sábado, 15 de maio de 2010

Sob forte chuva, Vitória e Flamengo empatam no Barradão

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Por Gabriel Seixas

- Em jogo válido pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro, Vitória e Flamengo se enfrentaram em Salvador e empataram em 1 a 1. O Fla começou na frente, com um gol relâmpago de Vagner Love, mas aos 40 minutos da etapa final, Elkeson, cobrando falta, marcou para os baianos. Ambos os times ainda não venceram no Brasileirão.

- O técnico do Vitória, Ricardo Silva, decidiu poupar jogadores para o jogo da volta das semifinais da Copa do Brasil, contra o Atlético Goianiense, nesta quarta-feira. Pelo lado do Flamengo, Rogério Lourenço optou por mandar a campo todos os titulares, mesmo com o jogo de volta das quartas-de-final da Libertadores, contra a Universidad de Chile,

- Enquanto o gramado ainda permitia uma certa correria e alguns toques de bola, o Flamengo fez uma blitz pra cima do Vitória. A pressão deu resultado, já que o gol saiu logo aos dois minutos. Adriano recebeu pela esquerda, cruzou, e o goleiro Vinicius saiu atabalhoado do gol para dar um soco na bola. O que o arqueiro do Vitória não contava é que a bola fosse bater em Vagner Love, e morrer no fundo das redes.

- A partir daí, a bola parou de rolar. O jogo começou a ficar muito truncado, com muitos erros de passes e chutões pra frente, e poucas finalizações. Um cenário parecido com o confronto entre Flamengo e Corinthians no Maracanã, pelas oitavas-de-final da Libertadores. Controlar a bola era praticamente impossível.

- Desentrosado, o mistão do Vitória parecia perdido em campo. Assustou aos 32, numa cabeçada de Uelliton, mas quase sofreu o segundo gol no minuto seguinte, quando Vagner Love fez jogada individual, driblou um zagueiro e bateu pro gol, rente a trave de Vinicius.

- Só que no segundo tempo os baianos voltaram mais ligados para o jogo. Não contaram com a ajuda do gramado, que ficava ainda mais impraticável à medida que a chuva caía no Barradão, mas ainda assim criaram algumas oportunidades. Aos oito minutos, Uelliton recebeu cruzamento e desviou de cabeça, rente a trave de Bruno.

- Com Lenilson e Kleiton nos lugares de Uelliton e Neto Berola, o time ficou relativamente mais criativo, no esquema 4-2-3-1, com Júnior isolado na frente. O zagueiro Gabriel, que entrou no intervalo, quase empata o jogo, mas o chute “apenas” tirou tinta da trave de Bruno.

- O Flamengo estava absolutamente desligado da partida. Kleberson, recém-convocado para a Copa do Mundo, pouco (pra não dizer nada) fez na partida, assim como Michael, que ganhou uma nova oportunidade no time titular, e foi substituído pelo inoperante Fierro, que está na lista dos pré-convocados para o Chile.

- O Império do Amor estava isolado. Adriano jogou muito recuado, mas ao menos demonstrou vontade. Vagner Love, visivelmente desgastado, foi inexplicavelmente substituído por Petkovic aos 29 minutos. Explico: as características do sérvio (no caso, controle e toque de bola) dificilmente seriam exercidas num campo absolutamente encharcado. Mas Rogério Lourenço cedeu à pressão da torcida, que pedia por Pet desde o início da etapa final.

- Com isso, o Vitória cresceu no jogo. Os baianos já goleavam em alguns scouts, como nos escanteios a favor (14 a 3), mas para fazer justiça ao placar, mereciam um gol, que veio aos 40 minutos. Elkeson bateu falta da entrada da área com força e categoria, no ângulo de Bruno, que ainda tocou na bola, mas não evitou o gol.

- O Flamengo ainda criou uma última oportunidade nos acréscimos, com Petkovic, que desperdiçou uma oportunidade claríssima de gol. O placar fez justiça ao que foi o jogo: o Vitória, mesmo com um time reserva, superou suas limitações e foi em busca do placar. Já o Fla se limitou a covardia, explícita no esquema tático montado por Rogério Lourenço no fim do jogo, com quatro volantes, e poderia muito bem ter saído de campo derrotado.

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