quinta-feira, 20 de maio de 2010

Santos e Vitória farão a final da Copa do Brasil

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Por Gabriel Seixas

- Já estão definidos os times que farão a final da Copa do Brasil: Santos e Vitória. Independente de quem seja campeão, teremos um vencedor inédito na competição que está na sua 22ª edição, e dá vaga direta para a Libertadores do ano que vem. O Santos derrotou o Grêmio por 3 a 1, enquanto o Vitória bateu o Atlético Goianiense por 4 a 0.

- O fato é que tanto paulistas, quanto baianos, foram superiores em seus respectivos jogos, principalmente o Vitória, que atropelou o Atlético Goianiense no jogo de volta da semifinal: 4 a 0. O Leão tem uma grande oportunidade de disputar pela primeira vez a Libertadores, mas antes precisa quebrar outro tabu: o de nunca ter vencido a Copa do Brasil.

- A festa da torcida rubro-negra no Barradão foi linda, e o Vitória foi no embalo. Só no primeiro tempo, os baianos já haviam revertido a vantagem de 1 a 0 obtida pelo Atlético Goianiense no jogo da ida: com gols de Uelliton e Junior, os donos da casa já venciam por 2 a 0.

- O Atlético sentia os desfalques de Elias e Robston, dois dos principais jogadores do time, mas conseguiu criar boas oportunidades na etapa final, porém não as converteu. Restou ao Vitória matar o jogo nos minutos finais: aos 45, Júnior marcou o terceiro, e no último minuto dos acréscimos, o goleiro Viáfara, cobrando pênalti, fechou a conta.

- Aliás, foi no penal cobrado pelo goleiro colombiano que foi gerada a maior polêmica do jogo: Viáfara utilizou do método do “paradão” na cobrança, recentemente proibido pela FIFA, mas que só entra em vigor a partir de Junho. Mas o árbitro Heber Roberto Lopes fez questão de “antecipar” a determinação, punindo o arqueiro com cartão amarelo, e consequentemente tirando-o do primeiro jogo da final da Copa do Brasil, já que estava suspenso.

- Mas o grande jogo da noite foi mesmo entre Santos e Grêmio – não à toa que são intitulados os principais times do Brasil. Os Meninos da Vila aprontaram mais uma, e no fator individualidade, garantiram a vitória dos donos da casa por 3 a 1, e consequentemente uma vaga na final.

- É bom destacar que o Santos fez um 1º tempo abaixo da média, em vários momentos sendo pressionado pelo Grêmio, que havia vencido na ida por 4 a 3. Paulo Henrique Ganso, maestro do time, estava sumido. Neymar também ficou abaixo da crítica, e Robinho era um dos poucos que chamava a responsabilidade pra si.

- O panorama no 2º tempo era o mesmo, mas aí entrou em ação o fator individualidade. Mais uma vez, Ganso provou que merecia ser lembrado na lista de Dunga para a Copa do Mundo, desta vez com um petardo da intermediária, que morreu no ângulo de Victor. Golaço! Digno de craque.

- E só a partir do gol o Santos começou a se soltar na partida. E mais uma vez um Menino da Vila chamou a responsabilidade para si: era chegada a hora de Robinho. Ele recebeu passe de André, saiu na cara de Victor, e fez o que era fácil de imaginar, mas difícil de fazer: deu um lindo toque por cima do goleiro.

- No melhor estilo “temos um jogo”, o Grêmio descontou com Rafael Marques – aproveitando falha do inconstante goleiro Felipe -, e no desespero pelo empate, único resultado que colocaria o tricolor gaúcho na final, foi surpreendido. Wesley, outro Menino da Vila, provou que tem muito futebol, apesar de não ter grife: deu um drible da vaca em Adilson, avançou, driblou o goleiro Victor e tocou para o gol vazio.

- Tantos talentos individuais fazem o Santos adquirir uma outra virtude: o conjunto. Há quem diga que esta final é “barbada”, mas também devemos considerar o momento: os dois jogos da finalíssima só serão disputados após a Copa do Mundo. E o time do Peixe tem suas deficiências, principalmente na defesa, na qual ainda deixa muitos espaços, e também não conta com um goleiro confiável. Felipe tem potencial, mas está acumulando falhas.

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