sábado, 30 de outubro de 2010

Cruzeiro na cola do Fluminense

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Por Leonardo Martins

O Cruzeiro não fez mais que obrigação em Presidente Prudente ao derrotar o Prudente, lanterna da competição. Mesmo assim, o time fez uma atuação média na vitória por 2 a 0, mas que foi o suficiente para os mineiros continuarem na cola do líder Fluminense.

Depois da derrota no clássico, o técnico Cuca fez algumas alterações, colocou Gilberto armando o jogo ao lado de Montillo e Robert entrou no lugar de Farias no ataque. O jogo de hoje foi um jogo tranqüilo para o time azul de Minas.

Desde os primeiros minutos, a Raposa tomou conta do jogo, porém, tinha dificuldades de atacar por conta dos inúmeros passes errados. O time paulista, por sua vez, não conseguia impor um ritmo agradável no jogo, era facilmente marcado pelo time cruzeirense.

Diante deste ritmo, o gol azul só poderia ver em um lance isolado e de muita sorte, ele veio aos 18 minutos, Leo, o zagueiro, pegou rebote de um escanteio e acertou um belo chute no ângulo de Sidney. Um belo gol para coroar a atuação segura da zaga.

O gol não diminuiu o ritmo do jogo, o Cruzeiro continuava dominando a posse de bola e explorando a fragilidade do lanterna, mas tinha um pequeno problema, Montillo, o craque do time, não repetiu as boas atuações do campeonato e foi tímido em campo. Então coube ao outro meia da equipe, Gilberto, armar a jogada do segundo gol. Aos 40, o meia deu ótimo lançamento e Robert cabeceou para o gol. 2 a 0.

O segundo tempo foi de pressão do time da casa com as alterações, mas o Cruzeiro soube tranqüilizar o jogo e tocou a bola. A partida se tornou monótona e sem graça, o goleiro Fábio só trabalhou em uma oportunidade.

Do lado azul, os erros de passes continuavam, nem com as alterações, o time melhorou neste quesito, mas do outro lado estava o pior time do campeonato e não apresentou perigo para a vitória azul, que recolocou o time dividindo a liderança com o Fluminense.

Carnaval Rubro-Negro em Salvador

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Por Gabriel Seixas

Nem o torcedor mais otimista do Vitória esperava uma festa tão perfeita para a comemoração do 500º jogo da história do estádio Barradão. O sol forte de Salvador, a linda festa dos torcedores que compareceram às arquibancadas e a atuação impecável do Leão rubro-negro culminaram numa convincente vitória por 4 a 2 sobre o Vasco. Para os baianos, um triunfo que significa a fuga da zona de rebaixamento. Aos cariocas, nada que atrapalhe o clima de férias antecipadas.

Foram quatro gols, mas o Vitória poderia ter feito muito mais. Atuar em casa tem sido um importante aliado do time contra o descenso. Dos 37 pontos do Leão no campeonato, 27 foram conquistados em casa. Para o Vasco, jogar no Barradão é praticamente uma missão impossível. Além de nunca ter vencido uma partida sequer no estádio, este foi o palco da eliminação cruzmaltina na Copa do Brasil deste ano.

Não é nada preocupante, visto que as chances de rebaixamento ainda são mínimas. As de Libertadores? Bem, estas são praticamente impossíveis. Entretanto, o Vasco ainda pode ser um fiel da balança na briga pelo título. Dos próximos seis compromissos do time no Brasileirão, três serão fora de casa. E os adversários são justamente os três principais postulantes ao título: Fluminense, Cruzeiro e Corinthians.

Quanto ao jogo de hoje, o mínimo que o Vasco pode fazer é esquecê-lo. O gol de Fumagalli nos acréscimos mascarou o massacre do Vitória nos 90 minutos. O primeiro tempo bizarro dos cariocas determinou o rumo da partida: ao fim da etapa inicial, os baianos já venciam por 3 a 0. E essa é uma questão que vai muito além do forte calor da capital baiana. Dedé, o melhor zagueiro do time e quiçá do campeonato, fez falta. Seu substituto, Jadson Viera, errou tudo o que tentou.

O garoto Diogo, que estreou tão bem nos profissionais no clássico contra o Flamengo, não suportou a pressão e também ficou abaixo da crítica. Nas suas costas, Adailton engatou uma arrancada sensacional desde a linha do meio-campo até entrar na área e estufar as redes de Fernando Prass. Até mesmo o goleiro cruzmaltino não estava nos seus melhores dias. Falhou feio no gol de Elkeson, o segundo do jogo. O gol de Neto Coruja nos acréscimos do primeiro tempo praticamente decidiu a partida.

PC Gusmão, que já havia colocado Nunes na vaga de Diogo (deslocando Jumar para a lateral-esquerda), trocou Fellipe Bastos por Rômulo no intervalo. Deu certo, e Nunes diminuiu a desvantagem no marcador. Mas foi por pouco tempo. O Vitória reassumiu o controle do jogo e matou a partida – que já estava definida – com Júnior. Antônio Lopes foi perfeito na montagem tática do time baiano: abriu Elkeson e Adailton pelas pontas e centralizou Júnior, que ainda eram municiados pelo bom e velho Ramon.

O gol de Fumagalli impediu que o jogo terminasse em goleada, mas não abafa as visíveis limitações técnicas do time de PC Gusmão. O desgaste físico de Felipe, Zé Roberto e Eder Luis é iminente. Quanto ao terceiro, é um caso absolutamente compreensível, pois se trata de um atleta que corre o campo inteiro em todas as partidas e hoje acabou sucumbindo ao forte calor. Pior para o Vasco, que agora não tem grandes ambições na competição. Assim como o Vitória, lutará exclusivamente por uma modesta vaga na Sul-Americana.

Curtinha

- No duelo dos já classificados para a Libertadores, Inter e Santos empataram em um gol e deram adeus as chances de título neste ano. O jogo foi marcado por um gol mal anulado do Santos, o juiz não viu que a bola ultrapassou a linha do gol. Mas Zé Eduardo fez o gol santista e Leandro Damião empatou para o Colorado.