domingo, 30 de novembro de 2008

Duelo de Tricolores termina empatado, adiando a decisão do Brasileirão para a última rodada

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Por Fernando Murilo


Em um jogo de extrema velocidade, os mais de 70 mil torcedores presentes no Morumbi seguraram na garganta o grito de campeão brasileiro, já que esqueceram de avisar ao Fluminense que era pra perder a partida.

Como é de praxe em meus comentários, antes dos lances de jogo, analisemos as propostas de cada treinador em suas escalações. O São Paulo do técnico e aniversariante do dia Muricy Ramalho armou seu já conhecido e badalado esquema 3-5-2, com a zaga mais técnica e consistente do campeonato, formada por André Dias, Miranda e Rodrigo, um meio-campo com dois alas extremamente ofensivos (Jorge Wagner e Joílson), além do já badalado Hernanes e da jovem revelação Jean para compor a parte de marcação neste setor. Como meia de ligação, temos Hugo, que subiu bastante de produção na reta final da competição. No ataque, Dagoberto e o artilheiro do São Paulo no campeonato Borges. Este esquema é o que de melhor o técnico são-paulino considera em seu elenco: uma equipe bastante criativa, que arrisca muitos chutes de fora da área e que aproveita bastante a velocidade e o jogo de corpo do seu jogador de referência na área. Já pelo lado do tricolor das Laranjeiras, a proposta do técnico “filósofo” Renê Simões foi, ao contrário do que muitos poderiam esperar, ofensiva, com o aproveitamento dos seus laterais (em especial o Júnior César, pela esquerda), e com um meia de bastante criatividade pelo meio, Darío Conca, além é claro do artilheiro do coração Washington.

Feitas as análises táticas das equipes, vamos ao que interessa. Quem esperava que o Fluminense viria com uma proposta de simplesmente conter o São Paulo para conquistar um empate suado e espantar de vez o fantasma do rebaixamento estava enganado. Tanto que, logo no primeiro minuto de jogo, o volante Arouca, um grande jogador deste time, arrancou pela direita e chutou cruzado, levando perigo ao goleiro Rogério Ceni. Porém, o que se viu foi uma resposta imediata do atacante Borges, que numa enfiada de Hernanes girou o corpo encima do zagueiro e chutou da meia-lua da grande área, causando perigo a meta defendida pelo goleiro Fernando Henrique. Nessa partida, nada diferente do que vem acontecendo ao longo da temporada, o tricolor paulista tem que contar com os lampejos de criatividade do seu esforçado meia de criação Hugo que, convenhamos, não tem lá tanta produtividade ofensiva, ainda por cima marcado por um grande jogador como o Fabinho, ficando a cargo da criação da grande maioria das jogadas ofensivas por Hernanes e pelo Jorge Wagner. Joílson foi muito bem anulado, tendo em vista que o lado esquerdo do Fluminense, com o lateral Júnior César além de um inspiradíssimo Conca, deu trabalho na marcação. Porém, seu ataque pouco produzia em termos ofensivos, já que Maicon e Washington não estavam se entendendo em campo. Mesmo assim, o ritmo do jogo era acelerado, com ataque atrás de ataque, cabendo aos jogadores mais habilidosos quebrarem este ritmo com lançamentos, além é claro das faltas, que levavam a bolas paradas perigosíssimas. Um retrato dessa velocidade e dessa troca de “gentilezas ofensivas” das equipes é bem refletido numa bola em que Borges recebeu dentro da área, e mesmo de costas pra marcação, conseguiu girar e meter um chute indefensável para muitos goleiros, mas não para o jovem Fernando Henrique, grande defesa! E logo no contra-golpe uma falta batida por Conca, o zagueiro Luiz Alberto meteu na trave a bola na meta do já vencido Rogério Ceni, que confiou no golpe de vista.

O segundo tempo chegou e Renê Simões tratou logo de por ordem na casa: tirou o jovem Maicon que estava rendendo pouquíssimo e pôs o jovem Tarta. E como corre esse Tarta! Caia de um lado, do outro, causando, quem diria, confusão no badalado sistema defensivo são-paulino. E numa dessas confusões, Washington recebeu na entrada da área, o Rogério saiu pra defender mas deu rebote, e quem estava lá pra conclusão? Tarta não perdoou! Fluminense inaugurando o placar e calando a boca dos torcedores são paulinos que já entoavam cânticos alusivos ao título.

Mas o tricolor paulista não estava vencido não, e tentou no abafa, logo depois do gol do Flusão, empatar imediatamente, mas o time estava muito “afobado” e sentiu o gol, principalmente o seu esquema defensivo, com Jean e Miranda batendo cabeça. Aí a hora da experiência apareceu. Rogério Ceni, que gritou pra todos e começou a esbanjar categoria com seus lançamentos longos, viu Joílson escapar pela direita. O lateral são-paulino recebeu a bola com açúcar e cruzou na medida, mas a zaga tricolor cortou direitinho, só que aí o Borges estava lá para o rebote. Pegou meio esquisito, na orelha da bola, mas enganou o Fernando Henrique, que nem pulou nela achando que ela ia pra fora. Gol do São Paulo!

O jogo cresceu em ritmo, com o tricolor mandante esbanjando categoria em lançamentos do Hugo para o Dagoberto e nos chutes de fora da área do Hernanes, e o tricolor visitante buscando as bolas com o rápido Tarta pela direita ou com o Júnior César pela esquerda. A essas alturas, o Dagoberto já não rendia o esperado e Muricy resolveu sacá-lo da equipe, mudando o seu estilo de jogo para dois homens de área, deixando claro que iria explorar as bolas alçadas na área. Pelo lado do Fluminense, Renê Simões tirou o já cansado Fabinho e pôs o Ygor, além do Maurício no lugar do Arouca. Era o reflexo do “abafa” que o São Paulo tentava impor, já que ambos volantes do Flusão saíram exauridos de campo. Um Conca Esbanjando categoria, bonito de ver esse argentino jogar, pôs muitas bolas pro Júnior César correr. O Joílson sofreu tanto com essas bolas que até saiu contundido, entrando Richarlysson para o seu lugar. Com a entrada do lateral na equipe, o tricolor paulista adequou-se ao 4-4-2, com Rodrigo fazendo as vezes de lateral-direito. Talvez pela perda de ofensividade pelo lado direito tenha feito o treinador Muricy optar pela última alteração, tirando o meia Hugo e pondo o Éder Luís para cair pela ponta e aproveitar o André Lima e o Borges, que convenhamos, após essa alteração, pouco foram acionados.

E assim seguiu-se a partida, com o tricolor mandante tentando com pouca inspiração o resultado que garantia o título, e comum tricolor visitante se preocupando mais com a defesa, até os 48 do segundo tempo, quando Éber Roberto Lopes decretou o final da partida. Desde 2004 o campeonato não havia tanta expectativa de definição na última rodada quanto este. É esperar pra ver!

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Copa da UEFA 08/09 – terceira rodada da fase de grupos

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Por Leonardo Martins


Nesta quinta-feira aconteceu a 3ª rodada da fase de grupos da Copa da UEFA, foram 16 jogos por toda a Europa. Vamos aos resultados:

Grupo A
Schalke 04-ALE 0x2 Manchester City-ING
PSG-FRA 2x2 Racing Santander-ESP

Grupo B
Galatasaray-TUR 0x1 Metalist-UCR
Olympiacos-GRE 5x1 Benfica-POR

Grupo C
Sampdória-ITA 1x1 Stuttgart-ALE
Partizan-SER 0x1 Standart Liege-BEL

Grupo D
NEC-HOL 0x1 Tottenham-ING
Dínamo,Zagre-CRO 0x1 Spartak Moscou-RUS

Grupo E
Porthsmouth-ING 2x2 Milan-ITA
Braga-POR 2x3 Wolfsburg-ALE

Grupo F
Zillina-TCH 0x0 Slavia Praga-TCH
Hamburgo-ALE 0x1 Ajax-HOL

Grupo G
Club Brugge-BEL 1x1 Saint-Ettiene-FRA
Rosenborg-NOR 0x4 Valência-ESP

Grupo H
CSKA Moscou-RUS 2x1 Lech-POL
Deportivo La Coruña-ESP 3x0 Feyenoord-HOL

A próxima rodada acontece nos dias 3 e 4 de dezembro.

Indicados os concorrentes ao Prêmio Craque Brasileirão

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Por Leonardo Martins


Na tarde desta quinta-feira, em solenidade acontecida no Museu do Futebol, o técnico da Seleção, Dunga, e o auxiliar dele, Jorginho, anunciaram os indicados ao 4º Prêmio Craque Brasileirão, que premia os melhores do Campeonato Brasileiro.

Os lideres da competição, São Paulo, Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo, dominaram as indicações. Para o craque do campeonato estão na disputa, o são-paulino Hernanes, o santista e atual artilheiro do campeonato Kleber Pereira e o colorado Alex. Vamos aos indicados ao premio por cada posição, lembrando que são 3 indicados por categoria.

Goleiro
Marcos (Palmeiras)
Rogério Ceni (São Paulo)
Victor (Grêmio)

Lateral direito
Élder Granja (Palmeiras)
Leonardo Moura (Flamengo)
Vitor (Goiás)

Zagueiro central
André Dias (São Paulo)
Fábio Luciano (Flamengo)
Thiago Silva (Fluminense)

Quarto zagueiro
Miranda (São Paulo)
Réver (Grêmio)
Ronaldo Angelim (Flamengo)

Lateral esquerdo
Juan (Flamengo)
Kléber (Santos)
Leandro (Palmeiras)

Volante direito
Hernanes (São Paulo)
Pierre (Palmeiras)
Rafael Carioca (Grêmio)

Volante esquerdo
Diguinho (Botafogo)
Guiñazu (Internacional)
Ramires (Cruzeiro)

Primeiro meia
Diego Souza (Palmeiras)
Ibson (Flamengo)
Tcheco (Grêmio)

Segundo meia
Alex (Internacional)
Lúcio Flávio (Botafogo)
Wagner (Cruzeiro)

Primeiro atacante
Guilherme (Cruzeiro)
Keirrison (Coritiba)
Kléber Pereira (Santos)

Segundo atacante
Alex Mineiro e Kléber (ambos do Palmeiras)
Nilmar (Internacional)

Treinador
Celso Roth (Grêmio)
Muricy Ramalho (São Paulo)
Vanderlei Luxemburgo (Palmeiras)

Craque
Alex (Internacional)
Hernanes (São Paulo)
Kléber Pereira (Santos)

Revelação
Jean (São Paulo)
Keirrison (Coritiba)
Marquinhos (Vitória)

Árbitro
Carlos Eugênio Simon, Leandro Pedro Vuaden e Leonardo Gaciba da Silva (todos do Rio Grande do Sul)


Craque da Galera

Hernanes (São Paulo)
Juan (Flamengo)
Thiago Silva (Fluminense)

