quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O que esperar de Tite na Seleção?

Share |


Passada as Olimpíadas, o futebol volta a dominar o noticiário. Nesta quinta, o Brasil volta as Eliminatórias para a Copa da Rússia com uma novidade, a estreia de Tite no comando da equipe e a retomada da esperança de dias melhores para a equipe canarinho. A estreia do multicampeão será contra o Equador, um adversário complicado, na altitude de Quito.

Depois de muito tempo, a Seleção volta a ter esperança de melhora com a troca de comando técnico. Saiu o pragmático e fraco Dunga após o fiasco na Copa América Centenário, e entrou o atual campeão brasileiro, Tite, um treinador que foi quase unanimidade. Tite montou um time moderno no Corinthians, é um treinador atualizado com o que tem de melhor no mundo, mas sem perder as características do futebol brasileiro.

O treinador bebe  na fonte de técnicos internacionais como Pep Guardiola, tem um novo conceito de futebol, está mais aberto ao diálogo. Coisa que faltava a Seleção nas épocas de Dunga e Felipão. Tite tem procurado viajar pelo mundo para saber a situação dos jogadores, tanto dentro como fora de campo, aproximar da torcida que está com falta de boa seleção.

O título olímpico, apesar de não ter sido com Tite, no Rio com um bom futebol parece ter acordado a torcida e renova a esperança de que a Seleção possa voltar a ser considerada gigante no cenário mundial. O que os últimos fiascos diminuíram a reputação do futebol pentacampeão. Uma prova que o título nas Olimpíadas é importante para a retomada foi o fato que a base da convocação do início de Tite é a Seleção Olímpica, incluindo, o trio de ataque Neymar, Gabigol e Gabriel Jesus.

Quando a bola rolar no Olímpico Atahualpa na capital equatoriana, pode estar começando uma nova fase para o time canarinho. Se dará certo, só os resultados dirão, mas a Seleção precisava desta mudança de mentalidade no comando técnico.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Uma Olimpíada a Brasileira

Share |


Depois de 17 dias de muitas emoções no Rio de Janeiro, a primeira Olimpíada na América do Sul termina e deixa muitas saudades em quem curtiu ela tanto pela TV como pessoalmente. Aqui faço, uma breve análise de tudo que aconteceu nestes dias nas pistas, piscinas, arenas cariocas, até fora delas.
 
O grande destaque desta Olimpíada foi a presença e a alegria do povo brasileiro, a torcida, baseada na cultura futebolística, apoiou os atletas brasileiros com força, até gerando algumas confusões por conta da ausência de conhecimento em alguns esportes. O caso emblemático neste sentido aconteceu com o francês Renaud Lavillevine, rival de Thiago Braz na prova do salto com vara, que reclamou da torcida que o vaiou nos saltos na prova que deu o ouro ao brasileiro. O fato com o francês criou uma rivalidade entre torcida e atletas franceses. Fora isto, foi uma Olimpíada A Brasileira, com muita alegria e festa pelas medalhas.

No campo esportivo, os Jogos Rio 2016, teve como destaque, mais uma vez, o Jamaicano Usain Bolt. Bolt confirmou suas pretensões e repetiu as exibições de Pequim e Londres, mais três ouros e um fato inédito, o primeiro tricampeão olímpico em três provas diferentes no atletismo, 100m, 200m e revezamento 4x100m. Fora das pistas, Bolt deu show de carisma ao comemorar intensamente as vitórias com a torcida.

No Estádio Aquático, a dupla americana, Michael Phelps e Katie Ledecky, foram os destaques com várias conquistas. Phelps se consolidou como o maior atleta olímpico ao ganhar mais 5 medalhas e chegar as incríveis 28 medalhas, sendo 23 de ouro. Já Ledecky foi o destaque da natação feminina com 5 medalhas, 4 douradas. O lado triste da Olimpíada também veio da natação com a história do falso assalto contada por nadadores americanos, incluindo, o medalhista Ryan Lochte.

Na Arena Carioca 1, palco do basquete, os Estados Unidos confirmaram o favoritismo e levaram os dois ouros. Com alguns sustos no Masculino e sobrando entre as mulheres. Já a Arena Olímpica, casa da Ginástica, viu o surgimento de uma nova estrela olímpica, Simone Biles, a americana, em sua primeira Olimpíada, conquistou 4 ouros e um bronze e encantou o mundo com as exibições.

Obviamente, deixo a análise do Brasil para o fim. O Nosso país apresentou uma boa campanha na Rio 2016. O futebol masculino enfim ganhou a medalha de ouro num Maracanã lotado. O judô também nos deu medalhas, incluindo o ouro emocionante de Rafaela Silva. O Vôlei de Praia chegou a duas finais e com um ouro sensacional de Alisson e Bruno Schmidt. O Maracanãzinho viu o tricampeonato olímpico do vôlei masculino e um adeus dourado ao líbero Serginho, dono de 4 medalhas olímpicas, um recorde em atletas de esportes coletivos.

Porém, as meninas do vôlei, que buscavam um tricampeonato seguido, decepcionaram e entristeceram a torcida ao cair nas quartas. O basquete, tanto feminino como masculino, fizeram campanhas pífias e caíram na primeira fase. A natação foi a principal decepção do Brasil em casa com nenhum resultado expressivo nas águas cariocas, além do mico da água com cor esverdeada que apareceu no Maria Lenk.

