segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Show goiano no Pacaembu

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Por Leonardo Martins


Na volta de Ronaldo a equipe do Corinthians, o time recebeu o Goiás querendo entrar de vez na briga pelo título. Mas quem deu show foi o time esmeraldino que goleou por 4 a 1 em pleno Pacaembu e entrou na briga pelo título brasileiro.

O Corinthians entrou com uma formação diferente, 3 zagueiros, e o time em campo sentiu a mudança, pois ficou perdido na marcação do time rápido do Goiás. O 1º gol esmeraldino não demorou a sair. Aos 8, Júlio César cruzou e Iarley apareceu entre os zagueiros para completar. 1 a 0.

Apoiado pela Fiel que mais uma vez compareceu em peso, o time alvinegro assustou em dois chutes de longe. Primeiro, Balbuena arriscou de longe e Harlei fez uma defesa esquisita. Depois, Elias chutou e passou perto. Mas aos 23, o Goiás voltou a marcar. Aproveitando erro de Diego, Júlio César cruzou novamente, Fernandão dominou com o peito e chutou, fazendo um lindo gol. 2 a 0.

O Goiás envolvia os paulistas com boas jogadas e aproveitando de erros corintianos quase chegou ao 3º. Júlio César cruzou e Fernandão cabeceou para a defesa de Felipe. Os paulistas pediram para o Intervalo chegar para tentar melhorar a equipe em campo.

No intervalo, Chicão saiu machucado para a entrada de Bill, outro atacante para se juntar a Dentinho e Ronaldo. Mas o time continuava perdido em campo e a goleada goiana se desenharia. Aos 3, Júlio César fez Felipe operar um milagre. Porém, no lance seguinte, os esmeraldinos fizeram o 3º. Iarley se livrou de Balbuena e tocou na saída de Felipe, 3x0 Goiás.

O Corinthians tentou reagir. Bill tocou para Dentinho chutar longe. Logo depois, foi a vez de Marcelo Mattos arriscar de longe e Harlei defender. Ronaldo, visivelmente fora de ritmo, pouco produzia, mas quando conseguiu, ajudou o Timão a fazer o gol de honra. Ronaldo e Jucilei acertaram a trave seguidamente e a bola sobrou para Dentinho fazer o gol. aos 29.

O gol acordou a torcida no Estádio, mas os erros voltaram a atrapalhar o time em campo e o Goiás voltou a marcar. Aos 34, após cobrança de falta, João Paulo subiu sozinho e marcou o 4º, fechando a goleada surpreendente do Goiás.

O Goiás voltou ao G-4 e na próxima rodada, recebe o Grêmio em Casa. Já o Corinthians faz o clássico contra o São Paulo no Morumbi

Outro Jogo

Santos 0x0 Botafogo

Na Vila Belmiro, o Santos desperdiçou uma boa chance de subir na tabela ao empatar com o desesperado Botafogo em 0 a 0. O Botafogo continuou na zona vermelha. A partida demorou para começar devido a problemas na energia e parece que a falta de luz interferiu no futebol, pois o jogo foi fraco e com poucas chances de gols.

Flamengo faz nova vítima no Maracanã: o Coritiba

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Por Gabriel Seixas

A esperança de uma boa campanha de um time carioca na primeira divisão está depositada em um único time: o Flamengo. O rubro-negro conseguiu uma ascensão sensacional no segundo turno, e já engatou o quarto jogo sem derrota, e a segunda vitória consecutiva. A vítima foi o Coritiba, com o placar de 3 a 0. Petkovic, cobrando falta, o artilheiro Adriano e Willians marcaram os gols – por sinal, todos golaços. Para quem gosta de números, foi o terceiro jogo consecutivo do time sem sofrer gols, e a terceira vitória consecutiva em casa pelo mesmo placar. O time já havia vencido por 3 a 0 o Santo André, e na rodada passada o Sport. O Coritiba apostava num bom resultado para se distanciar da zona do rebaixamento. Pelo que jogou hoje, merecia uma sorte melhor. Mas nada que tirasse o mérito da vitória do Fla na partida.

Manter a base para vencer

O técnico Andrade, acostumado a viver problemas para escalar o Flamengo, dessa vez se deu ao luxo a escolher entre jogadores de bom nível técnico para iniciar a partida. Willians, que voltava de suspensão, acabou ficando como opção no banco de reservas – apesar de ser o maior ladrão de bolas no campeonato, ficou pra trás com a boa fase de Maldonado e de Airton. Fierro foi o escolhido para ser o titular, deixando o time mais ofensivo. De resto, foi o mesmo time que venceu o Sport.

