segunda-feira, 21 de junho de 2010

Espanha vence Honduras e segue na briga pela classificação

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Por Gabriel Seixas


- O adversário não era dos melhores, é bem verdade, mas a boa atuação não deixa dúvidas: a Espanha está firme e forte na luta pelo título mundial. Não só porque venceu Honduras por 2 a 0, mas porque tem a melhor seleção do mundo no papel, se dá ao luxo de ter jogadores do calibre de Fabregas e David Silva no banco, e por ser a atual campeã europeia. Jogadores como Xavi, Fernando Torres e David Villa podem decidir uma partida a qualquer momento. Hoje a noite foi de Villa, que marcou os dois gols da partida.

- Iniesta, um dos homens de armação do time (talvez o mais importante), era desfalque por lesão. A derrota para a Suíça na estreia também custou a David Silva uma vaga no time titular, abrindo espaço para Jesus Navas e Fernando Torres no onze inicial. Com isso, Del Bosque configurava um 4-3-3 na Fúria, com Fernando Torres centralizado, Jesus Navas aberto pela direita (nada mais característico) e Villa pela esquerda, um pouco incomum para o ótimo centroavante que é.

- Os hondurenhos em nenhum momento ameaçaram o triunfo espanhol. Demonstraram limitações técnicas, erros infantis na defesa e sequer chutaram uma bola em direção ao gol de Casillas em toda a partida. Palacios, um dos jogadores mais técnicos do time, foi um dos poucos a procurar jogo, mas ficou devendo. Suazo, o craque da seleção (e o único centroavante do 4-3-2-1), pouco foi acionado.

- A Espanha jogou seu futebol característico: muita troca de passes (em sua maioria certos), finalizações com perigo e muitos, muitos cruzamentos. É o time que mais tira proveito deste quesito nesta Copa. Foram mais de cem bolas alçadas na área em dois jogos, sendo que Navas protagonizou nada mais, nada menos do que 38. Também foi o time que mais finalizou aqui. Logo no início, David Villa foi mostrando logo a que veio, mandando uma pancada no travessão.

- O gol não demorou a sair. Aliás, o primeiro gol da Fúria na Copa foi uma verdadeira obra-prima. Villa recebeu na esquerda, e com um drible, entortou Mendoza e Guevara. Dentro da área, ainda driblou Chávez antes de concluir no ângulo de Valladares, mesmo caído. Antes disso, o árbitro japonês Yuichi Nishimura já havia deixado de marcar um pênalti, após toque de mão de Izaguirre dentro da área.

- Mesmo com David Villa participando ativamente do jogo pela esquerda, as jogadas mais insinuantes eram originadas do outro lado, com Sergio Ramos e Jesus Navas. No meio-campo, Xabi Alonso e Busquets protegeram com maestria a retaguarda espanhola e saíram bem pro ataque, assim como Xavi, que como de costume, distribuiu com maestria o jogo. A decepção ficou por conta de Fernando Torres, que ainda na etapa inicial, desperdiçou duas chances claras de marcar. A primeira em cruzamento de Sergio Ramos, e a segunda dentro da área, sem marcação, mandando por cima.

- Na etapa final, bastaram cinco minutos para a Espanha matar o jogo. Xavi iniciou a jogada lançando Jesus Navas pela direita, que controlou a bola e tocou curto para David Villa. Na entrada da área, o atacante ajeitou pra perna direita e bateu forte. O desvio em Maynor Figueroa não deu chances para Valladares, que acabou encoberto. Outro golaço no Ellis Park.

- Era um presságio de uma goleada, sobretudo quando Jesus Navas sofreu pênalti de Izaguirre aos 18 minutos. David Villa, o iluminado da noite, foi para a cobrança. Era a chance de se igualar a Higuaín com três gols na artilharia da Copa, mas elas saíram junto com a bola que passou à esquerda da meta do goleiro Valladares. Nada que manchasse a inquestionável vitória da Fúria.

- Fabregas substituiu Xavi minutos depois e deu sangue novo ao time. Querendo mostrar serviço, o armador do Arsenal não demorou a procurar jogo, quando recebeu lançamento em profundidade, entrou na área, driblou o goleiro Valladares, e quando concluiu em direção ao gol vazio, Chávez evitou o 3 a 0 em cima da linha.

- Del Bosque ainda aproveitou para lançar Arbeloa e Juan Mata em campo. O time respondeu de forma natural, ou seja, diminuindo o ritmo e cadenciando o jogo até o apito final. Ainda não é a atuação ideal, mas serviu para dar confiança ao time, que agora tem a difícil missão de parar o ataque do Chile na última rodada. Só a vitória interessa para carimbar a classificação e o primeiro lugar do grupo, possivelmente fugindo do Brasil nas oitavas. Só não dá pra fugir da pressão: com o time que tem e pela expectativa que criou, passar de fase é mais do que obrigação.


Amanhã começa a terceira rodada da Copa 2010. As 11h, pelo Grupo A teremos África do Sul x França e México x Uruguai. As 15h30, pelo Grupo B, se enfrentam Grécia x Argentina e Coréia do Sul x Nigéria.

Chile consegue furar retranca suíça

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Por Leonardo Martins

Enfim, a defesa suíça foi vazada em mundiais nesta segunda-feira, o autor desta façanha foi o Chile, que enfrentou a Suíça em Porto Elizabeth. Mas antes, os suíços bateram o recorde de mais tempo sem levar gol na Copa. A vitória por 1 a 0 deixou o Chile perto da vaga.