Os ganhadores serão conhecidos no dia 8 de dezembro em festa realizada no Aterro do Flamengo no Rio de Janeiro. Na mesma festa será prestada uma homenagem aos campeões mundiais de 1958, dentre eles, o Rei Pelé.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Liga dos Campeões – 5ª rodada da fase de grupos

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Por Leonardo Martins


Neste meio de semana aconteceu a 5ª rodada da fase de grupos da Liga dos Campeões. 5 grupos conheceram seus classificados para a próxima fase da competição européia. Vamos aos resultados:

Grupo A

Bordeaux-FRA 1x1 Chelsea-ING
Diarra; Anelka

Cluj-ROM 1x3 Roma-ITA
Koné; Totti e Brighi(2)

Grupo B

Internazionale-ITA 0x1 Panathinaikos-GRE
Sarriegi

Anorthosis-CHP 2x2 Werder Bremen-ALE
Sávio e Nikolaou; Diego e Hugo Almeida

Classificado: Internazionale-ITA

Grupo C

Sporting-POR 2x5 Barcelona-ESP
Miguel Veloso e Liédson; Henry, Pique, Messi, Caneira(Contra) e Bojan

Shaktar-UCR 5x0 Basel-SUI
Jádson(3), William e Seleznov

Classificados: Barcelona-ESP e Sporting-POR

Grupo D

Atlético de Madrid-ESP 2x1 PSV-HOL
Simão e Maxi Rodriguez; Koevermans

Liverpool-ING 1x0 Olympique Marseille-FRA
Gerrard

Classificados: Atlético de Madrid-ESP e Liverpool-ING

Grupo E

Villareal-ESP 0x0 Manchester United-ING

Aalborg-DIN 2x1 Celtic-ESC

Cacá e Caldwell(contra); Robson

Classificados: Manchester United-ING e Villareal-ESP

Grupo F

Fiorentina-ITA 1x2 Lyon-FRA
Gilardino; Makoun e Benzema

Bayern de Munique-ALE 3x0 Steaua Bucareste-ROM
Klose(2) e Toni

Classificados: Bayern de Munique-ALE e Lyon-FRA

Grupo G

Arsenal-ING 1x0 Dinamo de Kiev-UCR
Bendtner

Fenerbahçe-TUR 1x2 Porto-POR
Kazim Kazim; Lisandro López(2)

Classificados: Arsenal-ING e Porto-POR

Grupo H

Zenit-RUS 0x0 Juventus-ITA

Bate Borisov-BLR 0x1 Real Madrid-ESP
Raúl

Classificados: Juventus-ITA e Real Madrid-ESP

A última rodada acontece nos dias 9 e 10 de dezembro.

Inter heróico põe a mão na taça

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Por Leonardo Martins


Na noite de ontem, em La Plata na Argentina, o Internacional começou a decidir a Copa Sul-Americana contra o Estudiantes LP. Atuando por 65 minutos com um a menos, o colorado conseguiu uma vitória heróica por 1 a 0 e colocou a mão na taça da competição internacional.

Atuando em casa, os argentinos começaram em cima dos brasileiros, o craque Verón comandava a equipe Laplatense com uma visão de jogo sensacional, mas logo a defesa brasileira começou a se destacar tirando tudo lá trás. O Estudiantes só chegava em bolas paradas, Verón cobrou falta e Lauro mandou para escanteio.

O Inter conseguiu equilibrar o jogo, D’Alessandro, atuando em seu país, era o destaque colorado, 8mas a equipe brasileira não conseguiu criar chances de gols. Aos 24, o outro argentino do Inter, Guiñazu fez falta em Verón e foi expulso após tomar o 2º amarelo (o primeiro tinha sido aos 5 minutos).

Com um jogador a menos, os colorados incorporaram o espírito de luta dos gaúchos e jogaram com muita raça. O que parecia ser uma partida complicada, virou uma vitória heróica. Aos 31, D’Alessandro lançou Nilmar e o atacante foi derrubado na área por Desabato e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Alex bateu bem e abriu o placar.

A equipe brasileira quase marcou o segundo seis minutos depois, D’Alessandro bateu falta e Andujar tocou na bola antes dela ir na trave, salvando o Estudiantes. Os argentinos tinham poucos recursos para se livrar da marcação colorada e o jogo ficou bom para os colorados.

Na segunda etapa, o Estudiantes foi para o ataque com tudo, mas o desespero e o nervosismo eram muito grandes e o jogo ficou tranqüilo para o goleiro colorado, que praticamente não trabalhou.

A defesa e o meio campo, esses sim trabalharam bastante, eram chutões para cima e cabeçadas para fora a todo momento para tirar a bola da área colorada. Os gaúchos tiveram o contra-ataque a disposição, mas não encaixavam, o único que criou perigo, o goleiro argentino chegou antes de Nilmar e tirou a bola.

O próprio Nilmar quase marcou o 2º gol após cochilo de Angelleri que o goleiro Andujar salvou. O goleiro argentino, por incrível que pareça, trabalhou mais que o goleiro colorado. Lauro só tinha trabalho para abafar o bombardeio aéreo argentino, bombardeio que não deu em nada. A última chance do jogo foi de Magrão, mas Andujar salvou mais uma vez o gol colorado. E a vitória foi consumada com muita raça e o Inter está a 90 minutos do 1º título brasileiro para o futebol brasileiro na Sul-Americana.

Título que vem com apenas um empate na partida de volta, na próxima quarta-feira em Porto Alegre. Vitória argentina por um gol leva a partida para a prorrogação.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Cruzeiro vence e fica perto da Libertadores

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Por Leonardo Martins

Na tarde de ontem, com um grande público no Mineirão, Cruzeiro e Flamengo fizeram confronto direto pela vaga a Copa Libertadores, válido pela 36ª rodada do Brasileirão. Em um jogaço, os mineiros venceram os cariocas por 3 a 2 e ficaram perto da vaga a competição sul-americana.

Talvez de olho em um início arrasador como na partida contra o Grêmio, na qual abriu o placar aos 15 segundos, o Cruzeiro acelerou o ritmo no início e foi correspondido pelo Flamengo. Nos primeiros dez minutos, três boas jogadas para cada lado.

Aos 30 segundos, Jajá recebeu na entrada da área, girou e chutou fraquinho para fora. Na seqüência, Kleberson puxou contra-ataque e serviu Obina. O camisa 9 chutou prensado e a bola sobrou para Leo Moura, que se enrolou com Ibson e desperdiçou boa chance. Um minuto depois, desatenção de Bruno: Kleberson recuou e o goleiro pegou com as mãos. Tiro indireto marcado por Carlos Eugênio Simon e desperdiçado por Marquinhos Paraná.

O jogo tinha apenas cinco minutos e Fernandinho criou a terceira boa chance para os mineiros. O lateral-esquerdo aproveitou uma bobeada da zaga do Fla e emendou forte da entrada da área. Bruno bateu roupa e Angelim afastou o perigo. O troco rubro-negro veio aos oito e aos dez minutos. Primeiro, Marcelinho Paraíba cobrou escanteio no primeiro pau, Jaílton desviou e Ibson não alcançou a bola na pequena área. Depois, o próprio volante serviu Leo Moura pela direita, mas o lateral errou o cruzamento para Obina.

As duas equipes diminuíram a velocidade até os 19 minutos, quando Gerson Magrão recebeu pela esquerda e tocou para trás. Jajá, sem goleiro, errou a conclusão e perdeu gol feito. Três minutos depois, porém, o atacante cruzeirense acertou em cheio. Ele roubou a bola de Angelim e bateu colocado no ângulo direito de Bruno. O travessão salvou os cariocas.

Passivo, o Flamengo parecia confiar nos contra-ataques e observava o Cruzeiro trabalhar a bola no campo de ataque. A estratégia foi castigada aos 33 minutos. Ramires recebeu com muita liberdade pela esquerda, aguardou a entrada de Fernandinho pelo meio da zaga e rolou entre as pernas de Kleberson. Frente a frente com Bruno e observado por Leo Moura, o lateral-esquerdo só escorou e levantou o mar azul que tomava conta do Mineirão.

O gol acordou o Flamengo, que se mandou para o ataque sem muita eficiência. Aos 36, Paraíba cruzou no segundo pau, Angelim escorou para o meio e Fábio afastou de soco. Dono do jogo, o Cruzeiro administrou a vantagem e só foi incomodado aos 45, quando Juan deixou Jonathan caído e cruzou nas mãos do goleiro mineiro.

Com o sonho do hexa sendo adiado e o risco de perder até a vaga no G-4, Caio Júnior liberou o Flamengo para o ataque no início da segunda etapa. Tímido no primeiro tempo, Ibson foi liberado para atacar e deu maior dinamismo ao time carioca. Tal exposição, porém, resultou em susto aos três minutos. Jajá deixou Ramires na cara do gol. O volante dominou, escolheu o canto, deslocou Bruno e... jogou para fora.

Aos oito, uma bomba de fabricação caseira explodiu na geral e ligou o time do Flamengo. No minuto seguinte, Marcelinho Paraíba arriscou do bico da grande área pela direita e obrigou Fábio a espalmar para escanteio. Na cobrança, do próprio Paraíba, Ibson escorou de cabeça no bico da pequena área e decretou o empate.

Era a vez do Cruzeiro se mandar para inverter o placar que não lhe interessava. Aos 15 e aos 18, Bruno até que salvou o Flamengo em chutes fortes de Jajá e Fabrício da entrada da área, mas, aos 19, não teve perdão. Fernandinho descolou um lindo passe para Thiago Ribeiro aproveitar a linha de impedimento mal feita pela zaga rubro-negra e tocar no ângulo esquerdo do goleiro do Fla: 2 a 1.

Com os papéis novamente invertidos, o Flamengo novamente foi atrás de sua manutenção no G-4 e empatou com Obina, aos 25. O atacante recebeu cruzamento rasteiro de Juan, dominou de costas para o gol, girou em cima de Leo Fortunato e tocou para o fundo das redes. E o empate não se transformou em virada aos 28 por questão de centímetros. Leo Moura fez boa jogada pela direita e cruzou no segundo pau. A bola passou por Fábio, e Juan, com o gol aberto, acerta na rede pelo lado de fora.

Lá e cá, o jogo terminou como começou: eletrizante. Com a vitória do São Paulo em São Januário, só um resultado positivo poderia manter o Flamengo na briga pelo hexa, e a equipe se expôs. Aos 31, Ramires se chocou com Toró na área, a torcida pediu pênalti e Simon mandou o lance seguir. Um minuto depois, o mesmo Toró brecou o volante celeste, que já preparava o arremate após passe de Wanderley. Só que aos 39 não teve jeito. Aberto após contra-ataque mal sucedido, o Fla deu espaços para Ramires, que recebeu de Fabrício e, da marca do pênalti, tocou no canto esquerdo de Bruno.

