sábado, 31 de julho de 2010

São Paulo finalmente ganha no Brasileirão

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Por Leonardo Martins


Depois de um longo jejum sem vitórias no Campeonato Brasileiro, o São Paulo finalmente reencontrou com a vitória na noite deste sábado. Jogando no Morumbi, o Tricolor venceu o Ceará, que está no G-4, por 2 a 1 e deu esperanças para o jogo da quinta na Libertadores.

Surpreendentemente, o técnico Ricardo Gomes só poupou Dagoberto e Fernandão que ficaram no banco, o resto do time estava em campo incluindo Ricardo Oliveira. Já o Ceará queria manter a ótima defesa que só havia levado 4 gols em 11 jogos.

Mas o primeiro tempo foi pobre e sem grandes emoções, o São Paulo era melhor, mas esbarrava na ótima marcação cearense. Já o alvinegro, pouco atacava e só preocupava em segurar o empate.

As chances só vieram aos 6, quando Fernandinho cruzou e Ricardo Oliveira chutou por cima, aos 17, Alex Silva cabeceou e Diego fez grande defesa, e aos 24, quando o atacante dividiu com a zaga e o chute foi para longe. O Ceará só chegou aos 43, mas a zaga cortou o cruzamento de Misael. Vaias para a atuação são-paulina na descida para o intervalo.

Na volta do intervalo, Xandão deixou o campo para a entrada de Fernandão, o que deixou os paulistas mais ofensivos e buscaram o gol. A alteração melhorou o jogo e as chances apareceram. Aos 9, Hernanes chutou e obrigou Diego a fazer grande defesa. Aos 11, foi a vez de Fernandinho exigir boa defesa do 1 alvinegro. Aos 15, Ceni trabalhou no chute de Ernandes.

Mas a pressão são-paulina resultaria em dois gols rápidos por volta dos vinte minutos. Aos 20, Hernanes cobrou escanteio e Fernandão usou sua boa estatura para testar para o gol e vencer Diego. 1 a 0. Dois minutos depois, Dagoberto, que havia entrado no lugar de Fernandinho, lançou Ricardo Oliveira que avançou sozinho e tocou por cima de Diego, um belo gol no segundo. Foi o primeiro gol do atacante na volta ao Morumbi.

Com a vantagem São-paulina, o time tricolor diminuiu o ritmo e Ricardo Oliveira saiu cansado para a entrada de Casimiro. Mas o Ceará foi em busca de reação e conseguiu apenas um gol. Aos 39, Erick Flores fez boa jogada e chutou no canto de Rogério Ceni, mas foi só. Os mandantes quase marcaram o terceiro com Marlos, mas o meia chutou para fora após boa jogada.

O resultado dá um pouco de esperança na virada contra o Inter pelas semifinais da Libertadores, onde o time precisa vencer o Colorado por dois gols de diferença. Já o Ceará volta a campo contra o Atlético-GO em casa.

Curtinha:

- Por falar no Atlético, o Dragão entrou em campo neste sábado para enfrentar o Guarani em Goiânia, mas não passou de um empate em 1 a 1 e o time continua em último lugar. Rodrigo Tiuí abriu o placar para os goianos e Mazola empatou para os bugrinos, os dois gols ainda na primeira etapa.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Santos larga na frente do Vitória na final da Copa do Brasil

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Por Gabriel Seixas

Durante a semana, o que mais se ouviu foi que o Santos tinha a obrigação de criar uma boa vantagem no primeiro jogo da final da Copa do Brasil frente ao Vitória, na Vila Belmiro, para encarar com mais tranquilidade a partida da volta, no Barradão, na próxima semana. Se os baianos tem seu caldeirão como carta na manga, os santistas não deixaram pra menos: em 90 minutos, foram amplamente superiores, sem dar ao menos uma chance para o adversário finalizar com perigo. Rafael, goleiro do Peixe, foi um mero espectador da partida. O resto do time teve de trabalhar e muito. Só faltou capricho na finalização. Resultado: muitas chances claras de um gol, e um 2 a 0 que não satisfez inteiramente o time paulista. A disputa pelo título continua aberta.

De alguma forma, a convocação do quarteto Ganso, Neymar, Robinho e André para a seleção brasileira parece ter dado uma motivação extra ao time. Todos eles estavam em baixa na temporada, inclusive os dois primeiros, que geraram um grande apelo popular por suas presenças na lista de Dunga para a Copa do Mundo. Contra o Vitória, os santistas fizeram um jogo de ataque contra defesa. No primeiro tempo, quando Ganso já havia acertado uma cobrança de falta na trave, Neymar abriu o placar aos 14 minutos, à lá Renato Gaúcho. Meio de barriga, meio de peito.

O Vitória sentiu os desfalques. Sentiu a distância de casa. Sentiu a pressão da torcida na Vila Belmiro, e a do time mandante dentro de campo. Robinho pegou de chapa aos 17 minutos, mas errou o alvo. Nos minutos finais, quem perdeu o gol foi André, que desde quando teve sua negociação para o Dinamo Kiev concretizada, nunca mais foi o mesmo. Assim como possivelmente Robinho, este foi seu último jogo na Vila Belmiro. Não marcou gol, e pelo que vem jogando, não fará falta. Bem, pelo menos quando Keirrison já estiver à disposição, pois seu outro substituto é o limitado Marcel.

Ao contrário de Robinho e André, Neymar continua firme e forte na Vila Belmiro. 11 gols na Copa do Brasil, 29 na temporada. Artilheiro da competição, artilheiro do time no ano. Seus números impressionam, mas o futebol apresentado hoje, por exemplo, não. Logo aos cinco minutos, ele apareceu livre pela esquerda, mas errou o chute. No minuto seguinte, Lee fez grande defesa em chute de Robinho, e na sobra, Ganso perdeu um gol com a meta escancarada.

Pausa para Neymar. Hora de falar de Lee. Muito se dizia que o jovem goleiro rubro-negro, de nome um tanto incomum (LEE WINSTON) sentiria a pressão de um jogo tão importante, mas o que se viu foi justamente o contrário. Sem nenhum exagero, pode-se afirmar que o garoto de 22 anos ofuscou os Meninos da Vila e foi o melhor em campo. Pena que foi uma estrela solitária. O resto do time colaborou pouco. Ramon estava sem inspiração até nas bolas paradas, Elkeson não conseguiu dar movimentação ao time, e Schwenck foi peça nula na frente.

Voltamos para o Neymar, mas sem pausa para falar de Lee. Não entendeu? Eu explico: aos 27 minutos, Neymar gingou pra cima de Wallace e foi derrubado dentro da área. Pênalti incontestável. Ele sofreu o pênalti, tem a seu favor a artilharia da Copa do Brasil, do time em 2010 e uma convocação para a seleção brasileira. Credenciais não faltavam para bater o penal. Faltou simplificar. Mas é daqueles lances que não se pode crucificar o batedor: ele tentou uma cavadinha à lá Loco Abreu, mas Lee fez o que o ganês Kingson deveria ter feito, ou seja, ficar parado no meio do gol para defender com tranquilidade. Tão raro, tão inusitado. Méritos para Lee, o dono da noite.

Nem a derrota parecia apagar a noite feliz de Lee. Só com essa partida ele já pode gravar um DVD, incluindo duas defesas sensacionais em finalizações de Zé Eduardo, que substituiu Robinho. Entretanto, antes disso, o pior havia acontecido. Outro suplente, Marquinhos, que surpreendentemente substituiu Ganso, cobrou falta com perfeição. A bola morreu no cantinho, onde nem cinco ou seis “Lee's” alcançariam a bola. Golaço. Não foi o do título. Ou sim.

Não se iludam: o Vitória tem todas as condições de reverter essa vantagem. Nos jogos que fez em casa nesta Copa do Brasil, marcou DEZENOVE gols em cinco partidas e não sofreu NENHUM gol. O Barradão vai ferver. Não há dúvidas de que é o jogo mais importante do futebol baiano nos últimos anos. A empolgação e o apoio da torcida podem sim fazer a diferença, como fez em favor do Sport em 2008, quando os pernambucanos reverteram uma vantagem construída pelo Corinthians no jogo de ida daquela final de Copa do Brasil.

Aos que dizem que o time do Vitória é fraco, um aviso: o time é bom, inclusive esse mesmo que entrou em campo hoje, desfalcado de cinco titulares. No jogo da volta, o palco será diferente, o espírito será diferente e a postura será diferente. O jogo de hoje não serve como parâmetro para o que vai acontecer na próxima semana. O histórico sim: o Vitória é forte em casa e tem totais condições de vencer por dois ou mais gols de diferença. Zebra? Nem tanto. O Santos é mais forte tecnicamente, mas terá de demonstrar maturidade. Mais importante do que lidar com a pressão, será lidar com a vantagem.

Internacional sai na frente

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Por Leonardo Martins

No primeiro duelo brasileiro válido pela semifinal da Taça Libertadores entre Internacional e São Paulo no Beira-Rio lotado. O jogo foi bom, mas o Inter foi premiado pela insistência e venceu por 1 a 0, abrindo vantagem rumo a Final.

O Inter entrou em campo com o time que chegou a semifinal, exceto Renan no lugar de Pato Abbondanzieri. Já o Tricolor entrou em campo com a mesma equipe que eliminou o Cruzeiro a 70 dias atrás, com o ex-ídolo Colorado, Fernandão, no comando de ataque.

A tonica do jogo foi Inter atacando e São Paulo se defendendo e armando uma retranca. O jogo era de um time só, mas as chances eram poucas e quando tinham sucesso, os jogadores colorados esbarravam em Rogério Ceni.

O Colorado esbarrava na ótima retranca armada pelo Tricolor paulista, D’Alessandro e Taison com seus dribles rápidos, tentavam vencer a marcação. O argentino cruzou e Alecsandro chutou e exigiu boa defesa de Ceni. Aos 28, bela tabela entre Guiñazu e Taison e o atacante concluiu para outra defesa de Ceni. Aos 41, o camisa 10 chutou para longe. E o São Paulo? Sò se defendeu e não criou uma única chance.

Aliás, o primeiro chute são-paulino no gol de Renan só ocorreu aos 12 da segunda etapa quando Dagoberto chutou e a bola passou ao lado. Mas antes, mais pressão colorada, Andrezinho chutou e lá estava Rogério Ceni para salvar o time paulista, logo no primeiro minuto de jogo. Um pouco depois, o capitão tricolor apareceu de novo para salvar na conclusão de Taison.

Mas aí apareceu a estrela de Giuliano, que havia feito o gol da classificação na Argentina contra o Estudiantes. O Meia entrou no lugar de Andrezinho e aos 22, foi decisivo novamente, Alecsandro tentou entrar na área e a bola sobrou para o camisa 11 girar e chutar no canto de Ceni. Festa e alívio colorado com o gol.

Mesmo com o gol, o panorama do jogo não mudou e o Inter continuou pressionando e o time paulista se defendendo, até tentou atacar com novos jogadores e a reestréia de Ricardo Oliveira aconteceu, mas visivelmente fora de ritmo pouco ajudou. Já o Inter tentou com Kleber, Alecsandro e Taison, mas não conseguiu ampliar a vantagem. Ah, e ainda teve Rafael Sóbis, carrasco tricolor na final de 2006 entre ambos, entrando no jogo. Mas a vitória colorada veio e a decisão só se encerrará no Morumbi, na quinta-feira dia 5.

O Internacional joga por um empate ou até uma derrota por um gol de diferença, desde que faça um gol para chegar a decisão. Ao Tricolor, resta uma vitória por dois ou mais gols de diferença.

Curtinha

- Na outra semifinal da Libertadores, Chivas e Universidad do Chile se enfrentaram no Estádio Azteca na Cidade do México. Em um bom jogo, o empate em um gol foi bom para os chilenos que podem empatar sem gols em Santiago que garantem a vaga na final da Libertadores. Olarra abriu o placar para LA U e Arellano empatou para os mandantes.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Começou a Era “Mano”

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Por Leonardo Martins


Nesta segunda-feira, começou uma nova era no futebol brasileiro. Saiu a contestada Era Dunga e entra a Era Mano Menezes. O ex-treinador do Corinthians chegou a Seleção e já convocou uma nova equipe para o jogo do mês que vem contra os EUA.

