sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Especial – Série C 2007

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Por Gabriel Seixas


Nesta Quarta-Feira, foram conhecidas as quatro equipes que garantiram o acesso à Série B do ano que vem. Bragantino e Bahia, que haviam conquistado a vaga com uma rodada de antecedência, ganharam as companhias de Vila Nova e ABC, este último beneficiado pela derrota do Atlético-GO frente ao já eliminado Barras – as más línguas afirmam que os piauienses receberam a famosa “mala branca” dos potiguares. A exaustiva campanha de 32 jogos dos quatro clubes ganharão destaque aqui no Esporte é Vida, começando do quarto lugar ao campeão da terceirona.

ABC-RN

O ABC, embalado pela conquista do título estadual em cima do maior rival, o América, entrou com status de favorito no Grupo 6 da competição. Comandado por Ferdinando Teixeira, o time começou mal e foi derrotado pelo Atlético-PB, por 1 a 0. A partir daí, a equipe foi se encontrando e conseguiu resultados expressivos, como um 3 a 0 contra o Vera Cruz e até mesmo um 4 a 4 contra o Central – este “expressivo” no sentido de número de gols em uma única partida. Os destaques da primeira fase foram o lateral Nêgo e o atacante Wallyson, que mantiveram o nível por toda a competição. A equipe passou para a segunda fase liderando o grupo, com 13 pontos.

O Grupo 20, que no papel parecia ser fácil, acabou virando uma pedreira para os potiguares. A equipe encontrou no caminho o alagoano Coruripe e o sergipano Confiança, que alcançaram ótimas campanhas em seus respectivos grupos na primeira fase, além do Porto de Caruaru. O início novamente foi ruim: Sem o jovem Wallyson, a equipe foi derrotada pelo Confiança. Críticas a Ferdinando Teixeira, que insistia no 3-5-2, e com um rodízio de zagueiros até certo ponto curioso. Quando a equipe parecia se encontrar, com uma vitória magra sobre o Porto (2 a 1, que teve o retorno de “Wallyshow” com direito a gol), o balde de água fria: Goleada sofrida para o Confiança, 4 a 1. O estopim para que Ferdinando atendesse o apelo da torcida, e mudasse o esquema tático. Na “estréia” do 4-4-2, vitória sobre o Coruripe por 2 a 0. A partir daí, a responsabilidade de carregar a equipe ficou para Wallyson. Nos dois jogos restantes, duas vitórias por 1 a 0, com dois gols do artilheiro. A vice-liderança do grupo por 12 pontos garantiu a passagem para a 3ª fase, ao lado do Coruripe, azarão da competição.

Na terceira fase, o ABC encontrou um de seus adversários no Octogonal Final – o Bahia -, além do amazonense Fast e do acreano Rio Branco. Contrariando as fases anteriores, o ABC estreou com vitória – 2 a 0 sobre o Rio Branco, com gols de Fábio Silva e Jean. A equipe não se deixou abalar com a derrota por 2 a 0 para o Bahia, e desta vez, contou com a estrela do lateral Nêgo. Com dois lindos gols de falta, o lateral ajudou o ABC a vencer o Fast, de virada, por 3 a 2. No Frasqueirão, ele também marcou o gol da vitória sobre o mesmo Fast, e se consagrou nas graças da torcida. Ficou por conta de Wallyson completar o serviço, marcando os gols da vitória contra o Bahia por 2 a 1, e classificando os potiguares com uma rodada de antecedência.

A entrada no Octogonal Final parecia decretar uma tragédia da equipe na competição. Bastou uma derrota para o Bragantino e um empate contra o Atlético para que os torcedores ficassem de olhos bem abertos quanto a equipe. Porém, no jogo seguinte, os potiguares venceram o Bahia por 4 a 3, quebrando a invencibilidade dos tricolores na competição. Pra variar, Wallyshow foi o nome do jogo, com dois gols marcados.

A partir daí, o que se viu foi uma irregularidade sem tamanho da equipe. Foram oito jogos, quatro em casa, e quatro fora. As vitórias no Frasqueirão fizeram com que a equipe ainda almejasse o acesso, mas as três derrotas e um empate longe de casa fizeram com que a última rodada fosse ainda mais aflita, com a vitória sendo obrigação. Torcendo por um tropeço de Atlético ou Vila Nova, a equipe recebeu o Bragantino, que já estava garantido na Série B do ano que vem, e que conquistara o título do campeonato. No fim do 1º tempo, o zagueiro Allan marcou um bonito gol de falta, que seria o suficiente para o ABC subir, já que o Atlético perdia para o Barras pelo mesmo placar.

No segundo tempo, mais um gol do Barras. E o empate do Bragantino...A injusta tragédia foi evitada, merecidamente, por um dos melhores jogadores da competição: Wallyson. O atacante, que deixará o clube para defender o Atlético-PR no ano que vem, fez o gol da vitória e garantiu o acesso, para a explosão dos mais de 20.000 pagantes. Fato curioso do jogo também ficou por conta do placar eletrônico, que anunciava o título antecipado do Braga, para que os paulistas desistissem do empate. E desistiram mesmo!

Análise final: Individualmente, a equipe do ABC realmente foi uma das melhores da competição. Wallyson, com 16 gols, e Nêgo, com 9, certamente estariam numa possível seleção do campeonato. Quem também se encaixou perfeitamente no esquema tático da equipe foi Juninho Petrolina, que supriu a carência de armação do meio-campo abcdista. A confiança em Ferdinando Teixeira, que antes parecia teimosia, acabou se mostrando favorável a equipe em determinados momentos da competição.

VILA NOVA-GO

O Vila Nova iniciou a competição no Grupo 10, ao lado do também goiano Itumbiara, e de Grêmio Jaciara e Esportivo Guará. A estréia dos goianos foi positiva, com a vitória sobre o Jaciara por 1 a 0, com gol do atacante Juninho, ex-Itumbiara. A partir daí, foram mais três vitórias seguidas, com destaque para a goleada sobre o Guará por 4 a 0, com direito a dois gols do folclórico Túlio Maravilha. A equipe, até então dirigida por Sérgio Cosme, apostava na dupla de ataque formada por Wando e Túlio, municiada pelo também experiente Alex Oliveira. No fim das contas, liderança do grupo com 13 pontos e vaga mais do que assegurada.

Na segunda fase, a equipe encontrou mais um goiano pelo caminho: O CRAC, que também seria adversário dos vilanovenses no Octogonal Final. O grupo também contava com Guarani e Rio Claro, dois paulistas. As duas primeiras apresentações da equipe foram as piores possíveis: Derrota para o Guarani, por 2 a 1, e por 3 a 1 para o CRAC, que provocaram a demissão do fraquíssimo Sérgio Cosme. Em seu lugar, chegou o jovem Artur Neto, que estreou no comando da equipe na vitória sobre o Rio Claro, por 2 a 0. Foi também contra o Rio Claro que Túlio Maravilha protagonizou uma de suas melhores exibições da equipe da serra: O artilheiro marcou três na vitória por 4 a 3 contra o Galo Azul, ultrapassando Nonato na artilharia da competição. A classificação não veio como muitos imaginavam, mas o Vila passou a fase seguinte em 2º, com apenas nove pontos – um a mais que o Guarani e três a mais que o Rio Claro.

Pra variar, mais um goiano enfrentaria o Vila Nova na terceira fase: Desta vez, a missão era do Atlético Goianiense, além do mineiro Villa Nova e do gaúcho Esportivo. A estréia contra a equipe de Bento Gonçalves foi regular, com uma vitória por 2 a 1, contando com gols de Túlio e Michel. Depois de um empate em 0 a 0 contra o Atlético, os vilanovenses derrotaram com facilidade o quase xará mineiro por 4 a 2. O jogo marcava a estréia do meia Elvis, até então recém-dispensado do Remo. O jogo que garantiu a classificação antecipada foi contra o Villa Nova; Vitória por 1 a 0, e gol do volante Heleno, ex-Santos.

Era chegada a hora do tão esperado Octogonal Final. A estréia da equipe, contra o azarão Nacional de Patos, foi mais do que surpreendente. Mesmo jogando na Paraíba, os goianos golearam por 5 a 1. Mais surpreendente ainda foram os quatro gols de Túlio Maravilha, chegando aos 803 (até então) na carreira. Pena que a equipe não manteve o ritmo contra Bahia, Bragantino e Atlético, com duas derrotas (ambas em casa) e um empate. Isso sem contar a goleada sofrida pelo ABC, humilhantemente por 4 a 0. A vingança não foi tardia: Após duas vitórias contra o CRAC e uma sobre o Barras, os goianos venceram o ABC por 3 a 0 (devolvendo quase na mesma moeda), com dois gols de Túlio e um de Paulo Ramos, que aos poucos, cativava a sua titularidade no Vila.

Porém, o jovem do Grêmio só garantiu mesmo seu lugar entre os onze quando o Vila venceu o Bragantino por 2 a 0, com gol do jovem meia-atacante. E mesmo depois de derrota para o Atlético e empate contra o Bahia, a equipe dependia apenas de duas forças na última rodada para garantir o acesso. Em 3º na tabela, os vermelhos enfrentaram o Nacional – decepção do campeonato, com apenas cinco pontos em 13 jogos. E a festa acabou vindo da forma mais aguardada pelos torcedores: Baile por 3 a 0, com dois gols do artilheiro da competição, Túlio, e um de Wando.

Análise final: São inúmeros os fatores que podem determinar o acesso do Vila Nova à Série B. O primeiro deles é a chegada de Artur Neto, que foi ousado e abriu espaço para Elvis e Paulo Ramos no meio-campo. Ambos se entenderam bem com Wando e Túlio, fazendo com que a equipe tivesse um poderio ofensivo imprescindível para a campanha. Porém, o principal deles ficou por conta de apenas um atleta. Não só um atleta; um goleador. Túlio Maravilha. Foram 27 gols em 30 jogos, ainda que 16 marcados em bolas paradas.

BAHIA-BA

O glorioso Bahia, clube que já foi até mesmo campeão brasileiro – ao lado do Guarani, as únicas equipes que já venceram a elite e disputavam a terceirona -, amargava mais um ano a disputa da Série C. Sorteado no grupo do alagoano ASA e dos sergipanos América e Confiança, o tricolor não teve dificuldades para garantir passagem para a segunda fase. Ainda em fase de adaptação, a equipe perdeu seus únicos pontos na estréia, quando empatou com o Confiança em 0 a 0. A partir daí, foram cinco jogos e cinco vitórias. Arturzinho passava a implantar seu estilo de jogo na equipe: Moré e Nonato, contrariando as expectativas, se entenderam muito bem no comando de frente. Na meiuca, Danilo Rios era o ponto de criação da equipe. Porém, o jogador deixaria a equipe no meio do campeonato para defender o Grêmio...mas isto é uma outra história. Foram onze gols marcados e apenas um sofrido, com destaque para Nonato, artilheiro da primeira fase.

