segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Giro esportivo

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Por Leonardo Martins

- Raikkonen ainda sonha...

Ontem foi disputado o GP da Bélgica de Fórmula 1, na pista difícil de SPA. A corrida não teve surpresas e a Ferrari conseguiu se recuperar da última corrida em monza. Os ferraristas conseguiram a dobradinha, com Kimi Raikkonen, que ainda sonha com o título de pilotos com 84 pontos, e Felipe Massa, que está sem chances no campeonato com 77 pontos. Os lideres do campeonato vieram atrás e acirraram mais ainda a disputa, Fernando Alonso ficou em 3º e está a 2 pontos do líder Lewis Hamilton que ficou em 4º e está com 97 pontos. O Brasileiro Rubens Barrichello continua com a má-fase e terminou em 13º.

- Liga de Ouro

Ontem foi disputada a última etapa da Liga de Ouro, competição que reúne os principais nomes do atletismo mundial em 4 etapas por cidades européias. A competição deste domingo foi disputada em Berlim. O premio desta Liga de Ouro é um milhão de dólares para quem conseguir ganhar as 4 etapas na mesma prova. Na edição deste ano, o prêmio foi dividido entre o fenômeno do salto em altura, a russa Yelena Isinbayeva, e a americana dos 400m rasos, Sanya Richards. O brasileiro Jadel Gregório manteve a boa fase no salto triplo e faturou o bronze em Berlim.

- Brasil brilha no tatame

Após a medalha de ouro do judoca Cristiano Correia, o Brasil conseguiu mais duas medalhas de ouro no mundial de Judô disputado na Arena Olímpica, no Rio. O gaúcho João Derly repetiu o feito de 2 anos atrás e conquistou o primeiro bicampeonato mundial da história do judô brasileiro. O paulista Tiago Camilo, em uma seqüência sensacional de ippons (a pontuação máxima do judô), também conquistou a medalha de ouro. Com as medalhas de ouro, o Brasil terminou com a melhor participação em mundiais, com 3 ouros e 1 bronze. Parabéns a eles.

Análise tática – Barcelona 07/08

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Por Gabriel Seixas

A partir de agora, inicia-se uma coluna especial no Blog Esporte é Vida. A iniciativa de enriquecer ainda mais o conteúdo deste projeto, ganha agora matérias sobre análises táticas das equipes européias. Começamos com o Barcelona, equipe catalã que conta com os badalados Ronaldinho Gaúcho, Thierry Henry e Lionel Andrés Messi.


Barcelona

Esquema tático: 4-2-1-3

Coach: Frank Riijkard

Mantendo a base da equipe campeã da temporada passada, o Barcelona visa agora, o bi-campeonato espanhol e o tão sonhado título da Champions League, que veio recentemente - mais precisamente na temporada retrasada, contra o Arsenal. A equipe comandada pelo holandês Frank Riijkard, ganhou reforços de grande expressão, e perdeu jogadores que seriam úteis para compor a equipe no momento.

A começar, o Barça trouxe o volante marfinense Yaya Touré, um dos destaques do Monaco na temporada passada. Neste início de temporada, Riijkard demonstra que o recém-contratado deve ter vaga cativa no time, ora atuando ao lado de Xavi, ora com Iniesta. Outro que também desembarcou na Catalunha foi o versátil Eric Abidal. O pentacampeão francês que estava no Lyon, atua tanto na lateral-esquerda, quanto na zaga – com a mesma eficácia em ambas as posições -, e visa repor a saída de Giovanni van Bronckhorst, que deu adeus ao clube e foi para o Feyenoord (como é um jogador novo, Abidal deve sobrar em relação ao ex-concorrente). Para a zaga, um dos setores mais contestados pelos torcedores – já que o rodízio de Puyol, Rafa Márquez e Thuram não convence -, chegou Gabriel Millito, zagueiro argentino do Zaragoza. Titular do seu ex-clube e da seleção hermana, Millito deve ter a companhia do experiente Puyol no comando de zaga.

Por fim, a contratação mais badalada no mercado espanhol: O atacante Thierry Henry, destaque nas últimas quatro temporadas atuando pelo Arsenal, não deixou escapar a oportunidade de atuar em um futebol com características diferentes do inglês, e chegou por um custo de 24 milhões de Euros, o que para um craque como Henry, é muito pouco, e obviamente, um investimento vantajoso para a equipe catalã.