Mas antes de discorremos sobre a convocação, vamos lembrar dos fatos ocorridos em torno da escolha de Mano. Na sexta-feira, o Presidente da CBF se reuniu com o técnico do Fluminense, Muricy Ramalho, que pediu para conversar com o time carioca antes de dar uma resposta, e obteve uma recusa. O Çoka preferiu continuar nas Laranjeiras. Na noite da mesma sexta, veio o convite ao técnico corintiano, que na manhã seguinte aceitou o cargo.

Carreira de Mano

Mano Menezes é gaúcho de Passo do Sobrado e tem 48 anos recém-completados no dia 11 desse mês. O comandante da Seleção jogou futebol, mas não chegou a grandes clubes do futebol e iniciou a carreira de técnico em 1998 no Guarani-RS. A sua carreira foi alavancada com o 15 de Campo Bom na Copa do Brasil em 2004, onde eliminou o Vasco e chegou a semifinal, perdendo para o campeão Santo André. Em 2005, pegou o Grêmio, primeiro grande desafio, na Série B e conseguiu recolocar o Tricolor na Elite de maneira épica. Menezes era o comandante na sensacional batalha dos Aflitos contra o Náutico, onde o Grêmio, mesmo com 4 jogadores expulsos e 2 penaltis perdidos contra, ganhou o jogo e foi campeão.

Ainda com o Grêmio foi bicampeão Gaúcho em 2006 e 2007, derrotando o rival Inter e o Juventude, respectivamente. Em 2007, com uma equipe desacreditada, Mano levou o Grêmio a final da Libertadores passando por grandes equipes como São Paulo e Santos. Mas na final, o Grêmio foi derrotado pelo Boca de Riquelme, Palácio e Palermo. A sua passagem pelo Olímpico o credenciou para ser técnico do Corinthians no fim de 2007.

A situação no Timão era semelhante ao do Grêmio em 2005, rebaixado e bagunçado. Coube ao treinador reerguer o Gigante na Série B em 2008 e conseguiu com sobras, uma campanha jamais feita na Segundona e mais um título de Série B no currículo. Veio 2009 e com ele a chegada de uma estrela ao time corintiano, Ronaldo, e com ele no time, dois títulos de expressão, o Campeonato Paulista, de maneira invicta, e a Copa do Brasil. Com o título da competição nacional, a vaga na Libertadores no Ano do Centenário Alvinegro e a pressão terrível para a conquista do título inédito. Mas este título não veio, porem, a boa campanha no inicio do Brasileirão o credenciou ao cargo máximo do futebol nacional.

Convocação de hoje

Depois do fracasso na Copa do Mundo, a ordem na Seleção era renovar e apostar em jovens valores para a Copa de 2014; que vamos sediar. E isto foi visto na convocação de hoje para o amistoso contra os EUA.

Ao todo, são 10 caras novas em relação a Canarinho e algumas surpresas como os goleiros Jefferson do Botafogo e Renan do Avaí, o meia Éderson do Lyon e o zagueiro Rever, recém-chegado ao Atlético-MG. Outras caras são conhecidas como o quarteto do Santos que encantou o Brasil no primeiro semestre formado por Ganso, Neymar, André e Robinho, um dos 4 remanescentes da Copa 2010. Neste quesito, além do santista, permanecem o lateral Daniel Alves, o Zagueiro Thiago Silva e o volante/meia Ramires.

Do seu ex-clube, o Corinthians, o treinador chamou somente o volante Jucilei. Vamos a lista completa.

Goleiros
Victor (Grêmio)
Jefferson (Botafogo)
Renan (Avaí)

Laterais
Daniel Alves (Barcelona-ESP)
Rafael (Manchester United-ING)
André Santos (Fenerbahçe-TUR)
Marcelo (Real Madrid-ESP)

Zagueiros
Rever (Atlético-MG)
Thiago Silva (Milan-ITA)
Henrique (Racing Santander-ESP)
David Luiz (Benfica-POR)

Volantes
Lucas (Liverpool-ING)
Jucilei (Corinthians)
Sandro (Internacional)*
Hernanes (São Paulo)*

Meias
Ramires (Benfica-POR)
Éderson (Lyon-FRA)
Carlos Eduardo (Hoffeinheim-ALE)
Ganso (Santos)

Atacantes
Robinho, Neymar e André (Santos)
Diego Tardelli (Atlético-MG)
Alexandre Pato (Milan-ITA)

* Estão condicionados a uma passagem a final da Libertadores

Mais uma vez campeão

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Por Leonardo Martins


O Brasil mantém sua vida vitoriosa no Vôlei Masculino com mais um título da Liga Mundial. Desta vez, a conquista veio em terras argentinas diante de um velho rival, a Rússia, em uma vitória por 3 sets a 1. foi o nono título brasileiro na competição, se tornando o maior ganhador da Liga.

Jogo decisivo contra a Rússia é sempre muito nervoso e exige paciência com as pancadas dos gigantes. E isto, o Brasil teve com maestria. O Brasil iniciou o jogo como os russos, forçando o saque para quebrar a recepção, então o primeiro set foi equilibrado. Ora, a equipe brasileira estava na frente, ora eram os russos que estavam na frente. Mas a boa recepção brasileira estava bem e o ponteiro Theo, substituto de Leandro Vissotto, se destacando e fez com que o Brasil ganhasse o primeiro set por 25/22.

No segundo set, outro novo titular da seleção, o levantador Marlon, se destacou com boas jogadas e as viradas dos atacantes brasileiros permaneciam. Os times se destacavam, também, no bloqueio, mas no final os brasileiros falaram mais alto e o placar do primeiro set se repetiu. Novo 25/22 para o Brasil.

Com 2 sets a 0, o Brasil relaxou em quadra e o time russo cresceu no terceiro set. Bernardinho colocou alguns reservas como Giba e Sidão, mas o time perdeu o set no bloqueio russo, que começou a se encaixar. O time russo fechou o set em 25/16 e alerta ligado no 4º set.

A equipe brasileira voltou ligadíssima no quarto set e o jogo voltou a ficar equilibrado. Já os russos continuavam a bloquear muito bem e dificultou o jogo. O Brasil, com muita paciência, conseguiram virar o jogo e o título veio em um saque errado da Rússia. Festa brasileira ao fechar o set em 25/23.

A vitória brasileira foi coroada nos prêmios de Murilo, melhor jogador da Liga, e Mário Júnior, melhor líbero. O melhor vôlei do mundo conquistou a hegemonia da Liga Mundial com 9 títulos, passando a Itália.

domingo, 25 de julho de 2010

Mistão do Inter vence Flamengo e se firma no G-4

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Por Gabriel Seixas

Quando se é perguntado sobre a fórmula para ser campeão brasileiro, a resposta é praticamente unânime (pra não dizer clichê): além da regularidade, também se faz necessário montar um elenco competitivo, que permita disputar competições simultâneas com jogadores de qualidade técnica equivalentes. Partindo desse princípio, o Internacional tem tudo para brigar pelo que vier pela frente nesta temporada, incluindo o Brasileirão.

Já que a prioridade dos gaúchos é a Libertadores – e ela retorna nesta quarta-feira, com o jogo de ida das semifinais frente ao São Paulo -, Celso Roth deu descanso a sete titulares. Entretanto, isso não impede que a qualidade da equipe prevaleça a de outras que até mesmo priorizam a Série A, caso do Flamengo, adversário de hoje. Entre os titulares do time gaúcho, estiveram em campo Fabiano Eller, Guiñazu e Taison, que gastaram a bola. Renan, Tinga e Rafael Sóbis, as principais contratações na intertemporada, jogaram pela primeira vez como titulares e também foram muito bem.

Pra variar, faltaram recursos e objetividade ao time do Fla, que não conseguiu se sobressair com relação ao adversário em nenhum momento do jogo. Apesar das poucas mudanças que o time titular sofre a cada partida, Rogério Lourenço ainda não conseguiu dar um padrão a equipe, o que talvez possa acontecer com o aproveitamento dos reforços, como aconteceu hoje, aos poucos, claro. O zagueiro Jean já estreou como titular e não comprometeu. Marquinhos e Val Baiano entraram no intervalo, mas pouco fizeram. Cristian Borja, que já havia sido acionado outras vezes, entrou no decorrer da etapa final e foi ainda menos notado.

No primeiro tempo, o Internacional poderia ter construído uma ampla vantagem no marcador pelas oportunidades criadas. No fim das contas, só conseguiu um gol. Aliás, O gol. Não só ter sido o da vitória, mas pela beleza, pela plasticidade e pelo grau de dificuldade. Taison, que está com a sua vaga entre os titulares em risco, acertou um chute da intermediária, que morreu no ângulo do goleiro Marcelo Lomba. Simplesmente indefensável. O golaço já o credenciaria como o melhor em campo, mas ele também foi importante em outros pontos, principalmente na movimentação pelo lado esquerdo. Rafael Sóbis, que caiu pelo outro lado, também foi muito participativo, inclusive arriscando dois chutes perigosos.

O máximo que o Flamengo conseguiu foi uma cabeçada de Rômulo na trave após cobrança de escanteio de Petkovic. Aliás, essa foi a principal válvula de escape do time rubro-negro em todo o jogo: as bolas paradas. Com a pelota rolando, Vinicius Pacheco imprimiu pouca movimentação, Petkovic novamente foi prejudicado pelo sistema tático e cansou rápido, e Diego Mauricio ficou isolado na frente. Percebendo a desorganização da equipe, Rogério Lourenço apostou em Marquinhos e Val Baiano no intervalo, substituindo Rômulo e Diego Mauricio.

Lourenço mexeu bem. O time cresceu de produção, ficou mais incisivo, porém não conseguia conter os contra-ataques do Inter. Aliás, a grande virtude de um time que abre o placar nos primeiros minutos e mantém essa vantagem por um determinado tempo é a vantagem de jogar com o contragolpe a favor por praticamente toda a partida. Inteligentes como são, os gaúchos apostaram nessa tática e levaram muito perigo. Em um cruzamento que virou chute, Rafael Sóbis acertou a trave de Marcelo Lomba. Taison também teve boa chance de marcar.

Mesmo sem nunca ter jogado junto, a aplicação tática do onze inicial colorado impressionou. Na contensão, Guiñazu mais uma vez se multiplicou, Wilson Mathias conteve bem os espaços e Tinga, além de recompor o sistema defensivo, também ditava o ritmo na saída de bola. Na parte ofensiva, Sóbis e Taison eram os encarregados de municiar Everton, que no tempo em que ficou em campo, demonstrou poucos recursos técnicos. O grandalhão teve chance de ampliar numa furada bisonha do goleiro rubro-negro Marcelo Lomba na pequena área, mas o arqueiro se recuperou a tempo.

Para os mandantes, tudo saiu dentro dos conformes. Os três pontos foram conquistados, os estreantes (que não estão regularizados na Libertadores) jogaram bem, os titulares foram importantes e não se lesionaram, e mais importante que tudo isso, o Inter está ainda mais embalado para pegar o São Paulo na quarta-feira. O Flamengo tropeça pela segunda vez seguida, cai para sétimo e tem uma semana para se reorganizar para o clássico contra o Vasco. O que a torcida rubro-negra mais espera é uma vitória que seja convertida em um divisor de águas, ou seja, que a partir daí o time ganhe confiança no que é agora o principal objetivo da temporada: o bicampeonato brasileiro. Com o elenco que tem, e pelo que vem jogando, o sonho está cada vez mais longe.
Classificação após 11 rodadas

1º Corinthians – 24pts
2º Fluminense – 23pts
3° Ceará – 20pts
4° Internacional – 19pts
5° Avaí – 16pts (2SG e 17GM)
6° Cruzeiro – 16pts (2SG e 13GM)
7° Flamengo – 16pts (2SG e 12GM)
8° Santos – 15pts
9° Vitória – 14pts (0SG e 13GM)
10° Palmeiras – 14pts (0SG e 12GM)
11° Prudente – 14pts (-1SG)
12° Guarani – 14pts (-4SG)
13° Atlético-PR – 13pts (4V)
14° Vasco – 13pts (3V)
15° São Paulo – 12pts (0SG)
16° Goiás – 12pts (-4SG)
17° Botafogo – 12pts (2V)
18° Grêmio – 11pts
19° Atlético-MG – 10pts
20° Atlético-GO – 7pts

Próxima rodada

31/07 – Sábado

18h30
Atlético-GO x Guarani
Fluminense x Atlético-PR
São Paulo x Ceará

01/08 – Domingo

16h
Palmeiras x Corinthians
Internacional x Grêmio
Vitória x Botafogo
Avaí x Goiás

18h30
Atlético-MG x Cruzeiro
Flamengo x Vasco
Prudente x Santos

Empate no Engenhão é ruim para rivais

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Por Leonardo Martins


O Fluminense entrou para o clássico contra o Botafogo animado pela liderança conquistada na última rodada e pela recusa de seu treinador, Muricy Ramalho, ao convite para ser treinador da Seleção Brasileira. Mas do outro lado, tinha um time com vontade e querendo vencer em casa. O jogo foi nervoso e com muitas oportunidades, mas ficou no empate em um gol, o que foi ruim para as duas equipes.

