quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Empate no Engenhão

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Por Gabriel Seixas

Vasco x Botafogo é sempre garantia de muitas emoções. No clássico disputado ontem, no castigado gramado do Engenhão, o empate resumiu perfeitamente o que foi a partida: um tempo do Vasco (primeiro), outro do Bota (segundo). Virou rotina: o Vasco começa o jogo a todo vapor, constroi vantagem no primeiro tempo, diminui o ritmo na etapa final e cede o empate. No clássico, esse panorama ganhou ainda mais contornos de dramaticidade: a vantagem era de 2 a 0, o time tinha um jogador a mais e o gol de empate do alvinegro só veio nos últimos minutos.


Nos primeiros 45 minutos, quem mandou na partida foi o Vasco. Bem postado e com um time que aprendeu a jogar com as ausências de Felipe e Carlos Alberto, abriu o placar ainda aos 13 minutos. Numa jogada resultante de uma falha do zagueiro Antônio Carlos, Ramon entortou Alessandro e marcou o primeiro. Aliás, como vem jogando bem o lateral cruzmaltino desde que voltou de contusão!

Quando o Botafogo esboçava uma reação, sentiu o baque da perda de Maicosuel, contundido. Antônio Carlos já havia sido substituído anteriormente pelo mesmo motivo. Por sinal, a lista de desfalques do Bota é grande para o próximo confronto, no sábado, frente ao Atlético-PR: Loco Abreu, Herrera, Marcelo Cordeiro, Danny Morais e outros engrossam a lista.

Até então, o nome do clássico era Eder Luis. Perfeito nos contragolpes, o atacante cruzmaltino foi autor de um golaço ainda no primeiro tempo. O gol premiou a atuação impecável do Vasco na etapa inicial, que imprimiu um forte ritmo de jogo e não deixou o adversário jogar. Dedé, como sempre, esteve impecável na zaga. Fellipe Bastos melhorou a saída de bola. Rafael Coelho destoava do resto do time.

Mas tinha todo um segundo tempo pela frente. Os comandados de PC Gusmão mais uma vez colocaram o pé no freio e permitiram a reação do Bota, que a passos lentos, caminhava para o seu primeiro gol. Herrera tratou de fazê-lo. Poderia sair como heroi, mas preferiu o papel de vilão. Recebeu dois cartões amarelos inadmissíveis e acabou expulso. Excesso de garra e vontade? Eu diria discplicência.

O Bota continuava esbarrando nos próprios erros, mas PC Gusmão tratou de dar uma ajudinha ao rival: colocou em campo Felipe, Carlos Alberto e Nunes e automaticamente minou as chances de seu time matar a partida no contra-ataque. Lento, sem objetividade e sem sua principal válvula de escape, Eder Luis, o Vasco mais uma vez entregou uma vitória que parecia certa.

A sucessão de erros foi encerrada com chave de ouro por Titi, que cometeu um pênalti absolutamente infantil nos minutos finais. Sempre frio, Loco Abreu deslocou Prass e selou o empate. Na história dos clássicos entre cruzmaltinos e alvinegros, nenhuma novidade. Pra se manter no topo, o Botafogo vai precisar superar a má fase e os desfalques. Quanto ao Vasco, só uma mudança de postura o fará reencontrar o caminho das vitórias. Caso contrário, é melhor sequer perder tempo construindo vantagens no primeiro tempo.

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