No embalo de ‘idas e vindas’, cinco jogadores importantes na composição do elenco deixaram a equipe: Além de van Bronckhorst, citado anteriormente, o brasileiro Thiago Motta viajou para Madrid, assinando com o Atlético. Outro brasileiro que deu um “até breve” ao clube foi Belletti, contratado pelo Chelsea. O espanhol Javier Pedro Saviola, que provavelmente seria pouco aproveitado na temporada – já que a equipe dispõe de jogadores como Henry, Ronaldinho, Messi e Eto’o pra o setor -, escafedeu-se para o rival, o Real Madrid. Já a perda mais sentida da equipe presidida por Joan Laporta deve ser a de Ludovic Giuly: O meia, que concorria a uma vaga direta com Deco na armação da meia-cancha, não resistiu a uma proposta da Roma. A equipe não trouxe substitutos a altura, e Deco deve compor o setor com pouquíssimos concorrentes.

Além disso, dois jogadores com um futuro promissor devem compor a equipe principal do Barcelona: O primeiro deles é o mexicano Giovani dos Santos. Com descendência brasileira, já que seu pai nasceu no nosso país (Zizinho, ex-jogador do Santos), o meia-atacante, que já foi até mesmo comparado com o brazuca Ronaldinho Gaúcho, desempenhou um papel importantíssimo nas categorias Sub-17 e Sub-20 do México, e além de ser convocado para a seleção principal mexicana – atuando boa parte do segundo tempo contra o Brasil, em amistoso disputado em Boston -, deve ser mais bem aproveitado por Riijkard, que pouco o utilizou na temporada passada.

O outro garoto que tem um futuro promissor pela frente é espanhol: Chama-se Bojan Krkic. O pequeno craque, de apenas 17 anos, atuou pela primeira vez com a camisa catalã em um amistoso contra o Al Ahly, onde atuou 45 minutos e foi substituído por Dos Santos. O garoto mostrou personalidade e faro de gol, e logo na estréia, já deixou sua marca. No Barcelona B, contabilizando gols em todas as categorias, Bojan soma mais de 900 gols pelo clube. E, para fechar com chave de ouro, o atacante, após sagrar-se campeão Europeu Sub-17 com a Espanha (onde marcou um gol na final contra a Bélgica), participou do Mundial Sub-17, realizado neste mês, e foi artilheiro da Fúria, que chegou a final e foi vice-campeã – Bojan não atuou na final, por ter sido expulso contra Gana, nas Semifinais. O atacante é considerado a promessa espanhola de substituir ídolos como Emílio Butrageño e até mesmo o craque, gênio e um dos ídolos da história do Barça, o holandês Johan Cruyff.

Depois de tantas badalações, chegou a hora de ver o que Riijkard nos reserva para esta temporada...

Goleiro: Sem contar com goleiros de alto nível, o Barça deve manter o contestado Victor Valdés como guarda-redes da equipe, já que o reserva, Albert Jorquera, não inspira confiança alguma nos catalães. Especulava-se Petr Cech e Coupet, mas ambos permaneceram em seus clubes – Chelsea e Lyon, respectivamente.

Laterais: Sem muitas surpresas: Zambrotta pela direita e Abidal pela esquerda. O primeiro, que pode jogar nas duas laterais, deve ficar no setor direito, já que a lateral-esquerda está bem servida com Eric – este, que deve disputar vaga com o brasileiro Sylvinho e o espanhol Oleguer.

Zagueiros: A princípio, a dupla de zaga deve ser formada por Gabriel Millito e Puyol. Rafa Márquez e Thuram, reservas imediatos de ambos os zagueiros, cometeram erros imprescindíveis na temporada passada e perderam prestígio com o xerife holandês.

Meias: O recém-contratado Yaya Touré, e o ídolo Xavi Hernández, devem compor o setor defensivo no meio, que ainda dispõe de Andrés Iniesta para a posição. No meio, o luso-brasileiro Deco está mais firme do que nunca, já que Giuly deu adeus ao clube. A principal esperança fica por conta da revelação mexicana, Giovani dos Santos, ser o reserva imediato.

Atacantes: Disparado, o setor mais enriquecido da equipe. Com tantas opções de luxo ao seu dispor, Riijkard deve jogar com Messi aberto pela direita, e Ronaldinho pela esquerda, como na temporada anterior. A princípio, Thierry Henry – que não é bem um centroavante -, deve ganhar a vaga no ataque com Samuel Eto’o. Além deles, o islandês Eidur Gudjohnsen, que esteve próximo de acertar com o Newcastle, e o jovem atacante Bojan Krkic, correm por fora.