Já o Coxa não contava com o zagueiro Cleiton, suspenso. Mas acabou nem fazendo falta, já que outros defensores voltavam ao time. Apesar de jogar fora de casa, Ney Franco apostou num esquema bastante ofensivo, com dois armadores – Carlinhos Paraíba e Pedro Ken – e dois atacantes – Ariel e Marcelinho Paraíba, este que enfrentou pela primeira vez seu ex-clube.

Coritiba dificultou, mas saiu derrotado pro intervalo

Quem apostou num Coritiba fechado, dependendo apenas dos erros do adversário, se equivocou. Os paranaenses estavam determinados a conquistarem a vitória, e deram as caras logo aos três minutos. Pedro Ken, de fora da área, acertou um chute forte, que Bruno rebateu. Ariel pegou a sobra e carimbou a trave.

O Flamengo tinha dificuldades para sair pro jogo, e não conseguia chutar ao gol de Edson Bastos. Quando teve a oportunidade de arriscar, não conseguiu. Adriano cruzou na medida para Denis Marques, que ao invés de chutar, tentou tocar pro lado. Ninguém apareceu para concluir.

Enquanto o Fla não conseguia encontrar seu esquema de jogo, o Coritiba aproveitava para assustar Bruno. Carlinhos Paraíba, um dos jogadores mais perigosos do Coxa, arriscou de longe, tirando tinta do gol de Bruno.

A partir dos 26 minutos, o jogo ficou totalmente aberto. O Flamengo finalmente conseguiu acertar o pé, quando Petkovic recebeu de Fierro e chutou de primeira. Edson Bastos fez ótima defesa. No minuto seguinte, o Coxa respondeu com Marcelinho Paraíba. Ele bateu no cantinho de Bruno, que desviou para escanteio. Por sinal, Marcelinho foi vaiado durante toda a partida pela torcida flamenguista, que não o perdoou pela passagem do atacante pelo time, na qual ele deixou o clube em março reclamando de salários atrasados e do banco de reservas.

Com um jogo tão equilibrado, faltava um lance para as equipes desequilibrarem e abrirem o placar. O Flamengo foi mais rápido, quando aos 33 minutos, Everton sofreu falta na meia lua. Com maestria, Petkovic tocou por cima da barreira e fez um golaço, acertando a trave antes de ver a bola morrer no fundo das redes.

Quando o ponteiro marcava 38 minutos, as duas equipes tiveram chances de marcar gol. O Coritiba assustou primeiro, quando Rodrigo Heffner chutou cruzado e exigiu ótima defesa de Bruno, que deu rebote. De frente pro gol, Marcelinho Paraíba bateu pra fora. Dessa vez, ele ganhou aplausos da torcida...flamenguista.

O Flamengo respondeu com velocidade. Adriano, na pequena área, chutou cruzado e também carimbou a trave. Assim como Marcelinho Paraíba, quem perdeu gol feito dessa vez foi Denis Marques. O primeiro tempo estava chegando ao fim. Ao contrário de muitos jogos, este chamou a atenção de quem o assistiu. Movimentado do início ao fim, ambos os times buscaram o gol, do jeito que todos os times deveriam jogar.

Mais dois golaços, e vitória do Fla

Sem alterações, as equipes voltaram determinadas para a etapa final. Mas no quesito eficiência, quem se deu bem foi mesmo o Flamengo. Aos onze minutos, um verdadeiro gol de placa. Petkovic acertou um passe em profundidade primoroso para Adriano, que com classe, encobriu Edson Bastos. O gol foi importante para o camisa 10, que se manteve como um dos artilheiros da competição, ao lado de Jonas, do Grêmio. E é claro, para o Flamengo, que precisava de uma boa vantagem para administrar o placar com mais tranquilidade.

Ney Franco colocou o Coritiba pra frente, com a entrada de dois atacantes: Marcos Aurélio substituiu o volante Jaílton, e Rômulo foi acionado para estrear pelo clube, substituindo o argentino Ariel. Andrade respondeu, colocando Willians no lugar de Fierro, deixando o Fla com mais pegada na marcação no meio-campo.

Os paranaenses assustaram pouco, e na melhor chance de descontar o placar, Marcos Aurélio cruzou e Petkovic só não marcou um gol contra porque Bruno salvou no cantinho.

Andrade deu nova prioridade ao sistema defensivo, colocando o zagueiro David no lugar de Denis Marques, que devido a má atuação, saiu num misto de vaias e aplausos da torcida rubro-negra. No minuto seguinte, quem ganhou muitos aplausos foi Willians. Petkovic tocou curto pra Adriano, que foi desarmado por Dirceu. Na sobra, Willians acertou um belo chute, com violência, no ângulo de Edson Bastos. As poucas esperanças do Coxa de conseguir o empate foram por água abaixo.

