Por Gabriel Seixas
O torcedor esperou um bom tempo, mas na 24ª rodada, os rubro-negros cariocas puderam ver o Flamengo jogando como Flamengo. Desde o início do jogo, o time carioca tomou conta da partida, empurrado por atuações individuais de grande destaque, sobretudo do aniversariante Petkovic (que fez 37 anos) e de Adriano, que marcou dois gols e se isolou na artilharia do campeonato. Zé Roberto, que também teve boa atuação, completou o placar de 3 a 0, que faz o time voltar a sonhar com a Libertadores do ano que vem. O Sport sentiu o baque de um gol sofrido logo aos três minutos, e ainda no primeiro tempo perdeu o capitão Durval, expulso. Os pernambucanos continuam afundados na zona do rebaixamento, e pra piorar, têm mais um confronto fora de casa na próxima rodada, contra o Atlético Paranaense.
Ousadia é a palavra chave
Andrade sabia que a vitória era imprescindível para as pretensões do Flamengo de chegar a Libertadores. Sem o volante Willians, maior ladrão de bolas do campeonato, expulso na rodada passada, o treinador resolveu mudar o esquema do time: colocou o meia atacante Zé Roberto auxiliando Petkovic na armação. E deu certo. O time foi muito mais incisivo na frente, e chegou ao gol do Leão várias vezes na partida, podendo marcar muito mais que três gols.
O Sport pecou por também apostar num esquema ofensivo para surpreender o Fla. A intenção de Péricles Chamusca era colocar um jogador com as mesmas características de Luciano Henrique para a armação. Então, fez a estreia de Paulinho, que não teve boa atuação nem no sistema ofensivo, e muito menos no defensivo. Com dois meias de características ofensivas, e mais dois atacantes, o time pernambucano deu muitos espaços para o Flamengo jogar, sobretudo quando o zagueiro Durval foi expulso, complicando de vez a situação dos pernambucanos.
Imperador e Gringo decidem a parada para o Fla
O Flamengo começou com um ritmo frenético, embalado pela mudança de esquema, e porque não de atitude, que lhe faltou contra o Atlético-PR na rodada passada. Adriano voltava ao time após defender a seleção brasileira. E pra quem diz que a camisa do Brasil “faz mal” ao jogador quando volta ao clube, o Imperador tratou de negar essa afirmação: Ele recebeu um lançamento milimétrico de Petkovic, matou no peito e ajeitou para a perna esquerda, acertando o ângulo do goleiro Magrão: Golaço, para explodir a nação rubro-negra no Maraca. Isso logo aos três minutos.
O Sport sentiu o gol, e permitiu as descidas dos jogadores rubro-negros, sobretudo de Adriano. Ele recebeu cruzamento da esquerda, matou no peito e acertou um voleio, pra fora. Novamente o camisa 10 do Fla entrou em ação, quando colocou Denis Marques na cara do gol. O atacante se enrolou quando tentou driblar Magrão, e foi parado pelo goleiro.
Aliás, a única investida do time pernambucano no primeiro tempo foi na principal característica da equipe: a bola parada. Paulinho cobrou falta rente ao gol de Bruno. Realmente, nada ia bem para o Sport. A dupla de zaga estava perdida, sobretudo Juliano, que atuava pela direita. Os alas, Élder Granja e Dutra, eram facilmente superados por Léo Moura e Everton, do Flamengo. E na criação de jogadas, Fabiano e Paulinho ficaram devendo, fazendo com que Wilson e Arce mal aparecessem na partida.
O Flamengo aproveitou as limitações técnicas do adversário para marcar mais um gol. Petkovic, que estava fazendo 37 anos, deu mais uma assistência. Dessa vez para Zé Roberto, que entrou pela direita e bateu no contrapé de Magrão, fazendo 2 a 0 para os cariocas.
Ainda deu tempo para, antes do intervalo, o capitão Durval, do Sport, ser expulso. Ele parou Denis Marques próximo a área, e como era o último homem, recebeu o vermelho direto. A situação já estava ruim, mas conseguiu ficar pior. Péricles Chamusca, carrasco do Flamengo na fatídica final da Copa do Brasil de 2004 contra o Santo André (Chamusca dirigia o Ramalhão), colocou o zagueiro César no lugar de Arce, para tentar estabilizar o sistema defensivo.
Magrão minimiza o vexame do Sport
O jogo recomeçou com o Flamengo explorando a fragilidade da defesa do Sport na bola aérea. Nos primeiros minutos, Léo Moura cruzou para Adriano, que de cabeça, mandou pra fora. Minutos depois, foi a vez de Álvaro cabecear, mas dessa vez Magrão trabalhou fazendo boa defesa.
Com apenas 14 minutos, começou a brilhar ainda mais a estrela do goleiro Magrão. Ele impediu outra tentativa de voleio de Adriano, mandando a bola para escanteio. Na cobrança, Álvaro apareceu novamente livre para cabecear, e Magrão teve de trabalhar novamente para evitar o terceiro gol.