O Flu vinha com duas grandes estréias no time titular, o Sheik Emerson entrou no ataque para formar dupla com Fred, e Belletti, de volta ao futebol brasileiro após passagem por grandes clubes europeus, no meio campo. Já o Botafogo tinha a volta de Herrera no ataque.

O jogo começou com a dupla tricolor assustando. Aos 6, Fred ajeitou para Emerson que jogou por cima do gol. O Bota respondeu com Edno aos 14, mas Herrera não chegou a tempo para empurrar o gol.

O time tricolor repetia a má atuação do jogo contra o Cruzeiro e Belletti tinha problemas para conter os avanços de Somália pelo lado esquerdo. O jogador chegou em dois chutes de longe que assustaram Fernando Henrique. Só aos 41, que o Flu voltou a atacar, Conca acionou Carlinhos pelo lado esquerdo e o lateral chutou para longe. Antes do intervalo, Herrera cruzou e Diego quase fez contra, só não o fez porque Fernando Henrique salvou com os pés.

No segundo tempo, o Flu voltou melhor e logo aos 2 minutos, Conca recebeu livre, mas a zaga cortou. Logo depois, o argentino teve outra chance, agora o camisa 11 chutou por cima. Aos dez, Somália voltou a arriscar e dessa vez, Fernando Henrique fez defesa difícil.

Aos 15, Emerson apareceu livre e tentou tocar na saída de Jefferson que foi para fora. Na cobrança, o goleiro pegou mal e deu a bola de graça para o Sheik driblar e chutar para o gol vazio. Festa e liderança tricolor.

Depois do gol, o clima do jogo esquentou e Somália se estranhou com Emerson e Muricy, só levou amarelo. Depois foi Mariano que empurrou Marcelo Cordeiro e os dois levaram amarelo.

Fred sentiu uma fisgada na Coxa e deu lugar a Alan. Joel Santana tirou Fahel e Lúcio Flávio para as entradas de Caio e Renato Cajá. Aos 30, as alterações do “Natalino”, fizeram efeito esperado. Renato cruzou na área e Edno raspou de cabeça para o gol, era o empate botafoguense.

Mesmo com o empate, a pressão botafoguense continuou com Leandro Guerreiro que exigiu nova intervenção de Fernando Henrique. Logo depois, foi a vez de Edno parar no goleiro tricolor. Aos 36, Antonio Carlos acertou o travessão do Flu. Gum respondeu na mesma moeda ao cabecear na trave de Jefferson.

Um jogo violento e nervoso não poderia ficar sem expulsos. Thiaguinho, que havia acabado de entrar no lugar de Belletti, revidou um chute de Marcelo Cordeiro e foi expulso. Somália acertou Mariano e também foi para o chuveiro mais cedo. E não parou por aí, Danny Morais também foi expulso ao meter a mão na bola. Ainda deu tempo para Jefferson fazer grande defesa na falta cobrada por Marquinho. Mas o empate foi ruim para as duas equipes. O Flu perdeu a liderança e o Botafogo foi parar no Z-4.

Na próxima semana, o tricolor recebe o lanterna Atlético-GO e o alvinegro vai a Salvador enfrentar o Vitória.

Curtinhas

- O Fluminense perdeu a liderança porque o Corinthians retomou a liderança ao vencer o Guarani por 3 a 1. O jogo marcou a despedida de Mano Menezes do comando técnico do time alvinegro para ir a Seleção (esta história terá texto amanhã no Esporte é Vida). Jorge Henrique abriu o placar para o Corinthians. Mazola empatou, mas Bruno César com dois gols, garantiu a liderança. O substituto de Mano Menezes é Adilson Batista, ex-Cruzeiro.

- Os irregulares Palmeiras e Ceará se enfrentaram no Castelão e o empate sem gols mostrou esta irregularidade. O grande destaque do jogo foi o goleiro Deola que fez grandes defesas garantindo um ponto para o Verdão.

Cruzeiro empata no fim do jogo

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Por Leonardo Martins


Em mais um jogo da 11ª rodada, o Cruzeiro recebeu o Grêmio na Arena do Jacaré querendo se aproximar do G-4. O Jogo foi fraco, mas com muitos gols e o empate em dois gols foi péssimo para as duas equipes.

Sem Gilberto e Gil, o Cruzeiro inovou nas improvisações. Jonathan atuou no meio e Fabinho na zaga. O Grêmio colocou 3 zagueiros e apostava na dupla perigosa de ataque, Jonas e Borges.

Bom, o jogo foi muito feito na marcação das duas equipes, por isso o jogo foi pobre e sem graça. O Cruzeiro, por ter 2 laterais no lado direito, insistia pelo lado direito, mas era pouco incisivo por ali, faltava criatividade ao meio. Os gremistas, inteligentemente, tentavam explorar uma marcação confusa do lado direito, mas eram combatidos pelos marcadores azuis.

Chances mesmo só com Robert que chutou longe e o gol do Grêmio. Aos 46, Jonas, em uma das poucas jogadas pelo lado direito, cruzou e Borges se antecipou a Fábio para Marcar.

A Raposa voltou diferente com Sebá no lugar de Rômulo e Jonathan voltou a lateral e o time azul passou a atuar com 3 atacantes. E logo o resultado foi visto. Logo no segundo minuto, Everton cruzou, Thiago Ribeiro ajeitou e Henrique completou de cabeça para o gol. 1 a 1.

Aí voltaram os problemas da primeira etapa, o jogo piorou novamente e o Grêmio cresceu em campo, mas não conseguiu atacar com firmeza, o trio de ataque era muito inofensivo. Aos 30, Jonas tentou encobrir Fábio. Mas o Cruzeiro era facilmente marcado e não conseguia atacar. Cuca já havia feito as duas outras substituições, Marquinhos Paraná e Reina nos lugares de Fabrício e Robert, mas o time não rendia em campo.

Quando o tricolor já estava contente, Jonas fez o gol de desempate. Aos 35, o camisa 7 acertou bela cobrança de falta e marcou o segundo. 2 a 1.

Já na base do desespero, o Cruzeiro tentou o empate e foi premiado aos 41. Everton cruzou para a área e Henrique, mesmo atrapalhado pelo goleiro gremista, fez, de novo, o gol de empate. 2 a 2 e o jogo permaneceu em banho-maria até o fim e vaias para a atuação cruzeirense.

As duas equipes tem clássicos regionais na próxima rodada. O Grêmio vai ao Beira-Rio enfrentar o Inter e o Cruzeiro joga “fora” contra o Galo (o jogo vai ser na Arena do Jacaré, mas vai ter só torcedor atleticano).

Curtinhas

- No clássico paulista, o Santos venceu o São Paulo e jogou a crise para o rival. As duas equipes pouparam jogadores para os compromissos do meio de semana (a final da Copa do Brasil para o Santos e a Semi da Libertadores para o São Paulo). O gol da vitória saiu em um gol contra de Renato Silva.

- O Atlético-PR vem numa crescente e conseguiu a segunda vitória seguida ao vencer o Goiás por 2 a 0 em Goiânia. Manoel abriu o placar na primeira etapa e Maikon Leite fechou o placar para o Furacão.

Vasco vence Atlético-GO e escapa da zona de rebaixamento

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Por Gabriel Seixas

Tudo parece um conto de fadas em São Januário. O Vasco venceu o Atlético Goianiense por 2 a 0, mantém sua invencibilidade desde a chegada do técnico PC Gusmão, e de quebra, pulou da zona do rebaixamento para a que garante classificação à Copa Sul-Americana. Pra incrementar ainda mais a boa fase, jogadores como Nilton e Fumagalli, duramente criticados pela torcida, foram personagens diretos no triunfo de hoje, marcando um gol cada. A fase é tão boa que jogadores recém-promovidos ao elenco profissional, como Rômulo e Jonathan, e outros limitados tecnicamente, como o zagueiro Dedé, estão gastando a bola. Fernando Prass, que não vivia boa fase na meta vascaína, neste sábado pegou até pênalti.
O ambiente é aparentemente perfeito, mas não pode esconder as visíveis limitações do time cruzmaltino. Não é toda vez que a sorte vai conspirar a favor. No jogo de hoje, antes mesmo do Vasco abrir o placar, Robston poderia ter marcado para os goianos em chute violento numa cobrança de falta, que acabou parando no travessão. Quando a partida estava 1 a 0 para os mandantes, Pedro Paulo teve a chance de empatar, mas a bola caprichosamente insistiu em bater no travessão.

Outro fator importante é como será a reação desta equipe sendo remontada, com o futuro aproveitamento dos reforços. Esse trabalho já começou a ser feito hoje, com a entrada do lateral Irrazábal na vaga de Fagner no segundo tempo. Felipe, Zé Roberto e Eder Luis já devem estar com seus nomes presentes no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF nesta semana, e Carlos Alberto já iniciou seu trabalho de recuperação física. O que era pra ser uma solução pode se transformar em um problema, já que a garotada vem dando conta do recado.

É uma dor de cabeça saudável para PC Gusmão. Mesmo contando com jogadores como Rafael Carioca, Nilton, Jumar, Leo Gago e Felipe Bastos para a contensão, vai ser difícil o treinador se desfazer de Rômulo tão rapidamente, este que a cada dia se afirma ainda mais no time. Mais consolidado ainda parece o habilidoso Jonathan, que do onze inicial que vem atuando regularmente, é o que apresenta maior qualidade técnica. Hoje o garoto iniciou a jogada dos dois gols, e já mostrou que não vai facilitar a vida de Carlos Alberto, Felipe, Zé Roberto & cia.

Até os autores dos gols podem proporcionar grandes problemas. Apesar de Nilton e Fumagalli terem decidido a partida, continuam abaixo do que podem render. O primeiro, que já apresentou descontrole emocional contra o Atlético Paranaense, não mantém o mesmo nível de 2009 e já poderia tranquilamente ser relegado ao banco. O mesmo vale para Fumagalli, que sequer deve ser relacionado com a inscrição dos reforços.

De resto, o time parece montado. Fagner e Irrazábal são ótimas opções para a lateral-direita, e o jovem Carlinhos já mostrou que pode fazer sombra ao titular Ramon assim que este voltar a jogar. Na zaga, o capitão Fernando não deve ter problemas em recuperar sua vaga como titular, já que Titi destoa do nível de seus companheiros, sempre fazendo péssimas partidas mesmo quando a equipe vence. Por sua vez, seu companheiro Dedé apresenta evolução a cada jogo. É impressionante como a sua raça compensa a falta de qualidade técnica, esforço reconhecido pela massa vascaína.

Ah, não esqueçamos que do outro lado estava o Atlético Goianiense, que talvez tenha feito sua pior partida desde a volta da intertemporada. Faltou sorte ao limitado time goiano, claramente necessitado de mais consistência defensiva na parte tática. O trio de ataque Marcão, Rodrigo Tiuí e Pedro Paulo, além de limitado tecnicamente, recompõe pouco a defesa. O habilidoso meia Willian também não possui vocação defensiva, o que acaba sobrecarregando os volantes do Dragão. Com isso, o Vasco, mesmo sem jogar bem, achou caminho para marcar dois gols.