Festa dos mais de 50 mil torcedores que foram ao Maracanã. A torcida rubro-negra fez um duelo particular contra a torcida vascaína, que também encheu o estádio contra o Guarani, na tarde de sábado, pela Série B. Praticamente todos os que compareceram ao estádio, no fim do jogo, aplaudiram Petkovic, substituído por Erick Flores no último minuto. Vitória sem nenhuma contestação, que faz o Fla continuar sonhando com a Libertadores.

O Coritiba permanece ameaçado na parte de baixo da tabela, mas tem a oportunidade de, nos próximos dois jogos seguidos em casa, contra Náutico e Internacional, marcar seis pontos que seriam importantíssimos para as pretensões da equipe. O Fla tem compromisso difícil contra o Inter, fora de casa. Depois, joga o Fla-Flu no Maraca.

Flu não resiste a avalanche gremista no Olímpico

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Por Gabriel Seixas

O Grêmio confirmou a ampla superioridade técnica e goleou o Fluminense, em casa, por 5 a 1. Defendendo uma invencibilidade de mais de um ano sem perder jogando no seu estádio, o tricolor gaúcho não teve dificuldades para superar os cariocas. Souza foi o destaque do jogo, marcando dois gols. Tcheco de pênalti, Cássio contra e um dos artilheiros do campeonato com 13 gols, Jonas, completaram o festival. Kieza diminuiu para o Flu, em uma das raras oportunidades de gol do time na partida. A esperança de disputar a Libertadores do ano que vem foi reascendida pelo time gremista, enquanto o tricolor carioca permanece afundado na última colocação. Já são dez jogos sem conquistar uma vitória, contando os dois duelos da Sul-Americana contra o Flamengo.

Objetivos diferentes em xeque

Paulo Autuori teve uma semana nada tranquila para escalar o Grêmio. De última hora, ganhou dois desfalques, ambos nas laterais. Pela direita, Mário Fernandes, e pela esquerda, Lúcio, foram vetados pelo departamento médico. Maxi López, expulso contra o Náutico, também ficou de fora. Com isso, o argentino Herrera voltou ao time titular no ataque, enquanto o zagueiro Thiego teve de ser improvisado na lateral-direita. O jovem Bruno Collaço iniciou na ala esquerda. Já o trio Souza, Tcheco e Jonas era presença certa. Azar do Fluminense.

Do lado carioca, Diguinho era o principal desfalque, suspenso. Fábio Santos, que seria o substituto, foi vetado minutos antes da partida. Com isso, a ameaça de Cuca de escalar o time num 3-6-1 foi por água abaixo. Adeílson e Kieza fizeram uma nova dupla de ataque, enquanto o equatoriano Urrutia fazia sua estreia pelo time. Aliás, ele era apenas um dos três estrangeiros no meio-campo tricolor, que contou ainda com os argentinos Equi González e Conca.

23 minutos para decidir o jogo

A partida começou muito equilibrada, ligeiramente a favor do time gremista. Coincidência ou não, foi do time mandante a primeira chance real de gol da partida: aos 6 minutos, Souza cobrou falta, e aproveitando confusão na área, Rever bateu pro gol, mas Rafael espalmou pro meio da área. Herrera, esperto, dominou sozinho e também arriscou, mas Rafael estava lá e fez outra grande defesa.

À sua maneira, o Fluminense também tentava ameaçar o gol de Victor. Após saída de bola errada de Rochemback, Ruy roubou bola e tocou curto pra Conca. O argentino avançou, entrou na área e chutou no cantinho de Victor, que desviou com a ponta dos dedos. Depois disso, se viu um bombardeio do Grêmio durante todo o primeiro tempo.

Os gremistas acharam um gol aos 11 minutos, que já faziam por merecer. Souza cobrou falta do lado direito do campo, do lado da pequena área, e Adeílson desviou contra o próprio gol. Apesar do gol contra clássico, o juiz anotou o tento para o meia gremista. O mais importante era que o Grêmio abria o placar naquele momento. Foi o suficiente para que o time confirmasse a superioridade técnica gritante, que interferiu diretamente no resultado do jogo.

Dois minutos depois, o time teve a chance de marcar o segundo, quando Jonas invadiu a área, mas teve seu chute travado por Luiz Alberto, e Rafael encaixou a bola. Porém, aos 15 minutos, um lance infantil resultou no segundo gol. Herrera se antecipou a Gum para cabecear para o gol, mas teve sua camisa puxada e caiu na área. Pênalti claro. Jonas, que buscava a artilharia isolada da competição, pediu para bater. Se houve consenso ou não, o fato é que o camisa 9 bateu fraco e permitiu a defesa de Rafael. Mas o assistente viu que o goleiro se adiantou na cobrança, e mandou voltar. O lance gerou confusão, mas foi bem marcado.