Na segunda fase, outro grupo relativamente fácil. O Bahia duelaria contra dois paraibanos – Atlético e Nacional –, além do capixaba Linhares. Na primeira rodada, goleada fora de casa contra o Atlético por 3 a 0 – com direito a dois gols de Moré. Na segunda, um placar ainda mais elástico: 5 a 0 sobre o Linhares, com três gols do experiente Nonato, e 2 a 0 contra o Nacional de Patos, fechando o “turno” do grupo. A equipe teve uma pequena queda de produção, que resultou em derrota para o Nacional e empate contra o Linhares, mas selou a vaga com a vitória sobre o Atlético por 3 a 1. A partir desse jogo, o meia Elias se firmou na equipe – ele seria peça-chave no acesso da equipe, já no Octogonal Final

Na fase que antecedia o Octogonal Final, o Bahia defrontou os nortistas Rio Branco e Fast, além do nordestino ABC. Porém, enganou-se quem achou que a classificação viria com facilidade. O empate contra o Fast, em 2 a 2 – que gerou polêmica em relação a hospedagem, condição do gramado, etc – era um prenúncio do sofrimento que os baianos teriam na competição. Na seqüência em dois jogos na Fonte Nova, duas vitórias tranqüilas contra ABC e Rio Branco. Na primeira, vitória por 2 a 0, com dois gols do artilheiro Nonato. No jogo seguinte, 2 a 1 contra o acreano Rio Branco, novamente com a marca de Nonato – o outro foi marcado pelo jovem Emerson Cris.

No jogo da volta contra os acreanos, um novo prenúncio de tragédia. Bastou um jogo fora de casa para a equipe voltar a perder: 3 a 2 para o Rio Branco, de virada. As primeiras críticas surgiam quanto ao parceiro de Nonato no ataque: Charles, alimentando um longo jejum de gols, daria lugar a Moré no entender da crônica baiana. Mas, como Nonato estava suspenso contra o ABC, Charles ainda teve mais um jogo para mostrar seu futebol. Resultado: 2 a 1 para os potiguares, e para piorar, o gol único baiano marcado por Moré. O novo fato fez com que, finalmente, o centroavante artilheiro ganhasse a titularidade ao lado de Nonato no ataque. Com o apelo da torcida atendido, as críticas ficaram por conta em cima do meia Cléber, ameaçado de perder a vaga para Inho Baiano.
O drama: O Bahia necessitava da vitória contra o Fast e torcia para que o Rio Branco não vencesse o ABC. Resultado: Intervalo dos dois jogos, dois 0 a 0. Irritado com a atuação do time, Arturzinho lançou Inho Baiano e Amauri nas vagas do criticado Cléber e de...Nonato! Revendo o erro que cometeu na segunda alteração, logo o treinador lançou Charles na vaga de Danilo Gomes, aos 35 do 2º tempo. Não demorou muito para que a atuação do árbitro Rogério Pereira da Costa fosse contestada: O mineiro, além de expulsar Michel Mineiro e Leílson, ambos do Fast, deu seis minutos exagerados de acréscimo. O suficiente para que Charles, aos 50 do segundo tempo, se redimisse com a massa e marcasse o gol da classificação. Foi dramática, mas ela veio. O time ainda dependia do resultado do Rio Branco, e como o jogo terminou em 0 a 0, os baianos seguiram adiante.

A partir daí, chegava a hora do tão esperado Octogonal Final. Com o surpreendente público de 59.797 na Fonte Nova, o Bahia venceu o CRAC na estréia por 1 a 0, com gol solitário do artilheiro Nonato – que ganhou a companhia de Moré no comando de frente. Fora de casa, com o campo encharcado e um palco totalmente adverso, o Bahia superou suas limitações e venceu o Vila Nova, por 3 a 2. O destaque do jogo ficou por conta de Moré, que parecia selar a sua titularidade com dois gols marcados. No jogo seguinte, a tragédia maior: Derrota para o ABC por 4 a 3, acabando de vez com a invencibilidade da equipe na competição. Vale relembrar que Wallyson foi o carrasco tricolor, com dois gols anotados. A partir daí, uma seqüência inusitada de resultados: Primeiro, a equipe recebe o frágil Barras e empatou em 2 a 2, frustrando os empolgados torcedores. Depois, visitou o Atlético e venceu por 2 a 1, jogo que marcou a volta do “Baêa” ao G-4.

Quebrando a seqüência de dois indigestos empates contra Bragantino e Nacional, o tricolor voltou a vencer – e bonito: 3 a 0 contra o mesmo Nacional, na Fonte Nova. O “imbatível” em casa atuou no 3-5-2 (esquema que ainda não tinha sido usado na competição pelo tricolor), que acabou sendo benéfico ao time. A nova seqüência de empates, desta vez emplacada contra Bragantino e Atlético, foi quebrada com a vitória sobre o Barras no Piauí, por 2 a 0. Os dois gols marcados por Nonato colocaram a equipe ainda mais perto do retorno a segundona, que já era realidade no ambiente baiano.

Momentos decisivos: No jogo que antecedeu o acesso antecipado, o Bahia bailou na Fonte Nova e goleou o ABC, por 3 a 0. Desta vez, a carta na manga dos baianos foi Elias: O atacante, pouquíssimo aproveitado no Vasco, virou peça-chave da equipe para o acesso. Versátil, atuou como meio-campo no 3-5-2 e não decepcionou, marcando dois gols. No jogo seguinte, não foi vista a mesma eficiência nem de Elias, nem de toda a equipe, com um insosso empate em 0 a 0 contra o Vila Nova. Insosso? Que nada! Com os resultados adversos de CRAC e ABC, o tricolor comemorou o retorno à Serie B antecipado, fazendo um verdadeiro carnaval fora de época nas ruas da Bahia. Com isso, o último jogo da equipe contra o CRAC – que ainda lutava para conseguir o acesso – era apenas festivo. Com a garra e a superação de um, e a falta de compromisso do outro, o resultado de 4 a 2 para os goianos foi mais do que normal. Resultado: Bahia na Série B, e o CRAC, adversário daquele jogo, sem chances de garantir o acesso. A mandinga e o apoio do torcedor, acima de tudo, foram mais do que fundamentais para a bela campanha do tricolor baiano, com apenas duas derrotas em todo o campeonato. A nota triste ficou por conta da demolição da Fonte Nova, palco de jogos épicos do tricolor baiano.

Análise final: Num contexto geral, mesmo sem o título, pode-se dizer que o Bahia foi mesmo a melhor equipe desta Série C. Contando com o apoio maciço da torcida, os tricolores garantiram o acesso com certa facilidade no Octogonal Final. O que dizer do gol aos cinqüenta minutos do segundo tempo feito por Charles, que garantiu a equipe na fase final? O que dizer do campeonato feito por Nonato, atacante de 28 anos e autor de 19 gols na competição? Prova maior de raça e superação não existe, pelo menos no futebol brasileiro.

BRAGANTINO-SP

Por mais incrível - e inusitado - que pareça, das quatro equipes que garantiram o acesso, o Bragantino teve o trabalho mais exaustivo e dificultoso nesta Série C. Pra começar, problemas muito antes do início da competição. O desmanche após a disputa do Campeonato Paulista, que resultou nas saídas de jogadores importantes como Felipe, Everton Santos e Moradei, teve prioridade no planejamento da equipe para a disputa da competição – não com contratações de peso, mas sim no empenho de manter outros jogadores importantes.

Na estréia da equipe na competição, apenas três remanescentes da ótima campanha do time no Paulistão: Os meias Somália e Neizinho, e o atacante Bill. Sentindo o peso da falta de entrosamento, o Braga foi derrotado na estréia para o CENE, por 1 a 0. Porém, no segundo jogo, a equipe de Roberval Davino começou a mostrar a que veio: Goleada por 4 a 1 sobre o Sertãozinho. Somália e Bill marcaram duas vezes, garantindo os primeiros pontos do Braga no campeonato. No jogo seguinte, contra o Águia Negra, empate morno em 0 a 0. Os paulistas voltaram a enfrentar os sul-mato-grossenses, mas desta vez, com um resultado bem mais satisfatório. Sem Bill, suspenso, Davino foi obrigado a improvisar Marcinho e Somália no ataque. Resultado: Vitória por 2 a 0, gols de Evandro e Davi. Depois disso, vitórias contra Sertãozinho e CENE selaram a vaga do Braga a segunda fase.

Na segunda fase, o Bragantino tinha como adversários o gaúcho Esportivo, o paranaense Roma e o mineiro Democrata de Governador Valadares. A estréia foi conturbada: Derrota para o Esportivo por 1 a 0, e reclamações em peso por parte dos paulistas. A expulsão de Bill, ainda no primeiro tempo, teve fator fundamental para as reclamações. No jogo seguinte, novo 1 a 0. Mas desta vez, a vitória foi do Braga, em cima do Democrata. O gol único foi marcado por Vanderlei, que improvisado na zaga, fez o gol no último minuto da partida. Coube ao Bragantino também a façanha de acabar com a invencibilidade da Roma na rodada seguinte, com uma vitória por 2 a 1, de virada. Somália e Vanderlei, os dois principais jogadores da equipe, marcaram os gols. Porém, derrotas contra a mesma Roma e o Democrata – esta por 5 a 3 – fizeram com que o Braga ficasse ainda mais longe da tão sonhada classificação. Os paulistas dependiam de um resultado negativo da Roma, e é claro, de uma vitória sobre o Esportivo. E foi o que aconteceu: Os paulistas venceram, no sufoco, por 2 a 1. O jogo marcava a estréia dos atacantes Neto Baiano e Anderson Ataíde, porém, nenhum dos dois deixaram a sua marca em campo.

Na terceira fase, o Braga levou um azar ainda maior e caiu no “grupo da morte”: A equipe tinha o CRAC, a Ulbra e o carioca América pelo caminho. A estréia foi decepcionante: Em pleno Marcelo Stefani, derrota de virada por 2 a 1. O gol único foi marcado por Neto Baiano, de pênalti. Para aumentar ainda mais o vexame, vale lembrar que a equipe atuava com dois a mais por boa parte do segundo tempo. O jogo marcou a estréia do “pacotão” que chegou ao Braga, formado por Adãozinho e Gléguer, refugos do América-RN, Valdir Papel, atacante que saiu “chutado” do Vasco e o zagueiro Tiago Vieira, que teve uma passagem anterior pelo time de Bragança.

O que não estava no script era a terrível seqüência de resultados negativos em diante. Contra a Ulbra, em Canoas, e o América, em Edson Passos, a equipe saiu derrotada e encerrou o “turno” com nenhum ponto. O suficiente para que Roberval Davino fosse substituído por Marcelo Veiga no comando. E, de fato, a decisão foi acertada: O técnico foi o principal responsável pela ascensão da equipe no campeonato. No jogo seguinte, vieram os três primeiros pontos: Vitória sobre o América por 3 a 2, com gols marcados pelo atacante Valdir Papel – que por mais incrível que pareça, caiu como uma luva na equipe -, Davi e o zagueiro Cris, um dos melhores da posição na Série C. No jogo seguinte, mais uma vitória: 2 a 0 sobre a Ulbra, fazendo com que a equipe dependesse apenas de si para se classificar. Os gols foram de Vanderlei, e novamente Davi, que se consolidava como artilheiro da equipe – fazendo com que os torcedores se esquecessem de Bill. Porém, a classificação veio mais tardia do que o imaginado: Com o insosso empate em 0 a 0 contra o CRAC, o único resultado que interessava entre Ulbra e América era o empate, ou vitória do time carioca. Resultado final – 2 a 2. Classificação dos paulistas garantida pelo saldo de gols!