O jogo começou equilibrado, mas com os chilenos tomando a iniciativa de atacar, porém, esbarravam na defesa suíça, como a Espanha na estréia. Aos 10, Vidal chutou e Benaglio defendeu com dificuldade, o jogo era sem graça devido a retranca européia. Os suíços esperavam um erro chileno para chegar ao gol e quase ele veio aos 28, quando Nkufo quase aproveitou erro de Isla, o goleiro Bravo cortou antes do atacante concluir.

Aos 30, Behrami foi expulso de campo ao acertar o braço na cara de dois chilenos e facilitou a vida dos chilenos. Ainda no primeiro tempo, Frei, atacante suíço, deu lugar a Barnetta, aumentando a retranca. Beausejour cruzou e Sanchez exigiu boa defesa de Benaglio, aos 40.

Na volta do intervalo, Bielsa colocou Valdívia na vaga de Suázo para tentar aumentar a movimentação ofensiva. Aos três minutos, o Chile ameaçou a invencibilidade defensiva da Suíça: Sanchez recebeu a bola na intermediária, em jogada ensaiada de cobrança de falta, e bateu de primeira, marcando o gol. Gonzáles, dentro da área, correu na direção da bola e, mesmo sem tocá-la, caracterizou impedimento, suficiente para anular o tento.

A pressão chilena aumentou, enquanto a Suíça, acuada, sequer conseguia passar do meio-campo. Aos 10 minutos, Gritching perdeu bola na intermediária, deixando para Alexis Sánchez. O atacante invadiu a área, mas Benaglio saiu bem do gol e bloqueou a finalização. Três minutos depois, Gonzáles subiu bem em cobrança de escanteio, mas cabeceou por cima da meta.

Aos 29 minutos, quando a Suíça já havia quebrado o recorde de tempo sem levar gols em Copas do Mundo - superou a Itália, que foi invencível defensivamente por 550 minutos - o gol finalmente saiu. Valdívia, um dos mais acionados durante o segundo tempo, fez belo lançamento para Paredes, que invadiu a área e driblou Benaglio. Sem ângulo, cruzou na segunda trave para Gonzáles cabecear para o gol vazio.

A Suíça, que havia substituído o atacante Frei no final do primeiro tempo, se viu obrigada a lidar com sua falta de eficiência ofensiva. Nas poucas vezes em que arriscou finalizações, sequer conseguiu acertar a meta. O Chile quase ampliou em contra-ataque aos 38, quando Gonzáles lançou e Paredes, cara a cara com Benaglio, chutou forte demais, por cima do gol

Paredes perdeu a oportunidade de 'matar o jogo' aos 44 minutos, quando recebeu pela direita em rápido contra-ataque. Com a defesa suíça escancarada, invadiu a área e cortou para o meio, mas pegou mal de perna esquerda. Um susto aos 45: a zaga chilena vacilou, perdeu a bola na intermediária e Jabuku teve a chance de empatar, mas bateu para fora ao receber cruzamento rasteiro, na marca do pênalti.

O Chile joga pelo empate contra a Espanha e a Suíça enfrenta Honduras de olho neste outro jogo.

Portugal Trucida a Coréia do Norte

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Por Leonardo Martins


Se o Brasil teve dificuldades para vencer a Coréia do Norte, Portugal teve enormes facilidades para detonar os norte-coreanos na Cidade do Cabo. Foi a maior goleada da Copa até agora, um 7 a 0 para colocar os portugueses com um pé na próxima fase do Mundial

Portugal fez alterações na equipe da estréia, Danny, Paulo Ferreira, Deco e Liédson deram lugar a Simão, Miguel, Tiago e Hugo Almeida. Então coube ao craque da equipe, Cristiano Ronaldo, criar várias chances de gols, aos dois, o atacante chutou e foi atrapalhado pela zaga. Aos 6, Ricardo Carvalho cabeceou na trave.

A Coréia do Norte chegou em três chutes de longe, inclusive de Tae Se, o “Rooney” Asiático, mas que não assustaram Eduardo. O primeiro gol português saiu aos 29, Tiago lançou Raúl Meireles que tocou na saída do goleiro. 1 a 0.

O jogo, no primeiro tempo, terminou com mais pressão portuguesa, porém, sem chances de gols. Gols que viriam aos montes na segunda etapa chuvosa no belíssimo Green Point.

O passeio português na segunda etapa começou aos oito minutos. Simão aproveitou trama do ataque português e ampliou o marcador. Aos 9, Fábio Coentrão, que fez boa partida na lateral esquerda, cruzou e Hugo Almeida cabeceou para o gol. 3 a 0 e ainda viria mais.

Cristiano Ronaldo fazia seu jogo belo plasticamente e buscava o fim do jejum, enquanto não marcava, os outros jogadores iriam marcando. O camisa 7 deu ótimo passe para Tiago marcar o gol. 4 a 0. Ronaldo tentava a qualquer custo o gol, acertou a trave em lindo chute de longe.

Mas os gols apareciam, Liédson, que entrou no lugar de Hugo Almeida, fez um belo gol ao chutar de primeira. 5 a 0 aos 35. A Coréia do Norte só via os portugueses jogarem e marcarem os gols. Aos 42, o gol tão procurado por Cristiano Ronaldo apareceu, dividiu com o goleiro norte-coreano e tocou para o gol vazio. Foi o primeiro gol de Ronaldo pela Seleção Portuguesa em dois anos.

O Sétimo, que fechou a vitória, veio com o meia Tiago que acertou um bom chute de longe e a classificação a próxima fase está próxima. A Seleção Portuguesa só perde a vaga se perder para o Brasil e a Costa do Marfim vencer a Coréia do Norte, além disto, os marfinenses tem que tirar uma enorme diferença de 9 gols no saldo.