Os resultados positivos fazem com que PC Gusmão se sinta cada vez menos arrependido por ter trocado o vice-líder Ceará pelo até então vice-lanterna Vasco. Com muita coragem, ele assumiu o risco de tirar um dos principais times brasileiros da zona de rebaixamento e agora vem obtendo êxito. Com o time que tem nas mãos – e com a capacidade técnica que tem -, pode conduzir este plantel à vôos mais altos. Entretanto, tudo deve ser com um passo de cada vez. Se o sucesso momentâneo não subir à cabeça deste time – ou seja, manter os pés no chão -, este ano tem tudo para terminar da melhor maneira possível. Assim como no supracitado conto de fadas, com um final feliz.
Curtinha:
- No complemento dos jogos de sábado, dois empates sem gols. Avaí e Atlético-MG em Florianópolis, com os mineiros chegando a ficar com dois jogadores a menos (Daniel Carvalho e Neto Berola, ambos expulsos), e Prudente e Vitória, no interior paulista. Amanhã, sete jogos completam a rodada.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Flu vence e é líder

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Por Leonardo Martins


Em mais um bom jogo da 10ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Fluminense, de olho na liderança, recebeu o Cruzeiro no Maracanã com bom público. O jogo teve várias chances, mas quem aproveitou foi o Tricolor que venceu por 1 a 0 e assumiu a liderança, mas perdeu seu técnico.

Essa história de saída de técnico deixaremos para o final. Vamos falar sobre o jogo, Muricy Ramalho colocou Marquinho no banco para colocar 3 zagueiros, Rodriguinho foi o titular do ataque ao lado de Fred. Já pelo lado azul, mudanças forçadas, Jonathan, suspenso, deu lugar a estréia de Rômulo e Roger, machucado, deu lugar a Everton.

Quando a bola rolou, o Cruzeiro aproveitou melhor os espaços deixados pela zaga carioca e chegou com perigo. Aos 2, Thiago Ribeiro achou Wellington Paulista que invadiu a área e exigiu a primeira grande defesa de Fernando Henrique no jogo. Gilberto comandava o meio azul com ótimas jogadas e bons passes.

O Flu respondeu aos 6 com Gum que aproveitou rebote da zaga, mas o chute foi salvo por Wellington Paulista, mas a Raposa chegava com perigo pela direita, principalmente com Rômulo. Aos 13, novo duelo entre Fernando Henrique e Wellington Paulista que o goleiro se saiu melhor e defendeu o chute, no rebote Gilberto chutou para a fora. O jogo era agradável de se ver.

Aos 14, foi a vez de Fábio trabalhar no famoso “Muricybol” (jogada aérea), Conca cobrou escanteio e Leandro Euzébio cabeceou para a bela defesa do camisa 1 azul. O tricolor carioca era bem marcado pela dupla de volantes azul, então coube a Diguinho aparecer para tentar cabecear mas sem sucesso.

Pouco depois, nova excelente jogada começada por Gilberto, o melhor em campo até o momento, e culminada por Everton, o ex-tricolor chutou e Fernando Henrique operou novo milagre.

Mas aí começou a sorte de líder do Fluzão, Gilberto teve que sair machucado e em seu lugar entrou Marquinhos Paraná. Uma mexida que alterou o rumo do jogo, pois sem um armador fixo, o time mineiro piorou em campo e o Fluminense cresceu. Aos 44, Carlinhos apareceu na grande área e chutou, Fábio fez nova defesa.

O segundo tempo começou com Alan no lugar de Rodriguinho, mas sem alterações no rumo do jogo, o Fluminense e o Cruzeiro presos a marcação adversária. Aos três e aos sete, Fernando Henrique voltou a trabalhar nos chutes dos atacantes azuis. Mas no minuto seguinte, o “Muricybol” apareceu. Conca cobrou escanteio e Leandro Euzébio testou firme no canto de Fábio. Festa tricolor com a liderança chegando.

Com a desvantagem, coube aos mineiros atacar, mas Fàbio salvou no chute de Alan, o segundo gol Tricolor. Robert e Reina entraram no time azul, mas as alterações pioraram o time em campo. Depois do gol, o time azul só criou uma grande chance, aos 17, Henrique achou Marquinhos Paraná livre na área, mas o volante chutou por cima do gol.

No mais, o Cruzeiro tentando na base do desespero e o Flu, tranqüilo na partida, só segurando a vantagem obtida e a liderança veio para a alegria da torcida, mas o técnico pode ir embora.

Curtinha

- Guarani e Ceará realizaram bom jogo em Campinas que ficou empatado em um gol. Ernandes abriu o placar para os cearenses no inicio do segundo tempo e o carequinha Ricardo Xavier empatou para o Bugre.

Classificação após 10 rodadas

1º Fluminense – 22pts
2º Corinthians – 21pts
3º Ceará – 19pts
4º Internacional – 16pts (5V)
5º Flamengo – 16pts (4V)
6º Avaí – 15pts (2SG e 17GM)
7º Cruzeiro – 15pts (2SG e 11GM)
8º Guarani – 14pts
9º Vitória – 13pts (0SG e 13GM)
10º Palmeiras – 13pts (0SG e 12GM)
11º Prudente – 13pts (-1SG)
12º Santos – 12pts (1SG e 16GM)
13º São Paulo – 12pts (1SG e 13GM)
14º Goiás – 12pts (-2SG)
15º Botafogo – 11pts
16º Atlético-PR – 10pts (3V)
17º Grêmio – 10pts (2V e -3SG)
18º Vasco – 10pts (2V e -5SG)
19º Atlético-MG – 9pts
20º Atlético-GO – 7pts

Próxima rodada

24/07 – Sábado

18h30
Prudente x Vitória
Avaí x Atlético-MG
Vasco x Atlético-GO

25/07 – Domingo

16h
Internacional x Flamengo
Cruzeiro x Grêmio
Santos x São Paulo
Goiás x Atlético-PR

18h30
Botafogo x Fluminense
Ceará x Palmeiras
Corinthians x Guarani

A História sobre a saída do técnico do Fluminense, terá um texto a parte logo mais no Esporte é Vida.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Botafogo arranca empate com Palmeiras e agrava crise dos paulistas

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Por Gabriel Seixas

- O mau momento na temporada não era exclusividade do Botafogo. Enfrentando um desesperado Palmeiras, o Fogão teve dificuldades em criar jogadas de ataque, especialmente no primeiro tempo, onde sequer era pressionado, mas abusava das faltas cometidas e dos passes errados. Entretanto, na etapa final, onde sofreu 2 gols ainda nos primeiros 12 minutos, buscou forças para reagir com dois gols de cabeça (Jobson e Antônio Carlos) e arrancou um valioso empate, que pode não melhorar muito a situação do time na tabela, mas dá moral para a sequência do campeonato e provisoriamente garante Joel Santana no comando.

- Apesar do homem da prancheta ainda estar na corda bamba, não pode de maneira alguma ser considerado culpado pela crise instaurada em General Severiano. São muitos os problemas: a dupla de ataque titular, Herrera e Loco Abreu, não estava disponível para a partida de hoje. O recém-contratado Maicosuel, batizado pela torcida como ‘Mago’, ainda não está regularizado. Sem um plantel qualificado, Joel recorreu a dupla veloz Caio e Jóbson para formar o comando de frente. Nada mal, ao contrário do meio-campo, onde apenas Lúcio Flávio arma. Somália e Leandro Guerreiro não se apresentam na frente, Alessandro apoia muito mal pela direita e ao menos Marcelo Cordeiro fez ótima partida hoje pelo outro lado.

- Por sorte, o Palmeiras também não deixou pra menos. Não se pode cobrar de Felipão, indiscutivelmente um técnico de alto nível, que ele faça milagres. O plantel alviverde tem (muitas) carências, o próprio treinador já admitiu isso e as opções para a partida de hoje não eram das melhores. Com a saída de Cleiton Xavier para o futebol ucraniano, Lincoln passou a ser o único armador de ofício do plantel principal. Sem o zagueiro Leo, expulso, o volante Edinho foi recuado para fazer a função. O jovem Gabriel Silva deu lugar a Armero na lateral-esquerda, e a dupla de ataque novamente foi formada por Kleber e Ewerthon.

- A combinação de limitação técnica e nervosismo de ambas as equipes resultou em um primeiro tempo de arder os olhos. Muitos passes errados, faltas cometidas e pouquíssimas finalizações. Nas que mereceram registro, Jobson obrigou Marcos a fazer grande defesa e Lincoln desperdiçou boa oportunidade na pequena área. No mais, sobrou tempo até para dar uma cochilada. Nenhuma exceção neste Campeonato Brasileiro.

- Pelo menos aqueles que compraram ingresso não se arrependeram, pois conferiram uma segunda etapa totalmente movimentada e emocionante. O único que voltou com alterações foi o Palmeiras. Saiu o uniforme verde escuro, que estava confundindo com o preto e branco do Botafogo (acreditem), entrou o verde-limão. Saiu a apatia, entrou a objetividade. Em 12 minutos, o Verdão abriu 2 a 0 no marcador. Marcos Assunção, cobrando falta, e Kleber, dentro da área, marcaram. Entre os dois gols, os paulistas criaram pelo menos mais duas grandes chances de ampliarem.

- Sem maiores opções, Joel Santana apostou em Edno e Renato Cajá nos lugares de Fahel e Lucio Flavio. As alterações favoreceram o setor ofensivo esquerdo do time, que também ganhou o apoio de Marcelo Cordeiro, decisivo na reação. Primeiro, aos 24 minutos, ele acertou um cruzamento certeiro para Jobson testar pras redes, marcando seu primeiro gol desde sua reestreia com a camisa alvinegra. Dez minutos depois, Cordeiro novamente cruzou da esquerda e dessa vez o zagueiro-artilheiro Antônio Carlos subiu mais que os adversários para cabecear, empatando a partida. Foi o quarto gol do defensor no Brasileirão, artilheiro do time no torneio.

- Desestabilizado, o Palmeiras ficou sem opções. Felipão apelou para Tadeu e Patrik, insuficientes para melhorar o rendimento da equipe. O Botafogo por pouco não aproveitou efetivamente o erro do adversário, quando Jobson finalizou e Marcos fez grande defesa. Nos minutos finais, ainda sobrou tempo para Jobson e Marcos Assunção, que marcaram dois dos quatro gols da partida, serem expulsos. Após o jogo, a torcida palmeirense entoou o coro de ‘ô ô ô queremos jogador’, que também é totalmente apropriada ao Bota. No fim das contas, o empate não resolveu a vida de ninguém, apesar de ter um sabor totalmente diferente para as equipes.

Cai o último invicto

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Por Leonardo Martins

Muitos podiam falar que um jogo entre o lanterna e o líder do Campeonato seria mole para o da ponta de cima, pode até ser em outros campeonatos, mas no Brasileirão, a história foi diferente. O líder Corinthians visitou o lanterna Atlético-GO e sentiu o gosto da derrota pela primeira vez dentro do Campeonato ao perder por 3 a 1 em um jogo bastante movimentado.

Um jogo desse tipo levaria a crer que o time goiano fosse para a retranca, mesmo jogando em casa, com o alvinegro tomando a iniciativa do jogo. Mas aí que entra a diferença do jogo de ontem, o Dragão colocou 3 atacantes para encarar o líder de igual para igual o time paulista. Já o alvinegro teve só uma mudança para a partida, o suspenso William deu lugar a Paulo André.

Resultado desta ousadia de Roberto Fernandes, um bom jogo em Goiânia. É claro que o Corinthians tomou a iniciativa do jogo e criou boas chances com Danilo e Elias, mas foi Bruno César que quase abriu o placar. Aos 11, o meia recebeu de Iarley e chutou para a ótima defesa de Márcio.

Mas o Atlético não ficou só na defesa e, na primeira grande chance que teve, foi logo marcando o gol. Aos 21, Rodrigo Tiuí, impedido (que o bandeirinha não marcou), recebeu passe e foi derrubado na área por Júlio César e o juiz marcou o pênalti. Na cobrança, Robston bateu bem e fez o gol. 1 a 0 e festa rubro-negra em Goiânia.

Com a desvantagem, o Timão se lançou ao ataque e o empate veio em uma bonita jogada do ataque. Aos 33, Bruno César cruzou para a área e Danilo escorou para o meio, Iarley, quase deitado, chutou para o gol e fez a festa da Fiel. 1 a 1.

