quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Argentina mantém 100% de aproveitamento e passa pela Venezuela

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Por Gabriel Seixas


- Em jogo válido pela segunda rodada das Eliminatórias da América do Sul para a Copa do Mundo, que será realizada na África do Sul, a Argentina correu poucos riscos e derrotou a Venezuela por 2 a 0. Este jogo também marcou a volta da seleção albiceleste ao estádio José “Pachencho” Romero, palco da derrota frente ao Brasil pela Copa América deste ano, por 3 a 0. Os gols de hoje foram marcados pelo zagueiro Gabriel Millito e pelo atacante Lionel Messi, ambos do Barcelona.

- A Venezuela, que vinha de uma vitória surpreendente frente ao Equador por 1 a 0, na altitude de Quito, se valia pelo mando de campo e explorava os contra-ataques para sair com a vitória, além das bolas paradas. Richard Páez armou um 4-1-2-2-1, ou um 4-3-2-1, sem maiores detalhes. Mea Vitali era o cabeça-de-área da equipe, enquanto Seijas e Rojas atuavam um pouco mais a frente, também auxiliando a marcação – e encarregados de cobrir as investidas de Messi e Tevez pelos flancos. Arango e Páez eram os wingers venezuelanos, enquanto Maldonado era o centroavante da equipe. Outra novidade foi a presença do jovem Guerra apenas no banco de reservas. Quem esperava ver o mais novo talento venezuelano como titular, acabou se contentando com uma aparição no segundo tempo, onde foi um dos destaques do time.

- Pelo lado da Argentina, novidades não faltaram. A primeira delas foi a presença do ótimo Demichelis na zaga, que vem numa excelente fase pelo seu clube, o Bayern München, e que recupera aos poucos o seu prestígio no país. Na lateral-esquerda, Burdisso teve de ser escalado devido a contusão de Gabriel Heinze, passando Zanetti para o meio-campo. Riquelme era o meia central da equipe, enquanto Messi e Tevez alternavam entre segundo atacante e centroavante. No banco, as novidades ficaram por conta de Sergio Agüero, destaque do Atlético Madrid e da seleção sub-20, e o garoto prodígio Germán Denis, artilheiro do Apertura pelo Independiente.

- A Argentina começou se impondo, mas foi a Venezuela quem criou o primeiro lance de perigo: Maldonado invadiu a área e bateu cruzado, mas sem direção. A Argentina respondeu, e após cobrança de falta do maestro Riquelme, com efeito, Millito testou para o fundo das redes, abrindo o placar. Aos 42, ainda no primeiro tempo, Carlitos Tevez – em uma de suas poucas jogadas individuais – serviu Messi, que da entrada da área, mandou com categoria e deslocou Vega: 2 a 0.

- Durante o segundo tempo, Richard Páez foi ousado, e fez três trocas bastante rápidas: Sacou o lateral Vallenilla (ainda no intervalo), o garoto Seijas e o meia Rojas, para as entradas de Rosales, Ale Guerra (promessa venezuelana) e Arismendi. A equipe mudou a postura, mas não conseguiu criar chances efetivas de gol. Pelo lado da Argentina, Basile colocou Gago no lugar de Ibarra – recolocando Zanetti na lateral-direita -, o garoto Denis na vaga do coadjuvante Tevez, e a alteração forçada na partida: Após um choque entre o lateral Burdisso e o meia Arango, que disputavam uma cabeçada, o zagueiro argentino foi atingido na nuca e saiu de campo desacordado, com um colar cervical. Seu estado de saúde ainda não é conhecido. Ainda em campo, Daniel Diaz, do Benfica, entrou em seu lugar.

- Durante a partida, a Argentina teve ótimas chances de ampliar o marcador. Cambiasso, aos 19, acertou a trave de Vera. Poucos minutos depois, após triangulação de Riquelme, Denis e Messi, o terceiro saiu na cara do goleiro, que evitou o gol. No fim da partida, Denis (autor de 15 gols em 13 gols pelo Torneio Apertura) teve nova chance de marcar, mas desperdiçou. No fim, resultado incontestável e mais uma partida taticamente perfeita da Argentina, que ao contrário do Brasil, convenceu – e muito – seus torcedores.

3 comentários:

Arthur Virgílio disse...

Ótima análise do jogo. Sobre as promessas que entraram no segundo tempo, gostei muito do guerra, que mostrou muita habilidade, já o argentino Denis ficou devendo, perdendo duas chances claras de gol e parece ter sentido o peso da camisa hermana.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Diego Costa disse...

Oi Gabriel. Vc descreveu mto bem como foi o jogo e os detalhes. Vc só precisa melhorar a estrutura e hierarquizar os fatos mais importantes, mas vc está no caminho certo.

Abraço, Diego Costa.