terça-feira, 23 de agosto de 2016

Uma Olimpíada a Brasileira

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Depois de 17 dias de muitas emoções no Rio de Janeiro, a primeira Olimpíada na América do Sul termina e deixa muitas saudades em quem curtiu ela tanto pela TV como pessoalmente. Aqui faço, uma breve análise de tudo que aconteceu nestes dias nas pistas, piscinas, arenas cariocas, até fora delas.
 
O grande destaque desta Olimpíada foi a presença e a alegria do povo brasileiro, a torcida, baseada na cultura futebolística, apoiou os atletas brasileiros com força, até gerando algumas confusões por conta da ausência de conhecimento em alguns esportes. O caso emblemático neste sentido aconteceu com o francês Renaud Lavillevine, rival de Thiago Braz na prova do salto com vara, que reclamou da torcida que o vaiou nos saltos na prova que deu o ouro ao brasileiro. O fato com o francês criou uma rivalidade entre torcida e atletas franceses. Fora isto, foi uma Olimpíada A Brasileira, com muita alegria e festa pelas medalhas.

No campo esportivo, os Jogos Rio 2016, teve como destaque, mais uma vez, o Jamaicano Usain Bolt. Bolt confirmou suas pretensões e repetiu as exibições de Pequim e Londres, mais três ouros e um fato inédito, o primeiro tricampeão olímpico em três provas diferentes no atletismo, 100m, 200m e revezamento 4x100m. Fora das pistas, Bolt deu show de carisma ao comemorar intensamente as vitórias com a torcida.

No Estádio Aquático, a dupla americana, Michael Phelps e Katie Ledecky, foram os destaques com várias conquistas. Phelps se consolidou como o maior atleta olímpico ao ganhar mais 5 medalhas e chegar as incríveis 28 medalhas, sendo 23 de ouro. Já Ledecky foi o destaque da natação feminina com 5 medalhas, 4 douradas. O lado triste da Olimpíada também veio da natação com a história do falso assalto contada por nadadores americanos, incluindo, o medalhista Ryan Lochte.

Na Arena Carioca 1, palco do basquete, os Estados Unidos confirmaram o favoritismo e levaram os dois ouros. Com alguns sustos no Masculino e sobrando entre as mulheres. Já a Arena Olímpica, casa da Ginástica, viu o surgimento de uma nova estrela olímpica, Simone Biles, a americana, em sua primeira Olimpíada, conquistou 4 ouros e um bronze e encantou o mundo com as exibições.

Obviamente, deixo a análise do Brasil para o fim. O Nosso país apresentou uma boa campanha na Rio 2016. O futebol masculino enfim ganhou a medalha de ouro num Maracanã lotado. O judô também nos deu medalhas, incluindo o ouro emocionante de Rafaela Silva. O Vôlei de Praia chegou a duas finais e com um ouro sensacional de Alisson e Bruno Schmidt. O Maracanãzinho viu o tricampeonato olímpico do vôlei masculino e um adeus dourado ao líbero Serginho, dono de 4 medalhas olímpicas, um recorde em atletas de esportes coletivos.

Porém, as meninas do vôlei, que buscavam um tricampeonato seguido, decepcionaram e entristeceram a torcida ao cair nas quartas. O basquete, tanto feminino como masculino, fizeram campanhas pífias e caíram na primeira fase. A natação foi a principal decepção do Brasil em casa com nenhum resultado expressivo nas águas cariocas, além do mico da água com cor esverdeada que apareceu no Maria Lenk.

Os dois destaques brasileiros nos Jogos foram Isaquias Queiroz e Thiago Braz. Isaquias fez história ao ser o primeiro brasileiro com 3 medalhas em uma única edição de Olimpíada, duas pratas e um bronze na canoagem. E Thiago não era cogitado como medalhista, mas fez um verdadeiro show no Engenhão e faturou uma improvável medalha de ouro no Salto com vara com direito a recorde olímpico.

Ah! E não teve o temido zica vírus, não teve atos terroristas. Então, a Olimpíada Rio 2016 foi um sucesso, foi uma Olimpíada com a cara do povo brasileiro

Em minha terceira olimpíada cobrindo para o Esporte É Vida, gostaria de agradecer as visualizações, os comentários. E quero dizer que em 2020 terá mais, agora os Jogos Olímpicos vão para Tóquio, mas até lá, continuem prestigiando o Esporte é Vida com novo fôlego.

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