Então o cobrador de pênaltis oficial, Tcheco, chamou a responsabilidade. Com direito a paradinha, ele chutou rasteiro no canto de Rafael, que foi na bola, mas não alcançou.

Com 2 a 0 a favor, o jogo ficou ainda mais fácil. O Fluminense não conseguia neutralizar as jogadas pelo lado direito do ataque gremista, comandado por Tcheco e Souza. E foram eles que construíram a jogada do terceiro gol: Tcheco cruzou da ponta direita, e Souza, como um autêntico centroavante, desviou pro gol mesmo estando entre dois zagueiros.

Os cariocas não esboçaram nenhuma reação. A defesa estava perdida, sobretudo com Paulo César na ala esquerda. Os armadores não tinham nenhum lampejo, e quando um deles, no caso Conca, finalmente criou uma boa jogada, faltou a presença de um centroavante. O argentino girou para cima de Adílson, dentro da área, e cruzou pro meio. Nem Kieza, nem Adeílson e nem ninguém apareceu para concluir. Foi o retrato do ataque do Flu na primeira etapa.

Artilheiro marca e Grêmio consolida a goleada

Cuca ainda tinha esperanças de ver seu time reagir, então, promoveu duas alterações: O zagueiro Cássio entrou na vaga de Paulo César, enquanto Marquinho substituiu o apagado González. Com as alterações, o time passou a jogar com três zagueiros, passando Marquinho para a ala esquerda. Pelo menos a marcação por aquele lado melhorou, mas a essa altura, o Grêmio já explorava a deficiência do lado direito de marcação do Flu.

O nome do segundo tempo, sem dúvida, foi Jonas. Ele apareceu no primeiro ataque gremista do segundo tempo, quando cruzou para Herrera, que ao tentar driblar Rafael, perdeu a bola para o goleiro.

Ligeiramente, o Flu passou a equilibrar as ações, principalmente explorando o lado esquerdo com Marquinho. Sem qualidade no sistema ofensivo, a saída para encontrar o caminho do gol era a bola parada. E foi assim que o time descontou o placar: Conca cobrou falta na cabeça de Kieza, que desviou no canto esquerdo de Victor, que nem se mexeu.

Mas a reação foi passageira. Bastou um minuto para o Grêmio retomar o controle do jogo novamente. Depois de um cruzamento da esquerda, Jonas ajeitou de peito para Herrera, que na pequena área, cruzou pro meio. Na tentativa de abafar o perigo, Cássio mandou de cabeça contra o próprio gol. Quando a fase é ruim...

Desestabilizado emocionalmente, o Flu abriu mão de uma possível reação. Cuca colocou Fábio Neves em campo, que pelo que fez nos treinamentos, merecia uma oportunidade no time titular. Mas ele manteve o nível do time, ou seja, não apareceu em campo. O tricolor gaúcho aproveitou para buscar o quinto gol, e Jonas, na meia-lua, driblou Luiz Alberto e chutou no canto, mas Rafael fez linda defesa.

A partir daí, o Grêmio passou a forçar menos o jogo, afinal, o 4 a 1 já lhe satisfazia perfeitamente. Os cariocas não aproveitaram para reagir, e ameaçaram apenas com Urrutia, que aos 33 minutos, chutou no ângulo do goleiro Victor. Mas o arqueiro fez uma defesa digna de quem defende a seleção brasileira, que é o seu caso.

Já com Léo e Túlio em campo, nas vagas de Souza (que saiu ovacionado) e de Adílson, o Grêmio nem forçou muito para marcar o quinto e derradeiro gol. Cássio falhou novamente, e entregou bola de bandeja para Jonas, que entrou na área, driblou Rafael e (finalmente) marcou seu gol. Foi um prêmio para quem, a todo custo, buscava manter a artilharia do Brasileirão. E como Adriano, do Flamengo também marcou nessa rodada, o gremista não se isolou na artilharia.

O Fluminense teve chances de diminuir o placar, mas àquela altura, não faria muita diferença. O Grêmio ampliou ainda mais sua invencibilidade no Olímpico, que já ultrapassa a marca de um ano. São 32 jogos sem derrota em casa. Já o Fluminense precisa de um milagre para escapar da segunda divisão do ano que vem. E como milagres acontecem, as esperanças ainda não morreram.