domingo, 26 de setembro de 2010

Grêmio aumenta calvário atleticano

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Por Leonardo Martins

O torcedor atleticano sofre a cada dia com mais e mais derrotas do time alvinegro. Nem com a estreia de Dorival Júnior no comando da equipe e algumas mudanças no time, a situação melhorou. A derrota para o Grêmio, a 16ª no campeonato, em casa por 2 a 1, fez com que a situação alvinegra ficasse mais dramática.

Dorival Júnior chegou e fez uma mudança drástica no gol atleticano, barrou Fabio Costa e colocou o jovem Renan Ribeiro, que fez sua estreia no time titular, também barrou do banco Diego Souza e Mendez. Mas com 2 dias de clube, Dorival pouco o que tinha para fazer. Já o Grêmio, mais tranqüilo, apostava em Jonas artilheiro do Campeonato.

E não demorou muito para que o atacante abrisse o placar em Sete Lagoas. Aos dois minutos, o camisa 7, iniciou a jogada em que André Lima chutou e Renan deu rebote bem aproveitado pelo artilheiro Jonas marcar o 13° gol.

O Atlético, ainda com reflexos do time de Luxemburgo, não jogava bem, especialmente, na defesa e o tricolor encontrava facilidades para penetrar a área gremista. Resultado, o segundo gol gremista. Gabriel tabelou com Douglas e chutou na saída do goleiro atleticano. 2 a 0 e desespero da torcida atleticana.

Passou na cabeça atleticana a derrota para o Vitória no Domingo passado. Restou ao Galo sair em busca do empate, mas as falhas defensivas estavam atrapalhando. Se não fosse a incompetência dos atacantes gremistas, o jogo poderia estar definido. Jonas e André Lima perderam gols feitos e que poderiam fazer falta no futuro.

O Galo, já na base da vontade, conseguiu diminuir o marcador aos 30. Daniel Carvalho, um dos melhores jogadores do time neste momento, fez linda jogada e chutou, Victor rebateu e Diego Tardelli completou de cabeça. Era a esperança de virada para o Galo.

Nos últimos minutos da primeira etapa, o jogo diminuiu o ritmo e o jogo permaneceu sem chances até o fim da etapa.

Na volta do intervalo, o Galo mostrou muito mais vontade e partiu para a pressão. Porém, os atacantes atleticanos pararam no goleiro Victor que mostrou porque é o titular da Seleção. O camisa 1 fez ótimas defesas nos chutes de Neto Berola e Daniel Carvalho.

A cada minuto que passava, o desespero atleticano aumentava e dava mais espaços ao Grêmio contra-atacar. Mas Jonas e Roberson desperdiçaram boas chances de marcar, inclusive, o volante acertou a trave.

Nos últimos instantes do jogo, já no desespero, o Galo partiu para cima, mas esbarrou na maneira confusa que consistia esta pressão. Ao Grêmio, restou cadenciar o jogo e esperar o apito final do arbitro. Mais uma derrota atleticana no Campeonato e a situação ficou quase desesperadora para o time alvinegro.

Curtinha

- O Avaí quebrou uma seqüência longa de jogos sem vitórias em grande estilo ao golear o Ceará em casa por 5 a 0, mas continua em uma situação perigosa próximo ao Z-4. Os catarinenses fizeram 4 gols no primeiro tempo com dois de Jefferson, Davi e Rudnei. Davi fez outro no segundo tempo e completou a goleada avaiana.

Classificação

1º Fluminense – 48
2° Corinthians – 47
3° Cruzeiro – 44
4° Internacional – 41
5° Botafogo – 40
6° Santos e Atlético-PR – 38
8° Palmeiras – 35
9° São Paulo – 34
10° Grêmio e Guarani – 33
12° Vitória – 31
13° Ceará e Vasco – 30
15° Avaí e Flamengo – 28
17° Atlético-GO – 26
18° Goiás – 24
19° Atlético-MG – 21
20° Prudente – 17

Um diferencial, alguns alertas

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Por Gabriel Seixas

O desenho da rodada era absolutamente perfeito para o Fluminense. Dos sete primeiros colocados, apenas o Flu não tinha pela frente um confronto direto. Tudo bem que o Vitória é tradicionalmente um adversário difícil jogando em seus domínios, mas a motivação e a qualidade técnica dos cariocas prevaleceram. De resto, coube ao Inter completar a festa: simultaneamente venceu o Corinthians e “recolocou” o Flu na liderança.