Portanto, esta deve ser a equipe de Frank:

-------------------------Valdés-------------------------
---------------Puyol-----------------Millito-------------
-Zambrotta--------------------------------------Abidal-
----------------------Yaya Touré------------------------
---------------Xavi--------------------------------------
--------------------------------------Deco---------------
----------------------------------------------------------
-Messi----------------------------------------Ronaldinho-
------------------------Henry----------------------------

Na minha humilde opinião, Riijkard está certo em seu pensamento inicial. Concordo com a alternativa da escalação de Touré, já que Xavi e Iniesta, por terem baixa estatura, não podem ser os cabeças-de-área da equipe. Entre Henry e Eto’o, por uma opção pessoal, optaria pelo primeiro, assim como Frank. De resto, pouquíssimas surpresas, e um futebol que deve encantar as platéias catalãs. Que venha o Real Madrid!

Flamengo e Vasco empatam no clássico; Resultado indigesto para ambas as equipes

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Por Gabriel Seixas


Flamengo e Vasco sempre é promessa de jogão. E como não poderia deixar de ser, este não foi diferente. Apesar de ter mostrado mais volume de jogo e ter ameaçado diversas vezes o goleiro Bruno, melhor em campo, o Vasco ficou apenas no empate com o Flamengo e perdeu uma posição na tabela, caindo pra sexto. Já o Flamengo, mesmo conseguindo apenas um ponto, ganhou uma posição – agora é 13º -, com 33 pontos.

O Flamengo, ainda com os desfalques de Ibson, Maxi Biancucchi e Roger, entrou em campo com um 4-2-1-2-1. Isto porque Cristian jogou um pouco mais avançado que Jaílton e Rômulo, como os rubro-negros imploravam. Renato Augusto e Toró – o segundo levemente mais adiantado, a pedido do primeiro -, eram os responsáveis pela criação de jogadas do Mengão.

Do outro lado, a equipe cruzmaltina, comandada por Celso Roth, manteve o 3-4-1-2, com Marcelinho fazendo companhia a Leandro Amaral no ataque. O argentino Emiliano Dudar, após um longo período de contusão, recuperou sua vaga na equipe.

O jogo foi polêmico do início ao fim, e o Flamengo, apesar de ter sido dominado em boa parte do jogo, teve dois lances onde o juiz não o “favoreceu”: O primeiro foi aos 3 minutos, quando Renato Augusto cobrou escanteio, e Jorge Luiz cortou com a mão. O segundo lance foi bem mais polêmico: Aos sete, Fábio Luciano, após cobrança de falta cobrada por Juan, reclamou de um suposto puxão de Dudar na área. O juiz nada marcou em ambos os lances.

Sem nenhum envolvimento com ambos os lances, quem marcou o primeiro gol da partida foi o artilheiro do Vascão: Conca cobrou escanteio, e Bruno saiu mal, catando borboletas; Leandro Amaral, aproveitando-se da falta de sorte do camisa 1 rubro-negro, cabeceou e abriu o placar. Sem fazer uma excelente partida, pelo menos no primeiro tempo, o Vasco se aproveitou de um lance isolado para marcar.

Para completar a situação indesejável, Joel Santana perdeu o meia Renato Augusto, com problemas musculares: Paulo Sérgio entrou em seu lugar. Porém, 10 minutos mais tarde, o mesmo Paulo Sérgio, que havia entrado há poucos instantes, sentiu fortes dores no ombro e foi substituído por Léo Medeiros. As alterações foram determinantes para a partida, já que o rubro-negro esbarrava na falta de capacidade de seus meias criativos. Como Rômulo e Jaílton tem pouca “intimidade” com a bola, Cristian procurou auxiliar os dois meias na função, e Obina procurou sair com pouco mais da área.

A partir daí, começou o espetáculo de Bruno: Após belos chutes de Conca e Perdigão, o camisa 1 fez duas boas defesas. Premiado com a situação, o Flamengo empatou a partida: Após um chutão de Fábio Luciano, a zaga do Vasco bateu cabeça e Leonardo Moura, aproveitando saída errada de Sílvio Luiz, tirou o goleiro do lance e empatou o placar. E, mais uma vez, não fazendo justiça àquilo que vinha sendo a partida. O Flamengo criava poucas oportunidades, e era bem previsível no setor ofensivo, enquanto o Vasco, sem contar com noite inspirada de Darío Conca – preso a forte marcação de Cristian, o melhor jogador na linha do Mengão -, superou suas limitações e dominou o jogo.

Sem alterações, as duas equipes voltaram a campo e o Vasco continuou melhor: Novamente, em chutes de Darío Conca e Perdigão, Bruno fez duas defesas plásticas, em voadas sensacionais no canto.

