domingo, 26 de setembro de 2010

Um diferencial, alguns alertas

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Por Gabriel Seixas

O desenho da rodada era absolutamente perfeito para o Fluminense. Dos sete primeiros colocados, apenas o Flu não tinha pela frente um confronto direto. Tudo bem que o Vitória é tradicionalmente um adversário difícil jogando em seus domínios, mas a motivação e a qualidade técnica dos cariocas prevaleceram. De resto, coube ao Inter completar a festa: simultaneamente venceu o Corinthians e “recolocou” o Flu na liderança.

Nos primeiros minutos, a partida foi até agradável. Mesmo com o retorno de Deco, os desfalques mais uma vez pesaram no rendimento do Fluminense. O ápice do primeiro tempo acabou sendo o gol de Tinga, muito longe de Salvador, que colocava o Internacional na frente do Corinthians jogando no Beira-Rio.

Há de se destacar a atuação regular do Vitória no primeiro tempo. Os comandados de Ricardo Silva imprimiram uma forte marcação, sobretudo nas laterais e individualmente sobre Conca e Deco, e criaram alternativas interessantes nos contra-ataques. O trio Elkeson – Henrique – Schwenck deu trabalho a defesa tricolor, que esteve excessivamente vulnerável. Nenhuma coincidência: qualquer outro esquema tático exceto o 3-5-2 e suas variações afetam o ritmo da equipe.

O bom rendimento do Fluminense na etapa final tem uma explicação. Conca e Rodriguinho finalmente apareceram para o jogo, em especial o argentino. Foi dele, Conca, o gol que abriu o placar, cobrando pênalti duvidoso em cima de Rodriguinho. Entretanto, uma falha do goleiro Rafael (só pra variar um pouquinho) quase custou o revés. Henrique, um dos bons valores que estão emprestados pelo São Paulo a outros times, empatou para os baianos.

Mas o Flu tem Conca, o grande protagonista não só da partida, como do Campeonato Brasileiro. Um passe preciso para Rodriguinho e uma conclusão com categoria do atacante selou a vitória. Os números do argentino são impressionantes: só no Brasileirão, já é a sua 16ª assistência. Ainda não era o suficiente para recolocar o time na liderança. Isso ficou a cargo de Andrezinho, lá no Rio Grande do Sul, que selou a vitória do Inter por 3 a 2 sobre o ex-líder Corinthians.

O Fluminense cumpriu seu objetivo, mas ainda precisa encontrar uma regularidade. A liderança não pode esconder a excessiva dependência do time da inspiração de Conca. Deco não parece fisicamente bem, Washington parou de fazer gols, Rodriguinho é irregular e Emerson segue no estaleiro. Em suma, o Flu deve aprender com os erros que já lhe custaram a liderança uma vez. Caso contrário, as consequências poderão ser ainda
mais drásticas.

Curtinhas

- O já citado gol de Andrézinho para o Inter foi o ato final de um grande jogo no Beira-Rio. O placar de 3 a 2 para o Colorado foi ótimo para o Flu que voltou a liderança. Foi um grande jogo e cheio de alternativas. Tinga, no primeiro tempo, abriu o placar para os gaúchos. No segundo tempo, o jogo foi elétrico. Jorge Henrique empatou para o Timão, Alecsandro fez 2 a 1 para o Inter. No final de jogo, Bruno César, de pênalti, voltou a empatar para os corintianos, mas no último lance do jogo, Andrezinho acertou bela cobrança de falta e colocou o Inter na 4ª colocação.

- O Botafogo poderia ter encostado no Cruzeiro na briga pela Libertadores, mas tomou o empate diante do Atlético-PR por 1 a 1 no final. Edno fez o gol botafoguense ainda na primeira etapa, mas nos acréscimos, Guerrón marcou para o Atlético-PR.

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