quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Neymar garante vitória santista

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Por Leonardo Martins

No outro jogo atrasado, duelo de campeões, o Santos, campeão da Copa do Brasil, recebeu o Inter, Campeão da América, num duelo que valeria uma chance de título brasileiro para quem ganhasse. O garoto Neymar, por mais uma vez, garantiu a vitória santista por 1 a 0 e colocou o peixe na briga pela tríplice coroa.

O jogo decepcionou no primeiro tempo, para duas equipes que tem jogadores qualificados, o rendimento apresentado foi aquém do esperado. Os garotos do Peixe tentaram impor velocidade, mas foram barrados pela boa marcação colorada. Já do lado gaúcho, pouca produtividade, mesmo com os perigosos Ilan e Edu no ataque.

Com este panorama, o gol só poderia vir através da genialidade de Neymar e ele veio aos 26. Após bobeada de Kleber, o garoto tabelou com Zé Eduardo, driblou Bolívar e chutou no canto de Renan. Festa Santista na Vila.

Como era de se esperar, o Colorado acordou com a desvantagem, mas só chegou por uma vez com Kleber que chutou e Rafael fez grande defesa. E foi só no primeiro tempo, mas o jogo melhoraria no segundo.

E de fato melhorou, o Inter deu campo para os Meninos atacarem e foi para cima com Tinga no lugar de Derley. As chances apareceram. Neymar, em cobrança de falta, exigiu boa defesa de Renan, mas Tinga respondeu ao chutar com perigo. Aos 24, um susto, Léo se chocou com um Colorado e caiu no gramado, saiu do gramado, mas não ocorreu nada de grave.

Nos últimos minutos, o jogo cresceu. Edu quase empatou de cabeça, mas Alex Sandro salvou em cima da linha.  E Neymar e Zé Eduardo perderam ótimas chances, mas que não fizeram falta, pois o Peixe ficou com os três pontos e a chance de título reapareceu no Santos.

Classificação (agora com todos com 29 partidas)

1° Cruzeiro – 54pts
2° Fluminense – 52pts
3° Corinthians – 49pts
4° Santos – 48pts
5° Internacional – 47pts
6° Botafogo – 44pts
7° Atlético-PR – 43pts (12V)
8° Grêmio – 43pts (11V)
9° Palmeiras – 43pts (10V)
10° São Paulo – 41pts (10V)
11° Vasco – 41pts (9V)
12° Ceará – 38pts
13° Guarani – 34pts (8V)
14° Flamengo – 34pts (7V)
15° Vitória – 31pts
16° Avaí – 30pts
17° Atlético-GO – 29pts
18° Atlético-MG – 28pts (8V)
19° Goiás – 28pts (7V)
20° Prudente – 21pts

Zona da Libertadores
Zona da Sul-Americana
Zona de Rebaixamento

São Januário, meu caldeirão!

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Por Gabriel Seixas

Um Vasco inspirado por 45 minutos e um Corinthians irreconhecível. O retrato de ambos os times nos últimos jogos do Brasileirão foi exatamente igual ao do confronto realizado em São Januário, nesta quarta. A sina dos vascaínos em construir vantagens no primeiro tempo e permitir a reação do adversário na etapa final temporariamente se encerrou. Muito mais por demérito do Timão do que méritos do cruzmaltino, é bem verdade, que fez de tudo pelo seu 15º empate no campeonato. Por sorte, não foi possível.

A queda de rendimento do Corinthians passou do estágio de preocupante. Seis jogos sem vitórias, três derrotas consecutivas, sem técnico e mergulhado numa crise sem fim. Tudo isso tendo em vista mais um jogo fora de casa (Guarani), onde o aproveitamento beira o pífio pra uma equipe que briga pelo título: 33,3%. Só três vitórias em 14 jogos longe do Pacaembu – sem contar que, jogando em casa, o time não vence há três partidas.

Em São Januário, o Vasco chegou a 28 pontos jogando em casa, que totalizam mais da metade dos 41 que o time tem no geral. A torcida compareceu e o time correspondeu. Apenas nos primeiros 45 minutos, é claro. As jogadas pelo flanco esquerdo, nas costas de Alessandro, foram a mina de ouro do Vasco. Dali surgiu o cruzamento do jovem Carlinhos para Zé Roberto, que tinha acabado de perder um gol feito, mas não desperdiçou a nova oportunidade.

Foi por lá também que Eder Luis entrou nas costas da zaga e recebeu um passe milimétrico de Felipe. A ótima fase do atacante foi concretizada com a bola no fundo das redes, o oitavo gol dele no Brasileirão. Eder e principalmente o Vasco tinham muitos motivos para comemorar, mas sabiam que o sinal de alerta precisaria ficar ainda mais ligado, para a volta ao segundo tempo não significar uma tragédia.

Não deu. O segundo tempo foi uma tragédia. Bem, a torcida vascaína nem esboçou reclamação, pois os 2 a 0 foram mantidos até o apito final. Mas o que vascaínos e corintianos fizeram dentro de campo nos últimos 45 minutos foram um verdadeiro atentado ao futebol. Precisando reverter o placar, o Timão sequer esboçou reação. A ausência de Bruno Cesar foi muito sentida. Elias parecia não ter voltado da seleção brasileira. Jucilei ficou sacrificado na lateral-direita, improvisado.

Só que o show de horrores tinha os seus protagonistas no comando de ataque: Iarley e Souza. O primeiro perdeu um gol que até meu cachorro faria, ainda no primeiro tempo. O segundo...sem comentários. Souza e a bola definitivamente não se amam. Quando foi substituído por Defederico, o atacante se dirigiu a torcida do Vasco (ex-clube), pela qual era vaiado, e perdeu as estribeiras: fez gestos obscenos e até o símbolo de uma das torcidas organizadas do Flamengo. Cenas passíveis de punição pelo STJD. Bom para o Corinthians.

A queda de rendimento do Timão acaba propiciando que outras equipes continuem sonhando com a Libertadores, inclusive o Vasco. A distância para o G3 agora é de oito pontos. Para o Botafogo, que pode voltar a zona da competição internacional caso a Conmebol aceite o recurso de que o Brasileirão continue oferecendo 4 vagas para a Libertadores, a diferença é de três pontos. A receita é a mesma de outros jogos: não pode dar sopa pro azar. O mesmo que o Corinthians vem dando há tempos...