Bruno era decisivo, e o jogo parecia fadado ao empate. Celso Roth, percebendo a superioridade na partida, colocou Andrade no lugar de Perdigão, visando explorar a técnica no meio-campo, e colocou o “espírita” Alan Kardec no ataque, para a saída de Marcelinho, que fez boa partida. As equipes se mantinham cautelosas, e Conca, em jogada individual, invadiu a área e o arrojado Bruno tomou-lhe a bola.

A partida caiu no quesito nível técnico, porém em emoção, aumentou mais ainda. E o lance fatal da partida foi deixado para o último lance da partida: Leandro Amaral chutou a queima-roupa, e Bruno, pela quinta vez, fez uma nova defesaça na partida. Na sobra, Wágner Diniz chutou forte e Alan Kardec, atacante vascaíno, impediu o gol, com um toque de cabeça despretensioso, que foi fatal para os planos vascaínos, que não conseguiram voltar a zona da Libertadores. Já o Flamengo, que poderia alcançar a zona da Sul-Americana, manteve-se numa posição intermediária da tabela.

Flu não encontra dificuldades e vence o América de Natal

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Por Gabriel Seixas


Não foi do jeito que os tricolores imaginavam. Esperando uma atuação de gala da equipe contra o fraquíssimo time do América de Natal, o Fluminense fez um primeiro tempo inconstante, mas se achou no segundo e construiu sua vitória por 2 a 0, com gols de Alex Dias e Thiago Neves, sem maiores dificuldades. O tricolor carioca mantém a oitava posição, mas agora com uma vantagem: A equipe, por no mínimo uma rodada, não poderá perder mais posições na tabela, já que tem 40 pontos e o Sport, 9º colocado, tem 36. Já o América, fadado ao rebaixamento, é lanterna com apenas onze pontos.

Renato Gaúcho, apesar de contar com o lateral Gabriel para o duelo, em compensação, tinha os desfalques de Thiago Silva, contundido, e Maurício, expulso na última partida. Roger e Fabinho, respectivamente, os substituíram.

Já o América, atuando num revolucionário 3-7-0, já que nem Paulo Isidoro, tampouco Souza são atacantes (e ambos não fizeram a função nesse setor), o Mecão entrou com apenas dois jogadores de criação, e 3 volantes.

O Tricolor começou a partida em alta velocidade, impondo seu ritmo de jogo. Alex Dias, ainda aos 3 minutos, acertou a trave, num gol praticamente feito. Somália, aos 15, exigiu boa defesa do goleiro Sérvulo, que trabalhou – e muito – na partida. Após salvar outro gol do Flu, desta vez ameaçado por Luiz Alberto, Sérvulo foi protagonista de um lance curiosíssimo: O goleiro foi punido por ficar mais de seis segundos com a bola, o que infringe a regra básica do futebol. Na cobrança do tiro livre, Thiago Neves cobrou mal e mandou pra fora.

A insatisfação de Renato Gaúcho era notória. Tanto que, no intervalo, o técnico lançou Cícero no lugar do inoperante David, e promoveu a estréia do lateral Gabriel, para a saída de Rafael. A equipe entrou com outra postura, e após boa jogada de Gabriel pelo flanco direito, Thiago Neves mandou pra fora. A pressão e a soberania do Flu na partida foram recompensadas: Thiago Neves, após jogada confusa de Somália, levantou na área e Alex Dias mandou de cabeça, abrindo o placar. O mesmo Alex Dias, após passar pelo goleiro Sérvulo e pelo zagueiro do Flu, não conseguiu concluir a gol.

Renato Gaúcho queria mais: O técnico lançou o atacante Soares no lugar do volante Fabinho, mostrando sua insatisfação com o placar. Já Paulo Moroni gastou as suas três que lhe restavam: O meia Léo Papel substituiu Souza, o atacante Wendes, fazendo sua estréia, substituiu o isolado Paulo Isidoro, e o meia Rogélio Ávila entrou no lugar do volante Reinaldo. Provavelmente, você já deve ter notado algum Rogélio no América, não? Pois bem, o Mecão não só conta com um, e sim com dois Rogélios! Acredite se quiser!

Porém, a união rogeliana não foi suficiente para que Thiago Neves, em jogada individual, arriscasse de fora da área e mandasse um canhão no fundo do gol de Sérvulo, marcando um golaço, e fechando o placar em 2 a 0. Agora, o Fluminense tem o clássico “vovô” contra o Botafogo, enquanto o América visita o Goiás, no Serra Dourada.