Era chegada a hora do Octogonal Final. A campanha do Bragantino, fatalmente, não o credenciava como favorito ao acesso. Porém, a estréia parecia contrariar os prognósticos: Jogando em casa, o Braga venceu o ABC por 1 a 0, com gol do artilheiro Valdir Papel, cobrando pênalti. Mesmo com a expulsão de Cris, o Braga conseguiu sair vitorioso, e alimentar alguma esperança no coração do torcedor. No jogo seguinte, sob forte calor, a equipe paulista visitou o Barras. E, perdendo por 1 a 0 até os 44 minutos do 2º tempo, eis que surge a estrela que não brilhava há algum tempo: A de Bill, que marcou o gol de empate e manteve os paulistas entre os líderes.

No jogo seguinte, o time de Bragança enfrentava um velho conhecido: O CRAC, com quem havia passado de fase no Grupo 28. E mesmo jogando em Itumbiara, os paulistas venceram por 2 a 1 – gols da dupla de ataque formada por Bill e Valdir Papel. Contra o Vila Nova, empate em 1 a 1. Gol de quem? Valdir Papel! Foi o 4º dele em 4 jogos, consolidando-se como o artilheiro da equipe, superando Davi. No jogo seguinte, o Braga enfrentou o Nacional de Patos, com quem travou duelos interessantes no passado – em pouquíssimos jogos, os paulistas eram fregueses dos paraibanos. Mas a vitória veio, mesmo que tenha sido pelo placar mínimo. Davi marcou o gol solitário, que colocou o Braga na liderança isolada.

Depois de conquistar um histórico empate contra o Bahia em 2 a 2 (com 60.000 pessoas contra e um placar revés de 2 a 1), o time lavou a alma e goleou o Atlético Goianiense por 3 a 0. Mesmo atuando com três zagueiros e três volantes, os comandados do ótimo Marcelo Veiga entenderam o recado e golearam com gols de Tiago Vieira, Davi e Somália. A invencibilidade foi mantida no jogo seguinte, quando empatou com o Atlético em 1 a 1. E quando parecia que a invencibilidade seria quebrada no jogo seguinte, em Patos (O Nacional fez 1 a 0 e manteve o resultado até o intervalo), o Braga virou o jogo, com dois gols de Somália e um de Cris.

A partir daí, resultados totalmente adversos. Pra começar, um equilibrado empate com o Bahia em 1 a 1 – gol de Somália. Depois, a inevitável derrota para o Vila Nova por 2 a 0, que acabou com a invencibilidade do time no Octogonal Final. Mas estas eram as primeiras páginas do sofrido acesso do Braga à Série B: No Marcelo Stefani, os jogadores demonstraram raça e venceram o CRAC por 1 a 0, com gol do zagueiro Vanderlei. Precisando apenas de uma vitória contra o já eliminado Barras em casa, o Braga garantiu o acesso em clima de folia: 3 a 1 contra os tricolores, com gols de Davi, Somália e Vanderlei. No último jogo da equipe na terceirona e com a vaga assegurada, o Braga bem que tentou, mas não conseguiu evitar a segunda derrota no Octogonal, perdendo para o também classificado ABC, por 2 a 1. Mesmo com a derrota, o Braga sagrou-se campeão do campeonato, mesmo com uma campanha razoável na segunda e na terceira fase. Honrando o estado de São Paulo como a única equipe que chegou até o Octogonal, a equipe garantiu vaga à Série B – inchando ainda mais a competição de equipes paulistas. Parabéns, Bragantino! É campeão!

Análise final: Mesmo sem uma campanha de campeão, o Bragantino garantiu o título – e, acima de tudo, o acesso – com todos os méritos. Lamentável foi a falta de planejamento no início da competição, que comprometeu o desempenho da equipe, sobretudo na terceira fase. A chegada do técnico Marcelo Veiga e de jogadores como Valdir Papel e Tiago Vieira sacudiram o ambiente, fazendo com que a equipe tivesse um toque mais refinado dentro de campo. Mais do que uma campanha de campeão, esta foi uma jornada de um grupo inteiro. É impossível destacar apenas um jogador, mas é dever elogiar cada atleta do clube, que apesar de não ter um papel principal no contexto geral do campeonato, acabou saindo com dois motivos a mais para comemorar.

Seleção do Campeonato:

Goleiro: Vinicius (Vila Nova)
Na falta de um goleiro que chamasse a atenção no campeonato, Vinicius se destacou dentre aqueles que se apresentaram na competição. Mesmo com um início difícil, questionado até mesmo pela sua titularidade, o jovem goleiro deu a volta por cima e se consagrou nas rodadas finais do Vila, sendo peça importante para o acesso.

Lateral-Direito: Nêgo (ABC)
O voluntarioso Nêgo, que atua tanto na lateral-direita quanto no meio-campo, não só foi o melhor de sua posiçao como foi um dos melhores dentre os jogadores de todas as posições. Aproveitando a sua maior especialidade, que é cobrar faltas, o lateral marcou nove na competição, consolidando-se como vice-artilheiro do time, perdendo apenas para o atacante sensação Wallyson. Para a temporada seguinte, sua renovação é a prioridade do clube, já que a saída de "Wallyshow" foi confirmada.

Zagueiro: Cris (Bragantino)
O zagueiro Cris não só chamou atenção na retaguarda do Bragantino, como lá na frente também. O audacioso zagueiro foi autor de três gols na competição, sendo que um foi o último da equipe na Série C do Brasileirão, há dois dias contra o ABC. Ainda que inconstante - o zagueiro foi expulso duas vezes na temporada -, foi peça importante na conquista do título.

Zagueiro: Niel (Barras)
Lateral-direito de origem, Niel soube aproveitar as chances que teve na equipe titular como zagueiro e se consolidou como um dos melhores da posição. Ele foi autor de três gols na Série C, e dividiu a responsabilidade de ser o melhor jogador do time com o atacante Pantico - que por sinal, merece menção honrosa dentre os atacantes.

Lateral-esquerdo: Rogerinho (ABC)
Já não bastasse o melhor lateral-direito do campeonato ser do ABC, o esquerdo também é. Rogerinho foi responsável por várias assistências aos artilheiros Nêgo e Wallyson, tornando-se peça-chave no esquema da equipe. Voluntarioso como o outro lateral, Rogerinho também atua no meio-campo, mas foi na lateral que encontrou o seu melhor futebol.

Volante: Marcone (Bahia)
Mesmo que não tenha feito um campeonato tão brilhante assim, Marcone foi o principal responsável pela boa apresentação do setor defensivo do Bahia na Série C. Ainda imaturo - e cobiçado por alguns clubes da Série A - deve evoluir com um tempo, e quem sabe, acabar com uma carência de volantes que incomoda o torcedor brasileiro.

Meia: Marquinhos (Atlético-GO)
Com onze gols na competição, Marquinhos foi, disparado, o melhor jogador do Atlético na competição. O faz-tudo do time (cobrador de faltas, pênaltis e escanteios) garantiu presença na seleção do campeonato pela sua regularidade durante a temporada, ainda que não seja um jogador diferenciado.

Meia: Danilo Santos (CRAC)
O jovem meia do CRAC não só foi peça-chave na campanha do time de Catalão, como talvez tenha sido a maior revelação do campeonato, carente de jogadores talentosos. Com transferência acertada para o Guaratinguetá, busca manter o ótimo índice assistências e até mesmo de gols marcados - foram onze no campeonato. Num futuro próximo - talvez depois da disputa do Paulistão - deve estar presente em algum dos clubes da elite brasileira. Quanto ao seu desempenho, é uma outra história...

Atacante: Túlio (Vila Nova)
A impressionante média de 27 gols em 32 jogos fez com que Túlio ultrapassasse a marca de 800 gols na carreira. Fatalmente, foi o melhor jogador da competição, e a principal arma do Vila para o acesso.

Atacante: Nonato (Bahia)
Eterno ídolo do Bahia, Nonato alcançou a vice-artilharia do campeonato com 19 gols. Mesmo tendo a aparência de ser mais velho - tem "apenas" 28 anos -, o atacante foi a principal referência do time para a disputa do Baianão, e sobretudo, da terceirona.

Atacante: Wallyson (ABC)
As atuações de Wallyson foram tão satisfatórias que o clube que detém o seu passe, o Atlético-PR, quer contar com o jovem atacante para as disputas do estadual, Copa do Brasil e a Série A em 2008. Além de ser uma boa peça para suprir a carência de atacantes do Furacão, deixará saudades na equipe potiguar, já que foi o principal responsável pela conquista do estadual (com três gols na final frente ao rival América) e 16 na terceirona.

Técnico: Marcelo Veiga (Bragantino)
Apesar de ter assumido o clube apenas na metade da competição, Veiga foi mesmo o melhor treinador da Série C. Assumiu o clube quando o Braga tinha uma campanha de três jogos e três derrotas na terceira fase, e mesmo assim, levou o time ao Octogonal Final, com uma campanha irretocável. Além disso, trouxe jogadores imprescindíveis como Valdir Papel e Tiago Vieira para o complemento do elenco, que apesar de não ter um destaque individual, era bastante sólido.

Atlético vence e afunda mais o Goiás

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Por Leonardo Martins


Na noite desta quarta-feira, com 40 mil pessoas no Mineirão, Atlético-MG e Goiás fecharam a penúltima rodada. Com certas dificuldades, o Galo goleou o time goiano por 4 a 1 e está perto da Sul-Americana. Já o Goiás viu a briga pelo rebaixamento se estender até a última rodada.

Precisando do resultado para sair da zona de rebaixamento, o Goiás partiu para cima do Atlético, logo no início, Fabrício Carvalho viu Juninho adiantado e mandou por cobertura mas o goleiro se recuperou e mandou para escanteio. O Galo tranqüilizou a partida e foi melhorando no jogo, mas o Goiás teve outra chance com o lateral Chiquinho que Juninho fez outra importante defesa. O gol atleticano saiu aos 24 minutos, Éder Luis fez boa jogada pela esquerda e cruzou para o matador Marinho cabecear para o fundo do gol de Harlei. A resposta goiana não demorou e veio 3 minutos mais tarde, Paulo Baier cobrou falta e Harrison, também de cabeça e aproveitando a má linha de impedimento da zaga atleticana, marcou o gol de empate. A partir daí, o jogo se acalmou e só tivemos boas chances no final quando Éder Luis chutou em cima de Harlei.

A 2ª etapa começou com o Galo mexendo duas vezes em sua equipe colocando Renan e Gérson nos lugares de Xaves e Bilu e estas alterações deram um novo ânimo a equipe atleticana, que perdeu chances com Marinho e Leandro Almeida. O Vasco tinha marcado o gol contra o Corinthians, resultado que tirava os goianos da zona de rebaixamento e animou-os que criaram chances com Fabiano Oliveira e Paulo Baier. Mas o Goiás mostrou porque está na zona vermelha, a partir daí, o que se viu foi um show atleticano. Aos 30 minutos, Leandro Almeida desviou de cabeça para Danilinho empurrar para os fundos da rede e desempatar a partida. Quatro minutos mais tarde o Galo fez o 3º gol, Danilinho cruzou para Marinho, novamente de cabeça, tirar Harlei da jogada. Para fechar o show atleticano, Éder Luis fez fila na defesa goiana e fez o 4º gol.

O Atlético depende de uma vitória contra o Palmeiras na última rodada para se classificar a copa Sul-Americana, já que está na 10ª posição com 52 pontos. O Goiás depende de uma vitória sobre o Inter e um tropeço do Corinthians para sair da degola na última rodada, já que está com 42 pontos e na 17ª posição.

