
O Cruzeiro tentando buscar o resultado que lhe dava o
pentacampeonato da competição apostou no jogo aéreo de Nilton, mas foi em vão.
O Atlético, mais descansado, colocou o que tinha de melhor em campo.
Quando a bola rolou, o melhor jogo atleticano que já tinha
sido visto no Horto, continuou, com tranqüilidade, o alvinegro dominou o jogo
no primeiro tempo. Criou mais chances. Marcos Rocha, em rápido contra-ataque,
exigiu boa intervenção de Fábio, Tardelli e Dátolo erraram gols feitos na cara
da meta defendida pelos azuis.
Os celestes tentavam algo, mas os constantes erros de passes
de seu meio-campo o atrapalhavam. Ricardo Goulart teve a melhor chance azul na
primeira etapa ao chutar para fora na entrada da área. Porém, o desgaste da
temporada e dos jogos decisivos pesou e a Raposa foi dominada, sem criar
grandes chances.
Se o Galo terminasse o primeiro tempo sem fazer gols era
uma injustiça. E o ídolo da massa, Diego Tardelli, tratou de colocar,
praticamente, um ponto final na competição. Aos 45, o camisa 9 apareceu livre e
aproveitou cruzamento de Dátolo para cabecear e fazer o gol do título. Festa da
pequena torcida atleticana presente ao gigante da Pampulha.
A partir daí, o Cruzeiro precisava fazer quatro gols para
ficar com a taça, mas era visível que o time não conseguiria fazer no segundo
tempo, pois o cansaço não permitiria. A própria substituição promovida por
Marcelo Oliveira no intervalo mostrou isso ao trocar Henrique por Willian
Farias.
Veio o segundo tempo e o jogo deu uma esfriada, com o
Cruzeiro querendo fazer algum gol e o Galo tentando os contra-ataques. O que
esquentava era a briga de canto das torcidas, a do Galo comemorando o título
que estava por vir e gritando olé, e a do Cruzeiro comemorando o
Tetracampeonato brasileiro.
Voltando ao jogo, no segundo tempo, o preparo físico
atleticano era melhor e novas chances apareceram. Dátolo cobrou falta no
travessão e Maicosuel errou embaixo do gol. O camisa 70 havia entrado no
primeiro tempo por conta da contusão de Luan.
A partir dos 30 minutos, os times pouco apresentaram no
jogo e só foi aguardar o apito final do juiz para os atleticanos comemorarem o
título inédito da Copa do Brasil. O que significou o fim de um jejum de títulos
nacionais do Atlético que já durava 43 anos. Mas nada que diminua a temporada
do Cruzeiro, que foi tetracampeão brasileiro com uma excelente campanha.
Os dois jogos da final mostraram que o título atleticano
foi merecido e mostra porque Minas tem os dois melhores times do Brasil. Ano
que vem, a dupla mineira volta a Libertadores com favoritismo.