No fim, um milagre e muita polêmica protagonizados por Diego Tardelli. Aos 42, o atacante entortou Thiago Heleno e tocou colocado no canto direito de Fábio, que fez uma defesa espetacular. Três minutos depois, muita confusão. Tardelli avançou pela esquerda, invadiu a área, cortou para dentro e recebeu uma rasteira de Leo Fortunato. Pênalti não marcado por Simon, que expulsou o atacante rubro-negro durante o jogo e o capitão Fábio Luciano, ambos por reclamação, após o apito final.

O Cruzeiro passou o rival de ontem e foi para o 3º lugar com 64 pontos. O Fla saiu do G-4 com a vitória do Palmeiras, foi para 5º com 63 pontos. Na próxima rodada, o Flamengo recebe o Goiás e o Cruzeiro vai a Porto Alegre enfrentar o Inter.

Outros jogos de ontem

Vasco 1x2 São Paulo – O São Paulo pode ser Campeão na próxima rodada, ajudado pela derrota do Grêmio em Salvador para o Vitória, quando enfrenta o Fluminense em São Paulo. O Tricolor garantiu esta condição ao vencer o desesperado Vasco em São Januário e disparou na liderança com 71 pontos. O Vasco pode ser rebaixado na próxima rodada quando vai a Curitiba enfrentar o Coxa. Os gols da vitória saíram com Jorge Wagner e Hugo, Mádson descontou para os vascaínos.

Vitória(10º) 4x2 Grêmio(2º)
Marcelo Cordeiro, Leandro Domingues, Jackson e Willians; Anderson Martins(contra) e Souza

Sport(11º) 3x0 Atlético-MG(12º)
Ciro(2) e Durval

Palmeiras(4º) 2x0 Ipatinga(20º)
Kléber e Pierre

Internacional(8º) 0x2 Fluminense(13º)
Romeu e Washington

domingo, 23 de novembro de 2008

Atlético arranca empate no Rio

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Por Leonardo Martins


Na noite de ontem, no Engenhão, o Botafogo recebeu o desesperado Atlético-PR em mais um jogo válido pela 36ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Em um jogo cheio de alternativas, o Furacão arrancou um bom empate por 2 a 2, mas não afastou-o da zona vermelha.

A partida pouco significava para o Botafogo. Além disso, o dia era de chuva, frio e pouco público, complementando com o estado ruim do gramado do Engenhão, danificado por uma confronto entre amadores antes de a bola rolar. O ambiente, então, não era propício para o bom futebol, e foi o que se viu nos primeiros minutos. O Atlético-PR, que vivia um momento de decisão, mostrava mais empenho, enquanto no Alvinegro era claro o desentrosamento.

O Atlético apostava na velocidade e aproveitava os muitos erros de passe do Botafogo, que perdia muitas bolas e propiciava contra-ataques ao adversário. Foi assim que surgiu o primeiro lance de perigo, aos três minutos, quando Julio César partiu em velocidade e não conseguiu driblar Renan, que deu um leve toque na bola. A defesa alvinegra se recompôs e evitou um susto maior.

Incapaz de criar jogadas, por causa da baixa qualidade técnica, restava ao Botafogo apostar nas jogadas de bola parada. E foi assim que o time da casa abriu o placar, aos 22 minutos. Lucio Flavio, que vinha tendo um mau desempenho, acertou a bola no ângulo direito de Galatto, fazendo 1 a 0.

O gol deixou o Botafogo mais aceso, mas ainda pecando muito nos passes. À beira do campo, o técnico Geninho gritava, na esperança de fazer o Atlético-PR alcançar um resultado que o faria escapar, pelo menos momentaneamente, do rebaixamento. O Furacão aproveitou um passe errado de Triguinho para encaixar um contra-ataque aos 28 minutos. Alan Bahia fez bom lançamento para Zé Antônio, que pegou de primeira e acertou uma bomba que passou perto do gol de Renan.

Mas aos poucos o Botafogo foi se acertando em campo, e começou a fazer valer o empenho dos jogadores que buscam mais oportunidades para o ano que vem. Eduardo passou a se destacar. Primeiro com um chute de fora da área que obrigou Galatto a fazer defesa difícil. Nos minutos finais do primeiro tempo, ele ainda perdeu uma ótima chance, escorando no travessão um cruzamento de Lucas Silva. A pequena torcida ainda se levantou para lamentar a nova defesa do goleiro do Atlético, que pegou no reflexo uma cabeçada de Zárate.

Muito insatisfeito com o desempenho de sua equipe, Geninho promoveu duas mudanças no intervalo. A entrada de Alberto, no lugar de Zé Antônio, e Pedro Oldoni, na vaga de Julio César, fez o Atlético-PR ganhar força. Ao mesmo tempo, o Botafogo voltou para o segundo tempo completamente disperso, propiciando claras chances de gol ao adversário.

Mas o Atlético, que está a perigo no Brasileirão, não conseguia aproveitar. Aos três e seis minutos, Pedro Oldoni desperdiçou duas oportunidades na cara do gol. A primeira aconteceu depois de uma falha incrível de Renan, que não conseguiu cortar um cruzamento. O atacante do Furacão foi seriamente repreendido por Geninho à beira do campo.

Do outro lado, Ney Franco foi obrigado a fazer sua primeira substituição depois que Leandro Guerreiro não conseguiu continuar na partida por causa de um corte no supercílio, fruto de um choque dentro da área. Mas logo depois da entrada de Rodrigo Sá, o Atlético se aproveitou da desatenção da defesa alvinegra para empatar. Alan Bahia recebeu na intermediária, avançou sem ser incomodado e acertou um chute no ângulo esquerdo de Renan, fazendo 1 a 1 aos 15 minutos.

Mas houve pouco tempo para o Furacão comemorar, pois, aos 19, o Botafogo chegou ao segundo gol. E tinha que ser em nova cobrança de falta, pois ainda não era possível levar vantagem no toque de bola. Lucio Flavio cobrou falta na área, Eduardo desviou e Zárate, sozinho, apenas tocou de cabeça para marcar.

O Botafogo teve a chance de ampliar aos 27 minutos, quando Fábio, que acabara de entrar, acertou uma cabeçada no travessão. Mas não faltou pontaria do outro lado. Um minuto depois, após cobrança de escanteio, Antônio Carlos subiu para empatar a partida para o Atlético-PR.

As duas equipes alternaram boas possibilidades de gol até o fim, mas o lance de destaque foi protagonizado por Fábio, que perdeu uma chance clara nos descontos, depois de cruzamento de Zárate.

O empate, que fez o Atlético chegar a 42 pontos, ocupando a 14ª posição, não era o que esperavam Vasco e Fluminense, que lutam diretamente com a equipe paranaense contra a degola. O Botafogo, que vinha de quatro derrotas consecutivas no Brasileirão, chegou aos 50 pontos, segurando o nono lugar. a penúltima rodada, no próximo fim de semana, o Alvinegro carioca cumpre tabela contra outro time ameaçado pela degola: o Figueirense, novamente no Engenhão. Já o Rubro-Negro paranaense pega o Náutico, um adversário direto na briga para fugir do rebaixamento, nos Aflitos, em Recife. Os horários das partidas serão confirmados na próxima segunda-feira pela CBF.

Outros jogos de ontem

Coritiba 5x1 Santos
Keirrison(4) e Ariel; Molina

Portuguesa 0x0 Goiás

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Figueira ainda respira no campeonato

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Por Leonardo Martins


Na abertura da 36ª Rodada do Campeonato Brasileiro, no Estádio Orlando Scarpelli em Florianópolis, Figueirense e Náutico realizaram jogo dos desesperados. Como era de se esperar, não faltou emoção em terras catarinenses e os donos da casa venceram por 4 a 3, respirando no campeonato.

Quem sofre de problemas no coração certamente passou por apertos nos minutos iniciais. Em apenas 15 minutos, o saldo foi de quatro gols, virada de placar e, principalmente, emoção de sobra. No primeiro lance de perigo, Ruy encontrou espaços e lançou Felipe na direita. Alex Bruno não conseguiu cortar e o atacante entrou livre para tocar na saída de Wilson: 1 a 0.

O clima desfavorável mudou de figura em instantes. Aos três, o grandalhão Tadeu subiu no meio de dois defensores e, após a saída espalhafatosa de Eduardo, igualou o marcador. Aos nove, foi a vez de Rafael Coelho, autor dos gols da vitória no jogo de ida, aparecer. O atacante fez belíssima jogada na ponta direita e rolou na medida para Cleiton Xavier, que só teve o trabalho de chutar para o gol. Em oito minutos o Figueira conseguia a virada.

Mas os Deuses do futebol resolveram aprontar novamente. O Náutico acordou e quase empatou com o volante Hamilton. Na seqüência, Gomes pôs a mão na bola infantilmente na intermediária. Sinônimo de perigo para o sistema defensivo, a bola aérea puniu o Figueira. Felipe cobrou na cabeça de Vagner, que, sozinho, empatou. O torcedor pôde, enfim, respirar.

Parecidos em tudo, Figueirense e Náutico criaram algumas chances de perigo, até que a bola parada voltou à cena aos 44. Marquinho cruzou na ponta direita e o volante Diogo sequer precisou se levantar para colocar o Alvinegro novamente na frente: 3 a 2 e fim de primeiro tempo.

O técnico Roberto Fernandes pôs o meia Valdeir no lugar do zagueiro Everaldo, que atuava na ala-esquerda. A mudança não surtiu muito efeito, já que os times voltaram precavidos e mais preocupados em não dar espaço ao adversário do que fazer gols. Chances, de fato, foram poucas. Aos 18, Tadeu aproveitou-se do escorregão de Titi, invadiu a área e chutou cruzado, assustando Eduardo. Sinal de mudança.

No Timbu, Ticão saiu para a entrada de Geraldo, enquanto Pintado não abdicou da ofensividade e colocou o atacante Wellington Amorim no lugar de Cleiton Xavier. Mas a estrela ficou com Roberto Fernandes.

Em seu primeiro lance, Geraldo recebeu na intermediária e deixou Felipe livre de marcação na grande área. Novamente, o atacante deslocou Wilson e marcou o seu 13º gol na competição.

Minutos depois, Rodrigo Fabri, que acabara de entrar, aplicou uma tesoura em Hamilton. Colado no lance, o árbitro Wallace Nascimento Valente expulsou o meio-campista. O panorama novamente estava a favor do Náutico, que preferiu se defender e esperar o apito final.

Jogo definido? Que nada. Aos 37, Marquinho cobrou escanteio na cabeça de Bruno Perone que, com a ajuda do ombro, desempatou. Foi o terceiro gol de bola parada do Figueirense e o primeiro do zagueiro no Brasileirão. No fim, ainda houve tempo para Ricardinho chutar na trave. Apito final e alívio do time da casa.