Figueirense 2x0 Náutico

No outro jogo da quarta-feira, o Figueirense venceu o Náutico por 2 a 0 e segue firme rumo a vaga na Sul-Americana com 52 pontos e na 11ª posição. Já os pernambucanos, com as derrotas de Goiás e Corinthians, se livraram totalmente do rebaixamento. Os gols catarinenses saíram no 2º tempo com Ruy, aproveitando cruzamento da esquerda, e Cleiton Xavier, que acertou um lindo chute de longe.

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mesmo empurrado pela torcida, Corinthians é derrotado pelo Vasco

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Por Gabriel Seixas


Pouco mais de 34.000 “loucos pelo Corinthians” tentaram, mas não conseguiram evitar uma nova tragédia. Detentor da segunda pior campanha em casa, o Corinthians não abafou o fantasma do Pacaembu e perdeu para o Vasco, por 1 a 0. O gol de Alan Kardec só não foi mais trágico porque o alvinegro foi beneficiado pela derrota do Goiás frente ao Atlético-MG, por 4 a 1. Do outro lado, o Vasco alcançou a zona da Sul-Americana, e só depende de si mesmo para se garantir na competição, que serve como um alento para a irregular temporada da equipe vascaína.

Mesmo com a derrota, o Corinthians permanece fora da zona de rebaixamento, em 16º com 43 pontos. Com os resultados, a equipe depende de si mesma para escapar da segundona e visita o Grêmio, no Olímpico. Já o Vasco é 12º com 51 pontos, e já que o Fluminense (5º colocado) está na Libertadores pelo título da Copa do Brasil, a equipe está no limite para garantir uma das oito vagas para a Copa Sul-Americana. O próximo jogo da equipe será acompanhado de perto pelo Corinthians, já que os cruzmaltinos recebem o Paraná, concorrente direto do Timão contra o rebaixamento.

Nelsinho Baptista tinha uma dor de cabeça incansável para montar o time diante do Vasco. Sem contar com Iran, Moradei, Zelão, Gustavo Nery e Finazzi, cinco titulares incontestáveis, o treinador decidiu manter o esquema tático que, apesar de interessante, não vinha funcionando nos últimos jogos: O 3-4-2-1. A movimentação de Lulinha e Bruno Bonfim, que seria a principal arma para os contra-ataques alvinegros acaba não acontecendo, e somado a falta de pontaria de ambos, compromete o sistema ofensivo da equipe. Além disso, o lateral Amaral, o volante Bruno Octávio e o atacante Arce ganharam oportunidades no time titular – este último que atuou como centroavante, uma novidade para o boliviano.

Do outro lado, Valdir Espinosa contava com o retorno do meia Morais a equipe. Em contrapartida, o argentino Darío Conca era desfalque. Já que os dois atuam na mesma posição, Morais acabou sendo o substituto de Conca e companheiro de Leandro Bonfim no meio-campo. Rubens Júnior, que abandonou o clube, foi substituído pelo jovem Guilherme.

Embalado pelo coro da torcida, o Corinthians tomou a iniciativa do jogo e levou perigo ao gol de Cássio por duas vezes. Na primeira tentativa, Fábio Ferreira cabeceou e Cássio se esticou todo para alcançar. Na segunda, Carlos Alberto enfileirou os vascaínos e chutou da entrada da área, para mais uma defesa do goleiro cruzmaltino. Sem criatividade no meio-campo, o Corinthians pecou pela lentidão dos zagueiros e abriu espaço para o Vasco contra-atacar. E, como de praxe, brilhou a estrela de Felipe: Morais avançou pela esquerda, passou por dois marcadores e chutou no pé do goleiro. Pouco depois, Leandro Amaral recebeu bom lançamento, e pela ponta direita, chutou e o goleiro alvinegro espalmou. Na sobra, Guilherme ajeitou e bateu firme, para nova defesa de São Felipe.

Na volta para o intervalo, o Corinthians parecia entrar com uma nova postura, quando Arce aproveitou bobeira da zaga vascaína e, cara-a-cara com Cássio, tocou por cima da baliza, pecando pelo excesso de preciosismo. O estopim para a irritação da torcida foi a nova falta de pontaria de Bruno Bonfim, que recebeu na área, e sem ajeitar, arrematou ao gol, chutando pra fora. Já o Vasco, que parecia tímido em campo, acabou marcando o gol único da partida: Guilherme avançou pela esquerda e cruzou na medida para Alan Kardec, que cabeceou firme e contou com desvio de Fábio Ferreira antes da bola entrar.

A torcida bem que tentou, mas não conseguiu empurrar a equipe alvinegra. Nelsinho teve a postura que deveria ter desde o início: Apostou em Héverton, Wilson e Vampeta, nos lugares de Amaral, Bruno Bonfim e Carlos Alberto. Com a equipe totalmente ofensiva, o Timão teve a última oportunidade de gol com Fábio Braz, que aproveitou cobrança de falta lateral batida por Héverton, e “recuou” para Cássio. Destaque para o goleiro Felipe, que no lance anterior e o comentado, foi para a grande área.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Kléber Pereira marca três e coloca o Santos na Libertadores

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Por Daniel Castro

Um jogo tenso foi visto anteontem na Vila Capanema. De um lado o Paraná jogando suas últimas cartas para fugir do rebaixamento, e do outro o Santos, ansioso para confirmar sua vaga na Taça Libertadores.

O Santos passou por vários momentos de sonolência até conseguir a virada, e precisou das boas entradas de Petkovic e Renatinho para mudar o panorama da partida. O Paraná veio disposto a ganhar, com um equipe bastante ofensiva, e que contava apenas com Goiano fixo na marcação.

Quem começou bem a partida foram os mandantes, que assustaram em uma boa cabeçada de Giuliano, que encobriu Fábio Costa e passou pouco acima do gol. Lima e Josiel também assustaram o goleiro santista. Aos 30 minutos o Paraná finalmente marcou, com Jumar cobrando falta, que passou por todo mundo e contou com a colaboração de Fábio Costa. O Santos teve apenas uma chance no primeiro tempo, em uma boa cabeçada de Kleber Pereira

Veio o segundo tempo e o Santos passou a assustar o Paraná. Foi a vez do time da casa ser acuado. Porém, o Paraná contou com mais uma boa cobrança de falta, dessa vez de Paulo Rodrigues, e mais uma colaboração de Fábio Costa para ampliar o placar.

A partir daí o jogo mudou totalmente de figura, e Kleber Pereira entrou em ação para virar a partida. Luxemburgo acertou ao colocar Petkovic em campo no lugar de Marcos Aurélio. Foi do sérvio o cruzamento para o primeiro gol de Kleber. O segundo saiu após driblar o goleiro Gabriel com um sutil toque de cabeça, e o terceiro veio após cruzamento de Renatinho, que havia substituído Vitor Júnior ainda no primeiro tempo.

A virada carimbou o passaporte do peixe para a Libertadores, e deixou o Paraná em situação crítica, que passa a depender de dois tropeços dos seus adversários diretos na briga pelo rebaixamento (Corinthians e Goiás).

Na próxima rodada o Paraná enfrenta o Vasco em São Januário, enquanto o Santos encara o Fluminense na Vila Belmiro.

Palmeiras perde, mas só depende de si para chegar a Libertadores

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Por Saimon Nouh


Na última partida no Beira-Rio pelo Campeonato Brasileiro, o Inter bateu o Palmeiras por 2x1 na tarde do ultimo domingo, pelo Campeonato Brasileiro. Se por um lado o time gaúcho se garantiu de vez na Copa Sul-Americana, por outro acabou parando um
adversário direto do rival Grêmio na briga por uma vaga na Libertadores da América. O time alviverde esperava sair do Beira-Rio ao menos com um empate, mas não saiu dos 58 pontos. Mas o time de São Paulo segue no grupo dos quatro primeiros, com a derrota do Cruzeiro para o Sport no Recife. No dia 2 de dezembro, encerra a temporada em casa, com a obrigação de conseguir a vitória sobre o Atlético-MG para não depender de outros resultados. Os colorados, que subiram para 54 pontos, se despediram da torcida da melhor forma, mas nem todos ficaram satisfeitos. Ao bater a equipe paulista, ajudou o maior rival na disputa pelas primeiras colocações. Na última rodada, o Inter enfrenta o Goiás, em Goiânia.

O Inter, tomou a iniciativa no começo, controlava o meio de campo, pressionava, chegava à frente com freqüência, porém sem efetividade. O Palmeiras era mais defensivo, com contra-ataques rápidos, criava mais perigo, mas Rodrigão, isolado, tinha dificuldade para superar a zaga colorada formada por Sidnei, Orozco e Marcão. Aos 36 minutos, Sidnei tentou cortar cobrança de falta, acerta o adversário e a bola fica para Makelele, que marca o gol, mas o árbitro assinala impedimento no lance. Lance que o juiz errou feio, já que dois jogadores do Inter davam condição para Makelele. Com o susto o Inter pareceu acordar, e aos 40 minutos fez 1 a 0, na insistência de Iarley pela direita, que cruzou fraco mas David falhou ao tentar afastar e Fernandão não perdoou. Os palmeirenses reclamaram de falta no lance. Segundo eles, Iarley empurra Dininho e o tira do lance. O juiz ignora e marca o gol.

Os esquemas se inverteram na etapa complementar. A equipe colorada retornou com uma postura mais recuada, saindo nos contra-golpes. O Palmeiras, com mais posse de bola, buscava o empate e dava espaços atrás. Conforme o tempo passava a intensidade do confronto foi diminuindo. Aos 33 minutos, Marcão roubou a bola no campo de defesa, arrancou em direção ao gol, e só não marcou porque dividiu a bola com o zagueiro. Dois minutos depois, ele fez lançamento primoroso para Fernandão, que bateu de primeira, fazendo 2 a 0. Esse gol de Fernandão foi o gol 1000 do Campeonato Brasileiro de 2007. Aos 47 minutos, Rodrigão ainda fez um lindo gol de bicicleta, mas não havia mais tempo de mudar o resultado.

Grêmio passa fácil pelo América

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Por Saimon Nouh


O Grêmio goleou o já rebaixado América-RN por
3 a 0, no ultimo sábado, pelo Campeonato Brasileiro. O resultado em cima do lanterna, que não contou com torcida na arquibancada por punição do STJD, manteve os gaúchos com o sonho de conquistar um lugar no G-4. O time precisa de tropeços de Palmeiras e Cruzeiro e ainda precisa vencer o desesperado Corinthians. O tricolor gaúcho segue com remotas chances de conseguir classificação para a Libertadores da América. Subiu para os 57 pontos, e agora torce por tropeços de Palmeiras e Cruzeiro. No encerramento do Brasileiro, dia 2 de dezembro, retornará ao Olímpico para enfrentar o Corinthians. Palmeiras e Cruzeiro também jogam em casa. Enfrentam Atlético-MG e América-RN, respectivamente. Parado nos 17 pontos, fazendo a pior campanha da história dos pontos corridos e sem chance de alcançar o penúltimo colocado, o time potiguar, com casa vazia, não tem mais preocupação com a competição. Entrou em campo com diversos reservas, pois poupou titulares para a Copa Rio Grande do Norte, e assim conheceu a sua 28ª derrota na Série A. Na rodada final terá pela frente o Cruzeiro, em Belo Horizonte.

