quinta-feira, 25 de outubro de 2012

A CBF e o Galo

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Muito tem se comentado desde o jogo decisivo para o Atlético contra o Fluminense (vitória atleticana por 3 a 2 no Independência no último minuto) da briga que a torcida atleticana comprou com a CBF por causa de erros de arbitragem. É uma questão delicada e que pode prejudicar o time na reta final do Brasileirão, em que briga com o próprio Flu pelo título nacional.

Vamos lá aos pontos desta questão. A entidade máxima do Futebol Brasileiro sempre foi localizada no Rio de Janeiro, local onde o futebol brasileiro se popularizou para outras praças esportivas (BH é uma delas), por estar localizada na Cidade Maravilhosa. A CBF, intencionalmente ou não, sempre sofreu pesada influencia dos times cariocas, o que gera insatisfação de torcidas de outros times grandes, principalmente, mineiros e gaúchos e isto não é de hoje, desde a década de 70 há esta reclamação.

As faixas e o mosaico “CBFlu” vistas no jogo de domingo no Horto são um reflexo de anos de reclamação que a torcida mineira faz contra certas coisas que já aconteceram nestes anos na CBF e que prejudicaram os times mineiros, não falo só da torcida atleticana, mas, também, da torcida cruzeirense. Este protesto está sendo visível nos estádios só agora porque estes mesmos torcedores cansaram desta influência carioca na CBF.

Outro ponto a discutir é um ponto grave dentro da CBF. É ela querer punir, através do famigerado STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), o Galo por causa de protestos pacíficos e que não machucam a ninguém vindos das arquibancadas só porque atingem a ela. Esta tentativa de cerceamento da liberdade de expressão fere a própria Constituição brasileira. Nós, através da Constituição, temos o direito de expressarmos livremente a nossa opinião, desde que ela seja de forma pacífica. E o STJD está querendo calar as torcidas a força, igual os militares fizeram na ditadura com a sociedade brasileira.

Muitos podem achar que eu sou bairista, a estes digo que se fosse o Fluminense ou o Corinthians o atingido por estas questões, também falaria o mesmo contra esta prática ditatorial que a CBF está querendo impor ao futebol brasileiro.