O Figueirense foi para os 38 pontos, mas continua na zona vermelha em 17º. Os pernambucanos permaneceram em 16º lugar com 40 pontos e continua em perigo. Na próxima rodada, o Figueirense vai ao Rio enfrentar o Botafogo e o Náutico recebe o Atlético-PR em Recife.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Inter goleia e é o 1º finalista brasileiro da Sul-Americana

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Por Leonardo Martins


Foi um show colorado na noite de ontem em Porto Alegre, o Inter entrou em campo com uma ótima vantagem adquirida no 1º jogo contra o Chivas do México e aumentou esta vantagem, conseguindo uma classificação histórica para o futebol brasileiro. O jogo foi válido pela 2ª partida das semifinais da Copa Sul-Americana e os brasileiros golearam por 4 a 0, se tornando o 1º time brasileiro a se classificar para a final da competição internacional.

Com Alex servindo a Seleção Brasileira, coube a D’Alessandro a tarefa de comandar o time rumo a vaga na final e o argentino não decepcionou, muito pelo contrário, deu show para a torcida colorada que lotou o Beira-Rio. O Inter dominou a partida desde o 1º minuto de jogo e jogou tranqüilo com a boa vantagem adquirida no jogo de ida. O argentino começou seu show ao ser derrubado na área por Olcampo e o juiz marcou pênalti, na Cobrança, bateu bem e abriu o placar.

Aos 35 minutos, uma obra-prima do “El Cabezon”, ele acertou uma linda cobrança de falta para marcar o 2º gol. Agora, os mexicanos precisavam fazer 4 gols para se classificar, mas já tinham perdido Medina expulso. No final da etapa, os colorados marcaram o 3º gol com Nilmar de cabeça.

Na segunda etapa, o Inter queria aumentar o placar e estava fácil para isto. A segunda etapa foi uma festa para a torcida, os gritos de “Olé” se multiplicavam no estádio. O time colorado fazia um treino de luxo e fechou o placar com Nilmar, na saída do goleiro, aos 25.
No resto do tempo, o que se viu foi um jogo sem emoções e que terminou com a vitória colorada com a vaga na final assegurada.

Os colorados esperam o vencedor do duelo argentino entre Argentinos JR e Estudiantes para conhecer seu adversário na final.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Show flamenguista ainda deixa a chama do título acesa

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Por Leonardo Martins


Foi um grande jogo, clima de decisão no Maraca, era como uma final de campeonato, muita luta e grandes jogadores em campo. Flamengo e Palmeiras decidiram ontem quem continuava na briga pelo título. Com um show flamenguista, o rubro-negro goleou os visitantes por 5 a 2 e mantém a chance do hexa viva.

Emoção foi o que não faltou desde os primeiros minutos. Logo aos 2 minutos começaria o show de assistências de Kleberson. O pentacampeão cruzou para Marcelinho Paraíba pegar um lindo chute de primeira para abrir o placar.

Mesmo com o gol, os palmeirenses não desanimaram e chegaram ao gol de empate logo em seguida. Aos 11 minutos, Jalton derrubou Kleber na área e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, Alex Mineiro deslocou Bruno e fez o gol.

O ritmo de jogo era eletrizante, com muitos ataques de ambas equipes e querendo o gol. Gol que veio do lado carioca, aos 20 minutos, Obina cobrou falta rápida para o zagueiro Fábio Luciano, que cruzou para Paraíba, o atacante ajeitou para a chegada de Ibson chutar e fazer o gol de desempate. Agora começaria o show do meia flamenguista.

Após o gol flamenguista, a partida caiu muito no ritmo, o calor excessivo que fazia no Rio contribuiu neste ritmo lento. Só voltamos a ter lances de perigo aos 40 minutos quando Jailton desviou escanteio e assustou Marcos.

O Flamengo voltou para o segundo tempo sem o lateral-esquerdo Juan. O técnico Caio Júnior optou pela entrada de Everton. E o time carioca voltou disposto a matar a partida. Obina teve duas chances claras de marcar, mas errou o alvo. Na primeira, com um minuto, recebeu na frente de Marcos e chutou em cima do goleiro. Na outra, aos 5, dominou dentro da área e finalizou mal. O Rubro-Negro carioca ainda perdeu mais uma chance antes de ampliar. Everton chutou da marca do pênalti e o camisa 1 do Verdão fez uma bela defesa.

Porém, aos dez minutos não teve jeito. Kleberson fez outra bela jogada e encontrou Ibson completamente livre já dentro da área pelo lado esquerdo. O meia ajeitou o corpo e acertou um lindo chute, no ângulo esquerdo de Marcos, marcando o terceiro do Fla.

Em uma bobeada da zaga do Fla, o Palmeiras diminuiu a diferença. Após um corte errado de Aírton, a bola sobrou nos pés de Leandro pelo lado esquerdo. O lateral cruzou na cabeça de Kléber, que só teve o trabalho de colocar para a rede do goleiro Bruno, aos 15. O jogo continuou eletrizante, e os cariocas fizeram o quarto, aos 19. Kleberson recebeu dentro da área e cruzou para Ibson tocar de letra. Mais um lindo gol rubro-negro.

Aos 24, o Flamengo selou a sua vitória em um belíssimo contra-ataque. Fábio Luciano tocou para Obina na esquerda. O atacante lançou para Ibson, que entrou dentro da área e cruzou. Após um bate-rebate, a bola sobrou novamente para o capitão rubro-negro, desta vez pelo lado direito. O zagueiro cruzou na cabeça de Kleberson, que fez o quinto do time rubro-negro. Muita festa e esperança dos rubro-negros nas arquibancadas do Maracanã

O Flamengo subiu para o 3º lugar com 63 pontos, a 5 do líder São Paulo, e mantém viva a chance de título, na próxima rodada, o Fla vai a Belo Horizonte enfrentar o Cruzeiro em confronto direto por vaga na Libertadores. Já o Alviverde paulista saiu da zona da Libertadores com 61 pontos na 5ª colocação e na próxima rodada, enfrenta o lanterna Ipatinga no Palestra Itália.

Outros jogos da rodada

Fluminense(15º) 3x1 Portuguesa(18º)
Washington, Tartá e Romeu; Edno

Ipatinga(20º) 3x0 Sport(12º)
Ferreira(2) e Gian

São Paulo(1º) 3x1 Figueirense(19º)
Borges(2) e Hugo; Cleiton Xavier

Goiás(6º) 3x1 Botafogo(9º)
Paulo Baier(3); Lúcio Flávio

Grêmio(2º) 2x1 Coritiba(8º)
Tcheco e Ale(contra); Ariel

Atlético-PR(14º) 2x1 Vitória(11º)
Rafael Moura e Alan Bahia; Robert

Santos(13º) 1x0 Internacional(7º)
Quiñonez

domingo, 16 de novembro de 2008

Cruzeiro é goleado no Recife e dá adeus ao título

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Por Leonardo Martins


Na noite de ontem, nos Aflitos, o desesperado Náutico recebeu o Cruzeiro pela continuação da 35ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Em um jogo cheio de alternativas, o Timbu goleou os celestes por 5 a 2 e respira no campeonato, deixando a equipe mineira fora da disputa pelo título brasileiro.

O Náutico entrou em campo na Zona vermelha e queria uma vitória para sair dela, por isto começou o jogo partindo para cima e logo conseguiu o gol. Aos 4 minutos, Gilmar carregou a bola e, da entrada da área, chutou no canto de Fábio para explodir a torcida.

Com a desvantagem no placar, o Cruzeiro foi com tudo em busca do empate e dominou o jogo. Aos 16 minutos, Ramires chutou para o gol e tez, mas o árbitro anulou erradamente, alegando impedimento. Mas 3 minutos mais tarde, o gol de empate valeu. Henrique deu ótimo passe para Wágner chutar forte. 1 a 1.

Os pernambucanos retomaram o controle do jogo e desempataram a partida em um pênalti duvidoso. Henrique derrubou Gilmar na área e o juiz marcou pênalti. Na cobrança, Felipe, com direito a paradinha, bateu e fez o 2º do Timbu, aos 21 minutos. O Náutico quase fez o 3º com o zagueiro Titi, mas Fábio salvou.

O jogo diminuiu o ritmo forte no fim da 1ª etapa, mas deu tempo para Guilherme assustar a torcida mandante em um chute de longe que Eduardo defendeu.

No intervalo, Adilson Batista trocou Léo Fortunato e Camilo pelos Thiagos, Martinelli e Ribeiro e deu certo parcialmente. No 1º minuto, Henrique cruzou para a defesa de Fábio. Mas 3 minutos depois, os mandantes ampliaram o marcador. Felipe aproveitou lançamento de Titi e tocou na saída de Fábio e deixou a torcida mais tranqüila.

Cruzeiro não desanimou. Aos 11, Guilherme foi lançado na meia-lua. Eduardo saiu do gol e evitou o segundo gol celeste. Era lá e cá. Seis minutos depois, Felipe mirou o ângulo esquerdo de Fábio e quase acertou. Mandou para fora. Com 20 minutos, Wagner bateu falta da direita e achou Ramires livre na pequena área. O volante, entretanto, cabeceou torto, para baixo e sem força, perdendo grande oportunidade.

Fábio evitou que o resultado se transformasse em goleada aos 27. Felipe fez inversão da jogada da esquerda para a direita e encontrou Ruy. De fora da área, o ala chutou forte, obrigando o camisa 1 celeste a desviar para escanteio.

A defesa de Fábio deixou o Cruzeiro vivo no jogo. Na jogada de perigo seguinte, Wagner bateu para o gol, e a bola bateu na mão de Hamilton dentro da área. Pênalti desta vez para os mineiros. Guilherme foi para a cobrança e marcou no canto esquerdo.

A ducha de água fria para os mineiros não demorou a vir. Aos 38, Felipe cruzou para Everaldo, que acabara de entrar, empurrar para o gol vazio após trombada de Fábio e Thiago Heleno. E aos 43, Felipe deixou Gilmar livre, e o atacante não desperdiçou, tocando no canto direito e fechando o placar.
Na próxima rodada, o Timbu (15º com 40 pontos) joga fora de casa com o Figueirense em confronto direito contra o rebaixamento. O Cruzeiro (terceiro com 61) recebe o Flamengo, no Mineirão, em jogo que pode deixar um dos dois próximos da Libertadores 2009.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Inter a um passo da final

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Por Leonardo Martins

Na noite desta quarta-feira, em Guadalajara no México, Chivas e Internacional fizeram o jogo de ida da semifinal da Copa Sul-Americana. Os brasileiros jogaram muito bem e venceram por 2 a 0, abrindo boa vantagem para a volta, no Brasil.

O bom resultado do primeiro tempo poderia ter sido ótimo para o Inter, não fosse o erro do auxiliar Nicolas Yegros. Aos 43 minutos, Alex dividiu com a zaga, e a bola sobrou para Nilmar. Em condição legal, o atacante mandou para o fundo da rede. A arbitragem, de forma equivocada, apontou impedimento.

