quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Flamengo goleia Figueirense nos minutos finais e deixa a zona de rebaixamento

Share |

Por Gabriel Seixas



Ufa ufa, Mengão! Esse sentimento de alívio é o retrato do que a torcida sentiu hoje após deixar o Maracanã. Numa atuação pouco convincente e contestadíssima (principalmente no primeiro tempo e no início do segundo), o Flamengo goleou o Figueirense por 4 a 1, em partida liquidada nos minutos finais. Mesmo com o público reduzido nesta Quarta, comparada a massa que compareceu na partida contra o Sport, o Flamengo saiu com um placar elástico. Porém, nem tudo foi festa no decorrer da partida.

Com a vitória, o rubro-negro subiu 3 posições e agora é 14º na tabela do Brasileirão, com 29 pontos. O Figueirense, com a derrota, é o 16º e vê o rebaixamento muito próximo do Scarpelli. Caso o Paraná empate (ou vença) amanhã contra o Náutico, na Vila Capanema, a equipe catarinense entra na zona do descenso.

Com seis desfalques para o duelo de hoje (Fábio Luciano, Ronaldo Angelim, Juan, Maxi, Souza e Roger), Joel Santana escalou cinco jogadores que são frutos da prata-da-casa do rubro-negro. As novidades ficaram por conta da dupla Thiago Sales – Rodrigo Arroz na zaga, e a entrada de Egídio na lateral-esquerda, desbancando Léo Medeiros. O Flamengo entrou em campo no 4-3-1-2, com Leonardo e obina no comando de frente.

Do outro lado, Mário Sérgio tinha o desfalque do zagueiro e capitão Chicão – este mesmo jogador que fez 2 gols contra o Flamengo no turno, quando o Figueira venceu por 4 a 0 - para o duelo de hoje. Asprilla, ex-Botafogo, o substituiu. A novidade também ficou por conta do esquema: Sérgio entrou com apenas 2 zagueiros, implantando o 4-2-2-2 no Figueira, com Peter e André Santos abertos pelas pontas.

O rubro-negro começou com as principais ações da partida, e Obina, aos 16 minutos, perdeu um gol inacreditável, quando desperdiçou cara-a-cara com Wilson.

As duas equipes eram pouco criativas, e o gol do Flamengo só poderia sair com uma ajudinha do adversário. E que ajuda! Após cobrança de falta, Rodrigo Arroz disputou a bola no ar com Carlinhos, e o volante do Figueira mandou contra o próprio patrimônio, abrindo o placar para o Flamengo. Porém, no último minuto do 1º tempo, André Santos aproveitou desatenção da zaga e empatou.

Na volta para a segunda etapa, Mário Sérgio fez duas alterações: Os atacantes Alexandre e Léo substituíram o pouco inspirado Peter e o apagado Otacílio Neto. E as alterações surtiram efeito: O Figueirense passou a assustar o gol de Bruno, que após rebater várias bolas em chutes de longa distância, rebateu nos pés de Asprilla, que sozinho, conseguiu perder o gol.

O ditado já diz: Quem não faz, leva. Em lance confuso, Obina é derrubado na área, e a bola sobra para Renato Augusto marcar o gol. Como o árbitro havia soado o apito antes da bola entrar, valeu o pênalti. Obina converteu e, com categoria, deslocou Wilson e fez 2 a 1.

O Figueirense foi bravo até onde poderia, mas não era mesmo dia do alvinegro. Após tentativas que não resultaram em perigo ao gol de Bruno, o Flamengo marcou o terceiro: Cristian armou contra-ataque e cruzou para Ibson, que de carrinho, completou para o gol e fez o terceiro. Fechando o caixão, Paulo Sérgio - que acabara de entrar no lugar de Obina -, arriscou de fora da área, a bola desviou na zaga e matou Wilson.

Agora, o Flamengo, após 5 partidas consecutivas no Maracanã, visitará o Internacional, no Beira-Rio. Já o Figueirense recebe o Atlético-MG, em confronto direito contra o descenso.

Alguns pontos determinantes da partida:

Flamengo

- Renato Augusto está visivelmente fora de forma, e principalmente, abatido com as vaias da torcida. É um pecado usar este jogador que, apesar dos pesares, ainda tem a confiança do torcedor rubro-negro.

- Rodrigo Arroz, Thiago Sales e Egídio fizeram uma partida taticamente perfeita. Pontos para eles com Joel Santana!

- A equipe carece de um jogador no setor de criação da equipe. Com Renato Augusto fora de forma, Roger atuando um jogo sim, outro não, e Maxi machucado, a equipe não tem alternativas que satisfaçam o treinador.

Figueirense

- O 3-5-2 é mesmo a alma da equipe do Figueira. O desequilíbrio tático ficou notório nos 30 minutos finais da partida, onde a equipe careceu de um setor defensivo mais consistente.

- A saída de Peter no intervalo talvez tenha sido determinante para a atuação do Figueirense. Mesmo jogando mal, não há dúvidas de que o camisa 10 carrega o time nas costas.

- Carlinhos e Asprilla merecem vários ‘puxões de orelha’ após esta partida. Te cuida, Mário Sérgio!

Nenhum comentário: