – que deixou espaços na marcação e pouco fez no ataque, assim como o resto do time.

Não demorou muito para o argentino chamar a responsabilidade. Aos cinco minutos, ele girou no meio-campo e lançou para Kleber, sem marcação, na esquerda. O camisa 6 avançou com a bola, chegou a linha de fundo e cruzou para Edu, que cabeceou no contrapé de Bruno e marcou seu primeiro gol com a camisa do Inter.

Era o que o Inter precisava para embalar na partida. A jogada do segundo gol foi construída numa tabela entre Bolívar e Giuliano pela direita. O segundo tocou para D’Alessandro, que de fora da área, arriscou para o gol. Ele chutou muito forte, e Bruno espalmou. Na sobra, Edu, na ponta direita, cruzou para Kleber do outro lado, que tentou um chute de primeira, mas errou. Como a sorte desta vez estava a favor do Colorado, a bola sobrou limpa para D’Alessandro, que esperou a bola quicar para chutar forte no canto do goleiro Bruno.

Foi o suficiente para o Galo entregar a partida. E o colorado estava com fome de gol, fazendo o terceiro logo aos 15 minutos. Novamente Kleber, sempre pela ponta esquerda, cruzou na cabeça de Edu, que se desvencilhou da marcação e mandou de cabeça pro fundo das redes.

A situação ficou tão complicada para o Atlético que, com o time perdendo por 3 a 0, Celso Roth optou pela saída do atacante Rentería para a entrada do zagueiro (!) Thiago Cardoso. O jogo estava ganho, e Tite só administrou. Aproveitou para fazer a estreia do atacante Léo no campeonato, no lugar do cansado e aplaudido Edu. Kleber também foi poupado nos minutos finais.

Balanço Final

Com o resultado, o Atlético soma seu sétimo jogo sem vencer, incluindo o empate na Sul-Americana contra o Goiás. A campanha de um dos melhores visitantes quase ffez valer no Beira-Rio. Já o Inter aposta no retrospecto de que o campeão do 1º turno geralmente termina com o título do Brasileiro. Desde a implantação do sistema de pontos corridos, apenas no ano passado o campeão do 1º turno não manteve a ponta até o final – e foi justamente o rival Grêmio. Jogar no Rio Grande do Sul não é tarefa fácil para os adversários. A dupla Gre-Nal faz a melhor campanha em casa dentre todos os times da Série A. O Colorado agora soma 40 pontos, um a menos que o Palmeiras.