O Grêmio começou melhor o confronto, o que era bastante esperado. Chegava mais à frente, mas o América, mesmo cheio de desfalques, era organizado e fechava bem os espaços. Mas não demorou muito para o time tricolor fazer 1 a 0. Aos 21 minutos, a revelação do Grêmio para 2008, Maylson fez grande passe para William Magrão, que apareceu na área e tocou por cima do goleiro Azul, abrindo o placar. O domínio gaúcho era total, tanto que o goleiro Marcelo Grohe era mais um que assistia à partida, e a defesa pouco precisava correr, pois o América não chegava com perigo ao gol gremista. Só aos 31 minutos o América assustou, quando Léo Papel pegou rebote de escanteio e chutou forte, por cima. Os donos da casa ainda pressionaram, mas nada mudou até o intervalo, e o placar de momento mostrava a vitória gaúcha. Na segunda etapa o ritmo caiu, com o Grêmio administrando a vantagem, exageravam nas atrasadas para o goleiro, e o América não parecia determinado em reverter o resultado. Os gaúchos chegaram aos 2x0 aos 21 minutos quando Diego Souza fez jogada pela esquerda e chutou. Depois de confusão na área, a bola fica para Marcel, que completa para o gol. Em seguida a equipe do técnico Mano Menezes fez mais um. Aos 27 minutos, o colombiano Bustos cobrou escanteio, Diego Souza dominou no peito e chutou rasteiro, com estilo, e ampliou para 3 a 0 o resultado. Nos últimos minutos o time potiguar ainda foi para cima tentar evitar a goleada, mas os poucos chutes ao gol não passaram das mãos de Marcelo Grohe.

AMÉRICA-RN
Azul; Ângelo, Rogélio, Róbson e Berg; Carlos Eduardo, Joellan, Tony e Vasconcelos (Washington); Rogélio Ávila (Binha) e Léo Papel
Técnico: Paulo Moroni

GRÊMIO
Marcelo Grohe; Patrício, William, Léo e Bustos; William Magrão, Maylson, Diego Souza e Ramón (Sandro Goiano); Jonas (Jonatan) e Marcel (Tuta)
Técnico: Mano Menezes

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Cruzeiro perde e vê a vaga indo embora

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Por Leonardo Martins


Na noite deste domingo, diante de um bom público na Ilha do Retiro, Sport e Cruzeiro realizaram jogo decisivo válido pela penúltima rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro precisava da vitória para ir a última rodada dependendo de suas forças para conquistar a vaga na Libertadores mas jogou mal e perdeu por 1 a 0.

O Sport começou o jogo com uma tática ousada com 3 atacantes e foi para cima dos mineiros com o embalo da torcida. O Cruzeiro começou a partida como as outras que o time vem jogando, com muitos erros de passes e indo pouco ao ataque. Aos 14 minutos, o lateral cruzeirense Jonathan machucou e em seu lugar entrou Wagner e o meia Maicosuel foi para Lateral direita. Depois disto, o que se viu foi uma pressão terrível do Sport, onde os pernambucanos criaram inúmeras chances de marcar, principalmente com Carlinhos Bala que errou uma cabeçada embaixo do gol. A melhor chance cruzeirense foi em uma falta cobrada por Wagner em que o goleiro Magrão fez boa defesa. O tempo terminou com um 0 a 0 injusto devido a pressão pernambucana.

O panorama do 1º tempo continuou no 2º com o Sport indo ao ataque e criando as melhores chances de abrir o placar. O Cruzeiro continuava atrás esperando o Sport em seu campo e errando muitos passes. Alecsandro entrou para explorar o jogo aéreo cruzeirense mas não deu resultado. O Sport resolveu dar mais velocidade com a entrada de Adriano Gabiru e o ex-cruzeirense fez o gol da vitória aos 22 minutos ao aproveitar cruzamento de Bala. O Cruzeiro partiu para o desespero mas de forma desorganizada não deu resultado e o jogo terminou com a vitória pernambucana.

O Cruzeiro desperdiçou mais uma chance de voltar a zona da Libertadores e está na 6ª posição com 57 pontos e na próxima rodada enfrenta o América em BH. Para ir a Libertadores, o time azul precisará de uma ajuda do seu rival, Atlético-MG, que enfrentará o Palmeiras em São Paulo, além da vitória sobre o América. O Sport entrou na zona da Sul-Americana na 11ª posição com 51 pontos e fecha sua participação contra o Juventude em Caxias.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Flamengo vence Atlético-PR e garante vaga na Libertadores

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Por Gabriel Seixas



Com nova quebra de recorde de público (82.044 pagantes), o Flamengo derrotou o Atlético-PR por 2 a 0, e favorecido com as derrotas de Cruzeiro e Palmeiras, garantiu vaga antecipada na Libertadores 2008. Agora a meta é terminar entre os três primeiros, garantindo vaga direta na principal competição das Américas, sem passar por uma eliminatória antes do seu início.

Já que o Santos também venceu o seu compromisso, o Flamengo permaneceu na terceira posição com 61 pontos, assegurando sua vaga na Libertadores. Por sua vez, o Atlético é 11º com 51 pontos, e depende de resultados negativos de Figueirense e Atlético-MG para depender apenas de si na briga por uma das vagas na Copa Sul-Americana.

No primeiro tempo, as duas equipes se estudaram bastante e poucas chances de perigo foram criadas. O Flamengo parecia começar a todo vapor, quando Léo Medeiros cabeceou a queima-roupa na trave, assustando o Furacão e frustrando a empolgada torcida. O Fla tinha dificuldades, já que Ibson e Léo Medeiros estavam bem marcados, e Renato Augusto jogava de costas para os zagueiros, dificultando a sua movimentação em campo. Léo Moura e Juan infiltravam bastante as jogadas, fazendo com que a equipe não tivesse jogadas laterais, facilitando a vida de Valencia e Claiton na marcação. Do outro lado, o Atlético também não contava com um dia feliz de seus laterais, enquanto Ferreira e Netinho eram bem marcados pelos volantes rubro-negros, Jaílton e Cristian.

No fim do primeiro tempo, em uma de suas poucas jogadas de brilho, Leonardo Moura cruzou na área para Souza, que acertou uma linda bicicleta e mandou pra fora. Do outro lado, o Atlético pouco criou, não levando perigo algum ao gol de Bruno.

Na etapa final, o Flamengo voltou com uma postura diferente, e não demorou pra abrir o placar: Renato Augusto se embolou com a bola, mas conseguiu ajeitá-la e se desvencilhar do zagueiro. Depois do lance, o meia tabelou com Souza e chutou forte, deslocando Viáfara e abrindo o placar para o rubro-negro. Enquanto o Atlético buscava alternativas para chutar ao gol de Bruno, o Flamengo aproveitou e marcou o segundo. Novamente Renato Augusto fez boa jogada pela esquerda e encontrou Juan livre na área. O lateral, em posição de impedimento, chutou forte e marcou o segundo, selando a vitória.

Para completar a festança, a torcida logo ficou sabendo do placar final do jogo do Cruzeiro, que garantia ao Flamengo uma vaga assegurada na Libertadores do ano que vem.

Série B – Última rodada

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Por Gabriel Seixas

Neste sábado, a Série B conheceu os quarto ascendentes à Série A e os quatro rebaixados a terceira divisão do Campeonato Brasileiro. Como Coritiba, Ipatinga, Vitória e Portuguesa já haviam garantido ao acesso, coube ao primeiro vencer seu jogo e garantir o simbólico título da competição – já que, em tese, não tem sua devida importância. Na parte de baixo, Ituano, Remo e Santa Cruz já estavam antecipadamente rebaixados. Na briga para fugir da última vaga, disputavam Paulista, Gama, Avaí e Santo André. Sobrou para o primeiro, que depois de vencer a Copa do Brasil em 2005, caiu de produção até chegar a terceirona do Brasileirão.

Destaques:

- Alessandro tirou a diferença de gols para Val Baiano e alcançou a artilharia da competição, com 24 gols ao lado do atacante do Gama.
- O Coritiba conseguiu o título da competição aos 47 do 2º tempo, quando Henrique Dias aproveitou bate rebate da zaga e marcou o gol da vitória.
- Por apenas três pontos, o Fortaleza não conseguiu a volta à Série A. Não fossem os pontos perdidos contra Remo e Ituano...
-O Marília tentou um novo julgamento para recuperar os seis pontos perdidos no início da competição, e ter chances reais de subir para a primeirona. Porém, pela terceira vez o STJD deu causa perdida ao clube, e no fim das contas, nem os pontos garantiriam os paulistas na primeira.

Confira os resultados da rodada final:

CRB 4x1 Barueri
Amílton, Marcelo Nicácio (2) e Thiago Gomes; Tite.

Ceará 1x2 Santo André
Rômulo. Jaílson e Willians.

Avaí 4x0 Ituano
Joélson, Ferdinando, Léo e Vandinho.

Gama 1x0 Vitória
Bebeto.

Remo 0x1 Ponte Preta
Léo Mineiro.

Santa Cruz 2x3 Coritiba
Nildo e Max; Henrique, Keirrison e Henrique Dias.

Portuguesa 3x1 Criciúma
Joãozinho e Diogo (2); Cláudio Luiz.

Marília 1x2 Fortaleza
Wellington Silva; Emerson e Paulo Isidoro.

São Caetano 1x0 Brasiliense
Rafinha.

Paulista 2x5 Ipatinga
Dema e Gilsinho; Beto e Alessandro (4).

domingo, 25 de novembro de 2007

Eliminatórias da Copa 2010

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Por Matheus Mandy e Saimon Nouh

ÁSIA

As fases preliminares terminaram na Ásia. Várias seleções deram adeus ao sonho de disputar uma Copa do Mundo. Mas 20 seleções ainda estão na briga. Ao todo, 20 países estarão na terceira fase, na qual serão formados cinco grupos com quatro integrantes. Após partidas dentro da chave nos sistema ida e volta os dois melhores colocados se classificam para fase final, que será formada por dois grupos de cinco seleções que jogarão entre si. Os dois primeiros de cada chave avançam à Copa do Mundo. Os terceiros colocados ainda terão a chance de classificação. Após se enfrentarem em partidas de ida e volta, o vencedor joga contra o vencedor das Eliminatórias da Oceania. Confira os grupos dessa fase:

Grupo 1: Austrália, China, Iraque e Catar
Grupo 2: Japão, Bahrein, Omã e Tailândia
Grupo 3: Coréia do Sul, Coréia do Norte, Jordânia e Turcomenistão
Grupo 4: Arábia Saudita, Uzbequistão, Líbano e Singapura
Grupo 5: Irã, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Síria

AMÉRICA DO SUL

Brasil, Argentina, Equador, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Chile, Venezuela, Peru e Bolívia disputam cinco vagas. As quatro primeiras vagas levam a seleção a Copa diretamente. A seleção que terminar em quinto terá que disputar a repescagem contra a seleção que terminar em quarto na América do Norte. Todos jogam contra todos em jogos de ida e volta e ao final dos 18 jogos conheceremos as seleções classificadas. Confira a classificação após quatro rodadas:

1- Paraguai 10pts
2- Argentina 9pts
3- Brasil 8pts
4- Colômbia 8pts
5- Venezuela 6pts
6- Uruguai 4pts
7- Chile 4pts
8- Equador 3pts
9- Peru 2pts
10- Bolívia 1pt

