domingo, 18 de julho de 2010

Com tranquilidade, Vasco vence Atlético-PR e ambos seguem no Z-4

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Por Gabriel Seixas


- Vasco e Atlético-PR tinham objetivos muito semelhantes para o duelo em São Januário. Sem os principais reforços – que foram muitos nessa janela -, ambas as equipes ainda almejavam a fuga da zona de rebaixamento ainda nesta rodada. Se vencer era difícil, pior ainda era depender de outros resultados para que o desejo se concretizasse. No fim das contas, o Vasco venceu por 3 a 1, empatou em pontos com diversas equipes, mas é apenas o antepenúltimo na tabela de classificação. O Furacão está uma posição abaixo, e conta com os dez jogadores que chegaram durante a intertemporada para melhorar sua situação.


- Apesar de jogar com dois jogadores a mais por grande parte do jogo, o Vasco teve seus méritos. Renovação é a palavra-chave do time da Colina, que começa desde o comando, agora de PC Gusmão. Antes vice-líder com o Ceará, ele assumiu o risco de tirar um dos principais times cariocas da zona de rebaixamento e já mostra competência para isso. Sem contar com recém-contratados como Felipe, Zé Roberto, Carlos Alberto e Eder Luis, o treinador se viu obrigado a escalar três pratas-da-casa campeões do Campeonato Carioca de juniores e se deu bem.


- No meio-campo, o garoto Rômulo, um dos três volantes do 4-3-2-1 cruzmaltino, foi muito bem na marcação. Em seu quarto jogo como profissional, ele já demostra segurança e personalidade de um veterano, tendo todas as condições de evoluir com o tempo. O mesmo acontece com Jonathan, renegado no Cruzeiro, contratado pelo Vasco, recém-promovido aos profissionais e titular na armação ao lado de Fumagalli, inclusive marcando um gol, justamente o que abriu caminho para a vitória.

- Entretanto, na lateral-esquerda, a confiança não é a mesma. Carlinhos fez uma partida razoável como titular, mas já destoa um pouco da qualidade técnica dos outros dois. Para alívio da torcida carioca, o titular Ramon deve estar à disposição em breve. Assim como Jonathan, quem marcou seu primeiro gol com a camisa do Vasco foi o atacante Nunes, vice-campeão paulista com o Santo André. Provavelmente o centroavante deve disputar vaga no time titular com Elton, e caso continue marcando gols, larga na frente.

- Além do mais, alguns remanescentes do plantel vascaíno já parecem ter recuperado a melhor forma, casos do goleiro Fernando Prass e do volante Rafael Carioca. O mesmo não acontece com Nilton, que quando o time vencia por 2 a 0 e tinha dois jogadores a mais em campo, furou feio na pequena área e deu espaço para Bruno Mineiro concluir e diminuir o placar. Revoltado consigo mesmo, ele chutou a placa de publicidade e acabou substituído no intervalo pelo descontrole emocional. Mas como os deuses estavam a favor do Vasco, ficou a cargo do substituto Leo Gago marcar o último gol do triunfo.

- O Atlético ainda é uma incógnita, mas a julgar pelo time que entrou em campo, é muito fraco. Naturalmente, nenhuma equipe consegue reagir a duas expulsões em 35 minutos, ainda mais quando tratam-se de um zagueiro e um volante. Mesmo inferior numericamente, o Furacão deixou sua marca e evitou uma derrota decepcionante. Alguns dos destaques do time, como Branquinho e Paulo Baier, não renderam bem e foram substituídos no intervalo. No gol, outro problema: Neto falhou feio no primeiro gol de Jonathan, e não parece ser o nome ideal para vestir a camisa 1.

- Contudo, para a continuidade do campeonato, o time-base do Atlético deve sofrer mudanças drásticas. Eli Sabiá, um dos recém-contratados, hoje foi titular na zaga e acabou expulso. Dentre os outros reforços, destaques para o apoiador Guerrón, oriundo do Cruzeiro, o gringo Ivan Gonzales e o lateral-esquerdo Paulinho, do Novo Hamburgo, que também foi titular. No comando, Carpergiani torce pela regularização desses atletas, pois a cada rodada instiga a desconfiança do torcedor.

- No fim das contas, o Vasco somou três pontos de forma mais fácil que o esperado. O Atlético segue sua sina de não vencer em São Januário, que agora já são de 15 partidas. Tão iguais, tão diferentes. Os cariocas ganham mais confiança para deixar a zona de rebaixamento, mas os problemas de ambas as equipes continuam praticamente os mesmos. De certo, apenas que a paciência dos torcedores tem prazo de validade.

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