terça-feira, 3 de junho de 2008

O “criador das multidões”

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Por Leonardo Martins


Neste dia 3 de junho, está sendo comemorado o centenário de nascimento de Mário Filho, considerado o pai do jornalismo esportivo em nosso país e um dos precursores do sucesso futebol brasileiro.

Mário Filho nasceu em Recife, mas se mudou com a família ainda na infância para o Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, o jornalista começou a carreira ao lado do pai, Mário Rodrigues, no jornal “A Crítica”, e sempre escreveu sobre esportes, sendo um dos primeiros a se interessar pelo assunto. Mário dedicava páginas inteiras aos clubes cariocas e usava uma linguagem adequada aos dos torcedores. Tanto que, para muitos, ele foi o criador do termo “Fla-Flu” para designar os clássicos entre Flamengo e Fluminense, termo que ficou conhecido em todo o mundo.

Mário Filho, além de jornalista, era escritor e sempre conviveu com os grandes escritores, era irmão do grande Nelson Rodrigues. Nelson Rodrigues deu o apelido de “Criador das Multidões” ao irmão por causa de sua identidade com as multidões. Mário escreveu diversos livros sobre o futebol, mas a sua principal obra neste universo foi “O Negro no Futebol Brasileiro”, lançado em 1947. A obra fala da importância do negro no futebol para a formação da cultura brasileira e causou polemica na época.

O jornalista sempre foi muito ativo no esporte e criou várias competições, dentre elas o torneio Rio-São Paulo de futebol. A competição interestadual foi o precursor do atual Campeonato Brasileiro. Mas a maior vitória de Mário Filho foi a construção do Maracanã para a Copa do Mundo de 50. Mário ganhou uma batalha ferrenha contra o, até então, vereador Carlos Lacerda pelo lugar de construção do Futuro estádio. Lacerda queria que o estádio fosse construído em Jacarepaguá, mas o jornalista conseguiu o que queria, construísse o estádio no atual local e ser o maior estádio do mundo, com mais de 200 mil lugares.


Portanto, esta data é para ser comemorada pelos amantes do futebol e do jornalismo esportivo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bonita
Homenagem, Leo!
Nao poderia passar em branco...