quinta-feira, 8 de abril de 2010

Flamengo só empata na Libertadores

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Por Gabriel Seixas

- 1 ponto ganho. Mas pode-se dizer que foram dois pontos perdidos. Esse foi o saldo do Flamengo no jogo de hoje, que em meio à tragédia que abala o Rio de Janeiro e faz a cada dia mais vítimas, recebeu a Universidad de Chile e empatou em 2 a 2. O jogo teve contornos de dramaticidade, quando os chilenos saíram para o intervalo vencendo, de comoção, quando o Flamengo heroicamente virou o jogo, e principalmente de lamentação.

- O gol de Rodriguez, aos 46 do segundo tempo, fez muito mais do que tirar a vitória dos rubro-negros: ameaça a classificação do Fla para a próxima fase da Libertadores. Mas a situação não é desesperadora: o time só depende de si para se classificar, mas precisa de uma combinação de resultados para ser líder do grupo.

- A partida, que estava marcada para a quarta-feira, teve de ser realizada nesta quinta. Motivo: o estado do gramado do Maracanã, que também sofreu as consequências das fortes chuvas na cidade maravilhosa. Foi realizado um verdadeiro mutirão para que o Maracanã tivesse condições de receber a partida. O gramado estava pesado, mas não teve influência direta no resultado da partida.
- Andrade fez duas modificações na equipe titular. Na primeira, forçada pela contusão de Adriano, ele acertou em cheio: colocou Michael como meia-esquerda, isolando Vagner Love no ataque. Na segunda, por questões técnicas, não teve muita felicidade: tirou Fabrício da zaga e pôs Ronaldo Angelim. Tirar um zagueiro de praticamente 1,90m para colocar um de 1,79m jogando contra uma equipe que tem como principal característica o jogo aéreo, não pareceu uma boa opção.

- E não foi mesmo. O Flamengo não soube imprimir um bom ritmo de jogo, e só conseguia chegar pelas laterais. Nas melhores chances de abrir o placar, Vagner Love acertou a rede pelo lado de fora aos 17 (depois de perder um escorando cobrança de escanteio), e Juan, em cobrança de falta, teve ótima chance, porém o goleiro Conde fez ótima defesa.

- A Universidad de Chile chegava ao ataque esporadicamente, e num desses avanços, abriu o placar, aos 43 minutos. Puch cruzou, e Montillo aproveitou falha feia de Álvaro, cabecando para o fundo do gol.

- O resultado negativo causou insatisfação a torcida, e também a Andrade, que tirou o apático Kleberson para a entrada do centroavante Bruno Mezenga, mudando o esquema tático para o 4-2-2-2. E foi nesse esquema que o Fla melhorou na partida. Bruno Mezenga teve duas ótimas chances de empatar: na primeira, o goleiro Conde evitou; na segunda, acertou uma cabeçada que caprichosamente bateu na trave.

- Já com Petkovic no lugar de Vinicius Pacheco – que mais uma vez se omitiu em campo -, o Flamengo continuou criando chances. Foi a vez de Léo Moura arriscar, aproveitando grande jogada de Willians, mas sempre ele, Conde, salvou o gol. Mas o empate finalmente chegou aos 22 minutos. Dentro da área, Vagner Love driblou o goleiro e cruzou rasteiro pra trás, e a bola sobrou para Michael, que arriscou. A bola ainda bateu num defensor chileno antes de estufar as redes.

- Vagner Love quase marcou o segundo, mas dentro da área, incrivelmente perdeu. Mas aos 37 minutos, o Artilheiro do Amor participou do segundo gol. Foi dele o passe para Michael, que tentou arriscar, mas foi travado. Na sobra, Leo Moura acertou um bonito chute no ângulo, para delírio dos mais de 15 mil torcedores no Maraca.

- O jogo estava praticamente ganho. O Flamengo foi melhor durante todo o segundo tempo, e quase não sofreu sustos. Michael, mais uma vez, teve atuação destacada. Mas o clima de festa acabou aos 46 minutos. Rodriguez pegou sobra na pequena área e bateu pro gol, decretando o placar final: 2 a 2.

- O resultado não é desesperador, pois o Flamengo ainda deve se classificar. Mas não em 1º lugar, mesmo porque não depende só de si. A próxima partida, contra a Universidad Católica, na próxima quarta-feira, em Santiago, será determinante para as pretensões do Flamengo na próxima fase. Se conseguir chegar lá, é claro.

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