Nos primeiros minutos, a partida foi até agradável. Mesmo com o retorno de Deco, os desfalques mais uma vez pesaram no rendimento do Fluminense. O ápice do primeiro tempo acabou sendo o gol de Tinga, muito longe de Salvador, que colocava o Internacional na frente do Corinthians jogando no Beira-Rio.

Há de se destacar a atuação regular do Vitória no primeiro tempo. Os comandados de Ricardo Silva imprimiram uma forte marcação, sobretudo nas laterais e individualmente sobre Conca e Deco, e criaram alternativas interessantes nos contra-ataques. O trio Elkeson – Henrique – Schwenck deu trabalho a defesa tricolor, que esteve excessivamente vulnerável. Nenhuma coincidência: qualquer outro esquema tático exceto o 3-5-2 e suas variações afetam o ritmo da equipe.

O bom rendimento do Fluminense na etapa final tem uma explicação. Conca e Rodriguinho finalmente apareceram para o jogo, em especial o argentino. Foi dele, Conca, o gol que abriu o placar, cobrando pênalti duvidoso em cima de Rodriguinho. Entretanto, uma falha do goleiro Rafael (só pra variar um pouquinho) quase custou o revés. Henrique, um dos bons valores que estão emprestados pelo São Paulo a outros times, empatou para os baianos.

Mas o Flu tem Conca, o grande protagonista não só da partida, como do Campeonato Brasileiro. Um passe preciso para Rodriguinho e uma conclusão com categoria do atacante selou a vitória. Os números do argentino são impressionantes: só no Brasileirão, já é a sua 16ª assistência. Ainda não era o suficiente para recolocar o time na liderança. Isso ficou a cargo de Andrezinho, lá no Rio Grande do Sul, que selou a vitória do Inter por 3 a 2 sobre o ex-líder Corinthians.

O Fluminense cumpriu seu objetivo, mas ainda precisa encontrar uma regularidade. A liderança não pode esconder a excessiva dependência do time da inspiração de Conca. Deco não parece fisicamente bem, Washington parou de fazer gols, Rodriguinho é irregular e Emerson segue no estaleiro. Em suma, o Flu deve aprender com os erros que já lhe custaram a liderança uma vez. Caso contrário, as consequências poderão ser ainda
mais drásticas.

Curtinhas

- O já citado gol de Andrézinho para o Inter foi o ato final de um grande jogo no Beira-Rio. O placar de 3 a 2 para o Colorado foi ótimo para o Flu que voltou a liderança. Foi um grande jogo e cheio de alternativas. Tinga, no primeiro tempo, abriu o placar para os gaúchos. No segundo tempo, o jogo foi elétrico. Jorge Henrique empatou para o Timão, Alecsandro fez 2 a 1 para o Inter. No final de jogo, Bruno César, de pênalti, voltou a empatar para os corintianos, mas no último lance do jogo, Andrezinho acertou bela cobrança de falta e colocou o Inter na 4ª colocação.

- O Botafogo poderia ter encostado no Cruzeiro na briga pela Libertadores, mas tomou o empate diante do Atlético-PR por 1 a 1 no final. Edno fez o gol botafoguense ainda na primeira etapa, mas nos acréscimos, Guerrón marcou para o Atlético-PR.

Série B – 24ª rodada

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Por Leonardo Martins


A Série B entra na sua reta de definições e neste final de semana foi disputada mais uma rodada da competição. Como sempre, grandes jogos e muitos gols nos 10 jogos da rodada. Vamos a um resumo.

O líder Coritiba suou, mas conseguiu vencer o ASA em Curitiba por 2 a 0 e dá sinal que vai conseguir a volta a elite. No grande clássico da rodada, o Bahia, vice-líder, foi a Recife enfrentar o Sport e conseguiu uma grande vitória por 2 a 1, a torcida do Bahia já conta os jogos para voltar a Série A. Na cola dos baianos, vem o América-MG, o Coelho venceu o duelo estadual contra o lanterna Ipatinga no Vale do Aço por 2 a 1. O Figueirense voltou ao G-4 com a vitória sobre o desesperado Brasiliense pelo placar mínimo.

Quem saiu do G-4 foi a Ponte Preta, que foi surpreendida ao perder em casa para o São Caetano por 2 a 1. Mais dois confrontos entre paulistas na rodada. O Bragantino saiu da zona vermelha ao derrotar a Portuguesa por 2 a 0. E o empate em um gol entre Santo André e Guaratinguetá que não foi bom para ninguém.

