segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Flamengo e Vasco empatam no clássico; Resultado indigesto para ambas as equipes

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Por Gabriel Seixas


Flamengo e Vasco sempre é promessa de jogão. E como não poderia deixar de ser, este não foi diferente. Apesar de ter mostrado mais volume de jogo e ter ameaçado diversas vezes o goleiro Bruno, melhor em campo, o Vasco ficou apenas no empate com o Flamengo e perdeu uma posição na tabela, caindo pra sexto. Já o Flamengo, mesmo conseguindo apenas um ponto, ganhou uma posição – agora é 13º -, com 33 pontos.

O Flamengo, ainda com os desfalques de Ibson, Maxi Biancucchi e Roger, entrou em campo com um 4-2-1-2-1. Isto porque Cristian jogou um pouco mais avançado que Jaílton e Rômulo, como os rubro-negros imploravam. Renato Augusto e Toró – o segundo levemente mais adiantado, a pedido do primeiro -, eram os responsáveis pela criação de jogadas do Mengão.

Do outro lado, a equipe cruzmaltina, comandada por Celso Roth, manteve o 3-4-1-2, com Marcelinho fazendo companhia a Leandro Amaral no ataque. O argentino Emiliano Dudar, após um longo período de contusão, recuperou sua vaga na equipe.

O jogo foi polêmico do início ao fim, e o Flamengo, apesar de ter sido dominado em boa parte do jogo, teve dois lances onde o juiz não o “favoreceu”: O primeiro foi aos 3 minutos, quando Renato Augusto cobrou escanteio, e Jorge Luiz cortou com a mão. O segundo lance foi bem mais polêmico: Aos sete, Fábio Luciano, após cobrança de falta cobrada por Juan, reclamou de um suposto puxão de Dudar na área. O juiz nada marcou em ambos os lances.

Sem nenhum envolvimento com ambos os lances, quem marcou o primeiro gol da partida foi o artilheiro do Vascão: Conca cobrou escanteio, e Bruno saiu mal, catando borboletas; Leandro Amaral, aproveitando-se da falta de sorte do camisa 1 rubro-negro, cabeceou e abriu o placar. Sem fazer uma excelente partida, pelo menos no primeiro tempo, o Vasco se aproveitou de um lance isolado para marcar.

Para completar a situação indesejável, Joel Santana perdeu o meia Renato Augusto, com problemas musculares: Paulo Sérgio entrou em seu lugar. Porém, 10 minutos mais tarde, o mesmo Paulo Sérgio, que havia entrado há poucos instantes, sentiu fortes dores no ombro e foi substituído por Léo Medeiros. As alterações foram determinantes para a partida, já que o rubro-negro esbarrava na falta de capacidade de seus meias criativos. Como Rômulo e Jaílton tem pouca “intimidade” com a bola, Cristian procurou auxiliar os dois meias na função, e Obina procurou sair com pouco mais da área.

A partir daí, começou o espetáculo de Bruno: Após belos chutes de Conca e Perdigão, o camisa 1 fez duas boas defesas. Premiado com a situação, o Flamengo empatou a partida: Após um chutão de Fábio Luciano, a zaga do Vasco bateu cabeça e Leonardo Moura, aproveitando saída errada de Sílvio Luiz, tirou o goleiro do lance e empatou o placar. E, mais uma vez, não fazendo justiça àquilo que vinha sendo a partida. O Flamengo criava poucas oportunidades, e era bem previsível no setor ofensivo, enquanto o Vasco, sem contar com noite inspirada de Darío Conca – preso a forte marcação de Cristian, o melhor jogador na linha do Mengão -, superou suas limitações e dominou o jogo.

Sem alterações, as duas equipes voltaram a campo e o Vasco continuou melhor: Novamente, em chutes de Darío Conca e Perdigão, Bruno fez duas defesas plásticas, em voadas sensacionais no canto.

Bruno era decisivo, e o jogo parecia fadado ao empate. Celso Roth, percebendo a superioridade na partida, colocou Andrade no lugar de Perdigão, visando explorar a técnica no meio-campo, e colocou o “espírita” Alan Kardec no ataque, para a saída de Marcelinho, que fez boa partida. As equipes se mantinham cautelosas, e Conca, em jogada individual, invadiu a área e o arrojado Bruno tomou-lhe a bola.

A partida caiu no quesito nível técnico, porém em emoção, aumentou mais ainda. E o lance fatal da partida foi deixado para o último lance da partida: Leandro Amaral chutou a queima-roupa, e Bruno, pela quinta vez, fez uma nova defesaça na partida. Na sobra, Wágner Diniz chutou forte e Alan Kardec, atacante vascaíno, impediu o gol, com um toque de cabeça despretensioso, que foi fatal para os planos vascaínos, que não conseguiram voltar a zona da Libertadores. Já o Flamengo, que poderia alcançar a zona da Sul-Americana, manteve-se numa posição intermediária da tabela.

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