Uma pena. Sem o gol, o time colorado teve que se contentar em sustentar uma igualdade sem gols. O placar da etapa inicial foi condizente com o jogo, bastante equilibrado. As duas equipes desperdiçaram boas oportunidades. Arellano, principal atacante do Chivas, merece agradecimentos vermelhos. Ele perdeu dois gols feitos, na cara do goleiro Lauro, um com o pé direito, outro de cabeça. No primeiro lance, foi fundamental a presença do zagueiro Álvaro, ágil feito um tigre ao voar na bola para atrapalhar a conclusão do mexicano. No segundo, Guiñazu falhou ao não acompanhar a jogada.
Carente da qualidade de D’Alessandro, o Inter começou o jogo um pouco acossado, mas logo passou a fazer frente ao time da casa. Com dez minutos, Andrezinho quase marcou. Nilmar cruzou da direita para o meia, que concluiu pressionado pela zaga. Hernández espalmou por cima. Aos 35, Alex fez bela jogada na direita e mandou o chute. O goleiro soltou nos pés de Nilmar, que não conseguiu concluir da melhor maneira. Perdeu uma chance preciosa.
O Inter começou o segundo tempo na pressão. Com cinco minutos, já tinha perdido dois gols incríveis. Magrão recebeu belo passe de Alex e chutou rasteiro, à direita do goleiro. A bola lambeu a trave. Em seguida, Nilmar dominou sozinho, driblou Hernández e perdeu a bola com a aproximação de Reynoso.

Eram ensaios para os dois gols que surgiriam depois. Aos 24, saiu o primeiro. Nilmar recebeu de Magrão, fez a finta e chutou com precisão. Começava a festa colorada no México.

Mas faltava o gol do craque. Aos 33, numa cobrança de falta, Alex mandou uma daquelas pancadas que só ele sabe dar. Foi no ângulo. Golaço.

Entre um gol e outro, Andrezinho ainda mandou uma bola no travessão, em um sinal da superioridade brasileira no Jalisco. Com a vantagem no placar, foi só controlar o jogo e esperar o duelo da volta, quando o Beira-Rio, rugindo, preparará o clima da classificação para mais uma final continental.

Com a vantagem, o Colorado pode até perder por 1 gol de diferença no jogo de volta, semana que vem em Porto Alegre, que passará a final da competição internacional.

Show alvinegro coloca o Vasco em perigo

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Por Leonardo Martins


Na noite desta quarta-feira, com um grande público no Mineirão, o Atlético recebeu o desesperado Vasco pela abertura da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com um show alvinegro, o Galo venceu o adversário por 4 a 1 e colocou a equipe cruzmaltina novamente a perigo da zona de rebaixamento.

Empurrado pela massa que lotou as arquibancadas do Gigante da Pampulha, o Atlético foi com tudo para cima e, ajudado pela frágil marcação vascaína, dominou o jogo praticamente todo. As chances atleticanas saíam com freqüência. Castillo não dominou na área no 3º minuto de jogo, mas aos dez minutos, começou o show no Mineirão. Após bela jogada do ataque mineiro, Renan Oliveira deixou o boliviano pronto para balançar as redes vascaínas.

O Galo tinha um volume de jogo que não dava chances ao Vasco. Os garotos atleticanos davam velocidade ao ataque, velocidade que os zagueiros vascaínos não acompanhavam. Do lado vascaíno, as esperanças eram as boas jogadas de Madson, que chegou com perigo em um chute que passou longe. No chute de Madson, o goleiro Juninho sentiu uma lesão na região lombar e deu lugar a Edson.

Mas o Galo continuou dominando o jogo e os garotos dando show. Renan Oliveira fez ótima jogada e apareceu livre na cara de Rafael e tocou na saída do goleiro para marcar o 2º gol e foi um golaço. Antes do 1º tempo acabar, Wagner Diniz apareceu livre e cruzou, mas ninguém do Vasco apareceu para tocar a bola para as redes.

Os dois times mudaram no intervalo, Leandro Bonfim entrou no lugar de Eduardo Luiz do lado vascaíno. O ídolo da massa atleticana, Marques, também saiu para dar lugar ao garoto Pedro Paulo. O Vasco deu uma melhorada no inicio da segunda etapa, mas foi pouco para os vascaínos empatarem.

O Galo tinha os contra-ataques a disposição e usou bem esta jogada com a velocidade do ataque, com isto chegou a goleada. Foram 2 pênaltis, um do goleiro Rafael e outro de Jorge Luiz em Pedro Paulo. Os dois foram cobrados e convertidos pelo zagueiro Leandro Almeida. 4 a 0 Galo.

Com a goleada, o alvinegro mineiro desacelerou o ritmo e o Vasco não conseguiu aproveitar para reagir no jogo, até chegou a marcar com Madson em cobrança de falta. Mas perdeu um pênalti nos acréscimos com Leandro Amaral que chutou para fora. E o jogo terminou com a goleada atleticana por 4 a 1.

O Galo foi para o 10º lugar com 47 pontos e na próxima rodada vai ao Recife enfrentar o Sport. Já o Vasco pode voltar a zona vermelha no fim da rodada, mas continua em 15º com 37 pontos e na próxima rodada recebe o líder São Paulo em São Januário.

domingo, 9 de novembro de 2008

Mengão bate Bota e ainda sonha com a América

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O Flamengo manteve vivo o sonho de conquistar uma vaga na Taça Libertadores da América, ao bater o Botafogo no Maracanã por 1 a 0. Com um gol marcado por Kléberson em cobrança de pênalti, o clube da Gávea agora voltou a encostar no G-4.

O jogo começou quente, logo aos 20 segundos de jogo, o atacante Jorge Henrique foi derrubado na área por Bruno, mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique mandou seguir.

A primeira boa chance foi do Flamengo, após chute de Marcelinho Paraíba que passou por cima do gol de Renan. O lance animou o Botafogo que foi para cima e quase abriu o placar com Triguinho, Bruno fez grande defesa. No final do primeiro tempo, o Botafogo ainda perdeu grande chance com o atacante Fábio, que entrara no lugar de Thiaguinho que ficará 6 meses fora.

O segundo tempo teve o mesmo retrato da etapa inicial. Com jogadas esporádicas no ataque, os times batiam cabeça no meio-campo. Em uma das raras chances, Juan cruzou para Íbson e Josiel furarem na frente do gol.

Aos 38 da etapa final, Ibson foi derrubado na área por Renan. Kléberson que tinha acabado de entrar bateu e fez o único gol da partida. Após o lance, o Botafogo teve duas boas oportunidades com Carlos Alberto e Fábio, essa última após uma arrancada sensacional do centro-avante botafoguense. No fim, Eduardo deu um pontapé em Sambueza e foi expulso.
O Botafogo volta a jogar pelo Brasileirão contra o Goiás fora de casa no domingo, no mesmo dia o Flamengo recebe o Palmeiras. O Flamengo está na 5ª posição com 60 pontos e o Bota na 8ª posição com 48.

Outros jogos

Sport(11º) 2x1 Goiás(9º)
César e Roger; Fahel


Coritiba(7º) 0x0 Náutico(17º)

Vitória(10º) 0x1 Atlético-MG(12º)
Pedro Paulo

Internacional(6º) 4x0 Ipatinga(20º)
Sandro, Andrezinho, Taison e Guto

Cruzeiro vence e segue na briga

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Por Leonardo Martins


Na tarde deste domingo, no Mineirão, o Cruzeiro recebeu o Fluminense de olho na briga pelo título brasileiro. Os mineiros dominaram o jogo e conseguiram uma importante vitória por 1 a 0, continuando na briga pelo título.

O jogo começou com equilíbrio e as duas equipes atacando perigosamente. Do lado azul, a primeira chance veio com Guilherme que recebeu ótimo passe de Jajá, driblou o marcador e chutou para a ótima defesa de Fernando Henrique que deu rebote para Wágner chutar e Fabinho salvar o gol quase certo. Já do lado Tricolor, foi a vez de Washington perder ótima chance defendida por Fábio.

Depois disto, só o Cruzeiro atacou, mas todas sem sucesso, a mais perigosa foi um chute de Guilherme que chegou a entrar, mas o juiz alegou impedimento de Jajá que desviou o chute. O Fluminense se limitou a defender e tocar a bola na sua defesa para garantir o resultado de empate.

No segundo tempo, o panorama do jogo não se alterou, com o Flu satisfeito com o empate tocando a bola e gastando o tempo. O Cruzeiro continuava dominando o jogo, mas faltava conclusão, mesmo com a entrada de Wanderley no lugar de Jajá, este problema não estava solucionando. Mas a insistência azul deu resultado aos 20 minutos, Guilherme cruzou na medida para Ramires mandar de cabeça para abrir o placar no Mineirão.

Com a desvantagem no placar, os cariocas saíram da defesa e foram buscar o empate, mas quem quase marcou foram os cruzeirenses. Aos 29, Guilherme ganhou na corrida de Thiago Silva e tocou para Wágner, o meia chutou no contrapé do goleiro tricolor, mas a bola caprichosamente bateu na trave. O Fluminense, nos minutos finais, até que tentou buscar o gol de empate, mas esbarrou na falta de pontaria de seu ataque. E a vitória ficou com o time azul mesmo.

O Cruzeiro permanece a 4 pontos do líder São Paulo e subiu para o 3º lugar com 61 pontos, na próxima rodada, os celestes vão a Recife enfrentar o Náutico. Já o Tricolor continua fora, porém, próximo a zona de rebaixamento na 16ª posição com 37 pontos.

Tricolor Gaúcho Bate Palmeiras e segue vivo na briga pelo título do Brasileirão

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Por Fernando Murilo


Em partida de pouca inspiração e muita transpiração, realizada em um Parque Antártica lotado, o time do Grêmio derrotou o Palmeiras, calando os mais de 20 mil fanáticos torcedores palmeirenses.

Antes de analisarmos o jogo, já se viam as evidentes propostas nas quais as equipes estavam dispostas a demonstrar ao longo da partida: a equipe comandada por Celso Roth, com 8 desfalques, montou um esquema tático bastante defensivo (como já é de praxe ao longo do campeonato), se preocupando em defender e saindo na boa pra tentar matar a partida, com Tcheco e Rafael Carioca comandando as ações ofensivas do meia cancha tricolor. Já o treinador Vanderlei Luxemburgo, que não poderia escalar os jogadores Kleber e o Diego Souza (o primeiro por suspensão pelo terceiro amarelo e o segundo por cumprir uma partida de gancho imposta pelo STJD), pôs um time cauteloso, já que colocou o ponta Denílson no ataque, deixando o centro-avante Lenny no banco, enquanto entrou com Evandro para a vaga de Diego Souza.

