quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Grêmio frustra a torcida no Olímpico

Share |

Por Leonardo Martins


Último brasileiro a estrear na Libertadores, o Grêmio fez sua estréia diante do Universidad de Chile, em jogo válido pelo Grupo 7. Os gaúchos tiveram inúmeras chances de marcar, mas não aproveitaram nenhuma e ficou num empate frustrante sem gols.

Sobraram chances, faltou o gol. O Grêmio amarrou o Universidad de Chile no campo de defesa e atacou o adversário o tempo todo na etapa inicial. O time de Celso Roth teve nove chances reais de gol nos primeiros 45 minutos. E a bola teimou em não entrar.

Foi “La U” quem começou atacando. O Grêmio parecia zonzo na largada do jogo. Teve erros sequenciais de passes e quase levou o gol logo com um minuto de jogo. Díaz bateu escanteio, González desviou de cabeça e Olarra, na segunda trave, não conseguiu concluir. Foi a primeira e única chance dos chilenos na metade inicial da partida. A partir daí, foi Grêmio e mais Grêmio.

Dos seis aos 13 minutos, o Tricolor bombardeou o Universidad. Cinco chances de gol, uma atrás da outra, fizeram o torcedor olhar para o céu com aquela cara de quem pede uma explicação divina para a bola insistir em não entrar. O Grêmio começou martelando com Réver, livre na segunda trave, que cabeceou sobre o gol. Ele próprio teve chance semelhante na sequência, novamente sem sucesso.

Aos 11, um lance lindo. Jadilson, a surpresa do time, acionou Tcheco na esquerda. O capitão mandou no peito de Jonas, que deixou a bola preparada para o chute de Souza. Foi uma patada do meio-campista, mas por cima. Quase.

Tudo passou por Souza no Grêmio, mas Jadilson também pintou bem na esquerda. Foi ele quem lançou a bola para Jonas desviar de cabeça e obrigar o goleiro Pinto a fazer uma defesa incrível, em uma aula de reflexo. E o camisa 1 de “La U” repetiu a dose mais tarde, desta vez em cabeceio de Alex Mineiro. Não fosse o goleiro, o Grêmio teria largado na frente.

O goleiro e também a trave. No fim do período, Souza, sempre ele, dominou pelo meio, mirou o canto esquerdo de Pinto e mandou o chute. A bola estourou no poste, em um resumo do que foi o primeiro tempo: pressão, bafo na nuca e nada de gol.

Água mole em pedra dura tanto bate até que não acontece nada. O Grêmio seguiu com uma pressão incrível no segundo tempo. Teve novas chances, algumas ainda mais claras do que as do período anterior, mas não tinha jeito. A bola parecia chilena. Ela não queria entrar de jeito nenhum.

No primeiro minuto, Rafael Marques perdeu gol feito de cabeça. Deveria ter feito, mas cabeceou um pouquinho torto, para fora. Logo depois, ele teve outra chance. Foi um lance que beirou o sobrenatural.

O zagueiro concluiu no rumo certo. A bola migrava para o fundo do gol, mas a defesa chilena cortou sobre a linha. No rebote, Réver parou em defesa incrível do goleiro. O bate-rebate prosseguiu até a arbitragem parar a jogada por ver falta em Pinto.

Não foi tudo. Antes, Souza tinha mandado uma bomba no travessão. Depois, Alex Mineiro desperdiçou outra chance. Ele recebeu na área, driblou o goleiro e mandou em diagonal para o gol. A bola rolou lentamente, quase preguiçosa, até Contreras cortar.

Não tinha jeito. A pressão seguiu, Jonas perdeu gol feito, pediu um pênalti, Celso Roth colocou Douglas Costa e Reinaldo, o adversário teve um jogador (o lateral-direito Díaz) expulso, mas foi o mesmo de antes. Por uma dessas maldades do futebol, a bola não entrou. O Grêmio merecia mais. Muito mais.

O Grêmio volta a campo pela competição sul-americana no dia 11 de março quando enfrenta o colombiano Boyaca Chico em terras colombianas.

Outros jogos

Grupo 2
Deportivo Cuenca-EQU 4x0 Guarani-PAR

Grupo 4
Independiente Medellín-COL 0x0 Defensor Sporting-URU

Grupo 6
Caracas-VEN 3x1 Lanús-ARG
Chivas-MEX 6x2 Everton-CHI

Nenhum comentário: