sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Fluminense supera as dificuldades e vence o Atlético-MG

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Por Gabriel Seixas

Mesmo com objetivos tão diferentes, Fluminense e Atlético-MG tinham um propósito em comum no jogo de hoje: a vitória. O Fluminense, para se aproximar dos times que estão fora da zona de rebaixamento. O Atlético-MG para não só permanecer no G-4, como para continuar firme e forte na briga pelo título. A chuva dificultou um pouco, mas a partida enriqueceu em emoção, e no fim das contas, quem se deu melhor foi o Flu. A superação dos cariocas valeu a pena no final, com uma vitória por 2 a 1. Fred, de pênalti, e Conca marcaram para o tricolor. Diego Tardelli, artilheiro isolado da Série A, descontou. Mesmo vencendo, o Fluminense segue na última posição com 30 pontos, a cinco do Botafogo, o primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Galo caiu pro 3º lugar com 53 pontos, e a desvantagem para o líder Palmeiras aumentou para 4 pontos, mas ainda assim, o objetivo de estar no G-4 vem sendo alcançado até o momento.

O técnico Cuca decidiu mudar o esquema tático para o confronto contra o Atlético: saiu o zagueiro Digão, e entrou o argentino Ezequiel González, que marcou um gol no jogo anterior, contra o Goiás. O ex-capitão Luiz Alberto continuou fora da equipe titular. Do outro lado, Eder Luís e Correa foram as novidades, voltando ao time. Em compensação, Carlos Alberto teve de atuar improvisado na lateral-direita.

O início do jogo foi razoavelmente favorável ao Fluminense, que tinha maior posse de bola, mas não criava oportunidades claras, assim como o adversário. A primeira surgiu aos 21, quando Diguinho arriscou da intermediária, mas mandou pra fora. No minuto seguinte, Maicon fez boa jogada, tentou o chute, mas Jonílson, cão-de-guarda do time interceptou e mandou pra escanteio.

Aos 31 minutos, o lance do primeiro gol: Maicon cruzou da esquerda, a bola desviou na mão de Jorge Luiz e o árbitro marcou pênalti. Na cobrança, o artilheiro Fred, com direito a paradinha (no lance específico foi paradona), abriu o placar. O resultado foi justo, mas nenhuma das duas equipes apresentou um futebol convincente. A torcida fazia festa, e não era pra menos: o quinto jogo sem derrota estava muito próximo.

Ao contrário da primeira etapa, o segundo tempo foi eletrizante. Tanto que, no primeiro minuto, o Fluminense ampliou em um gol relâmpago: Ezequiel González aproveitou bobeira da zaga atleticana e rolou para Conca, que bateu cruzado para ampliar a vantagem.

Sem alternativas, o Atlético se lançou pra frente. Aos cinco minutos, Ricardinho cobrou falta com maestria, mas Rafael voou para defender. Porém, dois minutos depois, o goleiro acabou com a sua cota positiva, e “permitiu” o primeiro gol dos visitantes. Na cobrança de escanteio do Galo, Rafael não conseguiu afastar a bola com um soco, e Diego Tardelli, livre, diminuiu o placar. Foi o 17º gol do artilheiro isolado da Série A.

A partir daí, o jogo ficou aberto. O Galo teve boa chance de empatar com Eder Luís, que tirou tinta da trave de Rafael num bom chute da intermediária. Pouco depois, o Flu respondeu à altura: Fred rolou para Mariano na direita, e o lateral soltou uma bomba, mas pra fora.

Com Tartá no lugar de Equi González, que não manteve uma regularidade na partida, o Flu teve ótima chance de ampliar aos 28 minutos, em nova trama de Mariano e Fred. O primeiro cruzou na cabeça do segundo, que só não marcou porque Carini fez excelente defesa. E o goleiro uruguaio interceptou novamente aos 33, quando Fred aproveitou cobrança de escanteio e soltou a bomba, e por pouco não fez o terceiro.

Celso Roth estava nervoso, e teve mais motivos para se preocupar: o zagueiro Jorge Luiz foi expulso aos 36 minutos, quando foi no corpo de Roni, que havia substituído Maicon. Para recompor a defesa, Benítez substituiu o artilheiro Diego Tardelli. Sem seu principal jogador, a melhor chance veio aos 43 minutos. E que chance! Eder Luís recebeu cruzamento, e de frente pro gol, chutou torto. Isso custou caro ao Atlético, que perdeu a vice-liderança para o São Paulo. A vitória foi justa, pela demonstração de força de vontade e superação do Fluminense.

Curtinha:

- Outro time que vive situação semelhante a do Fluminense é o Sport. Mesmo jogando em casa contra o Coritiba, os pernambucanos só empataram em 1 a 1. Fabiano, que não marcava pelo Sport há várias rodadas, quebrou o jejum abrindo o placar aos 37 minutos. Ainda no primeiro tempo, o argentino Ariel empatou para o Coxa. O gol foi fundamental para o Coritiba abrir uma diferença de seis pontos para o Santo André, primeiro time da zona de rebaixamento. O Sport divide a lanterna com o Fluminense, somando os mesmos 30 pontos, e levando vantagem no número de vitórias.

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