Com a bola rolando, o que se via era um Palmeiras sem inspiração ante uma muralha gremista. Com todos os seus jogadores marcando incessantemente, além de um Tcheco mostrando toda a força e raça do time do sul, o Grêmio conseguia segurar o time alviverde e sempre saía com perigo nos contra-ataques. A equipe comandada pelo Vanderlei Luxemburgo sentia falta da inspiração do Diego Souza, que mesmo em queda de produção era essencial para uma partida como esta, alem de ter um Alex Mineiro isolado, sentindo falta de um companheiro para jogar mais próximo e que segurasse mais a bola.
Diante disto, o avante palmeirense voltou buscando jogadas no meio-campo durante a primeira etapa, e o que se via era uma tremenda inversão de papéis nas jogadas da equipe alviverde: um Alex Mineiro cruzando e um Evandro disputando as bolas de cabeça com as torres gremistas.

Para registrar lances importantes da primeira etapa, só alguns desses cruzamentos surtiram algum efeito, além de algumas arrancadas do bem marcado Denílson. Já pelo lado gremista, o atacante Marcel perdeu o chamado “gol de cego”, quando sozinho com o goleiro Marcos após excelente passe do atacante Reinaldo, mandou a bola com uma finalização até bem feita, mas que saiu ao lado esquerdo do goleiro palmeirense e indo para fora. O Rafael Carioca, jogando uma barbaridade neste jogo, fez grandes arrancadas e numa delas pôs o Reinaldo cara a cara com Marcão, que fez uma excelente defesa, pondo a bola pra escanteio. Para registro ainda na primeira etapa, um chute “bambo” do Denílson, que passou ao lado da meta defendida pelo goleiro Vítor refletiu como foi o Palmeiras na primeira etapa: um centro-avante artilheiro disputando a artilharia do campeonato brasileiro que não finalizou no gol adversário.

Após as roncas do vestiário, o Palmeiras voltou com postura diferente no segundo tempo. Buscando mais o seu atacante-referência, as bolas foram mais perigosas, surtindo inclusive alguns lances perigosos. Em uma tabelinha entre Denílson e o camisa nove palmeirense, o jogador conhecido como “firuleiro” entrou na área, mas foi muito bem barrado pela defesa gremista. Entretanto, as jogadas pela ponta-esquerda desse jogador estão suprimindo uma jogada que sempre foi mortal ao longo deste campeonato para a equipe alviverde: as subidas do bom lateral Leandro, que nem sempre estão sendo aproveitadas. Percebendo isto, além do visível cansaço físico do Denílson, Vanderlei Luxemburgo sacou o ponta, colocando o jovem Jorge Preá em campo. Com sangue novo no ataque, a equipe palmeirense ainda esboçou uns lampejos da equipe que brilhou no campeonato Paulista no primeiro semestre. O Grêmio, acuado em campo, tentava lançar as bolas pros seus atacantes sem sucesso, e ainda mandou um chute perigoso com o William Magrão, arriscando de muito longe. Entretanto, uma alteração fita pelo Luxemburgo foi crucial e evidente para o resultado da partida: a saída do volante Jumar para a entrada do também volante Maicossuel, que vinha sendo o destaque em roubadas de bola e levando o time palmeirense ao ataque durante todo o tempo que esteve em campo, foi determinante para o Grêmio retomar as ações dentro de campo. Com um espaço maior nesse setor, o time gremista voltou a tocar bem a bola entre seus jogadores mais talentosos (Tcheco e Rafael Carioca), dominando assim o time palmeirense até o momento do gol. E este gol saiu de maneira estranha, mas sempre na característica gremista: bola na área lançada pelo Tcheco. O tipo da bola mortal para qualquer goleiro, já que Marcos ficou esperando o desvio pelos jogadores presentes na área. Pois é, ninguém desviou e a bola entrou direto, no fundo do barbante, inaugurando o placar em pleno Palestra Itália.

O que se viu depois disso foi a clara demonstração de um time atordoado pelo gol sofrido. O reflexo maior disso foi Marcos, símbolo maior da equipe alviverde, indo pra área adversária em plenos 28 minutos do segundo tempo para disputar bolas aéreas. O time se desajustou em campo, e a falta de tranqüilidade de um capitão e símbolo era refletido para todos, que tentavam, sem nenhuma inspiração, algum lance de perigo. A muralha gremista, completamente intacta e marcando de maneira “inteligente”, fazendo faltas no meio-campo para evitar expulsões, conseguia impedir o ímpeto palmeirense. Nem a entrada do atacante Lenny em lugar do contundido Pierre viria a ser um aspecto positivo para a equipe alviverde, já que o mesmo perdeu várias bolas de graça para os defensores gremistas. O isolado Alex Mineiro ficou sem receber uma bola durante todo este tempo de tentativa de reverter esta situação, mostrando como a equipe palmeirense estava descontrolada.

Em um dado momento, na tentativa de um contra-ataque, o time palmeirense foi parado com uma agressão do zagueiro Jean, da equipe gremista, e este acabou sendo muito bem expulso pela arbitragem. Mas não adiantava: o que se via era um Palmeiras confuso dentro de campo, com um ícone para a torcida desrespeitando a orientação do técnico e indo para o ataque desenfreadamente. E assim o jogo se procedeu, até o seu final, com uma torcida de gaúchos em festa num Parque Antártica triste e amargurado.

São Paulo vence clássico e fica perto do título

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Por Leonardo Martins


Na tarde deste sábado, com o Canindé cheio, Portuguesa e São Paulo fizeram o clássico paulista da 34ª rodada do Campeonato Brasileiro. Em um jogo com muitos gols, os visitantes venceram por 3 a 2 e confirmaram a liderança por mais uma rodada.

O São Paulo entrou em campo na liderança pela 1ª vez na competição e queria manter, por isto o Tricolor começou em cima e o 1º gol veio rapidamente. Aos 8 minutos, Borges aproveitou falha do goleiro Gottardi e empurrou a bola para o fundo das redes.

A Portuguesa sentiu o gol e só chegou aos 20 minutos com Fellype Gabriel, mas o meia se atrapalhou na hora da conclusão. O camisa 7 dos lusos era o jogador que mais criava hances com sua habilidade. Aos 26 foi a vez de Edno cobrar falta e exigir boa intervenção de Rogério Ceni.

A equipe são-paulina chegava com a individualidade de Borges, mas foi a Lusa que empatou. Aos 42, Jonas fez ótima jogada individual na entrada da área e chutou rasteiro no canto de Ceni. Porém, antes do término da etapa, os tricolores comemoraram o seu segundo gol. No último minuto, o sistema defensivo da equipe vermelha falhou novamente e Borges fez tabela com Dagoberto e apareceu livre para mandar a bomba na saída do goleiro dos mandantes. 2 a 1 São Paulo.

Com a desvantagem no placar, a Portuguesa foi para cima no inicio da segunda etapa, o que tornou o jogo muito bom de se assistir, com o São Paulo tendo bons contra-ataques a disposição. Aos 14, Fellype Gabriel recebeu de Preto e só não concluiu porque André Dias protegeu para que Ceni ficasse com a bola.

A resposta são-paulina foi rápida. Empurrado pela torcida, que cantou o tempo todo, Dagoberto tabelou com Hernanes, que tentou passar pela defesa no drible, mas deixou para Jean chutar, mas este foi travado. Pouco depois, um lance que levou o técnico Muricy Ramalho ao desespero: Gottardi derrubou Rodrigo, cometendo pênalti, que o juiz não marcou.

Heverton entrou para tentar ajudar a Lusa a chegar ao empate. Em sua primeira participação, cruzou uma bola rasteira na área, mas Edno, por questão de centímetros, não chegou no lance. Era uma grande chance perdida pela anfitriã. O torcedor só não sentiu tanta falta desta oportunidade porque, aos 27, Jonas aproveitou um cruzamento e, livre de marcação, fez o gol de empate no Canindé. Era a vez de a torcida da Lusa gritar no Canindé.

Após o empate, a Portuguesa ainda deu muito trabalho para a zaga são-paulina e poderia ter feito mais um. O visitante também teve algumas chances, mas não era o suficiente. Insatisfeito, Muricy colocou mais um atacante em campo para tentar a vitória nos minutos finais: Éder Luis. Estevam respondeu com uma substituição para fechar o time.

Quando o torcedor são-paulino já começava a lamentar o empate, um lance salvador deu a vitória ao Tricolor. Após cobrança de Jorge Wagner, aos 42 minutos, Zé Luis subiu e desviou para. Borges tocou nela, mas já dentro do gol. Explodiu a torcida são-paulina! A Lusa ainda meteu uma bola no travessão com Edno e pressionou até o último minuto, mas o São Paulo conseguiu deixar o Canindé vencedor.

O São Paulo continua na liderança independente dos jogos de domingo com 65 pontos e o próximo jogo é contra o Figueirense no Morumbi. Já a Lusa foi para a zona vermelha com 36 pontos e na 18ª posição e na próxima rodada vai ao Rio enfrentar o Fluminense.

Outros jogos de hoje

Figueirense 0x2 Atlético-PR
Alan Bahia e Rafael Moura

Vasco 1x0 Santos
Edmundo

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Copa Sul-Americana – jogos dos brasileiros na volta das quartas

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Por Leonardo Martins

Neste meio de semana aconteceu os jogos de volta das quartas-de-final da Copa Sul-Americana. Dos 3 brasileiros que entraram em campo, só o Internacional conseguiu a vaga as semifinais.

Argentinos Jr-ARG 2x0 Palmeiras

O Palmeiras foi a Argentina com o time reserva e foi eliminado ao perder novamente para o Argentinos JR, desta vez por 2 a 0. Os gols da partida saíram ambos de cabeça marcados por Scotti e Pavlovich.

Botafogo 2x2 Estudiantes-ARG

O Botafogo deu adeus a chance de título ao empatar com o Estudiantes por 2 a 2. A equipe alvinegra precisava vencer por 3 gols de diferença no Engenhão, mas levou 2 gols no 1º tempo com Angelleri e Salgueiro. Os botafoguenses ainda chegaram ao empate com gols de Lúcio Flávio e André Luis. O próprio André Luis protagonizou um lance curioso e lamentável ao pegar e amassar o cartão amarelo do juiz e foi expulso.

Boca-ARG 1x2 Internacional

O Inter salvou o futebol brasileiro e fez bonito ao vencer o time reserva do Boca, na temida La Bombonera, por 2 a 1 e se classificou para as semifinais da competição. Os colorados saíram na frente com Magrão, Riquelme empatou para os Xeneizes e Alex fez o gol da vitória colorada em terras argentinas.

Outro jogo desta fase

Chivas-MEX 2x2 River-ARG

Semifinais

Chivas-MEX x Internacional
Argentinos JR-ARG x Estudiantes-ARG

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Carioca B: Aperibeense derrota Bangu; Tigres vence Olaria

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Por Matheus Mandy

O quadrangular da Série B do Carioca teve rodada quente nessa quarta-feira. O Tigres venceu fora de casa o Olaria por 1 a 0 e se manteve como líder e único inivcto da fase final, já o Aperibeense jogou em Aperibé, e venceu o Bangu pelo mesmo placar e assumiu a segunda colocação.

