sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Figueira ainda respira no campeonato

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Por Leonardo Martins


Na abertura da 36ª Rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Orlando Scarpelli em Florianópolis, Figueirense e Náutico realizaram jogo dos desesperados. Como era de se esperar, não faltou emoção em terras catarinenses e os donos da casa venceram por 4 a 3, respirando no campeonato.

Quem sofre de problemas no coração certamente passou por apertos nos minutos iniciais. Em apenas 15 minutos, o saldo foi de quatro gols, virada de placar e, principalmente, emoção de sobra. No primeiro lance de perigo, Ruy encontrou espaços e lançou Felipe na direita. Alex Bruno não conseguiu cortar e o atacante entrou livre para tocar na saída de Wilson: 1 a 0.

O clima desfavorável mudou de figura em instantes. Aos três, o grandalhão Tadeu subiu no meio de dois defensores e, após a saída espalhafatosa de Eduardo, igualou o marcador. Aos nove, foi a vez de Rafael Coelho, autor dos gols da vitória no jogo de ida, aparecer. O atacante fez belíssima jogada na ponta direita e rolou na medida para Cleiton Xavier, que só teve o trabalho de chutar para o gol. Em oito minutos o Figueira conseguia a virada.

Mas os Deuses do futebol resolveram aprontar novamente. O Náutico acordou e quase empatou com o volante Hamilton. Na seqüência, Gomes pôs a mão na bola infantilmente na intermediária. Sinônimo de perigo para o sistema defensivo, a bola aérea puniu o Figueira. Felipe cobrou na cabeça de Vagner, que, sozinho, empatou. O torcedor pôde, enfim, respirar.

Parecidos em tudo, Figueirense e Náutico criaram algumas chances de perigo, até que a bola parada voltou à cena aos 44. Marquinho cruzou na ponta direita e o volante Diogo sequer precisou se levantar para colocar o Alvinegro novamente na frente: 3 a 2 e fim de primeiro tempo.

O técnico Roberto Fernandes pôs o meia Valdeir no lugar do zagueiro Everaldo, que atuava na ala-esquerda. A mudança não surtiu muito efeito, já que os times voltaram precavidos e mais preocupados em não dar espaço ao adversário do que fazer gols. Chances, de fato, foram poucas. Aos 18, Tadeu aproveitou-se do escorregão de Titi, invadiu a área e chutou cruzado, assustando Eduardo. Sinal de mudança.

No Timbu, Ticão saiu para a entrada de Geraldo, enquanto Pintado não abdicou da ofensividade e colocou o atacante Wellington Amorim no lugar de Cleiton Xavier. Mas a estrela ficou com Roberto Fernandes.

Em seu primeiro lance, Geraldo recebeu na intermediária e deixou Felipe livre de marcação na grande área. Novamente, o atacante deslocou Wilson e marcou o seu 13º gol na competição.

Minutos depois, Rodrigo Fabri, que acabara de entrar, aplicou uma tesoura em Hamilton. Colado no lance, o árbitro Wallace Nascimento Valente expulsou o meio-campista. O panorama novamente estava a favor do Náutico, que preferiu se defender e esperar o apito final.

Jogo definido? Que nada. Aos 37, Marquinho cobrou escanteio na cabeça de Bruno Perone que, com a ajuda do ombro, desempatou. Foi o terceiro gol de bola parada do Figueirense e o primeiro do zagueiro no Brasileirão. No fim, ainda houve tempo para Ricardinho chutar na trave. Apito final e alívio do time da casa.

O Figueirense foi para os 38 pontos, mas continua na zona vermelha em 17º. Os pernambucanos permaneceram em 16º lugar com 40 pontos e continua em perigo. Na próxima rodada, o Figueirense vai ao Rio enfrentar o Botafogo e o Náutico recebe o Atlético-PR em Recife.