quinta-feira, 26 de junho de 2008

Espanha bate a sensação Rússia e encara a Alemanha na final da EURO

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Por Fernando Murilo

Em jogo de muita técnica e velocidade dos passes, o time do técnico holandês Guus Hiddink não foi capaz de combater o toque rápido e a técnica das criações de jogada da “Fúria”.

O início da partida mostrou claramente o que ia se processar ao longo do jogo: uma Espanha totalmente determinada a criar jogadas e expor todo o seu leque ofensivo diante de uma seleção que fez história, ao eliminar a favorita Holanda do técnico Marco van Basten sem piedade, com um futebol aguerrido e rápido, tendo pondo referência o ídolo Andrei Arshavin.

Pois, bem , o que se viu por parte da Rússia foi um futebol totalmente apático. O lado esquerdo, que se destacou nos jogos contra a Suécia e da Holanda com Zirkov e Zyrianov, estava muito bem marcado por Andrés Iniesta e Sérgio Ramos, um dos melhores em campo. Marcos Senna mais uma vez, fez uma partida fora de série, anulando o criador de jogadas Sergey Semak, central do time russo.

O ídolo Arshavin em nada pode ajudar, visto que estava sempre muito bem cercado pelo inspiradíssimo miolo de zaga espanhol. O avante Pavliuchenko ainda foi bastante perigoso, e em duas oportunidades obrigou Iker Casillas a defesas espetaculares. O ponteiro Salemko aproveitou a deficiência de Joan Capdevila, ponto fraco da equipe espanhola ao longo de todo o torneio.

Bom, com um ritmo do meio pra frente bastante forte e com um Fernando Torres demonstrando muita vontade. A alteração mais significativa que ocorreu para o time espanhol criar tantas jogadas, por incrível que pareça, foi a retirada do artilheiro da EURO David Villa, que sentiu contusão, para dar lugar a jovem estrela Cesc Fabregas.

A seleção espanhola abriu o marcador aos 5 do segundo tempo, com Xavi Hernandéz escorando uma bola alçada por Iniesta da esquerda. A bola ainda passou pelo meio das pernas do goleiro russo Ankifeev.

Com o gol, o técnico Guus Hiddink resolveu arriscar. Pôs em campo um volante para fechar mais o meio e um atacante, liberando o time e tentando parar a criatividade do time espanhol, o que sinceramente não adiantou.

Porém com um Fernando Torres perdendo inúmeras oportunidades, o técnico Luis Aragonés resolveu saca-lo para por o Artilheiro do últmo campeonato espanhol, o jovem Guiza. A alteração a princípio não deu resultado. Porám , apóes boa jogada de Fabregas a bola foi lançada para Guiza, que com um toquinho mortal encobriu o arqueiro russo, anotando 2 a 0 para a Fúria.

O time russo mostrava todo o seu desapontamento com a falta de vontade nas divididas em campo. Estava caindo o encanto de uma seleção que mostrou um futebol extremamente técnico e de forte preparo físico ante um resultado adverso que não houve possibilidade de correr atrás. Diante de toda a falta de vontade, refletida pela apática atuação do camisa 10 Arshavin, era inevitável um golpe de misericórdia, que ocorreu aos 35 do segundo tempo, em jogada pelo flanco esquerdo de Guiza, que lençou para dentro da área e David Silva rematou de primeira, sem chances para Ankifeev.

O time russo após o terceiro gol demonstrou vontade de pelo menos marcar o gol de honra, talvez pela “afrouxada” na marcação da equipe espanhola, mas Cassillas estava atento , evitando as investidas do time russo.

Após quase meio século, a equipe Espanhola volta a disputar uma final da EURO, com a toda poderosa Alemanha. É aguardar pra ver o embate desse torneio emocionante!