sexta-feira, 11 de abril de 2008

Santos perde e se complica na Libertadores

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Por Leonardo Martins


Na noite de quarta-feira (9), o Santos foi a Guadalajara enfrentar o Chivas pela 5ª rodada do Grupo 6 da Libertadores. Com a presença do Rei Pelé no estádio, o Santos jogou mal e perdeu para os mexicanos por 3 a 2 e adiou a classificação para a última rodada.

Foi o primeiro tempo de um time só. O técnico do Santos, Emerson Leão, resolveu mudar a formação de sua equipe e, em vez de escalar o meia Rodrigo Tabata, preferiu colocar mais um zagueiro: Fabão. Com gente demas na defesa e escassez de criatividade no meio, o Peixe ficou encurralado, sofrendo pressão desde o início.

Sem conseguir segurar a bola na frente, o Peixe deu campo para o Chivas jogar. E os mexicanos, precisando vencer de qualquer maneira, mostraram muito mais disposição, ocupando espaços e tocando bem a bola, sob o comando do camisa 10, Medina. Logo aos quatro minutos, Domingos salvou de barriga um chute de Santana. Os mexicanos insistiram tanto que não tardaram a abrir o placar. Após cruzamento na área, Domingos e Fabão bateram cabeça, e a bola sobrou para Arellano afundar de pé direito. Só dava Chivas. A pressão era impressionante. O trio de zagueiros do Peixe não conseguia ganhar nenhum lance pelo alto. E foi em uma jogada por cima que saiu o segundo gol. Aos 34, Morales cruzou da direita e Rodríguez subiu livre para cabecear, encobrindo Fábio Costa. Após o segundo gol, Domingos, que falhou nos dois gols, acabou substituído por Evaldo.

Ao fim da primeira etapa, quando conseguiu colocar a bola no chão, o Santos levou perigo, principalmente com Kléber Pereira. O artilheiro teve chance aos 36, quando recebeu bom passe de Rodrigo Souto, entrou pela esquerda, mas em vez de chutar preferiu tentar driblar o goleiro Michel e acabou desarmado. Aos 39, acabou brilhando a estrela do atacante. Molina cobrou escanteio pela direita, o goleiro saiu mal e Kléber empurrou o zagueiro Magallón, que jogou a bola para dentro das redes. O gol foi dado para o artilheiro santista. Um gol, aliás, para dar um certo alívio aos santistas, pois os mexicanos poderiam ter goleado já na primeira etapa.

O Chivas voltou para o segundo tempo no mesmo ritmo do primeiro: tocando a bola com velocidade e encurralando o Peixe. Logo no primeiro minuto, mais uma vez a defesa santista ficou a ver navios, quando Medina passou lotado por Evaldo e cruzou para Santana completar de cabeça para o gol. Mesmo marcando o terceiro gol, os mexicanos continuavam com muito apetite e seguiam encurralando o time santista, que, atordoado, não acertava dois passes seguidos. Assim como aconteceu no primeiro tempo, o jogo mostrou que bastava o Peixe colocar a bola no chão e acertar o passe para conseguir sair de trás e criar algo. Foi assim que, aos 11, o time conseguiu uma falta na meia direita. Na cobrança, o lateral Kléber foi certeiro no tiro de canhota e acertou o canto esquerdo. O Peixe estava vivo. Não só vivo, como melhor em campo. Kléber foi para o meio-de-campo e passou a dar qualidade na saída de bola. Rodrigo Souto também cresceu no jogo. Com isso, o Peixe saiu de trás e aplacou a pressão dos mexicanos. Os passes começaram a sair com correção, e o time praiano criou chances, como aos 30, quando Kléber Pereira tabelou com Wesley, mas chutou de direita por cima. Como o Santos saía mais, o Chivas encontrou espaços para atacar, e, aos 35, Medina teve chance de matar o jogo. Ele saiu de frente para Fábio Costa, mas exagerou na força e mandou por cima do gol. O Alvinegro Praiano tentou apertar no fim, passou a cruzar a bola dentro da área dos mexicanos, mas não conseguiu o gol que lhe daria a classificação.


O Santos continua com 7 pontos e na 2ª colocação do grupo 6 da Libertadores, mas viu o Chivas se aproximar com 6 e na 3ª posição. O Peixe precisa de uma vitória na próxima semana em casa contra o Cúcuta para garantir a vaga na próxima fase.

Um comentário:

Arthur Virgílio disse...

Santos inconstante e o Domingos é um dos piores zagueiros da história do clube.