Com o empate, as duas equipes foram para o ataque e criaram boas chances. Aos 37, o goleiro Márcio, que adora cobrar faltas, exigiu boa defesa de Júlio César em uma cobrança de falta. Aos 44, Iarley apareceu livre na área, mas parou na boa defesa do goleiro atleticano. O primeiro tempo terminou com boas chances.

O segundo tempo começou sem alterações das duas equipes e com os visitantes melhores, mas foi o Dragão que quase fez. No primeiro minuto, Wilian fez boa jogada e chutou por cima. Aos sete, foi a vez de Pedro Paulo invadir a área e chutar para a ótima defesa de Júlio César.

O Corinthians voltou a cochilar e os goianos voltaram a ficar em vantagem no placar. Aos 23, Danilo acertou o juiz ao tentar fazer lançamento e a bola ficou com Robston, que lançou Pedro Paulo na ponta direita e o atacante fez boa jogada e mandou a bomba, vencendo o goleiro corintiano. 2 a 1.

Com o gol, novamente o time alvinegro foi para o ataque com Souza no lugar de Dentinho. E conseguiu uma grande chance para empatar o jogo. Aos 27, Iarley trombou com Pituca na área e o juiz marcou o penal. Na cobrança, Chicão, que havia perdido uma cobrança no jogo passado, voltou a perder, desta vez, Márcio defendeu e garantiu a vitória.

Com o Corinthians se lançando ao ataque, ficou fácil para a equipe goiana contra-atacar e fazer o terceiro gol. Aos 34, Pedro Paulo fez boa jogada e rolou para Marcão apenas completar para o gol, decretando a primeira derrota corintiana no Campeonato Brasileiro.

O goleiro batedor de faltas, Márcio, voltou a assustar o gol de Júlio César em nova cobrança que foi para fora. E ainda, o time atleticano teve um pênalti não marcado de Alessandro em Pedro Paulo, mas nada que atrapalhasse a vitória sobre o líder.

O Corinthians pode perder a liderança na noite desta quinta quando o Fluminense, se vencer o Cruzeiro, pode passar e, ainda, pode perder o técnico Mano Menezes, cotadíssimo para assumir a Seleção Brasileira. O Timão volta a campo no Domingo quando enfrenta o Guarani em casa. Já o Dragão, tem confronto direto no Rio de Janeiro quando enfrenta o Vasco.


Curtinhas

- Outro paulista que vem decepcionando a torcida na volta do Brasileirão é o Santos. A equipe paulista perdeu para o Atlético-PR na Arena da Baixada por 2 a 0, foi a terceira derrota seguida do Peixe no Campeonato Brasileiro. Os gols da vitória atleticana foram marcados por Bruno Costa e Bruno Mineiro. Com o resultado, o CAP saiu da zona vermelha.

- Já em Porto Alegre, muita chuva no duelo entre Grêmio e Vasco, que estavam na Zona de Rebaixamento. O empate em um a um tirou os gaúchos do Z-4, mas a situação de ambos continua muito ruim. Nunes abriu o placar para a equipe carioca, mas Jonas decretou o empate em um gol.

Empate justo no Maracanã

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Por Gabriel Seixas


- Muito equilíbrio marcou o duelo entre Flamengo e Avaí, que colocaram em xeque o bom momento que viviam até então neste período pós-Copa do Mundo. Nas duas partidas que haviam feito após o retorno do Brasileirão, ambos os times venceram todas e se aproximaram consideravelmente do G-4 – inclusive o Flamengo assumiu o quarto lugar. Em campo, o Fla tomou a iniciativa do jogo e teve méritos ao abrir o placar com apenas 10 minutos, mas recuou de maneira desnecessária e permitiu o empate do Avaí na metade da etapa final, quando o gol dos catarinenses já estava mais do que amadurecido.


- Isso significa que, apesar dos sete pontos conquistados dos últimos nove disputados, a cobrança sobre o time rubro-negro por parte da torcida aumentará consideravelmente. Ainda no Maracanã, alguns torcedores esboçaram ofensas ao técnico Rogério Lourenço, que nunca esteve 100% seguro no cargo, e de quebra, vaiaram os jogadores. Marcelo Lomba, que substituiu o ex-goleiro flamenguista (ou possivelmente ex-goleiro mesmo) Bruno, sofreu seu primeiro gol desde que assumiu a titularidade. O Avaí segue firme na parte de cima da tabela, tal como 2009, agora sob o comando de Antônio Lopes.

- O onze inicial rubro-negro que foi à campo é o mesmo que já vem atuando em outras partidas. Atuando no 4-2-3-1 variando para o 4-2-2-2, com Vinicius Pacheco oscilando entre o flanco direito e o ataque com Diego Maurício, o Fla começou melhor a partida. Na única jogada coletiva que a equipe produziu no jogo, abriu o placar com dez minutos. Vinicius Pacheco arrancou pelo meio e rolou para Leo Moura na direita, que de calcanhar, serviu Diego Mauricio. O atacante bateu rasteiro, sem chances para Renan, marcando seu primeiro gol como profissional – o que contribui consideravelmente para sua afirmação como titular do time.

- Entretanto, o Flamengo pecou na sua estratégia de jogo a partir daí. Apesar de quase ter ampliado numa tentativa de gol olímpico de Petkovic, o time desnecessariamente recuou e ainda no primeiro tempo passou a dar muitos espaços para o Avaí, que gostou da partida. Gabriel, aos 26 minutos, teve boa chance em cobrança de falta, mas Marcelo Lomba fez ótima defesa. Por mais contraditório que seja, essa estratégia de se fechar na defesa funcionou bem contra Botafogo e Atlético Goianiense, e isso criou a ilusão de que também funcionaria contra o Avaí. Doce ilusão.

- Na volta para o segundo tempo, o Avaí voltou com Davi e Marcos nos lugares de Robinho e Diogo Orlando. Na teoria, não eram alterações tão ousadas assim, mas o time passou a ter mais consistência num plano tático. Roberto ficou isolado na frente, e isso favoreceu seu rendimento, sendo municiado por Davi e Caio. O lado direito também ficou favorecido com o constante apoio de Patric e Marcos, explorando as costas de Juan, como de costume, um péssimo marcador.

- Rogério Lourenço falhou. Além de ter permitido que o time recuasse, também quebrou o rendimento de alguns jogadores. Correa, preso na marcação, não pôde tirar proveito da sua qualidade no passe. Petkovic, que era pra ser um armador sem muitas responsabilidades defensivas (característico de um 4-2-3-1), foi visto muitas vezes recompondo o meio e cansou rapidamente. Além de tudo isso, Lourenço também demorava para mexer, e quando tirou proveito disso, fez mal. Trocou Vinicius Pacheco por Camacho e não ganhou em nada ofensivamente, tampouco defensivamente.

- Melhor para o Avaí, que amadurecia o seu gol a cada minuto. Roberto desperdiçou um gol embaixo da trave, sem ângulo, mas aos 29 minutos, os catarinenses não perdoaram. O zagueiro Gabriel cobrou falta de muito longe e a bola morreu certeira no ângulo do goleiro Marcelo Lomba, que se esticou todo para espalmar, mas não achou nada. O gol simplesmente inverteu o panorama da partida, com o Avaí se fechando na defesa e o Flamengo se lançando à frente, mas ao contrário dos catarinenses, sem nenhuma organização.

- No desespero, o atacante colombiano Cristian Borja foi acionado, mas assim como os que já estavam em campo, pouco produziu. Faltou inteligência ao Flamengo para jogar com a vantagem, o que curiosamente sobrou nas duas partidas anteriores. A estratégia foi a mesma, mas o Avaí não é o Botafogo ou o Atlético Goianiense. O time confiou demais no próprio taco e acabou despencando do barranco. Como de costume, a massa rubro-negra não perdoou e vaiou em peso o time. Entretanto, será necessário muita paciência a mesma, que ainda verá esta equipe sofrer uma reformulação geral, com as possíveis entradas de David, Renato Abreu, Val Baiano & cia.

- Quanto ao Avaí, a boa campanha novamente surpreende a todos. Apesar do desmanche em relação ao time de 2009 que se garantiu nesta edição da Copa Sul-Americana, os catarinenses reorganizaram o elenco e já demonstraram capacidade de sobra para se manter na parte de cima da tabela, mesmo porque nas últimas três partidas (contando com esta) venceu Palmeiras e São Paulo e empatou fora de casa com o Flamengo. Dizem que empate não é bom para ninguém, mas o de hoje favoreceu positivamente os avaianos. O inconstante Fla agora busca forças para reagir, mas ao menos sofreu um choque de realidade. Quanto menor a ilusão em relação as vitórias sobre Botafogo e Atlético-GO, melhor.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Inter vence e entra no G-4

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Por Leonardo Martins


Pela abertura da 10ª rodada do Brasileirão, o Atlético-MG recebeu o Inter num clássico do futebol brasileiro em Sete Lagoas. Em um jogo bom, os visitantes foram melhores e venceram por 2 a 1, de virada, conseguindo entra no G-4.

O Galo entrou com novidades na equipe, Diego Souza, Fabiano e Neto Berola entraram para reforça a força de ataque. Já o Inter contou com a reestréia de Tinga, beneficiado com a antecipação da janela de transferências.

O jogo começou veloz com as duas equipes jogando no ataque e logo na primeira grande chance, os mineiros fizeram o gol de abertura do placar. Aos 6, Neto Berola deu ótimo passe para Fernandinho que driblou Pato, mas a bola escapou um pouco e foi nos pés de Diego Souza fazer o primeiro gol seu com a camisa alvinegra.

O Colorado empatou em jogada parecida sete minutos depois. O rápido Taison achou o artilheiro Alecsandro, que driblou Fábio Costa e marcou o gol de empate. 1 a 1. Depois do empate, o jogo era veloz, mas não criaram boas chances. As marcações se equivaliam diante os ataques.

Do lado atleticano, Diego Souza estava visivelmente fora de forma e Diego Tardelli comandava, sem muitas chances, o ataque. Já o Inter tinha boas jogadas com o veloz Taison e com Tinga, mas o primeiro tempo terminou sem grandes emoções.

No segundo tempo, Luxemburgo tirou o volante Zé Luis para a entrada de Ricardinho, o que fez com que o Galo ficasse mais ofensivo, mas essa ofensividade do time atleticano ficou só na teoria, porque, o time mineiro continuava preso a marcação gaúcha.

Só que tinha um problema, a defesa estava frágil sem o seu principal marcador e foi isto que o ataque colorado aproveitou. Aos 16, D’Alessandro fez ótima jogada e lançou Alecsandro, que aproveitou saída equivocada de Fábio Costa e mandou para as redes. 2 a 1 e festa gaúcha em Sete Lagoas.

Com a desvantagem, coube ao Galo ir ao ataque, mas foi de forma desorganizada e desesperada, por isso, os chutes eram longe do gol. Só assustou quando Diego Macedo cruzou e Diego Tardelli dividiu a bola com Abbondanzieri, mas o goleiro levou a melhor.

Já o Inter, tinha os contra-ataques a disposição, mas também não criou boas chances, só na falta que D”Alessandro cobrou e exigiu boa defesa de Fábio Costa. Mas a vitória ficou mesmo com o Colorado, 3ª vitória depois da parada para a Copa e que fez com que entrasse na briga pelo título e Libertadores.

O Inter volta a campo no domingo quando tem chance de permanecer no G-4 ao enfrentar o Flamengo em casa. Já o Galo, na Zona Vermelha, enfrenta o Avaí em Florianópolis, no Sábado.

Curtinhas

- O adversário do Inter na semifinal da Libertadores, o São Paulo, não reencontrou seu futebol na volta do Campeonato. Mais uma vez, o tricolor decepcionou a torcida ao apenas empatar com o Prudente por 1 a 1. Os mandantes fizeram logo no inicio de jogo com Washington e os interioranos empataram com Anderson Luis.

- Em Salvador, um jogo cheio de polemica entre Vitória e Goiás. O empate por dois a dois foi bom. O Esmeraldino fez 2 gols com Rafael Moura e Everton Santos, mas Ricardo Conceição e Soares marcaram para os baianos. Porém, a nota chata deste jogo foi a confusão do técnico Leão com repórteres de rádio, a confusão parou na delegacia com o técnico e o atacante Rafael Moura.

terça-feira, 20 de julho de 2010

Séries C e D 2010 – primeira rodada

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Por Leonardo Martins

As duas últimas divisões do futebol brasileiro se iniciaram no fim de semana. A Série C com 20 clubes, dentre eles, Fortaleza, Juventude e Paysandu e a Série D com 40 clubes, dentre eles América-RJ, Santa Cruz e Remo. Vamos aos resultados das duas divisões.