Os dois destaques brasileiros nos Jogos foram Isaquias Queiroz e Thiago Braz. Isaquias fez história ao ser o primeiro brasileiro com 3 medalhas em uma única edição de Olimpíada, duas pratas e um bronze na canoagem. E Thiago não era cogitado como medalhista, mas fez um verdadeiro show no Engenhão e faturou uma improvável medalha de ouro no Salto com vara com direito a recorde olímpico.

Ah! E não teve o temido zica vírus, não teve atos terroristas. Então, a Olimpíada Rio 2016 foi um sucesso, foi uma Olimpíada com a cara do povo brasileiro

Em minha terceira olimpíada cobrindo para o Esporte É Vida, gostaria de agradecer as visualizações, os comentários. E quero dizer que em 2020 terá mais, agora os Jogos Olímpicos vão para Tóquio, mas até lá, continuem prestigiando o Esporte é Vida com novo fôlego.

domingo, 21 de agosto de 2016

Rio em tempo – últimos dias

Share |


 Enfim, o ouro no futebol

Acabou a espera, acabou o jejum. O Brasil conquistou o título olímpico na modalidade mais popular do nosso país, o título que faltava na galeria. E o título olímpico veio de uma maneira especial e sofrida, no Maracanã diante da Alemanha, que fez o Brasil chorar nos 7 a 1 da Copa de 2 anos atrás. Sofrida porque foi nos pênaltis após o empate em um gol no tempo normal e na prorrogação, gols de Neymar para os donos da casa e Meyer para os alemães. Nas cobranças, Weverton defendeu a cobrança de Petersen e coube a estrela olímpica, Neymar, bater o pênalti e dar o título olímpico, explodindo o Maracanã. O bronze ficou com a Nigéria que derrotou Honduras por 2 a 0 em Belo Horizonte.

- Vôlei é tricampeão olímpico

Se o ouro do sábado veio no Maracanã, a última medalha do Brasil veio neste domingo e foi do lado do Estádio, no Maracanãzinho. A modalidade mais vitoriosa no século 21, o vôlei, conseguiu mais um título olímpico. O Brasil conseguiu seu terceiro título olímpico em uma decisão memorável contra a Itália, a quem já tinha vencido a final em 2004. Os brasileiros contaram com o apoio da torcida que lotou o ginásio e o resultado foi uma linda vitória por 3 sets a 0 (25/22, 28/26 e 26/24). Foi um título da superação e incontestável, que deu orgulho a torcida brasileira. A medalha de bronze no masculino ficou com os Estados Unidos que venceram a Rússia por 3 sets a 2 (23/25, 21/25, 25/19, 25/19 e 15/13).

Vôlei Feminino

Bronze: Estados Unidos 3x1 Holanda
Ouro: China 3x1 Sérvia

- Isaquias faz história para o Brasil

Isaquias Queiroz se tornou o maior atleta brasileiro em uma única Olimpíada. O canoísta ganhou a sua terceira medalha nos Jogos ao ganhar a prata na prova do C2 1000m ao lado de Erlon de Souza. Os brasileiros lideraram a prova quase toda, porém, no fim foram ultrapassados pelos alemães que ganharam o ouro.

- Bronze no taekwondo

A última medalha em um esporte individual do Brasil foi um bronze no Taekwondo. Na categoria pesado, Maicon Siqueira derrotou o britânico Mahama Cho por 5 a 4 e faturou um bronze na noite do sábado.

- Maratona masculina

Na maratona masculina, que sempre fecha o atletismo olímpico. Vitória do corredor do Quênia, Ellud Kipchobe, o queniano recebeu a medalha de ouro na cerimônia de encerramento. O melhor brasileiro foi Paulo Roberto Almeida que terminou na 15ª colocação.

- Basquete dos EUA é ouro

O favoritismo do basquete masculino dos EUA se confirmou neste domingo e o tricampeonato olímpico seguido veio com uma vitória arrasadora sobre a Sérvia por 96 a 66. O ouro veio de forma invicta e foi comemorado por quem gosta do bom basquete A medalha de bronze ficou com a Espanha que derrotou com emoção a Austrália por 89 a 88.

Basquete Feminino

Bronze: França 70x63 Sérvia
Ouro: Estados Unidos 101x72 Espanha

Handebol Feminino

Bronze: Noruega 36x26 Holanda
Ouro: Rússia 22x19 França

Handebol Masculino

Bronze: Alemanha 31x25 Polônia
Ouro: Dinamarca 28x26 França

Quadro de medalhas definitivo

1º: Estados Unidos – 46 ouros, 37 pratas e 38 bronzes – 121 medalhas
2º: Grã-Bretanha – 27 ouros, 23 pratas e 17 bronzes – 67 medalhas
3º: China – 26 ouros, 18 pratas 26 bronzes – 70 medalhas
4º: Rússia – 19 ouros, 18 pratas e 19 bronzes – 56 medalhas
5º: Alemanha – 17 ouros, 10 pratas e 15 bronzes – 42 medalhas
13º: Brasil – 7 ouros, 6 pratas e 6 bronzes – 19 medalhas