quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Tricolor assume a liderança com vitória sobre rival

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Por Leonardo Martina


O mais esperado duelo da rodada aconteceu no Morumbi. O São Paulo recebeu o Inter em confronto direto que valia a liderança provisória ou permanente (dependendo dos resultados de hoje). O jogo foi bom e a maior sorte dos mandantes foi o fator preponderante no resultado da partida, vitória são-paulina por 1 a 0 e pela 1ª vez liderando o Campeonato.

O clássico começou com muita marcação e jogo truncado no meio-campo, o Inter surpreendeu os paulistas com a marcação avançada e dominou as ações. Aos 8, Fabiano Eller cruzou direto e obrigou Bosco (substituto de Rogério Ceni) a espalmar. Aos 18, o goleiro voltou a salvar o São Paulo ao defender cobrança de falta de D’Alessandro.

O Tricolor tinha dificuldades de furar o bloqueio colorado, que era eficiente. O Colorado tinha na velocidade a melhor alternativa de chegar ao gol. Aos 34, um torcedor do time paulista invadiu o gramado pedindo uma chance nas categorias de base do clube. O torcedor foi detido pelos seguranças, mas o clube poderá perder mando de campo por conta deste ato.

Voltando ao jogo. Bosco se transformava no grande herói da partida. Aos 36, o argentino do Inter invadiu a área e chutou para mais uma grande defesa do goleiro. O volante são-paulino Richarlyson saiu com uma contusão no púbis e deu lugar a Jùnior César. Jorge Wagner voltou para o meio para a entrada do lateral.

Se os gaúchos dominaram e não fizeram, os Paulistas foram eficientes na tentativa que tiveram e marcaram o gol. Aos 47, Hernanes cobrou escanteio, André Dias desviou para a área e o artilheiro Washington completou para o gol. Era o gol que colocava o Tricolor do Morumbi na liderança.

No segundo tempo, o São Paulo equilibrou o jogo. Aos três, Dagoberto fez fila, mas tropeçou em Lauro antes de finalizar. O Inter foi para frente, tirou Fabiano Eller e Taison para colocar dois atacantes, Alan Kardec e Marquinhos e a dupla já entrou dando trabalho. Aos 13, Miranda e Bosco atrapalharam-se com a bola e ela foi para o gol, mas antes de entrar, o zagueiro salvou o gol de empate. Aos 16, Índio perdeu ótima chance de marcar, mas o cabeceio foi para longe.

O São Paulo tentava segurar o ímpeto dos colorados e para isto, colocou Zé Luis, mas D’Alessandro continuava infernizando a zaga paulista e levava perigo ao gol. Do outro lado, Washington chutou em cima da zaga gaúcha.

Se a liderança são-paulina está garantida, a torcida tem que agradecer ao goleiro Bosco. Aos 36, o camisa 22 fez milagre. Alan Kardec chutou forte, Bosco defendeu para o lado, a bola sobrou para Giuliano que voltou a chutar e exigiu outro milagre do goleiro. Uma chance sensacional salva por Bosco. Após a defesa, a torcida voltou a cantar que o campeão voltou. Mas isto só saberemos no fim do campeonato.

A permanência tricolor na liderança depende dos jogos de hoje de Palmeiras e Atlético-MG. Na próxima rodada, o Tricolor volta ao Morumbi para enfrentar o Barueri e o Inter espera uma recuperação contra o Botafogo no Beira-Rio.

Cruzeiro vence no final e aproxima-se do G-4

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Por Leonardo Martins

Na reta final do Brasileirão, um jogo da 32ª rodada mexeu com as duas partes da tabela, o Cruzeiro, 6º colocado, recebeu o Santo André, 16º, no Mineirão. Com objetivos distintos, as duas equipes realizaram uma partida boa. Com um gol nos acréscimos, o time azul venceu por 3 a 2 e encostou no G-4. Já o Ramalhão voltou a zona vermelha.

O primeiro tempo foi só de um time, o Cruzeiro. A equipe mineira sufocou a equipe paulista em seu campo e criou inúmeras chances. Vamos a elas. Aos oito, Diego Renan cruzou, mas ninguém apareceu para completar. Aos 18, Gilberto recebeu na área e mandou no travessão.

Aos 26, a melhor chance da etapa. Guerrón recebeu livre de marcação e tentou colocar, mas a bola passou ao lado. O equatoriano perdeu outra chance ao cabecear fraco e para fora. Aos 34, foi a vez de Diego Renan assustar o gol de Neneca em chute de longe.