A partida em Aperibé teve seu único gol acontecendo aos 21 do primeiro tempo com Marquinhos Moreno, após linda jogada do atacante Adão. Apesar de ter começado melhor, a equipe do Bangu criou várias oportunidades obrigando ao goleiro alvinegro a trabalhar. Mas a partida teve muita polêmica, no segundo tempo o lateral-direito Valdir agrediu o meia Marquinhos Moreno, no entanto o árbitro amarelou apenas o goleiro Cléber, do Bangu que reclamou no lance. No final do jogo houve mais polêmica, pois, o árbitro Marcelo de Lima Henrique acrescentou 6 minutos de acréscimo e isso gerou muita confusão no campo de jogo, mas a partida terminou mesmo com vitória do time interiorano por 1 a 0.

Em Édson Passos, o Olaria mostrou que já desistiu mesmo da disputa por uma vaga na elite e foi derrotado por 1 a 0 pelo Tigres do Brasil.

Classificação
1-Tigres 7Pts
2-Aperibeense 6Pts
3-Bangu 4Pts
4-Olaria 0Pts

Próxima Rodada
Tigres x Bangu
Olaria x Aperibeense

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Liga dos Campeões – 4ª rodada da fase de grupos

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Por Leonardo Martins

Neste meio de semana aconteceu a 4ª rodada da Liga dos Campeões e as primeiras equipes classificadas a próxima fase foram conhecidas. Vamos aos resultados

Grupo A

Roma-ITA 3x1 Chelsea-ING
Panucci e Vucinic(2); Terry

Cluj-ROM 1x2 Bordeaux-FRA
Dani; Gorcuff e Wendell

Grupo B

Anorthosis-CHP 3x3 Internazionale-ITA
Bardon, Frousos e Panagi; Balotelli, Materazzi e Cruz

Werder Bremen-ALE 0x3 Panathinaikos-GRE
Mantzios, Karagounis e Tzolis

Grupo C

Barcelona-ESP 1x1 Basel-SUI
Messi; Derdiyok

Sporting-POR 1x0 Shaktar Donetsk-UCR
Derlei

Barcelona e Sporting classificados

Grupo D

Liverpool-ING 1x1 Atlético de Madrid-ESP
Gerrard; Maxi Rodriguez

Olympique Marseille-FRA 3x0 PSV-HOL
Koné e Niang(2)

Grupo E

Celtic-ESC 1x1 Manchester United-ING
McDonald; Giggs

Aalborg-DIN 2x2 Villareal-ESP
Rossi e Franco; Curth e Due

Grupo F

Lyon-FRA 2x0 Steaua Bucharesti-ROM
Juninho Pernambucano e Reveilliere

Fiorentina-ITA 1x1 Bayern de Munique-ALE
Mutu; Borowski

Grupo G
Arsenal-ING 0x0 Fenerbahçe-TUR

Dynamo Kiev-UCR 1x2 Porto-POR
Milievsky; Rolando e Lucho Gonzalez

Grupo H

Real Madrid-ESP 0x2 Juventus-ITA
Del Piero(2)

BATE Borisov-BLR 0x1 Zenit-RUS
Pogrebnyak

A próxima rodada acontece nos dias 25 e 26 de novembro,

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Título de Massa escapa na última curva

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Por Leonardo Martins


Foi uma decisão inesquecível em Interlagos, na última prova da temporada 2008 da Fórmula 1. Ontem a tarde em São Paulo, aconteceu o GP do Brasil de F1. Uma decisão que teve todos os ingredientes de uma grande decisão e o Campeonato foi decidido na última curva. Para a tristeza de um país inteiro, o brasileiro Felipe Massa fez sua parte ao vencer a corrida, mas viu o título mundial escapar na última curva para o inglês Lewis Hamilton.

A largada foi com pista molhada e os pilotos largaram com pneus para pista molhada. Massa largou bem e permaneceu na liderança, agora só restava secar o inglês, que estava em 4º, resultado que dava o título para o inglês. O brasileiro Nelsinho Piquet rodou sozinho e não passou da 1ª volta. Outro que não passou da 1ª volta foi o escocês David Coulthard, que fez sua despedida da categoria em São Paulo. Este acidente de Coulthard fez com que o Safety Car entrasse.

Após a relargada, a pista secou e os pilotos tiveram que colocar pneus para pista seca. Depois da rodada de pit-stops, Massa abria vantagem na frente e Hamilton foi para 7º, agora o título mundial ficaria com Massa, mas logo o inglês foi para 5º ao ultrapassar Trulli e Fisichella.

O Alemão Vettel, com pouca gasolina, começou a ameaçar a liderança do brasileiro, mas Massa foi seguro e continuava acelerando na frente. Vettel foi ultrapassado pelo espanhol Fernando Alonso e Hamilton consolidava o título com um 4º lugar e parecia que não teria dificuldades para conquistar o título. Após a 2ª rodada de paradas, nada mudou e Vettel continuava pressionando Massa na liderança.

A corrida só voltou a ter emoção quando a chuva voltou a 8 voltas do fim da corrida. Os pilotos tiveram que recolocar os pneus intermediários e Hamilton foi para quinto, pois o alemão da Toyota, Timo Glock, decidiu arriscar e não colocou os pneus de chuva. A 2 voltas do fim, o sonho do título de Massa se tornaria realidade, porque Vettel passou o inglês e Hamilton passou para 6º, resultado que o brasileiro precisava. Restava ao alemão segurar o inglês, já que a vitória de Massa estava consolidada. Mas a estratégia errada de Glock decidiu o campeonato, pois o alemão vinha lento e na última curva, Hamilton e Vettel passaram o piloto da Toyota, foi um banho de água fria para a torcida que já comemoravam o título de Massa. Resultado final, Massa ganhou a corrida e o inglês foi o 5º e se tornou o piloto mais jovem a conquistar um título mundial com 23 anos de idade.

Alonso foi o 2º e Raikkonen completou o pódio em 3º. Outro brasileiro, Rubens Barrichello, foi o 15º e pode dar adeus a categoria, já que o piloto ainda não garantiu vaga em nenhuma equipe para a próxima temporada.

A Ferrari conquistou o título de construtores com 172 pontos. Ano que vem tem mais uma temporada da Fórmula 1.

domingo, 2 de novembro de 2008

Tricolor vence e assume a liderança isolada

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Por Leonardo Martins


Na noite deste domingo, no Morumbi, o São Paulo recebeu os reservas do Inter querendo continuar na liderança do Campeonato Brasileiro. O Tricolor venceu bem por 3 a 0 e assumiu a liderança isolada da competição.

O técnico Muricy Ramalho convocou e a torcida compareceu em grande número, mesmo com a chuva forte que caiu na capital paulista durante o dia. Mas o anfitrião demorou um pouco a ameaçar o Inter, que veio com time misto, só que não abriu mão de atacar.

A primeira grande chance da partida aconteceu aos 18, quando Zé Luis cruzou na área e Borges, de cabeça, acertou a trave esquerda de Lauro. Dagoberto pegou a sobra, mas o goleiro espalmou. A torcida são-paulina se empolgou. A resposta do Inter veio aos 23 minutos. Após boa arrancada de Taison, Walter recebeu e chutou forte, obrigando Rogério Ceni a espalmar em boa defesa.

Mas quem arriscava mais era o São Paulo, e a recompensa chegou aos 29 minutos. Depois da cobrança de escanteio, Miranda escorou de cabeça e Borges, oportunista, deu um toque na bola, empurrando para a rede. O atacante não marcava há quase dois meses. O último gol havia saído contra o Atlético-MG.

O dono da casa ainda criou mais oportunidades, mas não conseguiu ampliar. Aos 44, Jorge Wagner fez bela jogada pela esquerda, passou por dois marcadores, e tocou para Borges, que tentou de primeira, mas a bola subiu. O Inter segurou o ímpeto de atacar. E o Tricolor paulista deixou o gramado no intervalo com a liderança provisória do Brasileiro, pois o Grêmio empatava com o Figueirense naquele momento.

Não se sabe se Muricy informou que o resultado parcial do Grêmio colocava o São Paulo na liderança do Brasileiro, mas o time voltou para o segundo tempo com fome de fazer o segundo gol.

Não demorou muito para que isso acontecesse. E veio de forma espetacular. Aos sete minutos, Dagoberto arrancou do círculo central, levou a bola com rapidez, e ao chegar na área, deu um toque na bola com o bico da chuteira, levantando a redonda sutilmente e impedindo o goleiro Lauro de tentar algo. Um golaço, que deixou a torcida alucinada!

Com uma bomba, Hernanes tentou ampliar, aos 12, mas Lauro espalmou. Aos 19, Alex cobrou uma falta, mas Hugo tirou o perigo pelo alto. O Tricolor paulista diminuiu um pouco o ritmo, mas ainda tinha o domínio da partida. Aos 29, Hernanes cobrou falta perto da grande área, mas a bola foi pela linha de fundo.
O Inter assustou aos 31. Alex cobrou falta de longa distância e Rogério Ceni espalmou para frente. André Dias salvou o São Paulo, tirando a bola do alcance de Rosinei. Mas a noite era são-paulina. Aos 36 minutos, Hugo acertou um chute forte no travessão. A bola voltou para ele que, de cabeça, fez o terceiro do anfitrião e comemorou como se dirigisse um carro, em homenagem a Massa. Festa geral da torcida!

O Inter ainda tentou diminuir, mas não passou por Ceni, que era ovacionado a cada defesa. Nos minutos finais, já em festa total, a torcida gritava "olé". Depois do fim da partida, os torcedores ainda esperaram o fim do jogo do Grêmio e comemoraram a liderança.

O Tricolor foi aos 62 pontos e assume pela 1ª vez a liderança no Campeonato Brasileiro e na próxima rodada, o São Paulo faz o clássico contra a Portuguesa. Já o Inter caiu para o 9º lugar com 48 pontos e agora o Colorado pensa somente na Sul-Americana onde tem jogo na quinta-feira contra o Boca na Argentina.

Outros jogos

Fluminense 0x1 Vasco
Wágner Diniz

Atlético-PR 1x0 Sport
Rafael Moura

Grêmio 1x1 Figueirense
Reinaldo; Marquinho

Amanhã tem os detalhes dos jogos entre Atlético-MG x Botafogo e Santos x Palmeiras

Cruzeiro tem apagão e perde em Goiânia

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Por Leonardo Martins


Na tarde deste domingo, no Serra Dourada, Cruzeiro e Goiás fizeram partida válida pela 33ª Rodada do Campeonato Brasileiro. Os goianos aproveitaram um apagão dos mineiros para fazer 3 gols em 16 minutos e vencer por 3 a 0, complicando a situação da Raposa.