Série C

Grupo A – folgou o São Raimundo-PA

Paysandu-PA 6x2 Rio Branco-AC
Fabrício, Bruno Rangel (3), Marquinho e Alexandre Carioca; Valdir Papel (2)

Fortaleza-CE 0x0 Águia-PA

Grupo B – folgou o Campinense-PB

Salgueiro-PE 2x2 Alecrim-RN
Clébson e Paulo Rangel; Helinho e André Cassaco

ABC-RN 3x1 CRB-AL
Cascata, Zulu e João Paulo; Everton

Grupo C – folgou o Marília-SP

Gama-DF 1x4 Macaé-RJ
Bachin; Osmar, Bruno Luis (2) e Rafael Aguiar

Luverdense-MT 2x1 Ituiutaba-MG
Fernando e Jackson; Fabiano

Grupo D – folgou a Chapecoense-SC

Brasil-RS 1x0 Caxias-RS
Jair

Juventude-RS 1x1 Criciúma-SC
Cristiano; Evaldo

Série D

Grupo 1

América-AM 3x1 Cristal-AP
Charles (2) e Carlinhos; Ciel

Remo-PA 2x1 Cametá-PA
Gilsinho e Vélber; Balão

Grupo 2

Náuas-AC 0x2 Vilhena-RO
Buiú e Edilsinho

Mixto-MT 1x1 Vila Aurora-MT
Patrick; Daniel

Grupo 3

Guarany-CE 0x0 Sampaio Correa-MA

JV Lideral-MA 0x0 Flamengo-PI

Grupo 4

Confiança-SE 1x0 Potiguar-RN
Ciro

Santa Cruz-PE 0x1 CSA-AL
Everlan

Grupo 5

Central-PE 0x1 Fluminense-BA
Junior Mineiro

Treze-PB 1x0 River Plate-SE
Cleo

Grupo 6

Ceilândia-DF 2x0 Brasília-DF
Dimba (2)

Botafogo-DF 0x0 Araguaína-TO

Grupo 7

Camaçari-BA 1x1 Rio Branco-ES
Maicon; Emerson

Uberaba-MG 4x2 América-RJ
Maxwell; Élbinho; Fabiano e Rafael; Wellington (2)

Grupo 8

Madureira-RJ 1x0 Tupi-MG
Caio

CENE-MS 0x1 Botafogo-SP
Caio

Grupo 9

São José-RS 1x0 Operário-PR
Rafael Oliveira

Joinville 2x1 Oeste-SP
Charles e Pantico; Fred

Grupo 10

Marcílio Dias-SC 0x2 Metropolitano-SC
Marcos Alexandre e Gavião

Iraty-PR 2x1 Pelotas-RS
Ceará e Bruno; Ademir

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Mercado da bola na Europa

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Por Saimon Mryczka

A janela européia está aberta para os clubes contratarem. Entre os grandes, o Manchester City abriu o bolso e se reforçou bem. Já Milan e Chelsea praticamente não contrataram até o momento. A janela fecha no fim de agosto. Veja as principais contratações:

Arsenal
*Os Gunners contrataram o atacante marroquino Chamakh do Bordeaux e o defensor Koscielny do Lorient.

*Mas deixaram o time o defensor suíço Senderos rumo ao Fulham, e o jovem Mérida, que fechou com o Atlético de Madrid.

Chelsea
*Além da volta de Di Santo, o Chelsea trouxe Benayoun do rival Liverpool. O jovem tcheco Kalas também foi contratado, mas seguirá no Sigma Olomouc por mais uma temporada.

*O Chelsea não renovou com 4 jogadores: Belletti fechou com o Fluminense, Deco deve ter o mesmo destino, Joe Cole fechou com o Liverpool e Ballack com o Bayer Leverkusen. A Promessa Stoch foi para o Fenerbahce.

Liverpool
*Entre as chegadas, o desconhecido Shelvey do Charlton, além de Joe Cole e Jovanovic, que jogaram na Copa do Mundo.

*Benayoun foi para o Chelsea, e os laterais Insua e Fabio Aurélio saíram também. O argentino para a Fiorentina, e o brasileiro sem time ainda.

Manchester City
*Fez o melhor mercado e trouxe o alemão Boateng, o marfinense Yaya Touré (que jogará ao lado do irmão Kolo) e o espanhol David Silva. O sérvio Kolarov é outro que está para fechar.

*Petrov foi para o Bolton. Já Sylvinho e Mwaruwari foram dispensados. O segundo enfrentou o Brasil em um amistoso recentemente.

Manchester United
*Duas promessas chegaram. O zagueiro Smalling do Fulham e o mexicano Javier Hernandez, destaque na Copa do Mundo.

*Outra promessa saiu. O sérvio Tosic foi para o CSKA.

Tottenham
*O unico reforço é o brasileiro Sandro do Inter. Voltaram de empréstimo Robbie Keane e Giovani dos Santos.

*O islandês Gudjhonsen voltou para o Monaco.

Fiorentina
*Três reforços chegaram. Além de Insua, o bom goleiro Boruc vem do Celtic, e D'Agostino da Udinese.

*O brasileiro Keirrison deixou o time e acertou com o Santos. Ele ainda pertence ao Barcelona.

Genoa
*Chegaram em Genova, o goleiro português Eduardo, credenciado pela bela Copa que fez. O experiente Luca Toni também acertou depois de rescindir com a Roma.

Internazionale
*O Brasileiro Philippe Coutinho veio, mas depende do aval de Rafa Benitez para ficar. Castelazzi vem para ser reserva de Julio César, e Biabiany vem do Parma.

*Sem praticamente jogar, Arnautovic foi cedido ao Werder Bremen, e Quaresma ao Besiktas. O veterano Toldo se aposentou.

Juventus
*Storari vem do Milan, Marco Motta da Roma, Bonucci do Bari, Javi Martinez do Catania, Simone Pepe da Udinese e Lanzafame do Palermo. O português Tiago volta de empréstimo, mas não deve ficar.

*Candreva foi devolvido a Udinese e Cáceres ao Barcelona. Já o veterano Cannavaro foi para o Al Ahli dos Emirados.

Milan
*Com um fraco mercado, Amelia veio do Genoa e Yepes do Chievo. De resto apenas alguns jovens que não deverão ter chances.

*Beckham e Mancini foram devolvidos e Dida e Favalli não tiveram contrato renovado. Mais jogadores devem sair.

Palermo
*Fechou com os atacantes Maccarone e Pinilla, esse ex-Vasco.

*Isso porque emprestou o uruguaio Cavani ao Napoli. Kjaer pro Wolfsburg e Simplicio pra Roma foram outros a sair.

Roma
*Além da volta de Cicinho, trouxe Fabio Simplicio e o Imperador Adriano. Okaka Chuka reforçará o ataque também.

*Toni foi para o Genoa, Motta para a Juventus e Burdisso voltou a Inter. O goleiro Arthur não renovou.

Barcelona
*Fechou com o craque David Villa e o brasileiro Adriano do Sevilla. Henrique, Hleb e Cáceres voltam de empréstimo mas não devem ficar.

*Além de perder Touré, Henry se foi para jogar na MLS. Chygrynskyi também saiu de volta ao Shakhtar.

Real Madrid
*Trouxe três jovens meias: Di Maria, Pedro León e Canales. Belas apostas.

*Sem quase jogar, Metzelder acertou com o Schalke. O meia Guti deve reforçar o Besiktas, e o idolo Raul também pode sair.

Valencia
*Topal vem do Galatasaray, Soldado do Getafe, Aduriz do Mallorca, Alberto Costa do Montpellier e Ricardo Costa do Lille.

*O gigante Zigic foi cedido ao Birmingham. O goleiro brasileiro Renan foi emprestado ao Internacional, seu ex-time.

Bayer Leverkusen
*Trouxe o veterano Ballack, que estava sem contrato.

*O jovem Kroos volta ao Bayern de Munique depois de um empréstimo de dois anos.

Bayern de Munique
*Trouxe apenas jogadores que voltam de empréstimo: Kroos, Breno, Sosa e Braafheid.

*Luca Toni foi para o Genoa, e o goleiro Rensing não renovou. O jovem Lell foi para o Hertha Berlim.

Schalke
*Além de Metzelder, trouxe Uchida e Jendrisek que jogaram na Copa do Mundo.

*Os brasileiros Zé Roberto e Bordon foram para Vasco e Al Rayyan. Kuranyi jogará do Dinamo Moscow e Asamoah no recém promovido St. Pauli.

Wolfsburg
*Se reforçou com os zagueiros Friedrich e Kjaer. A promessa Ben Khalifa e o meia Cicero também foram contratados.

*Obafemi Martins acertou com o Rubin Kazan. Réver foi para o Atlético/MG e Gentner para o Stuttgart.

Lyon
*Trouxe apenas o atacante Briand do Rennes. O ganês Mensah voltou de empréstimo.

*Mas perdeu o volante Bodmer para o PSG, e mandou Govou para o Panathinaikos. Piquionne foi cedido ao West Ham.

Marseille
*Além da volta de Ayew que se destacou na Copa, o espanhol Azpilicueta foi contratado. Ele foi cotado para jogar a Copa.

*Bakary Koné se juntou a Aruna Dindane para jogar em um time novo no Catar. E o experiente Morientes foi dispensado.

Benfica
*O goleiro Roberto chegou do A.Madrid. Já Gaitán veio do Boca Juniors. O jovem Fredy Adu também voltou de empréstimo.

*Fellipe Bastos e Eder Luis foram para o Vasco. Di Maria apareceu no Real Madrid e o goleiro Quim jogará no vice campeão Braga.

Porto
*O Porto trouxe o volante Souza que atuava pelo Vasco. Outro volante contratado foi João Moutinho, do rival Sporting.

Sporting
*Contratou o chileno Valdés da Atalanta e o rodado Maniche que estava no futebol alemão.

*Além de perder João Moutinho, o lateral Ronny foi para o Hertha jogar a Bundesliga II.

Celtic
*Apostou em jogadores destaques na Copa. O mexicano Juarez e o coreano Cha Du Ri foram contratados.

*Além das perdas de Keane e Braafheid, Boruc foi para a Fiorentina.

Ajax
*Pantelic saiu em fim de contrato, Gabri jogará no Oriente Médio, e o sueco Bakircioglu foi para o Racing Santander. Já Rommedahl foi para o Olympiakos.

Twente
*O campeão da Holanda trouxe o austriaco Marc Janko do Salzburg. O jogador foi artilheiro da Europa há duas temporadas.

*Mas deixaram o time, o suíço N'Kufo rumo a MLS, e Rukavytsa pro Hertha Berlim. Stoch foi para o Fenerbahce.

Olympiakos
*Se reforçou bem com o belga Mirallas, e também Rommedahl e Ibagaza.

*Nery Castillo (Chicago Fire) e Datolo (Espanyol) não vão deixar saudades na torcida.

Besiktas
*Além do alemão Hilbert e de Ricardo Quaresma, o madrilenho Guti deve fechar contrato nos próximos dias.

Cruzeiro vence o Goiás

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Por Leonardo Martins


O Cruzeiro estreou na Arena do Jacaré em Sete Lagoas em grande estilo, a Raposa enfrentou o Goiás. Mesmo jogando aquém do que pode, o time azul venceu os goianos por 1 a 0 e entrou no G-4.

O Cruzeiro repetiu a escalação da vitória contra o Atlético-PR e o Goiás entrou com Otacílio Neto no lugar de Bernardo, que não jogou por conta de contrato. Apoiado pela torcida, o time cruzeirense começou o jogo bem e logo marcou. Eram 10 minutos quando Wellington Paulista achou Gilberto na área e o meia chutou forte para abrir o placar.