ÁFRICA

A Eliminatória da África será disputada por 53 países, incluindo a África do Sul, que tem vaga garantida na Copa do Mundo por ser país-sede. O motivo é que a competição também serve de classificação para a Copa das Nações Africanas. A fase eliminatória já acabou e três seleções se despediram da competição: Guiné-Bissau, Ilhas Comores e Somália. Na etapa seguinte, 48 seleções serão divididas em 12 grupos com quatro seleções cada. Após partidas de ida e volta, o melhor de cada chave e os oito segundos colocados com melhor desempenho avançam à terceira fase. As 20 seleções restantes formarão cinco grupos de quatro. O vencedor de cada um dos grupos estará classificado para a Copa do Mundo da África do Sul. Confira os grupos dessa fase:

Grupo 1: Camarões, Cabo Verde, Tanzânia e Ilhas Maurício
Grupo 2: Guiné, Zimbábue, Namíbia e Quênia
Grupo 3: Angola, Benin, Uganda e Níger
Grupo 4: Nigéria, África do Sul, Guiné-Equatorial e Serra Leoa
Grupo 5: Gana, Líbia, Gabão e Lesoto
Grupo 6: Senegal, Argélia, Libéria e Gâmbia
Grupo 7: Costa do Marfim, Moçambique, Botsuana e Madagascar
Grupo 8: Marrocos, Etiópia, Ruanda e Mauritânia
Grupo 9: Tunísia, Burkina Faso, Burundi e Seychelles
Grupo 10: Mali, Congo, Sudão e Chade
Grupo 11: Togo, Zâmbia, Eritréia e Suazilândia
Grupo 12: Egito, R.D. Congo, Malawi e Djibuti

EUROPA

Ao todo, 53 países participarão das Eliminatórias da Europa. Na primeira fase, serão formados oito grupos de seis integrantes e um de cinco seleções. Após confrontos de ida e volta entre as seleções da mesma chave, os campeões se classificam para a Copa do Mundo. Os oito melhores segundos colocados vão para a repescagem. Eles serão sorteados em quatro chaves e se enfrentarão em jogos de ida e volta. Os quatro vencedores vão para a Copa. Já os quatro perdedores não terão mais chances e serão eliminados. As eliminatórias começarão em agosto do ano que vem, mas os grupos serão sorteados em novembro deste ano. As eliminatórias começarão em 2008. Confira os grupos das eliminatórias:

Grupo 1: Portugal, Suécia, Dinamarca, Hungria, Albânia e Malta
Grupo 2: Grécia, Israel, Suíça, Moldávia, Letônia e Luxemburgo
Grupo 3: Republica Tcheca, Polônia, Irlanda do Norte, Eslováquia, Eslovênia e San Marino
Grupo 4: Alemanha, Rússia, Finlândia, País de Gales, Azerbaijão e Liechesteien
Grupo 5: Espanha, Turquia, Bélgica, Bósnia, Armênia e Estônia
Grupo 6: Croácia, Inglaterra, Ucrânia, Bielo-Rússia, Cazaquistão e Andorra
Grupo 7: França, Romênia, Sérvia, Lituânia, Áustria e Ilhas Faroe
Grupo 8: Itália, Bulgária, Irlanda, Chipre, Geórgia e Montenegro
Grupo 9: Holanda, Escócia, Noruega, Macedônia e Islândia

OCEANIA

Os jogos da Copa Pacífico definiram os 4 classificados ao quadrangular decisivo. As quatro equipes jogarão entre si em partidas de ida e volta, sendo que as duas melhores voltam a se enfrentar na final, também definida em duas partidas. O vencedor enfrentará o quinto colocado da Eliminatória da Ásia por uma vaga na Copa do Mundo da África do Sul.

1ª Rodada
Vanuatu 1x2 Nova Zelândia
Ilhas Fiji 3x3 Nova Caledônia
2ª Rodada
Nova Zelândia 4x1 Vanuatu
Nova Caledônia 4x0 Ilhas Fiji
3ª Rodada
Nova Zelândia x Ilhas Fiji (Sem Data)
Vanuatu x Nova Caledônia (14/06/08)
4ª Rodada
Ilhas Fiji 0x2 Nova Zelândia
Nova Caledônia x Vanuatu (21/06/08)
5ª Rodada
Nova Caledônia x Nova Zelândia (06/09/08)
Ilhas Fiji x Vanuatu (06/09/08)
6ª Rodada
Nova Zelândia x Nova Caledônia (10/09/08)
Vanuatu x Ilhas Fiji (10/09/08)

AMÉRICA DO NORTE E CARIBE

As eliminatórias da Concafaf terão 35 seleções. Serão várias fases até conhecermos os três ou quatro classificados.
Na primeira fase, as 22 piores seleções no ranking da Fifa serão divididas em 11 grupos. Serão jogos de ida e volta até conhecermos os 11 classificados e os outros eliminados. Os vencedores se juntam a mais 13 seleções pré-classificadas em novos confrontos com o mesmo sistema da rodada anterior. As 12 equipes restantes após a disputa das duas primeiras fases serão divididas em três grupos. Após partidas de ida e volta, os dois melhores passam adiante. Na fase final, as seis equipes se enfrentam entre si em partidas de ida e volta. Os três melhores se classificam para a Copa do Mundo, enquanto o quarto colocado enfrenta na repescagem o quinto colocado da Eliminatória da América do Sul. A competição terá início em fevereiro de 2008. Confira os jogos da 1ª fase:

Dominica x Barbados (Vencedor enfrenta Estados Unidos)
Ilhas Turkos e Caicos x Santa Lúcia (Vencedor enfrenta Guatemala)
Bermuda x Ilhas Cayman (Vencedor enfrenta Trinidad e Tobago)
Aruba x Antigua e Barbuda (Vencedor enfrenta Cuba)
Belize x São Cristóvão e Névis (Vencedor enfrenta México)
Bahamas x Ilhas Virgens Britânicas (Vencedor enfrenta Jamaica)
Republica Dominicana x Porto Rico (Vencedor enfrenta Honduras)
Canadá x São Vicente Granadinas
Ilhas Virgens Americanas x Granada (Vencedor enfrenta Costa Rica)
Suriname x Montserrat (Vencedor enfrenta Guiana)
El Salvador x Anguilla (Vencedor enfrenta Panamá)
Nicarágua x Antilhas Holandesas (Vencedor enfrenta Haiti)

Flu vence e rebaixa o Juventude

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Por Leonardo Martins

Na noite de ontem, no Maracanã, Fluminense e Juventude abriram a penúltima rodada do Brasileirão. Em um bom jogo, o Fluminense venceu por 3 a 2 e decretou o rebaixamento da equipe gaúcha após 13 anos seguidos na elite do futebol brasileiro.

O Juventude começou o jogo querendo respirar no campeonato e em cima do Fluminense. Logo no inicio, o Juventude fez um gol bem anulado pela arbitragem feito por Lauro. Mas aos 15, o Juventude fez o gol, Fernando Henrique se atrapalhou e fez pênalti em Maycon, na cobrança, Tiago Cavalcanti bateu bem e marcou. O Fluminense, que já havia chegado por 2 vezes, cresceu no jogo e criou mais chances de gols, Thiago Neves e Soares desperdiçaram boas chance. Aos 35, o Flu empatou, Arouca fez boa jogada e chutou da entrada da área a direita de Michel Alves. O tempo terminou com mais chances desperdiçadas pelo Fluminense.

No 2º tempo, o panorama do jogo não se alterou e os cariocas melhores em campo. O Juventude mostrava sinais de abatimento e não atacava. O Fluminense criou mais chances para virar com Arouca e Gabriel. O Ju quase marcou aos 15 minutos, o zagueiro Danilo cabeceou e Fernando Henrique salvou em cima da linha. Os gaúchos tentaram mudar mas nada funcionou e quem marcou o gol da virada foi o Flu em um gol idêntico ao 1º gol e novamente com Arouca, aos 28. Uma nova esperança aos gaúchos veio com o gol de empate marcado por Romano em outro chute da entrada da área, aos 35. Mas essa esperança acabou com o gol de cabeça de Cícero após cruzamento de Thiago Neves e decretou o rebaixamento do time gaúcho, aos 42 e a vitória ficou com os cariocas.

O Juventude ficou na penúltima posição com 38 pontos e fecha sua participação em casa contra o Sport. O Fluminense chegou a 5ª posição com 58 pontos e joga seu último jogo na Vila Belmiro contra o Santos.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Classificação da NBA após 3 semanas

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Por Saimon Nouh

CLASSIFICAÇÃO DO LESTE

01- Boston (9 vitórias) (1 derrota
)02- Orlando (10 vitórias) (3 derrotas)
03- Detroit (7 vitórias) (4 derrotas)
04- Milwaukee (6 vitórias) (4 derrotas)
05- Washington (6 vitórias) (5 derrotas)
06- Charlotte (6 vitórias) (5 derrotas)
07- Toronto (6 vitórias) (6 derrotas)
08- Cleveland (6 vitórias) (6 derrotas)
09- New Jersey (5 vitórias) (7 derrotas)
10- Indiana (5 vitórias) (7 derrotas)
11- Atlanta (4 vitórias) (7 derrotas)
12- Philadelphia (3 vitórias) (7 derrotas)
13- Chicago (2 vitórias) (8 derrotas
)14- Miami (2 vitórias) (9 derrotas)
15- New York (2 vitórias) (9 derrotas)

CLASSIFICAÇÃO DO OESTE

01- Phoenix (10 vitórias) (2 derrotas)
02- San Antonio (10 vitórias) (2 derrotas)
03- Utah (8 vitórias) (4 derrotas)
04- Dallas (9 vitórias) (2 derrotas)
05- New Orleans (9 vitórias) (4 derrotas)
06- Denver (8 vitórias) (4 derrotas)
07- LA Lakers (7 vitórias) (4 derrotas)
08- LA Clippers (6 vitórias) (4 derrotas)
09- Houston (6 vitórias) (6 derrotas)
10- Portland (4 vitórias) (8 derrotas)
11- Sacramento (4 vitórias) (8 derrotas)
12- Golden State (3 vitórias) (7 derrotas)
13- Memphis (3 vitórias) (8 derrotas)
14- Seattle (2 vitórias) (10 derrotas)
15- Minnesota (1 vitória) (8 derrotas)

LÍDERES EM PONTOS POR JOGO
1- LeBron James (Cleveland) - 30.9
2- Kobe Bryant (LA Lakers) - 26.9
3- Kevin Martin (Sacramento) e Tracy McGrady (Houston) - 25.6

LÍDERES EM REBOTES POR JOGO
1- Marcus Camby (Denver) - 15.3
2- Dwight Howard (Orlando) - 14.4
3- Chris Kaman (LA Clippers) - 14.1

LÍDERES EM ASSISTÊNCIAS POR JOGO
1- Steve Nash Phoenix) - 10.9
2- Chris Paul (New Orleans) - 10.7
3- Jason Kidd (New Jersey) - 10.5

LÍDERES EM ROUBADAS POR JOGO
1- Chris Paul (New Orleans) - 3.1
2- Allen Iverson (Denver) e Ronnie Brewer (Utah) - 2.7
3- Shawn Marion (Phoenix) e mais dois jogadores - 2.2

LÍDERES EM TOCOS POR JOGO
1- Marcus Camby (Denver) - 3.4
2- Josh Smith (Atlanta) - 3.3
3- Andrei Kirilenko (Utah) e Theo Ratliff (Minessota) - 2.8

Rodada quente na Série C

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Por Leonardo Martins

Na noite de ontem, aconteceu mais uma rodada do octogonal final da Série C, foi a 12ª rodada e foram 3 jogos que agitaram a competição. O jogo entre Nacional-PB e Barras-PI não ocorreu devido a falta de energia no estádio em Campina Grande e foi adiado.