O Santo André só assustou no primeiro tempo aos 43. Marcelinho Carioca cruzou para Nunes, mas cabeceou para fora. A Raposa explorava a cabeça de seus atacantes, mesmo sem ter um centro-avante fixo na área, e Thiago Ribeiro cabeceou novamente para fora. Se o 1° tempo faltou gols, eles sobraram no segundo tempo.

A equipe do ABC começou assustando a etapa. Pablo Escobar apareceu livre e chutou pela rede do lado de fora. Mas os gols perdidos dos azuis continuavam. Gilberto acertou, novamente, a trave de Neneca.

Depois de muitos erros, a torcida celeste ficou aliviada. Aos 13, Jonathan deu ótimo passe para Guerrón e o equatoriano tocou por baixo de Neneca, fazendo o gol de abertura do placar. 1 a 0.

Porém, o Santo André aproveitou dois vacilos da zaga azul e chegou a virada. Aos 17, Nunes driblou Caçapa e soltou a bomba para empatar o jogo. Aos 26, Ávine desceu livre e cruzou para Júnior Dutra completar para o gol. 2 a 1 Ramalhão.

Adilson Batista colocou o time para frente. Tirou Guerrón e Caçapa para a entrada do garoto Eliandro e Leandro Lima. A pressão azul aumentou e o garoto que fazia a sua estréia no profissional fez por merecer a entrada. Aos 36, Gilberto cruzou com perfeição para Eliandro empatar novamente a partida. Eram 10 minutos para se conseguir a virada e o sonho da Libertadores continuar.

O maestro Gilberto, o melhor em campo, saiu cansado para a entrada de Bernardo. E novamente, a alteração deu certo. Pois o meia que começou a jogada que passou por Jonathan e terminou na cabeçada de Thiago Ribeiro para virar o marcador, nos acréscimos da partida. Era o gol do alívio azul e o Mineirão explodiu em alegria. O gol foi contestado pelo time paulista, mas os três pontos eram do Cruzeiro.

O Resultado deixou a Raposa a um ponto da zona da Libertadores e poderá entrar nela no próximo domingo quando enfrenta o Fluminense, novamente, no Mineirão. Já o Ramalhão voltou a Zona de Rebaixamento e espera sair no domingo quando enfrenta o Grêmio no ABC.

Barueri quebra a invencibilidade do Flamengo com autoridade

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Por Gabriel Seixas

Dizem que tudo o que é bom, dura pouco. Mas a boa fase do Flamengo durou, e muito. Foram dez jogos sem derrota, mas esta série, mais cedo ou mais tarde, teria um fim. E o encarregado de quebrar essa invencibilidade foi o modesto Barueri, sem maiores pretensões no campeonato. O time paulista jogou de forma pragmática, aproveitando os erros do adversário, teve as melhores chances e, com justiça, venceu por 2 a 0. Por outro lado, o Flamengo sentiu muito a ausência de Petkovic, o principal jogador da equipe. Sem sua maior referência, o time ficou perdido em boa parte do jogo, e sucumbiu diante dos paulistas. E, com a derrota, o time não só continua fora do G-4, como cai para o 6º lugar na tabela, já que o Cruzeiro venceu e ultrapassou o rubro-negro. O Barueri soma 44 pontos e está em 11º, dentro da meta do time para o ano, que é se classificar para a Copa Sul-Americana. Os gols da vitória foram do artilheiro Val Baiano, que mandou pra longe a má fase e marcou seu 12º gol no torneio, e o meio-campo Everton.

O início do jogo foi bastante truncado, mas o Flamengo aproveitou-se de sua superioridade técnica e jogava melhor. Porém, o Barueri começou assustando aos 4 minutos, quando Thiago Humberto avançou pela esquerda, cortou pro meio e arriscou para o gol de Bruno, que fez a defesa. A resposta d time rubro-negro veio com Willians, que jogou mais avançado devida a ausência de Petkovic. Da intermediária, ele chutou forte, mas René espalmou.

Pouco depois, Airton marcou o primeiro gol do Flamengo, mas este foi anulado corretamente pelo auxiliar. Com o 0 a 0 novamente no marcador, a partida ficou muito fraca, com muitas faltas e jogadas concentradas pelo meio. A melhor chance só veio aos 35 minutos, e foi novamente de Thiago Humberto, do Barueri. De muito longe, ele obrigou Bruno a fazer uma linda defesa. Aliás, os chutes de fora da área foram muito explorados pelo time paulista, que tem o 4º melhor ataque do campeonato.