O jogo piorou com o gol do Cruzeiro, se faltava mais velocidade ao clube mineiro sobrava vontade de marcar. Aos 25, o time esmeraldino fez o gol de empate, mas foi anulado ao marcar impedimento de Rafael Moura. O time cruzeirense abaixou o ritmo e viu o Goiás crescer. Aos 47, Everton Santos fez boa jogada e chutou com perigo. Mas foi só.

No segundo tempo, o jogo continuava sem graça com os azuis jogando muito abaixo e o Goiás estando sem técnica para atacar o time azul de Minas. Aos 9, Gilberto fez linda jogada, mas chutou em cima de Calaça.

O jogo era muito fraco e sem emoções, Cuca fez duas alterações: tirou Roger e Thiago Ribeiro para as entradas de Everton e Robert, mas estas alterações pouco alteraram o ritmo de jogo.

Aos 26, novo gol do Verde anulado, e de novo Rafael Moura estava no lance. Wellington Saci cruzou e o “He-Man” fez o gol, mas o juiz anulou alegando falta do atacante em Gil. O Cruzeiro não voltou a atacar e viu Romerito, que havia entrado no lugar de Otacílio Neto, quase marcar em uma cabeçada aos 47, mas a vitória ficou mesmo com a equipe azul de Minas.

Na próxima rodada, o Cruzeiro tem confronto direto contra o Fluminense e o Goiás vai a Salvador enfrentar o Vitória.

Curtinhas:

- O Botafogo voltou a decepcionar a sua torcida ao empatar com o Guarani, em casa, por 1 a 1 e está perto do Z-4. Ricardo Xavier abriu o placar para os bugrinos e Danny Morais empatou para o Fogão.

- Quem está no Z-4 é o Grêmio, a equipe Gaúcha foi a Presidente Prudente e saiu derrotada diante do Prudente por 2 a 0. Paulo César e Wanderley fizeram os gols da vitória prudentina.

Classificação após 9 rodadas

1º Corinthians – 21pts
2° Fluminense – 19pts
3° Ceará – 18pts
4° Cruzeiro e Flamengo – 15pts (3SG e 11GM)
6° Avaí – 14pts
7° Internacional – 13pts (4V)
8° Guarani – 13pts (3V)
9° Santos – 12pts (3SG)
10° Vitória – 12pts (0SG e 11GM)
11° Palmeiras – 12pts (0SG e 10GM)
12° Prudente – 12pts (-3SG)
13° São Paulo – 11pts (1SG)
14° Goiás – 11pts (-2SG)
15° Botafogo – 10pts
16° Atlético-MG – 9pts (3V)
17° Grêmio – 9pts (2V e -3SG)
18° Vasco – 9pts (2V e -5SG)
19° Atlético-PR – 7pts
20° Atlético-GO – 4pts

Próxima rodada

21/07 – quarta-feira

19h30
Atlético-MG x Internacional
São Paulo x Prudente
Vitória x Goiás

21h
Flamengo x Avaí

21h50
Grêmio x Vasco
Atlético-GO x Corinthians
Atlético-PR x Santos

22/07 – quinta-feira

21h
Guarani x Ceará
Palmeiras x Botafogo
Fluminense x Cruzeiro

domingo, 18 de julho de 2010

Com a cara de Muricy

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Por Gabriel Seixas


- Não chegamos nem na metade do primeiro turno, mas os prognósticos quanto ao Brasileirão são inevitáveis. Num campeonato cada vez mais nivelado por baixo, os times que destoam do pragmatismo e mostram potencial para brigar pelo título ganham ainda mais destaque. Inegavelmente, um deles é o Fluminense. Apesar de ter perdido pontos bobos contra o Prudente na rodada passada, o tricolor tem um elenco forte, um técnico acostumado a ganhar trofeus e uma paciência incomum para resolver uma partida. Na vitória de hoje por 1 a 0 sobre o Santos, em plena Vila Belmiro, o Flu teve na sua estratégia de jogo os seus maiores méritos.


- Os cariocas claramente começam a incorporar o estilo “Muricy” de jogar futebol. No primeiro tempo, o Flu se preocupou apenas em conter os avanços do Santos, que como de costume, imprimiu uma forte correria nos primeiros 45 minutos. Quando o Peixe cansou, os visitantes passaram a explorar os contragolpes com mais frequência, e aos 32 do segundo tempo, mataram o jogo com um gol de Alan. Aliás, já passou da hora do atacante formar a dupla de ataque inicial com Fred. Em todos os jogos que entra no segundo tempo – sempre no lugar de Rodriguinho -, se movimenta bem, abre o jogo pelas pontas e finaliza com precisão.


- Muricy Ramalho foi inteligente antes mesmo da bola rolar, ao mudar o esquema tático do Fluminense para o 3-4-1-2. Gum, André Luis e Leandro Euzébio, sem exceções, foram superiores individualmente aos atacantes do Peixe. Entretanto, principalmente no primeiro tempo, sofreram com a correria de Neymar e Robinho, mas faltava um homem para concluir as jogadas. Depois que teve sua venda acertada para o Dinamo Kiev, André nunca mais foi o mesmo nesse quesito – inclusive no jogo de hoje acabou substituído por Marcel.


- E não é só André que caiu de produção. Neymar, maior destaque do futebol brasileiro no início da temporada, precisa cair menos no chão e jogar mais futebol. Robinho, que era pra ser o exemplo da garotada, teve uma áspera discussão com Wesley minutos antes do jogo, na concentração, segundo a Rádio CBN. No que possivelmente começou com uma brincadeira, Wesley teve seu celular quebrado por Robinho e devolveu destruindo o retrovisor do carro do atacante. Dentro de campo, nada que demonstrasse tal rixa.


- O clima pesado no Peixe acaba desfavorecendo o futebol de jogadores como Paulo Henrique Ganso. Antes da Copa, ele foi o jogador que mobilizou a população para que tivesse seu nome incluso na lista dos convocados para o Mundial, mas hoje tem dificuldades de carregar o piano sozinho. Até que no primeiro tempo o apoiador foi bem, assim como o resto do time, que explorava bastante o lado direito de ataque com Maranhão e Wesley. Nas melhores chances de abrir o placar, Ganso cobrou falta com perigo e André parou em boa defesa de Fernando Henrique, que a cada partida se consolida como o dono da camisa 1 do Flu.


- A primeira parte da missão foi cumprida: o Fluminense segurou o zero no placar na etapa inicial. Com poucos minutos do segundo tempo, Muricy fez aquilo que já deve começar a fazer antes dos jogos: colocou Alan na vaga de Rodriguinho. Caindo pelo lado direito, ele melhorou o rendimento de Mariano por ali, e o outro lado também passou a ser mais incisivo, principalmente nos contra-ataques. Carlinhos, aos 13, arriscou chute perigoso rente à meta de Rafael. Um minuto depois, dessa vez Rafael precisou intervir em nova finalização de Carlinhos.


- No estilo de jogo popularmente conhecido como “Muricybol”, o Fluminense abriu o placar. Em jogada de contra-ataque, Mariano deu ótimo lançamento para Alan, que fez sua parte batendo na saída de Rafael. O gol acabou fazendo justiça à equipe que conseguiu imprimir de forma mais objetiva sua estratégia de jogo, o que não significa que foi superior ao adversário. Com méritos, o Flu já é vice-líder, e conta com o fator casa para vencer o Cruzeiro e o fator sorte para secar o Corinthians e assumir a liderança do Campeonato Brasileiro.

- De forma desorganizada, o Santos quase chegou ao empate. Fernando Henrique fez grande defesa em finalização de Wesley, e Robinho perdeu um gol embaixo da trave. Aos cariocas, apenas uma ressalva: os craques do time precisam ser mais decisivos. Não que Conca esteja mal, por exemplo, mas ele tem sido cada vez menos decisivo. Fred, que detém uma boa média de gols por partida, não está em paz com as redes. Quem sabe desencante na próxima rodada, justamente contra o seu clube de coração, o Cruzeiro. No mais, a torcida tricolor tem tudo para ficar animada. A combinação de um bom elenco e um bom técnico não poderia resultar em outra coisa.

Corinthians assume a liderança isolada do Campeonato

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Por Leonardo Martins


O Corinthians jogou sua invencibilidade no Campeonato Brasileiro e a liderança no jogo contra o Atlético-MG no Pacaembu. Em um jogo comum, os Paulistas venceram por 1 a 0 e voltaram a liderar isoladamente o Campeonato.

O Galo e o Coringão tiveram uma alteração nas equipes que jogaram no meio de semana, estas alterações foram no ataque. João Pedro entrou na vaga de Tardelli no Galo e Dentinho voltou no lugar de Defederico.

Quando a bola rolou o que se viu foi uma pressão terrível dos corintianos no inicio de jogo. Logo no segundo minuto, Werley derrubou Dentinho na área e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Chicão bateu longe do gol de Fábio Costa e desperdiçou a chance de abrir o placar.

O lance só aumentou a pressão paulista, aos 3, Elias chutou cruzado, no minuto seguinte, foi a vez de Bruno César exigir boa defesa do um atleticano. Aos 9, Roberto Carlos arriscou de longe, mas foi para fora.

Após este ritmo de pressão paulistana, os mineiros procuraram dominar a posse de bola e acalmar o jogo e conseguiram marcar o time corintiano. Aos 23, Ralf entregou nos pés de Neto Berola, mas o atacante não conseguiu concluir a jogada com perfeição. Aos 26, nova chance dos mandantes e Bruno César arriscou para longe do gol, o meia repetiu o lance no minuto seguinte.

O Camisa 11 era o que tinha mais vontade de jogar no jogo, e criou outra chance clara aos 33. Roberto Carlos achou ele na área, mas a conclusão foi péssima. Aos 48, Leandro cruzou e Neto Berola cabeceou para longe.

No segundo tempo, as duas equipes mexeram. No Atlético, João Pedro deu lugar a Fabiano, e no Corinthians, Iarley saiu para entrada de Jorge Henrique. E a pressão continuou nos primeiros minutos da segunda etapa. Chicão fez lançamento para Dentinho que passou para Jorge Henrique, mas o atacante não conseguiu concluir. Aos 4, o recém-chegado repetiu a chance, mas também não fez o gol.

O Galo respondeu com Ricardo Bueno que exigiu boa defesa de Júlio César em chute cruzado. Diego Souza entrou no lugar de Neto Berola, mas a alteração não deu muito certo, já Mano Menezes sacou Dentinho e colocou William Morais. Aos 17, Bruno César apareceu de novo e quase fez o gol. Aos 21, o Atlético voltou a atacar com Ricardo Bueno, mas o centroavante cabeceou para fora.

Quando os mineiros estavam melhores, o Corinthians fez o gol que garantiu a liderança. E só poderia sair dos pés de Bruno César, aos 35, o meia recebeu livre e chutou, a bola ainda desviou em Jairo Campos e entrou. Festa da fiel no Pacaembu. O Galo ainda tentou em nova cabeçada de Ricardo Bueno que Júlio César defendeu e a torcida corintiana saiu com a vitória e a liderança isolada.
Curtinhas:

- O Corinthians só assumiu a liderança isolada, porque o Ceará perdeu a invencibilidade no Campeonato. O Vovô foi a Porto Alegre e perdeu para o Internacional por 2 a 1. Alecsandro e Kleber marcaram para o Colorado e Michel descontou para os cearenses.

- O Palmeiras, na estréia definitiva de Felipão no banco de reservas, foi a Florianópolis e saiu derrotado pelo Avaí por 4 a 2 e caiu na tabela de classificação. Caio, por duas vezes, Robinho e Roberto fizeram os gols da vitória azul e o jovem Gabriel Silva e Kleber fizeram os gols do Porco.

- O Flamengo está superando as confusões extra-campo com vitórias dentro de campo, a vitima deste domingo foi o lanterna Atlético-GO em Goiânia. Petkovic fez, de pênalti, o gol da vitória por 1 a 0

Série B – 9ª Rodada

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Por Leonardo Martins


O Campeonato Brasileiro da Série B chegou a 9ª rodada e, como sempre, muitos gols aconteceram neste Fim de Semana. Vamos a um resumo dos jogos.

