sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Flamengo vence Corinthians de virada e alcança o terceiro lugar, afundando o alvinegro

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Por Gabriel Seixas


Sem a esperada quebra de recorde de público no Brasileirão – apesar de lotar novamente o estádio -, o Flamengo recebeu o Corinthians e venceu com dificuldades, de virada, por 2 a 1. Apesar dos obstáculos e da magra vitória, o rubro-negro contou com tropeços de três concorrentes diretos (Grêmio, Cruzeiro e Palmeiras) para ficar com o confortável 3º lugar, somando 55 pontos. Do outro lado, o Corinthians complicou sua situação e estaciona na 17ª posição, com 41.

Na próxima rodada, o Flamengo tem o confronto direto contra o Cruzeiro, no Mineirão. Já o Corinthians recebe o Atlético-PR, que vem em ascensão no campeonato, e busca atrapalhar os planos alvinegros de fugir do rebaixamento.

Joel Santana não fez mistério, e escalou a equipe que venceu o América por 1 a 0, na rodada passada. A principal preocupação era no meio-campo, onde Jaílton parecia desconfortável na posição de 1º volante, deixando a retaguarda rubro-negra desguarnecida. Pelo lado do Corinthians, Nelsinho Baptista foi ousado e montou um 3-4-2-1 pra lá de ofensivo: Bruno Bonfim e Lulinha, os dois armadores alvinegros, eram os encarregados de explorarem os laterais do Flamengo, que como todos sabem, acabam desempenhando papéis de alas da equipe. A proposta deu certo nos primeiros minutos de jogo...e como!

O Corinthians começou explorando os erros de passe do Flamengo, e teve certo domínio nos minutos iniciais. Moradei, aos 4 minutos, teve a primeira boa chance de abrir o placar, mas chutou pra fora. Maxi Biancucchi – um dos mais perseguidos pela torcida – aos 11, aproveitou bate-rebate na zaga corinthiana e acertou um chute lascado que passou rente ao gol de Felipe. Mas foi o Corinthians quem marcou o gol inicial do jogo: Lulinha deu um drible da vaca em Léo Moura na ponta direita, avançou e chutou cruzado. O goleiro Bruno espalmou mal, e Finazzi, desajeitado, tocou pro fundo das redes: 1 a 0 Timão, com direito a Maracanã em silêncio.

Aos 37, o Corinthians teve a chance de matar o jogo: Bruno Bonfim foi lançado e ficou no mano a mano com Toró na grande área. O meia corintiano se livrou da marcação e chutou cruzado, pra fora, de frente pro gol. O castigo não foi tardio: No último minuto da partida, Maxi brigou com a zaga corintiana e acabou acertando um passe para Souza, que deu um calcanhar para Ibson, que deslocou Felipe e empatou o jogo, não fazendo tanta justiça assim no placar, mas premiando a torcida rubro-negra, que novamente compareceu em massa.

Joel Santana voltou para o intervalo com duas modificações: Roger e Obina substituíram o vaiado Maxi e o atacante Souza, que recebeu o 3º cartão amarelo e não enfrenta o Cruzeiro, no domingo. O Corinthians, por sua vez, já havia efetuado uma alteração no 1º tempo, quando Bruno Octávio substituiu o lesionado Carlos Alberto. E logo no primeiro minuto do segundo tempo, Roger recebeu livre, e de frente para Felipe, chutou em cima do goleiro corintiano. E o camisa 1 voltou a operar um novo milagre, quando Léo Moura bateu forte da ponta direita e o goleiro se esticou todo para espalmar.

Aos 30 minutos, o Maraca explodiu de vez. Roger tabelou com Juan pelo flanco esquerdo, driblou dois marcadores e chutou forte, vencendo o goleiro Felipe: 2 a 1, colocando o Flamengo no G-4 do campeonato. A festa poderia ter sido minimizada se Bruno Octávio tivesse acertado o gol no último minuto, quando aproveitou falha de Jaílton e chutou rente a trave de Bruno, perdendo a chance do empate.

Menções honrosas para dois jogadores na partida: O volante Ibson, que já soma seis gols no campeonato, desempenhando com facilidade a posição de 3º homem de meio-campo pelo rubro-negro, e o goleiro Felipe, que vem salvando o Corinthians de derrotas mais extensas, ou até mesmo garantindo vitórias importantes que podem fazer a diferença no fim do campeonato.