O Fla teve boa chance aos 44, quando Fierro avançou pela direita, e mesmo tendo duas opções na área, arriscou sem ângulo e obrigou René a fazer uma defesa não tão complicada assim. Héber Roberto Lopes determinou que o jogo fosse até aos 48 minutos, e foi justamente no minuto final do primeiro tempo que o Barueri abriu o placar. Thiago Humberto, impedido, aproveitou lançamento longo da intermediária. Ele dominou, chapelou Álvaro, e de cabeça, deu assistência para Val Baiano, que de primeira, tirou as chances de defesa de Bruno. Resultado justo, mesmo porque o Flamengo não fez muita coisa para merecer a vitória, ou mesmo o empate.

Pro segundo tempo, Andrade resolveu trocar o meia Fierro, inoperante durante todo o primeiro tempo – pra variar – para colocar o atacante Denis Marques. O time conseguiu ficar pior, mas mesmo assim, levou perigo aos 4 minutos, numa cabeçada de Adriano que René evitou o gol.

A partir daí, o Barueri começou a explorar o lado direito defensivo do Flamengo, com Márcio Careca e Thiago Humberto pelo setor. Os dois ameaçaram, respectivamente, aos 16 e 21 minutos, mas o lance teve o mesmo fim: ótima defesa de Bruno.

Em busca do empate, Andrade decidiu trocar o volante Maldonado, um dos poucos que ainda sustentava a defesa, para colocar o armador Erick Flores. Então, o time desandou de vez, e dois minutos depois, tomou o segundo gol. Everton tabelou com Thiago Humberto, e cara a cara com Bruno, tocou na saída do goleiro.

Os rubro-negros pareciam sem reação. Não buscaram o resultado, e pior, deram muita sorte por não terem tomado uma goleada. Bruno interceptou por várias vezes, numa delas aos 32 minutos, num chute violento de João Vitor que o goleiro mandou pra longe. Então, o técnico Luiz Carlos Goiano decidiu fechar o time, colocando o volante Márcio Hahn na vaga de Everton. Andrade respondeu com Toró no lugar de Juan, e o lateral deixou o campo irritadíssimo com o técnico, proferindo até mesmo palavrões.

A última chance veio com o melhor jogador do Barueri, Thiago Humberto. Na sua jogada clássica, ele avançou livre pela esquerda, e chutou cruzado rente ao gol de Bruno. Pelo que fez, principalmente no segundo tempo, o time paulista conseguiu uma vitória mais do que justa. O Flamengo, por sua vez, provou ser um time comum sem Petkovic, que sem dúvida, pode ter “decidido” a partida. Mas há de destacar o mérito dos donos da casa, que foram melhores durante boa parte do jogo.

Curtinhas:

- No confronto de desesperados, o Botafogo recebeu o Náutico, e no sufoco, conseguiu uma vitória pelo placar mínimo. O gol único foi do zagueiro Juninho, cobrando pênalti contestadíssimo pelos pernambucanos. No fim das contas, o time carioca saiu do Z-4, e pulou para o 16º lugar com 35 pontos somados. O Náutico, com três pontos a menos, é o 18º e continua cavando sua vaguinha na segunda divisão do ano que vem.

- Atlético-PR e Santos protagonizaram um jogo de dois times que não tem pretensão alguma no campeonato. Então, nada mais justo que um empate, em 1 a 1. Kleber Pereira marcou primeiro para os santistas, convertendo outro pênalti, que também foi duvidoso. Três minutos depois, o Furacão respondeu com o zagueiro Bruno Costa, e ficou nisso.

- Quem continua sonhando com a Libertadores é o Grêmio, que confirmou a campanha irretocável em casa com um 3 a 1 sobre o Avaí. Mesmo jogando com um a menos em boa parte do jogo, os gremistas marcaram com Tcheco, cobrando pênalti, Maxi López e Souza. Emerson diminuiu para os catarinenses, mas a diferença de gols e o tempo de jogo não permitiam uma reação. Os gremistas pularam para 7º, com 47 pontos, cinco a menos que o Internacional, 4º colocado.

- Por fim, o Vitória deu adeus a briga pela Libertadores com a derrota em casa para o Corinthians, por 1 a 0. Os paulistas, que já estão na maior competição continental, marcaram seu gol com o argentino Defederico, que fez seu primeiro gol com a camisa alvinegra. O time agora ocupa o 9º lugar, uma posição a frente do Vitória.