Depois de 17 dias de muitas
emoções no Rio de Janeiro, a primeira Olimpíada na América do Sul termina e
deixa muitas saudades em quem curtiu ela tanto pela TV como pessoalmente. Aqui
faço, uma breve análise de tudo que aconteceu nestes dias nas pistas, piscinas,
arenas cariocas, até fora delas.
O grande destaque desta Olimpíada
foi a presença e a alegria do povo brasileiro, a torcida, baseada na cultura
futebolística, apoiou os atletas brasileiros com força, até gerando algumas confusões
por conta da ausência de conhecimento em alguns esportes. O caso emblemático
neste sentido aconteceu com o francês Renaud Lavillevine, rival de Thiago Braz
na prova do salto com vara, que reclamou da torcida que o vaiou nos saltos na
prova que deu o ouro ao brasileiro. O fato com o francês criou uma rivalidade
entre torcida e atletas franceses. Fora isto, foi uma Olimpíada A Brasileira,
com muita alegria e festa pelas medalhas.
No campo esportivo, os Jogos Rio
2016, teve como destaque, mais uma vez, o Jamaicano Usain Bolt. Bolt confirmou
suas pretensões e repetiu as exibições de Pequim e Londres, mais três ouros e
um fato inédito, o primeiro tricampeão olímpico em três provas diferentes no
atletismo, 100m, 200m e revezamento 4x100m. Fora das pistas, Bolt deu show de
carisma ao comemorar intensamente as vitórias com a torcida.
No Estádio Aquático, a dupla
americana, Michael Phelps e Katie Ledecky, foram os destaques com várias
conquistas. Phelps se consolidou como o maior atleta olímpico ao ganhar mais 5
medalhas e chegar as incríveis 28 medalhas, sendo 23 de ouro. Já Ledecky foi o
destaque da natação feminina com 5 medalhas, 4 douradas. O lado triste da
Olimpíada também veio da natação com a história do falso assalto contada por
nadadores americanos, incluindo, o medalhista Ryan Lochte.
Na Arena Carioca 1, palco do
basquete, os Estados Unidos confirmaram o favoritismo e levaram os dois ouros.
Com alguns sustos no Masculino e sobrando entre as mulheres. Já a Arena
Olímpica, casa da Ginástica, viu o surgimento de uma nova estrela olímpica,
Simone Biles, a americana, em sua primeira Olimpíada, conquistou 4 ouros e um
bronze e encantou o mundo com as exibições.
Obviamente, deixo a análise do
Brasil para o fim. O Nosso país apresentou uma boa campanha na Rio 2016. O
futebol masculino enfim ganhou a medalha de ouro num Maracanã lotado. O judô
também nos deu medalhas, incluindo o ouro emocionante de Rafaela Silva. O Vôlei
de Praia chegou a duas finais e com um ouro sensacional de Alisson e Bruno
Schmidt. O Maracanãzinho viu o tricampeonato olímpico do vôlei masculino e um
adeus dourado ao líbero Serginho, dono de 4 medalhas olímpicas, um recorde em
atletas de esportes coletivos.
Porém, as meninas do vôlei, que
buscavam um tricampeonato seguido, decepcionaram e entristeceram a torcida ao
cair nas quartas. O basquete, tanto feminino como masculino, fizeram campanhas
pífias e caíram na primeira fase. A natação foi a principal decepção do Brasil
em casa com nenhum resultado expressivo nas águas cariocas, além do mico da
água com cor esverdeada que apareceu no Maria Lenk.
Os dois destaques brasileiros nos
Jogos foram Isaquias Queiroz e Thiago Braz. Isaquias fez história ao ser o
primeiro brasileiro com 3 medalhas em uma única edição de Olimpíada, duas
pratas e um bronze na canoagem. E Thiago não era cogitado como medalhista, mas
fez um verdadeiro show no Engenhão e faturou uma improvável medalha de ouro no
Salto com vara com direito a recorde olímpico.
Ah! E não teve o temido zica
vírus, não teve atos terroristas. Então, a Olimpíada Rio 2016 foi um sucesso,
foi uma Olimpíada com a cara do povo brasileiro
Em minha terceira olimpíada
cobrindo para o Esporte É Vida, gostaria de agradecer as visualizações, os
comentários. E quero dizer que em 2020 terá mais, agora os Jogos Olímpicos vão
para Tóquio, mas até lá, continuem prestigiando o Esporte é Vida com novo
fôlego.
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