O Vila Nova continua em uma boa seqüência de invencibilidade, mas empatou com o decadente Paraná por 2 a 2 em Goiânia. O Duque de Caxias derrotou o Icasa em São Januário por 1 a 0 e subiu na tabela. E para finalizar, o América-RN ganhou novo fôlego na fuga do rebaixamento ao derrotar o Náutico em casa por 2 a 1.

Classificação

1° Coritiba – 46
2° Bahia – 44
3° América-MG – 43
4° Figueirense – 42
5° Ponte Preta – 40
6° Sport – 37
7° Duque de Caxias e São Caetano – 35
9° Portuguesa, Náutico e Guaratinguetá – 34
12° Paraná – 32
13° ASA, Icasa e Bragantino – 29
16° Vila Nova – 28
17° Bragantino – 27
18° Santo André – 25
19° América-RN – 22
20° Ipatinga – 18

Um jogo pra não esquecer

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Por Gabriel Seixas

As palavras de Silas após mais um resultado negativo do Flamengo, que motivaram o título do texto, fazem algum sentido. É fato que o time apresenta melhoras em relação a determinado momento do campeonato, mas continua tropeçando nos próprios erros. No jogo deste sábado, contra o Palmeiras, um apagão no primeiro tempo custou mais uma derrota em casa. À medida que a zona de rebaixamento se aproxima, o torcedor rubro-negro começa a se conformar com a situação.

Entretanto, é bom valorizar os méritos do Palmeiras, que sob o comando de Felipão, começa a esboçar uma aproximação aos times postulantes à próxima Libertadores. Contra o Fla, dois jogadores em especial assumiram papel de grande destaque: Tinga, e sobretudo Kleber. Willians, um dos mais regulares dos cariocas no campeonato, destacou a apatia do time no início das partidas.

A mina de ouro do Palmeiras foi o lado direito de ataque, principalmente no primeiro tempo. Por ali, o Flamengo teve sérias dificuldades em minimizar os espaços. Sem Ronaldo Angelim, David Braz acabou “deslocado” para o lado esquerdo da zaga e teve péssima exibição. Foi ele quem cometeu o pênalti sobre Tinga, que resultou no gol de Kleber. O lateral-esquerdo Juan, que voltava de contusão, mais uma vez também ficou devendo. Acabou substituído ainda na etapa inicial, pelo garoto Vitor Saba.

Antes disso, o Palmeiras já havia ampliado o placar com Kleber, após assistência precisa de Tinga. Poderia ter sido mais. A primeira – e única – boa chance do Fla nos primeiros 45 minutos foi numa finalização de Renato Abreu, mais uma vez inoperante na armação. Nem Leo Moura e Willians apareciam como opções pelo lado direito. Pra variar, Deivid e Diogo mais uma vez ficaram isolados na frente.

No segundo tempo, a entrega e a postura da equipe mandante foi visivelmente outra. Entretanto, faltou ousadia a Silas. Com Marquinhos, Petkovic e Diego Mauricio no banco, o ‘Pastor’ preferiu trocar Toró por Correa, o que àquela altura, nada mais era do que seis por meia dúzia. Na frente, os problemas continuavam os mesmos. A torcida pediu e Pet foi acionado, entrando na vaga do apagado Renato, que não escapou das vaias.

Aproveitando-se do cochilo palmeirense, o Flamengo despertou pro jogo. Diogo, que já havia sofrido um pênalti não marcado no primeiro tempo, foi novamente derrubado na área e o árbitro não deixou barato. Petkovic se apresentou para a cobrança e bateu mal, mas converteu. A torcida passou a jogar com o time, esperançosa pelo empate. Mas a noite era dos paulistas. Rivaldo e Lincoln, que entraram na etapa final, fizeram a jogada do terceiro e último gol. Cruzamento do primeiro, conclusão do segundo.

O Palmeiras, ainda que timidamente, começa a se aproximar da parte de cima da tabela. A simbólica invencibilidade do Flamengo no Engenhão se foi junto com a paciência do torcedor. Para que a agonia passe de uma vez por todas, é bom que os jogadores absorvam as palavras de Silas. Deve-se aprender com os próprios erros. Infelizmente, o Fla não paga apenas por 45 minutos mal jogados: paga por um planejamento mal feito. Esse é o dilema do atual campeão brasileiro.