O líder continua sendo o Náutico, que mesmo jogando mal, conseguiu uma excelente vitória sobre o América-MG por 2 a 1 na Arena do Jacaré. O vice-líder mudou, agora é o Figueirense, que venceu, também fora de casa, o Bragantino por 2 a 0. O G-4 é completado pelos paranaenses, Coritiba e Paraná, nos critérios de desempate. O Coxa venceu bem o América-RN em Natal por 2 a 1 e está em terceiro. Já o Paraná perdia, em casa, para o Guaratinguetá até os 50 minutos da segunda etapa, quando o juiz marcou pênalti no toque de mão do zagueiro Gercimar, depois de muita reclamação, o arbitro também expulsou o goleiro e outro zagueiro do Guará. Aí aos 52, um duelo inusitado aconteceu na cobrança do penal, Juninho (goleiro do Paraná) x Gustavo Bastos (zagueiro do Guará, que foi para o gol), melhor para o ex-goleiro do Galo que empatou o jogo e recolocou o Paranito no G-4. 1 a 1 foi o placar em Curitiba.

Depois do Paraná vem a Portuguesa, que venceu o Icasa por 3 a 1 em Casa, e o Bahia, que derrotou bem o São Caetano por 3 a 0 também em casa. O destaque da rodada foi a goleada do ASA, em casa, sobre o Brasiliense por 6 a 1 e subiu na classificação. Outra goleada na rodada foi do Santo André por 4 a 1 sobre o Duque de Caxias. O duelo dos desesperados terminou empatado entre Vila Nova e Ipatinga por 2 a 2. Outro duelo que terminou empatado foi entre Sport e Ponte Preta por 1 a 1.

Com tranquilidade, Vasco vence Atlético-PR e ambos seguem no Z-4

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Por Gabriel Seixas


- Vasco e Atlético-PR tinham objetivos muito semelhantes para o duelo em São Januário. Sem os principais reforços – que foram muitos nessa janela -, ambas as equipes ainda almejavam a fuga da zona de rebaixamento ainda nesta rodada. Se vencer era difícil, pior ainda era depender de outros resultados para que o desejo se concretizasse. No fim das contas, o Vasco venceu por 3 a 1, empatou em pontos com diversas equipes, mas é apenas o antepenúltimo na tabela de classificação. O Furacão está uma posição abaixo, e conta com os dez jogadores que chegaram durante a intertemporada para melhorar sua situação.


- Apesar de jogar com dois jogadores a mais por grande parte do jogo, o Vasco teve seus méritos. Renovação é a palavra-chave do time da Colina, que começa desde o comando, agora de PC Gusmão. Antes vice-líder com o Ceará, ele assumiu o risco de tirar um dos principais times cariocas da zona de rebaixamento e já mostra competência para isso. Sem contar com recém-contratados como Felipe, Zé Roberto, Carlos Alberto e Eder Luis, o treinador se viu obrigado a escalar três pratas-da-casa campeões do Campeonato Carioca de juniores e se deu bem.


- No meio-campo, o garoto Rômulo, um dos três volantes do 4-3-2-1 cruzmaltino, foi muito bem na marcação. Em seu quarto jogo como profissional, ele já demostra segurança e personalidade de um veterano, tendo todas as condições de evoluir com o tempo. O mesmo acontece com Jonathan, renegado no Cruzeiro, contratado pelo Vasco, recém-promovido aos profissionais e titular na armação ao lado de Fumagalli, inclusive marcando um gol, justamente o que abriu caminho para a vitória.

- Entretanto, na lateral-esquerda, a confiança não é a mesma. Carlinhos fez uma partida razoável como titular, mas já destoa um pouco da qualidade técnica dos outros dois. Para alívio da torcida carioca, o titular Ramon deve estar à disposição em breve. Assim como Jonathan, quem marcou seu primeiro gol com a camisa do Vasco foi o atacante Nunes, vice-campeão paulista com o Santo André. Provavelmente o centroavante deve disputar vaga no time titular com Elton, e caso continue marcando gols, larga na frente.

- Além do mais, alguns remanescentes do plantel vascaíno já parecem ter recuperado a melhor forma, casos do goleiro Fernando Prass e do volante Rafael Carioca. O mesmo não acontece com Nilton, que quando o time vencia por 2 a 0 e tinha dois jogadores a mais em campo, furou feio na pequena área e deu espaço para Bruno Mineiro concluir e diminuir o placar. Revoltado consigo mesmo, ele chutou a placa de publicidade e acabou substituído no intervalo pelo descontrole emocional. Mas como os deuses estavam a favor do Vasco, ficou a cargo do substituto Leo Gago marcar o último gol do triunfo.

- O Atlético ainda é uma incógnita, mas a julgar pelo time que entrou em campo, é muito fraco. Naturalmente, nenhuma equipe consegue reagir a duas expulsões em 35 minutos, ainda mais quando tratam-se de um zagueiro e um volante. Mesmo inferior numericamente, o Furacão deixou sua marca e evitou uma derrota decepcionante. Alguns dos destaques do time, como Branquinho e Paulo Baier, não renderam bem e foram substituídos no intervalo. No gol, outro problema: Neto falhou feio no primeiro gol de Jonathan, e não parece ser o nome ideal para vestir a camisa 1.

- Contudo, para a continuidade do campeonato, o time-base do Atlético deve sofrer mudanças drásticas. Eli Sabiá, um dos recém-contratados, hoje foi titular na zaga e acabou expulso. Dentre os outros reforços, destaques para o apoiador Guerrón, oriundo do Cruzeiro, o gringo Ivan Gonzales e o lateral-esquerdo Paulinho, do Novo Hamburgo, que também foi titular. No comando, Carpergiani torce pela regularização desses atletas, pois a cada rodada instiga a desconfiança do torcedor.

- No fim das contas, o Vasco somou três pontos de forma mais fácil que o esperado. O Atlético segue sua sina de não vencer em São Januário, que agora já são de 15 partidas. Tão iguais, tão diferentes. Os cariocas ganham mais confiança para deixar a zona de rebaixamento, mas os problemas de ambas as equipes continuam praticamente os mesmos. De certo, apenas que a paciência dos torcedores tem prazo de validade.

sábado, 17 de julho de 2010

Vitória vence o São Paulo

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Por Leonardo Martins


Na abertura da 9ª rodada do Campeonato Brasileiro, Vitória e São Paulo se enfrentaram em Salvador. Em um bom jogo e cheio de gols, os baianos conseguiram a vitória por 3 a 2 e subiram na classificação.

As duas equipes entraram em campo com o que tinham de melhor, mas o Tricolor iniciou o jogo perdido em campo e deu campo para o Vitória atacar, especialmente, pelo lado esquerdo. Aos 11, Egídio invadiu a área e chutou, Rogério Ceni esticou-se todo para fazer a defesa. Mas dois minutos depois, não teve como e o Rubro-negro marcou. O lateral apareceu e cruzou para Elkeson cabecear e abrir o placar no Barradão.

Com a desvantagem, os paulistas foram ao ataque, mas sem muita vontade. Aos 21, Hernanes cabeceou rente a trave, o Vitória respondeu no minuto seguinte no chute de Fernando que passou perto do gol de Ceni.

O jogo deu uma esfriada e só voltou a esquentar aos 39, quando os visitantes empataram. Jean tabelou com Hernanes e chutou no canto de Viáfara, marcando o gol de empate. Os baianos quase passaram na frente ainda na primeira etapa, Ramón cobrou falta e o capitão são-paulino espalmou para escanteio. Mas os gols ficaram para a segunda etapa.

A segunda etapa veio como começou a primeira, com um São Paulo perdido e o Vitória aproveitando esses espaços para atacar e o lado esquerdo continuava sendo o mais usado pelos mandantes. Aos 2, Egídio cruzou e Schwenck cabeceou para o gol, Rogério Ceni tentou defender, mas a bola acabou entrando. 2 a 1.

O rubro-negro baiano continuou em cima e logo chegou ao terceiro gol. Aos 12, Elkeson achou Ramon livre e o meia tocou na saída de Ceni, delírio da torcida baiana e 3 a 1 no placar.

Ricardo Gomes fez duas alterações, Fernandinho e Cleber Santana entraram nos lugares de Dagoberto e Marlos, as alterações deram certo que aos 16 minutos, o Tricolor esquentou o jogo. Cobrança de escanteio e Fernandão subiu mais que a zaga e fez o segundo gol tricolor na partida.

Com o segundo gol, o São Paulo se animou em busca do empate e quase marcou o gol. Aos 30, Fernandinho achou Fernandão na área, o atacante chutou rente ao travessão de Viáfara. Aos 38, foi a vez de Fernandinho receber cruzamento de Cleber Santana e chutar por cima. A noite era dos baianos mesmo.

Na próxima rodada, o Vitória recebe o Goiás também no Barradão e o Tricolor faz duelo estadual contra o Prudente no Morumbi.

Série D começa com jogadores conhecidos e times tradicionais

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Por Saimon Mryczka


Neste sábado tem início a ultima divisão do futebol brasileiro: a Série D, que equivale a 4ª divisão. Entre os times mais tradicionais estão o Remo, o Joinville, o América/RJ e o Santa Cruz que no ano passado mesmo na quarta divisão, colocou 40 mil torcedores no estádio do Arruda.
Outros times conhecidos também estão na disputa. São os casos do Madureira, Botafogo/SP, Treze e o Operário/PR que teve destaque no cenário nacional nos anos 90 e volta a disputar uma competição nacional depois de 18 anos.

Dentre os favoritos, quem tem mais jogadores conhecidos é o Santa Cruz, que conta com os experientes meias Jackson e Alex Oliveira, com passagens por Palmeiras e Vasco, respectivamente. Mas o destaque mesmo é o atacante Brasão. Desconhecido até o começo do ano, o jogador ganhou destaque ao ser o grande destaque do Santa na Copa do Brasil. Ele fez um dos gols que eliminou o Botafogo na 2ª fase da competição e virou ídolo da torcida.

Outro favorito, o América conta com estrelas conhecidas dentro e fora de campo. O camisa 9 do time é Alex Dias, ex-Fluminense e Vasco e que vem se destacando nos amistosos. Fora de campo, o baixinho Romário cuida da administração do clube, e com ele no comando, o América ressurgiu para o futebol.

Mas talvez a grande atração da Série D seja o folclórico Tulio Maravilha. O atacante e também deputado vai jogar pelo Botafogo/DF onde também jogou o estadual. Artilheiro das primeiras três divisões, Tulio tenta a artilharia da quarta divisão e tenta também chegar aos mil gols na carreira. Pelas contas do jogador de 41 anos são 925 gols.

Outro atacante bem conhecido jogará essa edição do campeonato também. O Pelotas investiu em Christian, ex-Internacional e Portuguesa. O veterano chegou depois do Gauchão e é a grande atração do time.

Regulamento:
Os 40 times se dividem em 10 grupos de 4 times. Passam para a segunda fase os dois melhores, formando 20 times. Sistema eliminatória e dez vencedores vão para a próxima fase. Outra eliminatória e os 5 vencedores vão as quartas de finais, com os três melhores eliminados. Os oito melhores jogam as quartas de finais e os vencedores além de irem para as semifinais, conquistam o acesso para a Série C.


1ª Rodada:
17/07
15h00 Marcílio Dias/SC x Metropolitano/SC (A10)
15h30 São José/RS x Operário/PR (A09)
18/07
15h00 Madureira/RJ x Tupi/MG (A08)
15h00 Iraty/PR x Pelotas/RS (A10)
16h00 Santa Cruz/PE x CSA/AL (A04)
16h00 Confiança/SE x Potiguar/RN (A04)
16h00 Central/PE x Fluminense/BA (A05)
16h00 Treze/PB x River Plate/SE (A05)
16h00 Ceilândia/DF x Brasília/DF (A06)
16h00 Camaçari/BA x Rio Branco/ES (A07)
16h00 Uberaba/MG x América/RJ (A07)
16h00 Joinville/SC x Oeste (A09)
16h30 Guarany/CE x Sampaio Corrêa/MA (A03)
17h00 América/AM x Cristal/AP (A01)
17h00 Náuas/AC x Vilhena/RO (A02)
17h00 Mixto/MT x Vila Aurora/MT (A02)
17h00 JV Lideral/MA x Flamengo/PI (A03)
17h00 CENE/MS x Botafogo/SP (A08)
19/07
20h30 Remo/PA x Cametá/PA (A01)
20/07
20h30 Botafogo/DF x Araguaína/TO (A06)