Bahia 3x0 ABC-RN

O Bahia deu um grande passo a volta a Série B ao vencer o ABC por 3 a 0, diante 59 mil espectadores na Fonte Nova. O Bahia assumiu a liderança deste octogonal com 23 pontos e os potiguares continuam no G-4 que sobe de divisão com 20 pontos na 3ª posição. O nome do jogo foi Elias autor de dois gols, Ávine completou a vitória baiana.

Bragantino-SP 1x0 CRAC-GO

Em Bragança Paulista, o Bragantino também assumiu a liderança da Série C e deu um grande passo a volta a B ao vencer o CRAC pelo placar mínimo. O Braga chegou aos 23 pontos enquanto os goianos ficaram fora do G-4 com 18 pontos na 5ª posição. O gol da vitória paulista saiu aos 45 do segundo tempo e foi marcado por Vanderlei.

Atlético-GO 3x2 Vila Nova-GO

No clássico goiano da rodada, Vila Nova e Atlético fizeram um jogaço que terminou com vitória do Atlético por 3 a 2. Mesmo com a vitória no clássico, o Atlético continuou fora do G-4 com 18 pontos na 6ª posição, já o Vila continua em 4º lugar com 19 pontos. Os gols da vitória atleticana foram marcados por Guerra, Lindomar e Márcio, Wando e Guerra (contra) descontaram para o Vila.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Colômbia vence Argentina e se fixa no grupo dos quatro melhores

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Por Gabriel Seixas

No estádio El Campín, em Bogotá, a Colômbia venceu a Argentina de virada por 2 a 1, e além de quebrar a invencibilidade dos “hermanos”, também alcançou o grupo das 4 seleções que estariam garantidas na Copa de 2010. Os colombianos ocupam a quarta posição, com oito pontos, enquanto os argentinos são vice-líderes, com nove.

A Argentina, ainda no primeiro tempo, teve a expulsão de Carlitos Tévez, bastante infantil. Porém, Lionel Messi acalmou os ânimos e abriu o placar. Porém, jogadores colombianos que atuam no Brasil fariam a diferença no fim da partida...

O jogo

A Argentina, que vinha modificada em relação a equipe que venceu com tranqüilidade a Bolívia – Agüero ficou no banco, deixando a equipe um tanto mais cautelosa – começou melhor, e Tévez logo teve oportunidade para abrir o placar, mas chutou pra fora. A Colômbia apostava na velocidade da dupla formada por Tressor Moreno e Wason Rentería, e em alguns chutes perigosos de Rúben Dario Bustos, sobretudo nas cobranças de falta.

A partida pegou fogo aos 24 minutos, quando Tévez fez falta infantil em Bustos, dando-lhe um chute grosseiro, e foi expulso pelo severo Jorge Larrionda. A expulsão, que parecia aumentar a pressão colombiana, acabou resultando em uma melhora na equipe de Alfio Basile, que logo vibrou com o bonito gol de Lionel Messi, que driblou três adversários antes de finalizar. A Colômbia não conseguia penetrar pelo meio argentino, que estava bem postado e parecia tranqüilo quando as investidas de Jaime Castrillón e David Ferreira, este do Atlético-PR.

No segundo tempo, a Colômbia voltou melhor e logo levou perigo em chute cruzado de Tressor Moreno. Três minutos depois, o meia Torres, que havia entrado no segundo tempo, acertou um lindo chute no travessão. A Argentina respondeu com Messi, que cara-a-cara com Agustín Julio, chutou rente a trave.

O empate aconteceu apenas aos 17 minutos. Bustos cobrou falta precisa no ângulo, sem chances para Abbondanzieri, empatando a partida e furando pela primeira vez a retaguarda de Pato. A partir daí, o jogo ficou mais corrido e chances claras de gol foram surgindo: Para os hermanos, Messi concluiu a gol, mas o goleiro Julio defendeu parcialmente. No rebote, Esteban Cambiasso se embolou com a bola e desperdiçou a melhor oportunidade do gol da vitória. E já que “quem não faz, leva”, Rentería chutou em direção ao gol, mas Dayro Moreno (que atua no Atlético-PR) concluiu antes que a bola entrasse, marcando assim, o gol da vitória colombiana.

O principal destaque da Argentina ficou mesmo por conta de Lionel Messi, que a cada jogo reforça as suas chances de se tornar o melhor jogador do mundo, em briga direta com Kaká e Cristiano Ronaldo. Pela Colômbia, o lateral Bustos, apesar de ter feito uma partida apenas regular, contribuiu com um bonito gol de falta e apoiou bem, ajudando a Colômbia a somar mais três pontos, que serão fundamentais até o fim das eliminatórias – ou até mesmo a falta deles para a Argentina, que prejudicou-se com a expulsão de Tévez.

Paraguai passeia em Santiago e termina o ano na frente

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Por Leonardo Martins


Em jogo que fechou o ano de 2007 nas Eliminatórias Sul-Americanas, em Santiago, Chile e Paraguai fizeram um bom jogo e os visitantes não tomaram conhecimento dos chilenos e da torcida que encheu o Estádio Nacional e fez 3 a 0. Os paraguaios terminaram o ano em 1º lugar nas eliminatórias.

O Chile até que começou um pouco melhor, mas o Paraguai acabou abrindo uma boa vantagem logo no primeiro tempo. Aos 24 minutos, o atacante Cabañas se aproveitou de falha da defesa chilena para abrir o marcador, tocando a bola por baixo do goleiro Bravo. E pouco antes do fim da primeira etapa, o zagueiro Paulo da Silva, após cobrança de escanteio, fez de cabeça o segundo gol.

No segundo tempo, aos 11, numa repetição do segundo gol, Paulo da Silva voltou a marcar de cabeça após cobrança de escanteio. Aos 26, a arbitragem ainda anulou erradamente o que seria o quarto gol paraguaio, marcado por Riveros. Revoltada nos últimos minutos da partida, a torcida chilena passou a gritar "olé" durante troca de passes dos paraguaios.

O Paraguai termina o ano de 2007 na liderança das Eliminatórias Sul-Americanas com 10 pontos enquanto os chilenos estão na 7ª colocação com 4 pontos. O Paraguai volta a jogar pelas Eliminatórias em junho de 2008 quando recebe o Brasil e o Chile vai a La Paz enfrentar a lanterna Bolívia.

Brasil vence Uruguai de virada

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Por Saimon Nouh


Convocado às pressas para o lugar do machucado Afonso Alves, atacante do Heerenveen da Holanda, o atacante Luís Fabiano do Sevilla apareceu entre os titulares nesta quarta-feira no lugar de Vágner Love e salvou a seleção brasileira de vexame no estádio do Morumbi. O resultado faz o Brasil chegar ao terceiro lugar, atrás de Argentina e do novo líder, o Paraguai. A vitória brasileira sobre a celeste uruguaia evitou também que a seleção de Dunga fizesse o pior começo de eliminatórias desde que o formato passou a ser de todos contra todos. E mais: acabou com um jejum de oito anos sem vencer o Uruguai. Nos seis jogos anteriores, houve uma derrota e cinco empates. O último confronto havia sido pela Copa América, quando o Brasil venceu o Uruguai nos pênaltis.

Sem medo dos pentacampeões do mundo, os uruguaios foram para cima. Logo aos 7minutos de jogo, o lateral-direito Pereira chutou de longe e obrigou o goleiro Júlio César a fazer boa defesa. O camisa 1 do time do técnico Dunga, porém, não teve a mesma sorte no lance seguinte. Um minuto depois o mesmo Pereira roubou bola de Ronaldinho Gaúcho, avançou pela direita e cruzou. Júlio César apenas olhou a bola atravessar a grande área e chegar à cabeça de "El Loco" Abreu, que completou para o fundo do gol. Imediatamente, parte da torcida pediu o corintiano Felipe no gol ao invés de Julio César. A desvantagem no placar desestabilizou a seleção brasileira. Nervosos, os jogadores erraram passes demais e sequer chegaram com perigo ao gol defendido pelo veterano Carini. Foi assim aos 28 minutos, quando Júlio César espalmou chute de Gargano e Cristian Rodriguez completou para fora da pequena área. Mas o bandeira já havia marcado o impedimento. E aos 34 minutos, momento em que o lateral Pereira arriscou de da meia-lua e o goleiro brasileiro fez grande defesa. Essas boas defesas fizeram acabar os gritos que pediam Felipe no gol. Pelo menos Luís Fabiano acordou com a cobrança da torcida que vaiava, e aos 44 minutos recebeu na direita de Maicon e chutou cruzado para empatar. Carini falhou. Na comemoração, o atacante se ajoelhou em cima do escudo do São Paulo, seu ex-time.

Mantendo sua principal característica de poucas alterações, o técnico Dunga mandou a mesma equipe para o segundo tempo. E viu o mesmo cenário: seus jogadores completamente dominados pelos uruguaios. Sem o controle do meio-de-campo, então, ele optou por colocar Josué no lugar de Ronaldinho, vaiado, aos 15 minutos. A torcida não gostou e rapidamente iniciou o coro: "burro, burro, burro". O que Dunga tinha na cabeça em tirar um meia ofensivo para por um volante? Josué, no entanto, deu mais estabilidade ao setor de armação brasileiro. E logo a seleção teve boas chances. Em uma delas, aos 19 minutos, a bola sobrou para Gilberto na esquerda. O lateral chutou para o meio da área. A bola veio para Luis Fabiano. O atacante não perdoou e fez o segundo gol da seleção brasileira. Pouco depois do gol o Uruguai quase empatou em uma cabeçada perigosa de Abreu. Depois disso o Brasil segurou a bola e apenas esperou o fim do jogo.


Equador 5x0 Peru


O Peru foi a Quito e não quer voltar lá tão cedo. Os peruanos que conseguiram empatar com o Brasil levaram goleada de 5x1 e seguram a vice-lanterna das Eliminatórias. Logo no inicio Valter Ayoví de falta fez 1x0. Ainda no primeiro tempo mais dois gols equatorianos. Kaviedes e Mendez mataram o jogo. Na segunda etapa de novo Ayoví e de novo Mendez marcaram, aplicando 5x0. No fim do jogo o Peru conseguiu fazer seu gol de honra com Mendoza.

Venezuela 5x3 Bolívia


A Venezuela mostra que tem um time forte para brigar por uma vaga inédita na Copa. Mas quem saiu na frente foi à Bolívia com um gol de Marcelo Moreno, jogador do Cruzeiro. Um minuto depois Arismendi igualou o placar. A Bolívia voltou a ficar a frente com um gol de Arce, jogador do Corinthians. Mas novamente Arismendi empatou para a Venezuela. No segundo tempo a Bolívia ficou a frente de novo. O terceiro gol foi de Marcelo Moreno. Pouco tempo depois Guerra empatou pela terceira vez a partida. Aos 43 minutos o estádio de Sán Cristóbal foi ao delírio. Maldonado em falha grotesca do zagueiro e do goleiro virou o jogo. No gol o goleiro boliviano se machucou e o lateral esquerdo da Bolívia foi ao gol. Saída de bola da Bolívia, Maldonado viu o goleirão adiantado e marcou um golaço. Fim de jogo, 5x3.