A atuação do Flamengo era mesmo de encher os olhos. Os alas começaram com uma postura mais defensiva, mas logo se soltaram, pois o jogo não exigia que o Fla priorizasse a defesa. Maldonado, e principalmente Álvaro, já mostram entrosamento no sistema defensivo do Fla, que está “invicto” há três jogos. Na armação, Petkovic e Zé Roberto se entenderam muitíssimo bem, e infernizavam a defesa pernambucana. Na frente, nem se fala. Adriano era a figura do jogo. De fato, a seleção brasileira o deixou mais leve.
Ele exigiu reflexo de Magrão, quando completou, de cabeça, um cruzamento da esquerda de Everton. Minutos depois, quem apareceu foi Petkovic, que surpreendentemente aos 30 minutos do segundo tempo, com seus 37 anos, deu uma arrancada, chutou forte e exigiu outra ótima defesa do inspirado Magrão.
Adivinha quem apareceu aos 33 minutos? Sempre ele, Magrão. E foi novamente Petkovic que atazanou a vida do goleiro pernambucano, numa bela cobrança de falta em que Magrão evitou o gol.
Com o jogo ganho, Andrade aproveitou para descansar jogadores como Denis Marques, que cedeu lugar a Fierro – passando Zé Roberto para o ataque -, e Petkovic, que saiu ovacionado com os gritos de “Pet, Pet!” para a entrada de Erick Flores, que voltou a atuar pelos profissionais após a frustrante não-convocação para o Mundial Sub-20 pela seleção brasileira. Mesmo mudado, o Flamengo conseguiu fazer o terceiro gol nos minutos finais, mais precisamente aos 44 do segundo tempo: Léo Moura cobrou escanteio e Adriano achou espaço entre os defensores do Sport para cabecear no canto de Magrão, que dessa vez não pôde evitar a tragédia. 3 a 0, e poderia ter sido mais. Ah, e Adriano se isolou na artilharia do Brasileirão com 12 gols, podendo ser alcançado por vários jogadores ainda neste domingo.
Com o resultado, o Flamengo pula momentaneamente para o 8º lugar com 34 pontos, mesmo número do Avaí. O Sport terminará a rodada em 19º com 20 pontos, mesmo que o Fluminense, que está na lanterna com 17, vença o Botafogo – afinal, os cariocas teriam uma vitória a menos que os pernambucanos.
O torcedor esperou um bom tempo, mas na 24ª rodada, os rubro-negros cariocas puderam ver o Flamengo jogando como Flamengo. Desde o início do jogo, o time carioca tomou conta da partida, empurrado por atuações individuais de grande destaque, sobretudo do aniversariante Petkovic (que fez 37 anos) e de Adriano, que marcou dois gols e se isolou na artilharia do campeonato. Zé Roberto, que também teve boa atuação, completou o placar de 3 a 0, que faz o time voltar a sonhar com a Libertadores do ano que vem. O Sport sentiu o baque de um gol sofrido logo aos três minutos, e ainda no primeiro tempo perdeu o capitão Durval, expulso. Os pernambucanos continuam afundados na zona do rebaixamento, e pra piorar, têm mais um confronto fora de casa na próxima rodada, contra o Atlético Paranaense.
Ousadia é a palavra chave
Andrade sabia que a vitória era imprescindível para as pretensões do Flamengo de chegar a Libertadores. Sem o volante Willians, maior ladrão de bolas do campeonato, expulso na rodada passada, o treinador resolveu mudar o esquema do time: colocou o meia atacante Zé Roberto auxiliando Petkovic na armação. E deu certo. O time foi muito mais incisivo na frente, e chegou ao gol do Leão várias vezes na partida, podendo marcar muito mais que três gols.
O Sport pecou por também apostar num esquema ofensivo para surpreender o Fla. A intenção de Péricles Chamusca era colocar um jogador com as mesmas características de Luciano Henrique para a armação. Então, fez a estreia de Paulinho, que não teve boa atuação nem no sistema ofensivo, e muito menos no defensivo. Com dois meias de características ofensivas, e mais dois atacantes, o time pernambucano deu muitos espaços para o Flamengo jogar, sobretudo quando o zagueiro Durval foi expulso, complicando de vez a situação dos pernambucanos.
Imperador e Gringo decidem a parada para o Fla
O Flamengo começou com um ritmo frenético, embalado pela mudança de esquema, e porque não de atitude, que lhe faltou contra o Atlético-PR na rodada passada. Adriano voltava ao time após defender a seleção brasileira. E pra quem diz que a camisa do Brasil “faz mal” ao jogador quando volta ao clube, o Imperador tratou de negar essa afirmação: Ele recebeu um lançamento milimétrico de Petkovic, matou no peito e ajeitou para a perna esquerda, acertando o ângulo do goleiro Magrão: Golaço, para explodir a nação rubro-negra no Maraca. Isso logo aos três minutos.