Foi um verdadeiro apagão do Cruzeiro, aliado a competência do time goiano, que aproveitou as chances para fazer o placar em 16 minutos. A Raposa entrou em campo cometendo falhas na marcação e o Goiás logo marcou os 3 gols. O primeiro veio aos 2 minutos, Júlio César chutou para a defesa de Fábio e a bola sobrou limpa para Paulo Baier fuzilar o gol. Paulo Baier que fez o 2º gol também aos 8. após vacilo de Espinoza, Iarley tomou a bola do zagueiro e fez um belo passe para o camisa 10 tocar na saída de Fábio. O 3º gol veio aos 16 minutos, Júlio César cobrou escanteio na cabeça de Henrique que subiu mais que a zaga e mandou para o fundo das redes.

Os 3 gols do Goiás parece que não acordaram a equipe azul, pois continuava sonolenta e cometendo inúmeras falhas de passe e de marcação. A equipe esmeraldina diminuiu o ritmo, mas continuava anulando as principais jogadas azuis. Para se ter uma idéia o Cruzeiro no 1º tempo só chegou em alguns chutes que passaram por cima do gol e uma cabeçada de Thiago Ribeiro que passou ao lado. O Goiás quase marcou o 4º aos 29 minutos em um chute de Fábio Bahia que exigiu uma boa defesa de Fábio. No resto do tempo, o Goiás se limitou a tocar a bola e passar o tempo.

O mesmo ritmo que o Goiás impôs na segunda etapa, o Cruzeiro ainda fez algumas alterações. Tirou Guilherme e Espinoza para colocar Camilo e Léo Fortunato, mas o Cruzeiro continuava sendo muito marcado e criava poucas chances. Os goianos tiveram um gol mal anulado de Iarley que o juiz alegou impedimento. Adilson Batista tirou Fernandinho para colocar Maurinho e Jonathan foi para o meio e o lateral criou as melhores chances em 2 chutes que Harlei fez ótimas defesas. Mas não foi o suficiente para se mudar o resultado do jogo.

O Cruzeiro foi para o 4º lugar com 58 e ficou mais longe do título. O Goiás subiu para o 8º lugar com 48 pontos. Na próxima rodada a Raposa recebe o Fluminense e o Goiás visita o Sport na capital pernambucana.

Flamengo vacila no Maraca e pode ficar longe do título

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Por Leonardo Martins


Na noite deste sábado, com um bom público no Maracanã, o Flamengo recebeu a Portuguesa querendo embolar mais ainda a disputa pelo título. O empate em 2 a 2 atrapalhou os planos flamenguistas de voltar a disputa e ainda pode ficar mais longe do caneco.

Cientes de que a torcida não perdoaria mais uma noite de pesadelo como na derrota por 3 a 0 diante do Atlético-MG, os jogadores do Flamengo começaram a partida a mil por hora. Marcando forte a saída de bola da Lusa, o time carioca assustou logo aos 2 minutos, quando Obina, Juan e Ibson fizeram uma boa triangulação, mas o volante errou o último passe. Na seqüência, Rai fez boa jogada individual e tentou colocar a Portuguesa no jogo, mas errou feio o chute. Aos 5, o primeiro gol rubro-negro. E um gol as avessas.

Após escanteio mal cobrado por Marcelinho Paraíba, a bola sobrou para Jaílton no bico da área. O volante fez o papel de ponta, deixou Erick para trás e já na linha de fundo levantou a bola na pequena área para...Fábio Luciano. Cheio de estilo, o capitão concluiu como um legítimo atacante e de voleio fuzilou Gottardi para marcar. Na comemoração, ele imitou o gesto eternizado por Bebeto na Copa de 94 e "embalou" a filha Isabella, que nasceu no último domingo.

Em vantagem, o Flamengo seguiu pressionando e os zagueiros seguiram se mandando para o ataque. Aos 7, Kleberson fez o cruzamento e Bruno Rodrigo evitou o gol de Ronaldo Angelim. No minuto seguinte, foi Marcelinho Paraíba quem avançou pela esquerda e buscou Fábio Luciano na área. Dessa vez, o camisa 3 errou a bola.

Seguro na defesa, o Flamengo até deixava a Portuguesa trocar passes, mas, sem penetração na área, os paulistas apelavam para bolas aéreas sem sucesso. Se Obina continuava apagado, Fábio Luciano não se privava de atacar. Aos 17, Paraíba cobrou falta com efeito, Gottardi falhou, mas sofreu falta do zagueiro, que desperdiçou boa chance. Aos 21, Rai mais uma vez tentou acordar a Lusa, só que mais um chute totalmente torto sequer chamou a atenção de Bruno.

Relaxado, o Flamengo apresentava bom volume de jogo. Entretanto, não concluía. Aos 35, os cariocas já tinham cobrado sete escanteios. Em um deles, Marcelinho Paraíba quase fez o gol olímpico. Gottardi, esperto, tirou de soco. Sempre na base do chuveirinho, a Portuguesa arriscava timidamente, e quase empatou aos 38. Patrício fez o cruzamento, Athirson desviou de cabeça e Erick acertou a rede pelo lado de fora.

E a Lusa que estava tímida passou a pressionar. Aos 42, Rai fez a festa pela esquerda, deixou Jaílton caído e rolou para Athirson, na marca do pênalti, isolar. Logo depois, o próprio lateral-esquerdo trocou passes com Edno e da pequena área bateu fraquinho para a defesa de Bruno.

A essa altura, o Rubro-Negro que iniciou o jogo de forma avassaladora já não era o mesmo e foi para o intervalo ao som de vaias e gritos de Fierro.

Ainda apático, o Flamengo viu a Portuguesa atropelar no início da segunda etapa. Aos 4, Rai, sempre ele, arriscou da intermediária. Dessa vez, o meia acertou o alvo e Bruno defendeu em dois tempo. Era apenas o primeiro chute do bombardeio da Lusa. Aos 6, Erick foi quem limpou a jogada na entrada da área e bateu cruzado para mais uma defesa do camisa 1. Dois minutos depois, entretanto, não teve perdão. Com muita liberdade, Jonas recebeu no bico da área pela esquerda, girou e chutou no cantinho esquerdo do goleiro rubro-negro para decretar o empate.

Totalmente perdido em campo e errando muitos passes, o Flamengo assustou aos 13 com Fábio Luciano, que chutou cruzado para o corte de Bruno Rodrigo na pequena área. No lance seguinte, desilusão rubro-negra. Após vacilo dos cariocas na saída de bola, Erick dominou sozinho pela direita, olhou para área e cruzou na medida para Athirson escorar de cabeça e dançar o vira: 2 a 1 Portuguesa.

O placar adverso deixou o Flamengo, além de desorganizado, desesperado. Mesmo com os gritos de burro vindos das arquibancadas, Caio Júnior tirou Jaílton, que foi muito aplaudido, e colocou Maxi Biancucchi. O argentino incendiou a equipe e quase empatou aos 23. Em seu primeiro lance, ele recebeu cruzamento de Juan, mas foi desarmado por Bruno Rodrigo antes de concluir de cabeça. Nos minutos seguintes, Juan e Ibson ainda desperdiçaram boas chances. Aos 25, o lateral-esquerdo ficou com sobra de bate e rebate na área e isolou. Um minuto depois, o volante arriscou de longe, mas Gottardi fez grande defesa e evitou o gol.

Na base do desespero, o Flamengo seguiu no ataque. Errando tudo que tentava, Juan passou a ser muito vaiado pelo torcedor, que pedia também que Caio Júnior aceitasse uma proposta do futebol japonês. Aos 38, Everton fez boa jogada individual pela esquerda e cruzou no segundo pau. O baixinho Maxi escorou de cabeça, a bola explodiu no travessão e no rebote o próprio argentino escorou para as redes. Na pressa para buscar a bola no fundo das redes, Obina e Patrício se desentenderam e acabaram expulsos. O atacante deixou o campo aplaudido.

Depois disso, muita pressão do lado rubro-negra, pouca criação e mais uma decepção com o apito final de Héber Roberto Lopes.

O Flamengo continua fora da zona da Libertadores em 5º com 57 pontos e torce para tropeços dos primeiros colocados para permanecer na briga pelo título. Já a Lusa caiu uma posição e continua ameaçada pela zona de rebaixamento com 36 pontos na 16ª posição. Na próxima rodada, o Flamengo encara o Botafogo, domingo, às 19h10m, em partida marcada inicialmente para o Maracanã. A Lusa também tem um clássico pela frente, contra o São Paulo, sábado, às 18h30m, no Canindé.

Outros jogos
Ipatinga 2x0 Coritiba
Ferreira(2)

Náutico 1x0 Vitória
Felipe

sábado, 1 de novembro de 2008

Com ajuda do juiz, Tigres vence Aperibeense; Bangu ganha fora

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Por Matheus Mandy

A Série B do Carioca está pegando fogo no quadrangular. Bangu e Tigres venceram e estão na liderança, já o Olaria perdeu outra e se complicou.

O jogo ainda estava morno, quando aos 11 minutos, o árbitro, Adricélio André dos Santos marcou um pênalti inexistente a favor do Tigres. Roberto cobrou com categoria a abriu o placar, 1 a 0. O jogo começava a ficar quente e o juiz continuava a se complicar. Após falta não marcada, o Tigres armou contra-ataque e após falha de Ronzei, o goleiro Zé Romário fez uma bela defesa em chute de Oziel.

Aos 26 minutos, o Aperibeense começou a entrar no jogo. Após chute de Aécio rebatido pela zaga, o meia Jonathan acertou um lindo chute e Marcos Paulo fez grande defesa. O time do noroeste se animou e Neném fez grande jogada e a bola beliscou a trave de Marcos Paulo.

No final do primeiro tempo houve mais confusão. Neném reclamou com a arbitragem e o juiz começou a disparar cartões contra o time alvine-negro. Zé Romário, Everton, Elmo além do próprio Neném receberam cartões. Ronzei também recebeu amarelo após fazer falta dura.

No segundo tempo, foi a vez do goleiro Zé Romário aparecer. Após chute de Roberto, o goleiro do Aperibeense fez uma defesa espetacular. O Aperibeense só acordou aos 20 minutos, quando Zé Carlos falhou e Jonathan obrigou o goleiro Marcos Paulo a fazer grande defesa. No fim da partida ainda sobrou tempo para Zé Romário fazer duas defesas espetaculares em chutes de Lino e Oziel.Na outra partida da rodada, o Olaria perdeu em casa de virada para o Bangu por 2 a 1.

Classificação
1-Bangu 4Pts 1Sg 3Gp 2Gc
2-Tigres 4Pts 1Sg 2Gp 1Gc
3-Aperibeense 3Pts 0Sg 2Gp 2Gc
4-Olaria 0Pts -2Sg 2Gp 4Gc

Próxima Rodada
Quarta-Feira – 16h
Aperibeense x Bangu (Aperibé)
Olaria x Tigres (A Definir)