O maior confronto entre Atlético e Cruzeiro teve seu
primeiro capítulo disputado na noite desta quarta-feira no Estádio
Independência. Pela primeira vez, os dois rivais entraram em campo para
disputar um título nacional, o da Copa do Brasil. No jogo de ida, os alvinegros
dominaram os azuis no Horto e venceram por 2 a 0, conquistando uma boa vantagem
para ter o título inédito.
Os dois times tiveram surpresas
nas escalações, o Atlético entrou com Josué no lugar de Maicosuel, já o
Cruzeiro, teve Samúdio na lateral no lugar de Egídio, machucado. Quando a bola
rolou, o domínio atleticano foi visto do inicio ao fim de jogo.
A tática azul era clara, tirar a
velocidade do time atleticano com mais posse de bola. E, empurrado pela Massa,
o Galo procurava a velocidade e a pressão no campo cruzeirense. A tática que
deu certo foi a atleticana, pois aos oito minutos, Marcos Rocha cruzou para
Luan, baixinho, ganhar, em posição ilegal, de cabeça e fazer o primeiro gol
desta final histórica. Loucura alvinegra no´Horto.
O Cruzeiro reagiu de imediato nas
duas únicas chances do time na primeira etapa. Primeiro, Marcelo Moreno
apareceu na cara de Victor e chutou para a defesa do arqueiro alvinegro,
depois, Ricardo Goulart chegou atrasado em uma bola escorada e quase empatou
para a Raposa.
Não satisfeito com o 1 a 0, os
mandantes continuaram em cima do time azul,
mas a marcação era eficiente por parte do Cruzeiro, do outro lado,
faltava inspiração para o ataque azul que pouco atacava e era facilmente
marcado pela defesa atleticana. O destaque era Dátolo, o meia argentino ditava
o ritmo de jogo e exigiu boa defesa de Fábio em um chute cruzado.
O jogo se encontrava muito
amarrado e poucas chances surgiram. O primeiro tempo acabou com o Galo obtendo a
vantagem mínima. No segundo tempo, Marcelo Oliveira mexeu na marcação ao tirar
Lucas Silva e colocar Nilton, o que tornou o time mais equilibrado.
Mas o problema cruzeirense estava
na falta de inspiração dos meias cruzeirenses, principalmente, Everton Ribeiro,
o motor do time, que estava mal em campo. O craque azul deu lugar a Júlio
Baptista para tentar melhorar o ataque azul, os outros meias azuis, Willian e
Ricardo Goulart, também, estavam numa noite não inspirada.
Se faltava inspiração do lado
cruzeirense, sobrava do lado alvinegro, principalmente, Dátolo, que continuara
a dar bons passes e deixar os companheiros na cara de Fábio, porém, as
finalizações não foram boas e chances claras de gol foram escassas na segunda
etapa.
O Atlético continuava tentando
ampliar a vantagem e conseguiu aos 13 minutos. Em cobrança de lateral. Marcos
Rocha lançou na área, Carlos ajeitou e Dátolo girou para fuzilar Fábio. Mais
uma festa alvinegra no Horto com o segundo gol do Galo.
A vantagem já era boa, mas
Tardelli queria seu gol, e o Atlético continuara dominando as ações. Em sua
última cartada, o Cruzeiro colocou Dagoberto no lugar de Ricardo Goulart, mas
era Marcelo Moreno que tentava algo, como no chute que passou ao lado do gol de
Victor. A Raposa tentava criar algo, mas era bem marcada pela zaga atleticana,
especialmente, o garoto Jemerson, que fez uma excelente partida.
Tardelli quase conseguiu o que
queria. Já no fim do jogo, o camisa 9 atleticano fez boa jogada com Douglas
Santos e apareceu livre para chutar em cima de Fábio que fez imporan6te defesa,
garantindo a derrota por 2 gols de diferença. No fim, o resultado condiz com o
que foi o jogo com o Atlético melhor o tempo todo e próximo de uma conquista
inédita.
Desta vez, o Atlético que terá
que segurar o placar do jogo de ida e o Cruzeiro terá que ser o Atlético das
fases anteriores em que conseguiu reverter a vantagem em casa. No jogo de
volta, os celestes terão que vencer por 3 gols de diferença, dia 26, no
Mineirão, para conquistar o Pentacampeonato da Copa do Brasil, vitória azul por
2 a 0 leva a decisão para os pênaltis. O segundo capítulo desta final histórica
reserva grandes emoções.