Palmeiras dá vexame no Palestra

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Por Saimon Nouh


No dia em que poderia vencer pela quinta vez consecutiva no estádio Palestra Itália, o Palmeiras perdeu essa chance e perdeu para o Juventude por 1 a 0, foi vaiado por grande parte de sua torcida e viu ressuscitar o 'fantasma do Parque', que assombrou a equipe em grande parte da competição. Mesmo com a surpreendente derrota, o Palmeiras segue entre os quatro primeiros colocados, faixa da tabela que vale uma vaga na Copa Libertadores da América de 2008. O time paulista foi beneficiado pelas derrotas de Cruzeiro e Grêmio e caiu apenas uma posição (perdeu o terceiro lugar para o Flamengo que bateu o Corinthians). As duas equipes têm campanhas, mas os cariocas estão na frente, pois têm um gol a mais de saldo. Já o Juventude, mesmo com a surpreendente vitória fora de casa, segue em situação difícil, na penúltima colocação, agora com 35 pontos. Ao menos diminuiu a vantagem para Corinthians e Goiás, que perderam na rodada. Na 16ª posição, o clube goiano é o primeiro fora da zona da degola. Essa foi à quinta derrota do Palmeiras em casa no campeonato. O tropeço desta quinta-feira lembrou o que aconteceu no dia 1º de agosto, quando o Sport ganhou por 2 a 1 com um a menos. O Juventude também teve um atleta expulso.

Para surpresa de quem foi ao Parque Antarctica, os gaúchos começaram o jogo melhor, enquanto os paulistas encontravam dificuldades para ficar com a bola no ataque. Os visitantes foram os primeiros a chegar ao gol adversário e assustaram em uma seqüência de escanteios e em uma jogada com Tadeu, que foi travado no momento da finalização por Wendel. O Palmeiras respondeu com Makelele, que acertou um chute cruzado muito próximo ao gol do bom goleiro do Juventude Michel Alves. Aos 25min, Rodrigão protagonizou o lance mais bonito da partida, ao acertar o travessão em uma linda bicicleta. Se fizesse o gol com certeza seria um dos mais bonitos de todo o campeonato. Na seqüência da jogada, o Juventude obteve um escanteio, Alex Alves cruzou na área e Régis subiu no meio da zaga e abriu o placar de cabeça. O alviverde paulista não sofria um gol em um escanteio havia 10 rodadas.

Na etapa final, de nada adiantaram as substituições de Caio Júnior. Com um a mais desde os 20min, já que William que havia entrada a pouco foi expulso, o time da casa não conseguiu superar a retranca do Juventude. As melhores chances aconteceram em cruzamentos na área e em chutes de longe, mas o goleiro Michel Alves não foi vazado. A melhor chance do alviverde paulista saiu dos pés do atacante Luiz Henrique. O atacante que marcou apenas dois gols pelo verdão acertou um chute de primeira, de dentro da área, mas parou no camisa 1 adversário.

Botafogo goleia o Cruzeiro

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Por Leonardo Martins


Em mais um jogo importante da rodada do Campeonato Brasileiro, Botafogo e Cruzeiro se enfrentaram no Engenhão. O Botafogo foi melhor durante o jogo e goleou a equipe mineira por 4 a 1, complicando a situação azul dentro do campeonato.

O Botafogo mostrou sua superioridade em campo nos primeiros minutos, onde o time carioca criou as melhores chances. O Cruzeiro apresentava os mesmos erros dos últimos jogos, erros de passe e de marcação. O Botafogo logo marcou, aos 6 minutos, após bela jogada, Dodô marcou um bonito gol na grande área. O gol não melhorou o Cruzeiro, que mal atacava os cariocas e errava muitos gols. Mas a equipe cruzeirense achou o gol de empate aos 20 minutos, Wagner cruzou para a área, Alecsandro passou da bola e sobrou para Guilherme chutar sem chances para Lopes. O jogo continuava ruim tecnicamente com muitos erros de passe das duas equipes, porém, o Botafogo continuava com as melhores chances. O gol de desempate saiu num lindo chute de Túlio de longe que a bola foi no ângulo de Fábio, aos 28. O Botafogo era o dono do jogo, fazia jogadas com velocidade, lembrando o time que encantou o Brasil no primeiro semestre, e criava chances não aproveitadas. O Cruzeiro era uma equipe totalmente perdida em campo, não acertava nada e cedia espaço aos cariocas. O terceiro gol botafoguense veio com Joílson em um chute da entrada da área, aos 41 minutos.