O Sport sentiu o gol, e permitiu as descidas dos jogadores rubro-negros, sobretudo de Adriano. Ele recebeu cruzamento da esquerda, matou no peito e acertou um voleio, pra fora. Novamente o camisa 10 do Fla entrou em ação, quando colocou Denis Marques na cara do gol. O atacante se enrolou quando tentou driblar Magrão, e foi parado pelo goleiro.
Aliás, a única investida do time pernambucano no primeiro tempo foi na principal característica da equipe: a bola parada. Paulinho cobrou falta rente ao gol de Bruno. Realmente, nada ia bem para o Sport. A dupla de zaga estava perdida, sobretudo Juliano, que atuava pela direita. Os alas, Élder Granja e Dutra, eram facilmente superados por Léo Moura e Everton, do Flamengo. E na criação de jogadas, Fabiano e Paulinho ficaram devendo, fazendo com que Wilson e Arce mal aparecessem na partida.
O Flamengo aproveitou as limitações técnicas do adversário para marcar mais um gol. Petkovic, que estava fazendo 37 anos, deu mais uma assistência. Dessa vez para Zé Roberto, que entrou pela direita e bateu no contrapé de Magrão, fazendo 2 a 0 para os cariocas.
Ainda deu tempo para, antes do intervalo, o capitão Durval, do Sport, ser expulso. Ele parou Denis Marques próximo a área, e como era o último homem, recebeu o vermelho direto. A situação já estava ruim, mas conseguiu ficar pior. Péricles Chamusca, carrasco do Flamengo na fatídica final da Copa do Brasil de 2004 contra o Santo André (Chamusca dirigia o Ramalhão), colocou o zagueiro César no lugar de Arce, para tentar estabilizar o sistema defensivo.
Magrão minimiza o vexame do Sport
O jogo recomeçou com o Flamengo explorando a fragilidade da defesa do Sport na bola aérea. Nos primeiros minutos, Léo Moura cruzou para Adriano, que de cabeça, mandou pra fora. Minutos depois, foi a vez de Álvaro cabecear, mas dessa vez Magrão trabalhou fazendo boa defesa.
Com apenas 14 minutos, começou a brilhar ainda mais a estrela do goleiro Magrão. Ele impediu outra tentativa de voleio de Adriano, mandando a bola para escanteio. Na cobrança, Álvaro apareceu novamente livre para cabecear, e Magrão teve de trabalhar novamente para evitar o terceiro gol.
A atuação do Flamengo era mesmo de encher os olhos. Os alas começaram com uma postura mais defensiva, mas logo se soltaram, pois o jogo não exigia que o Fla priorizasse a defesa. Maldonado, e principalmente Álvaro, já mostram entrosamento no sistema defensivo do Fla, que está “invicto” há três jogos. Na armação, Petkovic e Zé Roberto se entenderam muitíssimo bem, e infernizavam a defesa pernambucana. Na frente, nem se fala. Adriano era a figura do jogo. De fato, a seleção brasileira o deixou mais leve.
Ele exigiu reflexo de Magrão, quando completou, de cabeça, um cruzamento da esquerda de Everton. Minutos depois, quem apareceu foi Petkovic, que surpreendentemente aos 30 minutos do segundo tempo, com seus 37 anos, deu uma arrancada, chutou forte e exigiu outra ótima defesa do inspirado Magrão.
Adivinha quem apareceu aos 33 minutos? Sempre ele, Magrão. E foi novamente Petkovic que atazanou a vida do goleiro pernambucano, numa bela cobrança de falta em que Magrão evitou o gol.
Com o jogo ganho, Andrade aproveitou para descansar jogadores como Denis Marques, que cedeu lugar a Fierro – passando Zé Roberto para o ataque -, e Petkovic, que saiu ovacionado com os gritos de “Pet, Pet!” para a entrada de Erick Flores, que voltou a atuar pelos profissionais após a frustrante não-convocação para o Mundial Sub-20 pela seleção brasileira. Mesmo mudado, o Flamengo conseguiu fazer o terceiro gol nos minutos finais, mais precisamente aos 44 do segundo tempo: Léo Moura cobrou escanteio e Adriano achou espaço entre os defensores do Sport para cabecear no canto de Magrão, que dessa vez não pôde evitar a tragédia. 3 a 0, e poderia ter sido mais. Ah, e Adriano se isolou na artilharia do Brasileirão com 12 gols, podendo ser alcançado por vários jogadores ainda neste domingo.
Com o resultado, o Flamengo pula momentaneamente para o 8º lugar com 34 pontos, mesmo número do Avaí. O Sport terminará a rodada em 19º com 20 pontos, mesmo que o Fluminense, que está na lanterna com 17, vença o Botafogo – afinal, os cariocas teriam uma vitória a menos que os pernambucanos.
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