Por Gabriel Seixas
Cruzeiro, São Paulo e Inter entraram em campo nesta quarta-feira pela Libertadores. O saldo dos brazucas foi positivo: 2 vitórias e 1 empate nos 3 jogos.
A começar pelo Cruzeiro, que sem dúvida, foi o maior orgulho brasileiro nessa semana: no Mineirão, contra o temido Vélez Sarsfield, fez nada mais, nada menos do que 3 a 0. E olha que o jogo se mostrou complicado no primeiro tempo, e até os 30 minutos, o time mineiro só havia criado uma chance clara, com Kleber. Até que, aos 32, surgiu o que seria a estrela do jogo: Thiago Ribeiro. Ele recebeu na esquerda, e limpou três jogadores antes de bater no canto do goleiro Montoya. Golaço!
No segundo tempo, o que se viu foi uma avalanche azul. Nos primeiros oito minutos, dois gols para selar de vez a vitória. Ambos de Kleber. No primeiro, ele escorou cruzamento de Thiago Ribeiro de carrinho, mandando pras redes. No terceiro, nova assistência de Thiago Ribeiro, o nome do jogo, e mais um gol do Gladiador. Kleber chegou aos sete na competição, consagrando-se como o artilheiro, e um dos craques da Libertadores. Depois disso, foi só administrar a vantagem. O Vélez ainda teve Somoza, expulso. Uma exibição pra ficar na memória dos torcedores cruzeirenses.
Também jogando em casa, no Beira-Rio, o Internacional espantou a crise: bateu o Cerro, do Uruguai, o adversário mais difícil do grupo, por 2 a 0. O estádio estava lotado (mais de 37 mil pessoas), e Fossati finalmente trocou o 3-5-2 pelo 4-4-2, escalando Giuliano e D’Alessandro para municiar Walter e Alecsandro.
E o time, incrivelmente, teve uma outra postura. Jogou como Internacional, talvez empurrado por Marcelo Dourado, campeão do BBB 10 e colorado fanático. Mas não encontrou o caminho do gol na primeira etapa. Porém, no segundo tempo, o panorama foi diferente: empurrado pela torcida, que dessa vez jogou a favor, o Colorado abriu o placar aos 14 minutos. Walter tentou o chute, a bola bateu em Ibañez e foi pra rede. Gol contra.
Treze minutos depois, foi a vez de outro artilheiro aparecer. Alecsandro, aproveitando rebote do goleiro, aumentou a vantagem. Uma das melhores atuações, se não a melhor, do Inter na temporada. Se continuar nesse embalo, pode recuperar o status de um dos favoritos ao título. Esse time tem jogadores bons, mas que precisam jogar de verdade. Olho neles!
A decepção ficou por conta do São Paulo, que empatou com o Monterrey sem gols, no México. Apesar do resultado, o tricolor paulista garantiu, no mínimo, o 2º lugar do grupo. O primeiro tempo do jogo foi fraco: o Monterrey não exigiu muito de Rogério Ceni – na verdade, uma vez só, com Paredes. Val Baiano apareceu pouco pelo time mexicano. Já o São Paulo, que tinha Cicinho como titular na lateral (deixando Jean no banco), também não deixou pra menos.
Ricardo Gomes tentou mudar a cara do time, com Fernandinho no lugar do apagado Dagoberto. O técnico Victor Vucetich, do Monterrey, pouco depois, tirou Val Baiano de campo. Mas o jogo não mudou muito: o São Paulo assustava pouco, mas quase marcou com um chutaço de Cleber Santana, do meio de campo! Orozco espalmou pra escanteio.
Depois disso, o que se viu foi um sufoco do Monterrey, que se mostrou mais presente no último minuto. Foi um verdadeiro bombardeio: Rogério Ceni salvou, Ayoví mandou na trave...no fim das contas, um empate foi muito comemorado pelo tricolor paulista, que pode perder a liderança do grupo para o Once Caldas, que enfrenta o Nacional, do Paraguai.
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