O técnico cruzeirense resolveu mudar o esquema de jogo ao tirar Alecsandro e Ângelo e colocar 2 atacantes, Roni e Marcelo Moreno, respectivamente. Mas o Cruzeiro continuava perdido em campo. O Botafogo voltou para a etapa final para administrar o resultado e conseguiu fazer o 4º aos 9 minutos, Dodô tocou para Juninho mandar no ângulo, praticamente decretando a vitória botafoguense. Depois disto, a partida ficou em “banho-maria”, com o Cruzeiro tentando reação e o Botafogo administrando a boa vantagem. A vitória botafoguense foi muito justa.

O Cruzeiro saiu do grupo da Libertadores com 54 pontos e na 5ª posição e recebe o Flamengo num confronto direto na próxima rodada. O Botafogo manteve-se no grupo da Sul-Americana em 8º lugar com 48 pontos e vai a Natal na próxima rodada enfrentar o América.

Santos vence Náutico nos Aflitos

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Por Saimon Nouh

Náutico e Santos entraram em campo nos Aflitos decididos a vencer para facilitar suas metas neste Brasileirão: A do Náutico em permanecer na primeira divisão e a do Santos se aproximar cada vez mais da Libertadores 2008. O time da Vila Belmiro foi melhor, venceu de virada por 2 a 1 nesta quarta-feira à noite nos Aflitos, e ficou mais perto do torneio que é alvo do time santista. O Santos se manteve na segunda posição do Brasileiro, com 58 pontos, se distanciando do concorrente Grêmio, 54 pontos que perdeu do Atlético Paranaense na Arena da Baixada. Outro rival, o Flamengo também venceu, chegando aos 55 pontos e assumindo a 3ª posição. Já o Náutico perdeu sua invencibilidade de cinco jogos seguidos em casa com vitória. Ameaçado pelo rebaixamento, o Náutico, por sorte, viu seus concorrentes perderem; o Goiás caiu em casa diante do Vasco e o Corinthians para o Flamengo.

Náutico e Santos não economizaram em jogadas ofensivas na primeira etapa. O time da Vila começou assustando os donos da casa. Aos 9min, Marcos Aurélio invadiu a área e chutou no travessão. A resposta do Náutico não demorou. Aos 16 min, o lateral Júlio César cruzou na cabeça do atacante Felipe, que teve o cuidado de cabecear no contrapé de Fábio Costa e fazer 1x0 Náutico. Desde então, o clube pernambucano soube trabalhar mais a bola no ataque e merecia estar vencendo o duelo. O Santos ameaçava com contragolpes rápidos. Quando a etapa inicial estava pra se encerrar, Kléber Pereira, aos 45 minutos, foi mais rápido que o goleiro Fabiano e tocou a bola para o gol, após linda enfiada de bola de Rodrigo Tabata. Criticado pela torcida santista na rodada passada, Kléber Pereira encerrou a fase sem gols no Brasileirão, que já durava oito partidas. O atacante está de malas quase prontas para o Japão, assim como o lateral Kleber para a Itália.

O Santos voltou a acertar bola na trave do Náutico após o intervalo de jogo. O lateral Dionísio arriscou uma bomba de longa distância, aos 21 minutos da segunda etapa. O chute foi para fora, mas assustou o goleiro Fabiano do Náutico. Temendo serem surpreendidos, os dois times se seguraram em campo e temendo que um fizesse o gol no outro. Novamente decisivo, o meia Pedrinho repetiu a exibição da rodada passada, quando marcou contra o Goiás e anotou o gol da vitória sobre o Náutico, aos 41 minutos. Kléber lançou Pedrinho, que chutou cruzado, num lindo gol.

Na próxima rodada, o Santos enfrenta em casa o Atlético-MG, no domingo na Vila Belmiro. Enquanto isso, o Náutico sai de Pernambuco para encarar o já classificado para a Libertadores Fluminense, no Maracanã.