domingo, 17 de outubro de 2010

Tudo igual no clássico carioca

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´Por Gabriel Seixas

O público ficou aquém da importância do jogo. O futebol dos times, idem. O empate sem gols entre Fluminense e Botafogo evidenciou bem o que foi o clássico vovô deste domingo. Mais do que isso, as igualdades já se tornaram uma tônica no Brasileirão deste ano. A briga pelo “Empateonato Brasileiro”, como um dia definiu muito bem o ótimo Gustavo Poli, ganhou um novo líder: o Botafogo, com 15 empates em 30 jogos.
Os números são impressionantes. Além do Fogão ter empatado simplesmente metade dos jogos que fez até aqui, este é o oitavo empate seguido do time na competição. O número de pontos que o Bota somou nesse período seria superado caso o time tivesse vencido pelo menos três desses oito jogos. Libertadores virou um sonho ainda mais distante. Por sorte, os times de cima também estão tropeçando e permitindo a aproximação de outros.

Quanto ao Fluminense, o resultado não foi assim tão desesperador. Tudo bem que uma vitória recolocaria o tricolor na liderança, mas em compensação, o time diminuiu a desvantagem para o líder Cruzeiro, derrotado na rodada, que agora é de apenas um ponto. O Flu confia no bom aproveitamento jogando fora de casa para surpreender o Atlético-PR na próxima rodada, torcendo por um tropeço do Cruzeiro no clássico frente ao Atlético-MG.

Ligeiramente melhor no primeiro tempo, o Fluminense não soube explorar suas principais virtudes para abrir o placar. Conca esteve apagado em toda a partida – consagrando Somália na marcação -, Emerson ainda estava visivelmente fora de forma e Washington mais uma vez significou o mesmo que nada. Por sorte, o Bota também pecou pela falta de inspiração, sempre apostando em bolas longas para Loco Abreu. O único alento foi Jobson, que chegou a criar algumas boas oportunidades.

No segundo tempo, Joel Santana apostou em Caio e Edno, mas acabou expondo demais o time e optou pela entrada de Danny Morais no finzinho. Muricy fez alterações por necessidade, como a de Rodriguinho na vaga do lesionado Emerson, e também por estratégia, como a de Julio Cesar na vaga de Marquinho, buscando explorar o desguarnecido setor defensivo direito do Fogão. O Fluminense, terceiro melhor ataque do BR2010, já não marca há três partidas. Resultado justo e que expõe as limitações técnicas de ambas as equipes.

Grêmio copeiro

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Por Leonardo Martins


O jogo mais importante da rodada reunia os dois melhores times do returno, Grêmio e Cruzeiro, o jogo tinha tudo para ser um jogaço, mas decepcionou um pouco pela lentidão e pelo erro do juiz. Azar do Cruzeiro e sorte gremista na vitória por 2 a 1, que provou a força do Grêmio no Olímpico.

O Cruzeiro, líder da competição, entrou em campo com o que tinha de melhor e no mesmo esquema que o fez chegar na tal posição, com Montillo armando todas as jogadas azuis. Já o Grêmio tinha a favor a ótima fase de Jonas e o entrosamento com Douglas para vencer e ainda acreditar na Libertadores.

Quando o jogo começou, as defesas começaram a se dar melhor sobre os atacantes e o jogo foi sem muitas emoções. Os times jogavam em ritmo lento e as faltas davam o tom do jogo, nos primeiros 15 minutos, foram 14 faltas, um número altíssimo para os padrões.

A Raposa tentava marcar Jonas e conseguia, do outro lado, Montillo era bem marcado pelos volantes, especialmente Fábio Rochemback. Por isso poucas chances, do lado gremista, uma com Lúcio que exigiu boa defesa de Fábio, na seqüência, festa gremista com o gol do artilheiro Jonas, mas o juiz anulou.

Aos 28, na primeira chance do Cruzeiro, o time chegou ao gol. Leo cruzou e Montillo tentou uma vez, bateu na zaga, e o próprio camisa 10 pegou o rebote, deu drible em Fábio Santos e chutou no canto de Victor. Festa cruzeirense em Porto Alegre

O gol cruzeirense fez o time gremista recuar e sentiu o gol, o time de Minas passou a jogar com tranqüilidade, mas não criou chances de ampliar o marcador. Já o Grêmio, aos poucos, foi para o ataque e nos acréscimos, chegou ao gol de empate. Douglas achou Jonas que chutou para a defesa de Fábio e Júnior Viçosa empurrou para as redes. 1 a 1.

No segundo tempo, o jogo permaneceu no mesmo ritmo, mas as chances aumentaram, assim como a participação do juiz, mas isto será explicado posteriormente. Antes, Montillo encontrava liberdade para atacar, assim como Douglas. O Camisa 10 mineiro errou uma boa chance ao chutar por cima. Jonas também chutou, Fábio deu rebote e Lùcio não aproveitou.

Falei da participação do juiz, ela veio no meio do segundo tempo, Gilberto, que havia entrado no lugar de Pablo, cruzou com perfeição para Wellington Paulista cabecear com perfeição.  Mas o bandeirinha errou ao marcar impedimento do atacante cruzeirense e anular o gol. Revolta azul no Olímpico.

O lance mudou a história do jogo, tanto que em seguida, o atacante Thiago Ribeiro voltou para marcar e fez pênalti em Gilson, pênalti marcado. Foi lá o artilheiro Jonas bater, precisou bater duas vezes para marcar e fazer a festa gremista na virada.

Nos últimos minutos, o Cruzeiro foi para o ataque, mas não conseguiu o empate. A vitória foi para os lados gremistas, mas a Raposa continua líder graças ao empate do Fluminense. E o Grêmio se aproxima do G-3 e do sonho da Libertadores.