quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Grêmio vence Vasco em casa e volta a sonhar com o G-4

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Por Gabriel Seixas


O Grêmio se firmou de vez na briga por uma das 4 vagas para a Libertadores da América. Após golear o Botafogo na rodada passada, a equipe fez prevalecer novamente o mando de campo, e derrotou o Vasco por 3 a 1. Contudo, a equipe vascaína agora depende de um empate ou derrota do Botafogo para se manter no G-4 da competição.

Na próxima rodada, as duas equipes terão um novo teste de fogo: O Grêmio visitará o Cruzeiro no Mineirão, enquanto o Vasco recebe o líder São Paulo, em São Januário.

O técnico Mano Menezes abandonou o 4-2-2-2 implantado contra o Botafogo e armou a equipe no 4-2-3-1, com Diego Souza, Tcheco e Ramon se movimentando bastante no meio, e auxiliando o único homem de frente, o artilheiro Tuta.

Já Celso Roth, que decidiu barrar Andrade, por deficiência técnica (!!!!) e manter o contestado Júlio Santos no trio de zaga, lançou o Vasco no 3-4-1-2, com Marcelinho substituindo o armador Darío Conca e armando as jogadas para Alan Kardec e Leandro Amaral, que por sinal, foi a dupla que atuou contra o Internacional, numa das duas vitórias fora de seus domínios no Campeonato Brasileiro.

O jogo começou movimentado, e não deu nem tempo de respirar. Sufocando a equipe vascaína nos primeiros 15 minutos, o Grêmio marcou seu gol aos 9, em cobrança de falta do colombiano Bustos, por sinal, a sua especialidade. Ele mandou no ângulo, sem chances para Sílvio Luiz: 1 a 0.

Poucos minutos depois, voltando a ser aquele jogador que todos nós conhecemos, Tuta perdeu um gol incrível, após ser desarmado por Jorge Luiz na hora H. O castigo veio ainda aos 15: Perdigão tocou no flanco direito e Alan Kardec, aproveitando falta de atenção da zaga gremista, chutou cruzado, sem chances para Saja, empatando a partida.

Já que tudo que é bom dura pouco, a alegria do Vasco durou um pouco mais de 1 minuto. Isto porque, aos 16, o atacante Tuta – mostrando que também é garçom – deu um belo lançamento para Ramon, que deixou o marcador no chão e deslocou Sílvio Luiz, fazendo um bonito gol.

Antes do final do 1º tempo, Celso Roth perdeu Perdigão, contundido. Em seu lugar, entrou seu ‘guardião’ Roberto Lopes, um dos principais alvos da torcida vascaína.

Logo no início da segunda etapa, o desenrolar da partida parecia conspirar a favor do Vasco: O volante Marcelo Labarthe, após entrada dura em Amaral, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Só que, alguns minutos depois, Jorge Luiz também foi para o chuveiro: O zagueiro vascaíno dividiu uma bola com Tcheco (que poderia ser punido pelo árbitro pelo pé alto), levou a pior e foi pra rua. Expulsão injusta, apesar da impressionante convicção do árbitro paulista José Henrique de Carvalho.

Lei da compensação? Expulsão injusta? O fato é que o Grêmio não tem nada a ver com isso. Tuta, após um belo passe de calcanhar – mostrando que está em uma fase iluminadíssima -, serviu Hidalgo, que de frente com Sílvio Luiz, preferiu deixar para Sandro Goiano, que substituiu Ramon e marcou o terceiro, fechando o placar. Celso Roth ainda tentou lançar Leandro Bonfim e Abuda: Sem sucesso.

Pontos determinantes da partida:

Vasco

- Marcelinho não conseguiu render o mesmo futebol objetivo e convincente de Darío Conca. Isolado na armação de jogadas para os dois atacantes cruzmaltinos, o meia bem que tentou, porém não conseguiu.

- Quantidade de sobra, qualidade faltando. Celso Roth dispõe de peças não muito agradáveis para fazer companhia a Leandro Amaral: Abuda e Enílton já causam revolta a torcida, enquanto Alan Kardec tem características parecidas com a do camisa 19.

- Celso Roth, incrivelmente, optou por Roberto Lopes no decorrer da partida, sendo que dispunha de Xavier no banco, e Andrade no elenco. É brincadeira?

Grêmio

- Tuta está mesmo numa fase iluminada. O lançamento para Ramon e o toque de calcanhar para Hidalgo não deixam enganar.

- A bola parada é mesmo o ponto forte da equipe. O time tem opções: Ou arriscar com Bustos, especialista em arremates ao gol cobrando falta, ou levantando na área para os grandalhões William, Diego Souza, Ramon, Marcel e Tuta.

2 comentários:

Ergos [Gustavo Vargas] disse...

E aí jungle, tudo na paz?

Gostaria de fazer um adendo: Eduardo Costa - mais uma vez - foi o melhor em campo. Brincou de fazer desarmes, cavou a falta do primeiro gol e começou a jogada do terceiro com um lançamento magistral para Tuta. É um volante que destoa no futebol brasileiro. Pena que poucos vêem isso.

Resultado mais do que justo e que mantém o Grêmio vivo na briga por uma vaga na Libertadores 2008... =)

Abraço!

André Rocha disse...

Bela análise! Também fiz a minha e concordo com o Ergos: Eduardo Costa sobrou! Seu lançamento para Tuta no terceiro gol foi sensacional! Aliás, toda aquela jogada foi belíssima e inimaginável. Ainda que o lance tenha se originado com uma falta de Tcheco em Leandro Amaral. Abração!