domingo, 3 de maio de 2009

Cruzeiro é campeão invicto

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Por Leonardo Martins



A vantagem era enorme por conta da goleada no jogo de ida por 5 a 0, mas além de confirmar o título, o Cruzeiro tinha um outro objetivo, ser campeão invicto. Os celestes empataram nesta tarde no Mineirão, por 1 a 1 com o Galo e conseguiram os dois objetivos. Ser campeão de maneira invicta.

Com a vantagem adquirida no 1º jogo, o Cruzeiro se deu o luxo de poupar o ritmo e os jogadores. Já o Galo queria terminar o campeonato de forma digna, já que a reversão da vantagem era quase impossível. Para isto, Leão promoveu a estréia do meia Fabiano e Éder Luis, que fizera falta no jogo de ida, voltou.

O jogo era de festa para a torcida do Cruzeiro, que praticamente fez o jogo de única torcida, e era de amistoso para a equipe azul, poupando o ritmo para a partida da Libertadores desde os primeiros minutos. E o que deu esperança aos atleticanos, que começaram melhor no jogo, mas nada que assustasse a zaga azul. A dupla Tardelli e Éder tentaram, mas foram travados pela zaga adversária. O Cruzeiro apenas chegou com Soares, que aproveitou recuo mal dado, mas chutou por cima.

O gol de abertura do placar saiu do lado de destaque alvinegro, o esquerdo. Aos 16, Éder Luis fez boa jogada pela esquerda e cruzou para o estreante da tarde, Fabiano, o meia completou para o gol. Uma chance de reversão pintou na minoria alvinegra, mas faltavam 4 gols para o título atleticano.

Mas esta chance foi por água abaixo aos 21, Marcos Rocha derrubou Soares na área e foi marcado o pênalti. Na cobrança, o artilheiro Kleber bateu e empatou a partida. Era só deixar o tempo passar e comemorar o bicampeonato.

Mas o Galo queria estragar um pouco a festa do rival e foi para o ataque. Tardelli, jogador apagado na ida, era o mais consciente da equipe e ele criava as melhores chances. Aos 24, ele assustou Fábio em um chute. E aos 42, até marcou um gol, mas foi bem anulado, ao marcar impedimento do artilheiro do campeonato. O lance revoltou o técnico Leão, que foi expulso na volta do intervalo.

Na volta do intervalo, o Cruzeiro continuava poupando o ritmo e as coisas foram facilitadas quando Carlos Alberto fez falta em Wagner e também foi para o vestiário mais cedo. Com vantagem numérica, a Raposa apertou o ritmo um pouco e as chances apareceram.

Aos 11, Kleber invadiu a área e chutou por cima. Logo depois, Wellington Paulista, que acabara de entrar no lugar de Soares, recebeu passe do gladiador, mas chutou por lado. Aos 17, Wellington devolveu a gentileza e deu passe para o camisa 30, porém, o atacante concluiu mal.

O Galo, a essa altura, já renunciava ao ataque e só ofereceu perigo quando Tardelli tentou driblar Fábio e se atrapalhou com a bola. O atacante alvinegro foi alvo de gozações por conta deste lance. O Atlético quase levou a virada quando Marquinhos Paraná fez fila na área e Juninho abafou a bola.

Virada que também quase veio com Wagner aos 35, que pegou mal um chute de fora da área e a bola passou perto.

Nos últimos 10 minutos, principio de confusão quando Welton Felipe chutou Kleber e foi expulso. Wellington Paulista tomou as dores do companheiro e deu um empurrão no alvinegro, acabando expulso também. Festa azul que aumentou quando o ídolo Sorín entrou no fim da partida. O Bicampeonato foi garantido e festa azul no gramado e nas arquibancadas.



A campanha azul foi terminada com 12 vitórias e 5 empates, o ataque azul fez 51 gols, melhor ataque disparado no campeonato, a defesa tomou apenas 13 gols. Ganhou o melhor time da competição. O título dá moral para a tentativa de conquista do tricampeonato da Libertadores, onde o clube disputa as oitavas-de-final nesta quinta-feira quando enfrenta o Universidad de Chile em Santiago.

O Galo precisa reverter a vantagem contra o Vitória nas oitavas-de-final da Copa do Brasil.