Vai começar o II Campeonato Brasileiro de Futebol Sub-20

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Por Matheus Mandy

Competição será realizada no Rio Grande do Sul

Foram sorteados ontem, os grupos do Campeonato Brasileiro de Futebol Sub20. Confira abaixo os grupos da competição.

Grupo 1
Internacional/RS
Palmeiras/SP
Flamengo/RJ
Náutico/PE
Paulista/SP

Grupo 2
Grêmio/RS
Corinthians/SP
Fluminense/RJ
Goiás/GO
Paraná/PR

Grupo 3
Cruzeiro/MG
Vasco/RJ
Atlético/PR
Figueirense/SC
América/RN

Grupo 4
Santos/SP
Botafogo/RJ
Atlético/MG
Juventude/RS
Coritiba/PR

A competição se inicia no dia 3 de dezembro no estado do Rio Grande do Sul, na última edição o Internacional foi campeão, goleando o Grêmio por 4 a 0.

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Eliminatórias da Copa – América do Sul

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Por Gabriel Seixas

A terceira rodada das Eliminatórias para a Copa no continente sul-americano teve início no sábado e fechamento no domingo. Além do insosso empate do Brasil contra o Peru, destaques para a vitória convincente da Argentina – que não disputou um grande futebol, mas fez bom proveito da atuação de Riquelme – contra a fraca Bolívia e a goleada do Paraguai sobre o lanterna Equador. Confira o balanço:

Argentina 3 x 0 Bolívia

Aproveitando-se da fraqueza do adversário e da ótima atuação de Juan Roman Riquelme, a Argentina goleou a Bolívia por 3 a 0 e se isolou ainda mais na liderança das eliminatórias. Contudo, novidade mesmo foi o esquema tático dos “hermanos”: Alfio Basile foi ousado e implantou um 4-2-1-3, com Sergio Agüero, Lionel Messi e Carlitos Tévez formando o trio de frente, e dando uma movimentação fundamental ao ataque, abrindo espaço para que Roman tivesse liberdade em armar as jogadas de perigo para o trio. Por sua vez, a Bolívia teve a presença do atacante Marcelo Moreno, do Cruzeiro, no banco de reservas. O atacante entrou no segundo tempo, e conseguiu em alguns momentos confundir a zaga adversária, ainda que não apresentasse a atuação ideal – ou que sua inspiração não tenha contagiado os outros jogadores. Os gols da Argentina foram marcados por Riquelme, duas vezes, e “Kun” Agüero.

Colômbia 1 x 0 Venezuela

Ainda que pareça um fato inusitado, a Colômbia manteve a sua invencibilidade das eliminatórias e derrotou a Venezuela, em casa, por 1 a 0. A Venezuela parecia impor um ritmo de jogo mais consistente, com seu 4-1-2-1-2. A seleção colombiana, por sua vez, apostava nas fortes subidas dos laterais, principalmente pelo lado direito com Bustos – que foi premiado com o gol da vitória.

Paraguai 5 x 1 Equador

A ousadia paraguaia se sobressaiu a cautela equatoriana, e se refletiu no resultado da partida: O placar de 5 a 1, até certo ponto surpreendente, foi fundamental para que a seleção se mantivesse firme na briga entre os primeiros. Gerardo Martino, técnico paraguaio, apostou no trio de ataque formado por Santa Cruz – Valdéz – Cabañas para sair com o resultado positivo. Já os equatorianos continuam sem uma solução para que a equipe volte a brilhar como em eliminatórias anteriores. A má fase de jogadores como Tenório e Edison Méndez, além da falta de ousadia de Luis Fernando Suárez – demitido da seleção – pesaram na partida. Os paraguaios marcaram com Valdéz, Riveros (duas vezes), Néstor Ayala e Roque Santa Cruz, enquanto os equatorianos descontaram com o experiente Kaviedes.

Uruguai 2 x 2 Chile

Uruguai e Chile protagonizaram a partida mais emocionante da rodada. Duas equipes bastante arrojadas, até porque necessitavam do resultado positivo. A “celeste” vinha com uma equipe bem mais ofensiva, atuando numa espécie de 4-3-3, largando o esquema com três zagueiros. Diego Forlán, “El Loco” Abreu e principalmente o meia do Ajax, Luis Suárez, comandaram o sistema ofensivo da equipe. Do outro lado, Villanueva e Matias Fernández levavam superioridade em cima dos laterais uruguaios, e tinham liberdade para servir os atacantes Suazo e Marcelo Salas. A celeste começou avassaladora e abriu o placar com Suárez. Mas não demorou para que a festa do técnico chileno, Marcelo Bielsa, acontecesse. Marcelo Salas marcou duas vezes – sendo um marcado em cobrança de pênalti – e virou o jogo. Porém, nos minutos finais, Abreu empatou para os donos da casa, fazendo justiça ao jogo.

Peru 1 x 1 Brasil

A margem para as críticas à seleção de Dunga foi novamente aberta com o insosso empate da seleção brasileira em 1 a 1, contra o Peru. São muitos os erros que ainda precisam ser corrigidos: Maicon e Gilberto, além de produzirem muito pouco, falham na cobertura pelas alas. Os volantes, Gilberto Silva e Mineiro, não passam tranqüilidade a defesa, e se aventuram demasiadamente no ataque. O “trio mágico”, em certos momentos parece não se entender, deixando Vagner Love isolado na frente. Por outro lado, o Peru apostava nas investidas de Farfán e Mendoza, além do toque de classe dado pelo ótimo atacante Pizarro. A história parecia ser menos trágica quando o Brasil aproveitava-se dos erros de marcação peruano, chegando a abrir o placar com Kaká, artilheiro da competição ao lado de Riquelme. Porém, no segundo tempo, a seleção canarinho parecia “descompromissada” com o jogo, e abriu espaço para que o Peru criasse chances claras de gol. Não demorou muito para que Vargas, em chute feliz de fora da área – que ainda teve desvio de Lúcio – empatar o jogo. No fim da partida, Juan ainda cabeceou uma bola na trave, perdendo a oportunidade de dar a vitória a seleção. Porém, enquanto Juan merecia o gol pela ótima partida que fez, a seleção teve o resultado que merecia em Lima.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Palmeiras vence Fluminense e retorna ao G-4

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Por Gabriel Seixas


No Palestra Itália, o Palmeiras derrotou o Fluminense por 1 a 0, em jogo válido pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro. O gol de Rodrigão valeu a volta do alviverde ao grupo dos quatro classificados a Libertadores, ultrapassando o Cruzeiro. Agora, a equipe soma 58 pontos, perdendo no critério de saldo de gols para o Flamengo, que está em terceiro. Por sua vez, o Fluminense, que já tem vaga garantida na maior competição das Américas, permanece em sexto com 56.

Próximos jogos

Na próxima rodada, o Palmeiras visita o Internacional, jogo que será realizado no Beira-Rio, enquanto o Fluminense recebe o desesperado Juventude, no Maracanã.

Análise tática

Caio Júnior foi ousado, e ao mesmo tempo realista com a situação da equipe, que necessitava da vitória. O 4-2-2-2 montado pelo treinador acabou sendo bastante efetivo: A defesa, formada por Wendel, Gustavo (que recebeu o terceiro cartão amarelo), Dininho e Leandro recebeu pouco perigo, já que o Fluminense quase não investiu em contra-ataques, pecando pelas más condições físicas de Thiago Neves. Os volantes, Pierre e Makelele, novamente foram o ponto de equilíbrio da equipe, repetindo ótimas atuações. Na armação, Deyvid soube substituir efetivamente o chileno Valdívia, enquanto Caio deixou a desejar. No ataque, dentro de suas condições, Edmundo acabou sendo uma boa companhia a Rodrigão, que voltou a deixar sua marca em campo.

Do outro lado, a equipe montada por Renato Gaúcho entrou em campo mais cautelosa, com o time praticamente completo. A única novidade ficou por conta de Soares isolado no ataque, substituindo Adriano Magrão, com Thiago Neves um pouco mais avançado – este que não estava nas suas melhores condições físicas. As partidas medianas de Gabriel e Júnior César comprometeram as atuações dos volantes Arouca e Cícero, que tiveram a proteção de Thiago Silva, Roger e Luiz Alberto mais atrás, demonstrando a consistência que o Flu necessita no sistema defensivo.

O jogo

Mesmo com o domínio territorial do Palmeiras, foi o Fluminense quem criou a primeira chance efetiva de gol, contando com uma bela contribuição de Diego Cavalieri: O goleiro, que se preparava para fazer a saída de bola, chutou em cima de Soares e a bola se perdeu pela linha de fundo, assustando os alviverdes. Pouco depois, Soares perdeu outra boa chance de abrir o placar, quando recebeu lançamento de Thiago Neves e isolou, de canhota.

O primeiro – talvez o único – lance polêmico do jogo aconteceu aos 26 minutos: Deyvid, dentro da área, se preparava para invadir a área quando foi “calçado” por Luiz Alberto. O árbitro Lourival Dias Filho nada marcou, deixando o jogo seguir.

A partir daí, começou o show particular de Fernando Henrique: Aos 32 minutos, o goleiro salvou um chute da entrada da área de Caio. Poucos minutos depois, o goleiro também evitou um gol do zagueiro Gustavo, meio assustado. Contudo, 3 minutos depois, Fernando Henrique não pôde fazer nada: O volante Fabinho tentou fazer graça entre três palmeirenses e acabou sendo desarmado por Pierre. O volante encontrou Edmundo na entrada da área, que tocou por debaixo das pernas de Thiago Silva e encontrou Rodrigão, livre pela esquerda. O atacante chutou cruzado, e Fabinho voltou a prejudicar o Fluminense, pondo a bola pra dentro e abrindo o placar para o Palmeiras.

No fim do primeiro tempo, o Fluminense perdeu a melhor chance para empatar o jogo: Júnior César cobrou escanteio, e Thiago Neves cabeceou no chão. Diego Cavalieri, que parecia inseguro em campo, largou a bola, que ainda morreu na trave antes de sair.

Fernando Henrique rouba a cena!

No segundo tempo a partida caiu de produção, com as duas equipes sentindo o gramado encharcado do Palestra Itália. Renato Gaúcho, inicialmente, tirou Fabinho para a entrada do atacante Adriano Magrão. Depois, Soares e Thiago Neves deixaram a equipe, para as entradas de David e Léo Itaperuna – deixando a equipe sem um armador efetivo. Do outro lado, Caio Júnior lançou Martinez, Luiz Henrique e Luis nos lugares de Deyvid, Caio e Rodrigão, retornando ao 4-3-1-2, com Edmundo atuando no meio-campo.

Até o fim do jogo, Fernando Henrique ainda evitou um chute a queima-roupa de Martinez, da entrada da área, e Luis, que aproveitou cobrança de escanteio de Luiz Henrique e desvio de Thiago Silva. Sorte do Flamengo que o goleiro evitou um placar mais elástico, que favoreceu o clube rubro-negro, que permanece na frente do alviverde pelo saldo de gols (5 contra 4).